O concurso fotográfico Olhar da Casa, exclusivo para participação de alunos e alunas da PUCRS, teve 207 fotografias homologadas: sendo 38 para a categoria natureza morta; 58 na categoria paisagens da casa; e 111 na categoria retrato. O júri, composto por cinco integrantes das áreas de humanidades, comunicação e artes, selecionou três classificados/as de cada categoria. 

Os autores e autoras da foto classificada em primeiro lugar de cada categoria receberá um kit composto por uma câmera instantânea Fujifilm Instax Mini 9, com bolsa e filme de 10 poses.

Confira as fotos vencedoras

Rayssa de Oliveira Lucas, Paulo Augusto Meissner Pinto e Marina Gonçalves Pozzobon ficaram em primeiro lugar em cada uma das categorias.

Fotos classificadas em segundo e terceiro lugar

Rayssa de Oliveira Lucas, Talyta Teixeira Thomé, Ariane Bueno Gonçalves, Bárbara da Silva Pinto, Martina Scheibel Schwertner e Júllia Kayser ficaram em segundo e terceiro lugar em cada uma das categorias.

No dia 24 de agosto, segunda-feira, às 21h, o Instituto de Cultura promove um bate-papo com o cantor e compositor Vitor Ramil sobre a obra de Jorge Luis Borges (1899-1986), escritor, poeta, tradutor, crítico literário e ensaísta. A conversa é transmitida no perfil PUCRS Cultura no Facebook e no Canal da PUCRS no Youtube – onde fica disponível para acesso posterior.

O evento faz parte da série Ato Criativo. Nessa edição a conversa será mediada pelo diretor do Instituto de Cultura, Ricardo Barberena, que conversa com Vitor Ramil sobre sua relação criativa com a obra do escritor argentino. Além disso, Vitor vai cantar poemas de Jorge Luis Borges e conversar sobre o processo de musicar sua obra.

O quê? Ato Criativo com Vitor Ramil e a poesia de Jorge Luis Borges

Quando? 24 de agosto

Que horas? às 21h

Onde? Canal da PUCRS no YouTube e perfil PUCRS Cultura no Facebook

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Não é preciso ser um profissional para apreciar a fotografia / Foto: Julia M. Cameron/Pexels

Documento, registro histórico, arte ou mesmo uma maneira de voltar no tempo e relembrar boas memória. A fotografia é multifacetada e, para apreciá-la, não é preciso ser um profissional da área. Com as câmeras dos smartphones, que se desenvolvem a cada novo modelo, fica mais fácil se animar com a ideia de fazer alguns cliques – seja para compartilhar em alguma rede social ou guardar de recordação.

Nesse 19 de agosto, Dia Mundial da Fotografia, reunimos algumas orientações sobre como construir um bom registro apenas com o celular. As dicas são do artista visual e fotógrafo Maciel Goelzer e você pode conferir o vídeo completo no IGTV do Instituto de Cultura da PUCRS.

Iluminação

Esse é um ponto essencial para se pensar em uma boa fotografia. Para um registro suave e delicado, a luz de janela é uma boa opção. Com uma luz mais forte e direta, é possível fazer uma foto contrastada e com recortes.

Para utilizar a iluminação da forma correta, é interessante prestar atenção na função da fotometragem, que faz com que o celular leia e registre a incidência de luz em um ponto específico. “Se quisermos fazer uma fotografia em que a pessoa está no sol, devemos fotometrar pela parte onde o sol está incidindo. Automaticamente, o celular irá entender que esse ponto precisa estar bem exposto”, explica Goelzer.

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Uma boa luz e um enquadramento que dê conta do que se quer contar fazem a diferença / Foto: Pexels

Assim, é possível evitar que uma foto fique “estourada”, por exemplo, com pontos muito mais claros do que outros. Para fazer essa fotometragem, basta tocar com o dedo em cima do ponto de luz.

Enquadramento

Para uma fotografia harmoniosa, é necessário um bom enquadramento – e isso significa enquadrar exatamente o que se quer contar com a imagem. Nesse período de quarentena, Goelzer sugere fazer registros dos familiares em casa ou mesmo construir uma espécie de diário, utilizando esse recurso para contar uma história e construir lembranças.

“A fotografia vai longe de regras e de normativas. Ela é uma lembrança que a gente vai abraçar.” Maciel Goelzer 

Concurso estimula a observação sobre o ambiente cotidiano

O concurso fotográfico Olhar da Casa, promovido pelo Instituto de Cultura, tem como objetivo promover a criatividade nesse período de distanciamento social. A iniciativa propõe a exploração da casa em sua totalidade, incluindo lugares, móveis, objetos, pessoas e animais que habitam. Podem participar estudantes de graduação e pós-graduação, e as inscrições seguem até 31 de agosto. Clique aqui para saber mais.

No próximo domingo, 16 de agosto, às 17h, o Instituto de Cultura da PUCRS promove um bate-papo dentro da série Ato Criativo sobre o projeto Ensaios de Morar. Participam da conversa a curadora do projeto, Alice Castiel, e as artistas Kaya Rodrigues, Thays Prado e Thayan Martins, com mediação de Luiza Rabello. O evento é transmitido através do perfil PUCRS Cultura no Facebook e do Canal da PUCRS no Youtube – onde fica disponível para acesso posterior.

Ao final da conversa que fala sobre o processo criativo do projeto, Juliana Perdigão faz um pocket show apresentando algumas de suas canções criadas a partir de poemas. Nesse dia, ocorre o lançamento do site Ensaios de Morar, que reúne os poemas de Ana Martins Marques com as criações em música e vídeo concebidas pelas 14 artistas participantes e ensaios escritos por Alice Castiel e Moema Vilela.

 Sobre o projeto Ensaios de Morar

Da parceria entre o Instituto de Cultura da PUCRS e o Projeto Concha, surgiu o Ensaios de Morar, projeto que procurou reunir diversas artes e artistas em torno da poesia de Ana Martins Marques. De maio a julho deste ano tão atípico, foram publicados poemas de Ana Martins que foram transformados em músicas e vídeos por 14 artistas do Rio Grande do Sul. A curadorifoi de Alice Castiel, que observou na poesia de Ana Martins diversas imagens relacionadas ao universo da casa, espaço em que passamos a ficar mais tempo em função do isolamento social. Com isso, a curadora convidou as artistas Aline AraújoBel_MedulaB.artCarina LevitanClarissa FerreiraDessa FerreiraGutcha RamilKaya RodriguesNina NicolaiewskyPaula PosadaRita ZartSaskiaThayan Martins Thays Prado para criarem músicas e vídeos a partir de poemas.  

O resultado das criações das artistas pode ser conferido no site que, além de reunir os poemas escritos com os vídeos das artistas, tem identidade visual desenvolvida pela artista Clara Trevisan e ensaios escritos pela escritora e professora da PUCRS Moema Vilela e por Alice Castiel.

Saiba mais sobre as convidadas do evento

Série Ato Criativo recebe Lázaro Ramos e Conceição Evaristo - Live falará sobre o fazer artístico e a trajetória dos convidados, com a mediação de Daniel Quadros e Ricardo Barberena

Conceição Evaristo / Foto: Camila Cunha

O fazer artístico perpassa a escuta, a vivência, a intencionalidade de tornar real. Fazer arte no Brasil, na maioria das vezes, é um desafio vencido por poucas pessoas. Entre elas, estão a escritora Conceição Evaristo e o ator Lázaro Ramos, duas figuras que carregam o peso da representatividade, da reinvindicação pela vida e dos sonhos de toda uma nação, que tem cor, sobrenome e estatística. 

No terceiro encontro da Série Ato Criativo, do Instituto de Cultura da PUCRS, ambos participaram de uma conversa mediada pelo jornalistDaniel Quadros, ativista do movimento negro e LGBTQIA+, e por Ricardo Barberena, diretor do Instituto de Cultura e professor da Escola de Humanidades da PUCRS. O evento transmitido pelo YouTube e pelo Facebook teve mais de 700 telespectadores simultâneos ao vivo e quase quatro mil participantes no total. 

É preciso comprometer a vida com a escrita.” CONCEIÇÃO EVARISTO. 

Quando a escrita está profundamente relacionada com a vida, nasce a Escrevivência. Ela é dinâmica, por vezes solitária, acontece a partir da observação e da vivênciaNão se cria do nada. Crio porque escutei uma palavra, de algum contexto, porque eu vi um fato, porque as pessoas me contaram alguma coisa, ou porque estou sentido algo”, explica Conceição. 

Desde 1995, na época da sua dissertação de mestrado, a palavra Escrevivência tem sido presente nas falas da escritora. O termo é uma referência à experiência de vida da autora e do seu povo, a qual somente o local de fala compreende. “É o desespero de captar uma cena e transformar em palavras, é o meu comprometimento com ela. 

O palco, o real e a vida 

Série Ato Criativo recebe Lázaro Ramos e Conceição Evaristo - Live falará sobre o fazer artístico e a trajetória dos convidados, com a mediação de Daniel Quadros e Ricardo Barberena

Lázaro Ramos / Foto: Camila Cunha

Em diferentes momentos artistas interpretam e encarnam personagens que flertam com situações reais do cotidiano de muitas pessoas. Essa relação entre a vida e a arte é tênue e, para Lázaro Ramos, se mistura. “Eu só vivo porque faço a arte. O que dá sentido à minha vida é a arte. Ela foi responsável por me dar coragem de existir e falar o que eu penso. Foi o que deu sentido de perspectiva para a minha vida. Em um determinado momento eu não sabia que eu podia sonhar, fazer planos, desejar e mais: expressar os meus desejos, recorda o ator. 

Lázaro conta que sempre tenta trazer o racional para dentro de seus trabalhos e, que por ser algo que o mobiliza tanto, às vezes se confunde com a vida real. Já passei por momentos em que eu interpretava um personagem, chegava em casa e me relacionava da maneira dele e isso não foi bom. 

Rodeada de livros, não, mas de palavras 

Uma afirmativa com duas ou mais intenções. Por um lado, Conceição Evaristo foi criada rodeada por muitas palavras, de uma família muito falante, que contava histórias ao mesmo tempo em que sua mãe fazia bonecas caseiras. “O meu texto é muito marcado por essa oralidade”, afirma. Esse cuidado de buscar na expressão popular a essência do que se quer trazer para o texto é um aspecto dessa vivência. 

Por outro lado, a expressão também é uma crítica social. Enquanto diversos escritores e escritoras podem afirmar com muito orgulho que aos 12 anos leram Machado de Assis, esse é um privilégio distante da realidade de grande parte da população brasileira. “O destino da Literatura me persegue, a partir desses locais subalternizados, como uma forma de quebrar esse imaginário da escritora que tem que nascer com o livro colado 

Além disso, ela ressalta que não é necessário muito esforço para entender uma linguagem universal: a do corpo que fala. Através das expressões, um simples resmungo, a mensagem está dada. 

A arte é atemporal 

De geração em geração, a arte, assim como outros conhecimentos, evolui e acompanha os contextos de seus momentos. O diálogo entre essas diferentes realidades também gera novas soluções.  

Eu me sinto grata à vida. Porque chega aos 73 anos e ter essa oportunidade de dialogar, de saber se sou aceita e recebida com tanto carinho pelos mais jovens, me certifica de que a minha vida valeu e vale a pena. Vocês me certificam de que eu estou seguindo o caminho certo.” CONCEIÇÃO EVARISTO. 

Conceição comenta sobre um princípio das culturas africanas com as pessoas de mais idade, de aprender com a experiência e com aconselhamento. Mas também do princípio regendo as sociedades tradicionais africanas, o princípio do tempo espiralado. A mesma referência que se tem com o mais velho, o mais velho tem com o mais novo. Porque, segundo a autora, o mais novo potencializa o mais velho. 

Ter voz é ter responsabilidade 

Lázaro Ramos ressalta que asuas escolhas não são as mesmas de qualquer outro ator. Às vezes eu estou tão cansado que eu só queria fazer um personagem cômico, dar risada e me divertir com a plateia. Isso não é uma coisa que acontece constantemente. Porque eu tenho noção de que eu sou uma exceção. Um ator ter as oportunidades que eu tive, com personagens tão variados, de ser respeitado, de ter investimento em mim, não é o que acontece com a maioria dos atores negros no meu País. 

O ator conta que a sua história também foi narrada pelo ativismo que, mesmo não sendo uma posição tranquila, é um local de responsabilidade. “Durante muitos anos a gente falou do ativismo, sem falar nas nossas sensações mais particulares, mais imediatas e mais privadas. A carreira de um artista no nosso País não é estável, não há sucesso e nem fracasso para sempre. Não sei o que acontecerá daqui alguns anos, mas eu tenho certeza de que essa semente que foi plantada lá atrás, na Bahia, no Bando de Teatro Olodum, vai me acompanhar para sempre e será um norte para as minhas primeiras escolhas”, destaca. 

Representatividade não, presença 

As novas narrativas contadas através da arte, por Conceição Evaristo e Lázaro Ramos - A escritora e o ator, a experiência e a juventude, uma mesma inspiração: abrir portas para que histórias reais sejam contadas

Daniel Quadros, Ricardo Barberena, Lázaro Ramos e Conceição Evaristo / Foto: Reprodução / PUCRS Cultura

Ana Maria Gonçalves, escritora mineira, foi mencionada pela sua fala sobre a importância de ocupar espaços. Lázaro relembrou de um comentário da amiga: “Ana me falou que ela não queria mais saber de representatividade. Ela queria presença!” 

Ser uma referência solitária, uma exceção, é um problema. Existem muitas pessoas talentosas que não têm o seu talento visto e reconhecido, por falta de oportunidades, destaca o ator. “Não quero me sentar nesse lugar de referência e achar que está tudo resolvido. Fora todos os discursos e ódio, da vontade de silenciar, esse processo só vai ser construído quando a gente conseguir dialogar”, acrescenta. 

Para Conceição, essa é uma questão que precisa ser trabalhada todos os dias. “O meu primeiro lugar de recepção foi o movimento negro. Então eu acho importante a gente ter cuidado com esse lugar de exceção, dessa representatividade. Se não, a gente fica representando a gente mesmo. É a representação do eu sozinho”. 

A força da coletividade 

A hashtag #ConceicaoEvaristoNaABL tomou conta das redes em 2018 quando a escritora decidiu concorrer pela sétima cadeira da Academia Brasileira de Letras, podendo se tornar a primeira mulher negra a ocupar o posto. Mais de 40 mil assinaturas foram coletadas em pouco tempo. O Lázaro, inclusive, também se manifestou nas redes sociais em forma de apoio à campanha. 

Conceição afirma que, apesar do resultado, a sua candidatura foi um marco na história da ABL que não será esquecido. A ação ascendeu o debate sobre os espaços que ainda podem e devem ser ocupados por pessoas que refletem a realidade do Brasil e do mundo. 

Série Ato Criativo 

Assista a live completa do terceiro encontro da série Ato Criativo, com a escritora Conceição Evaristo e o ator Lázaro Ramos. 

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Um dos maiores atores da cultura brasileira, Ariclenes Venâncio Martins, conhecido como Lima Duarte, será o homenageado com a entrega do Mérito Cultural PUCRS no dia 19 de agosto às 20h em cerimônia online pelo canal da Universidade no YouTube. Na ocasião, o artista também fará a leitura de excertos de João Guimarães Rosa e Padre Antônio Vieira.

A honraria Mérito Cultura PUCRS simboliza o reconhecimento institucional de uma personalidade do meio cultural. O homenageado é alguém que tenha transformado a sua vida numa trajetória de defesa da cultura, enquanto instrumento de humanização e educação. Com entrega anual, o Mérito Cultural PUCRS está inserido nas diversas ações que buscam transformar a Universidade em um polo cultural e já premiou, em 2018, a atriz Fernanda Montenegro que, na oportunidade, apresentou a leitura dramática Nelson Rodrigues por ele mesmo, e, em 2019, a cantora Maria Bethânia, que marcou sua volta aos palcos no espetáculo Claros Breus, que teve apresentação única no Rio Grande do Sul, no Salão de Atos Irmão Norberto Rauch, na PUCRS.

Ariclenes Venâncio Martins, nascido num povoado chamado Nossa Senhora da Purificação do Desemboque e do Sagrado Sacramento (MG), filho de um boiadeiro e de uma artista de circo, sempre manteve um pé na roça e outro no mundo cosmopolita. De Zeca Diabo a Sinhozinho Malta, Lima Duarte trouxe à teledramaturgia nacional um grande personagem: o brasileiro comum.

Com a mesma naturalidade, foi o empresário Salviano Lisboa, de Pecado Capital, e o elegante Dom Lázaro Venturini, de Meu bem, meu mal (1981). Das classes abastadas aos estratos mais humildes, sua galeria de personagens revela uma profunda dimensão humana. A doçura de Sassá Mutema, em O salvador da pátria (1989), foi capaz de parar o Brasil a cada episódio. Numa determinada ocasião, ao ser comparado a Charles Chaplin e Marlon Brando, Lima Duarte definiu em uma frase seu projeto artístico: “Somos todos atores de um papel só. O meu é o brasileiro”.

Entretanto, essa profunda identificação não impossibilitou que o ator representasse um indiano em Caminho das Índias (2009) ou um turco em Belíssima (2005). Segundo o próprio ator, ao ser perguntando sobre os seus múltiplos papéis, sua vida foi marcada pelo constante encontro de mundos antagônicos: “O que muito me honra e engrandece é o fato de ser, na elite dos atores brasileiros, o único de formação rural, um caboclo que virou ator. E todo o meu esforço tem sido no sentido de servir minha gente, de não envergonhá-la e de dizer, a cada personagem: ‘Olha! Eu sou um de vocês!’ Mesmo tendo sido Hamlet, Padre Antônio Vieira, Macbeth, Otelo… Tudo caboclo, como eu!”.

A carreira de Lima Duarte é uma travessia de coragem, bravura e dedicação. Em 1946, chega a São Paulo, depois de duas semanas numa boleia de caminhão de frutas. Na capital paulistana, passa a viver de pequenos bicos, inclusive como carregador na feira. Ao tentar uma vaga na rádio, é humilhado e chamado de “voz de sovaco”, devido ao seu timbre.  Apesar desse revés na Rádio Tupi, consegue uma vaga de aprendiz de sonoplasta. Logo depois seria convidado por Oduvaldo Vianna a assumir um papel na radionovela Rádio Romance Royal Briar. Na histórica primeira transmissão da TV Tupi, em 1950, Lima Duarte estava ao lado de Assis Chateaubriand e Lolita Rodrigues.

Em 1951, fez parte do elenco de Sua vida me pertence, a novela em que um galã, Walter Forster, beijou a mocinha, Vida Alves, pela primeira vez no vídeo. Depois participou da novela O Rouxinol da Galileia (1968), O drama dos humildes (1964) e Os irmãos corsos (1966), entre outras.  Lima Duarte, ainda na Tupi, dirigiu Beto Rockfeller em 1968. Convidado pela Globo, consagra-se como um ator definitivo numa impactante sucessão de personagens. Lima Duarte também atuou na peça Arena contra Zumbi, de Augusto Boal, que evidenciou um dos momentos marcantes na cultura brasileira nos anos de resistência ao golpe militar.

Hoje, no ano em que a TV brasileira completa 70 anos, Lima Duarte converteu-se num verdadeiro fundador e desbravador desse veículo de comunicação que transformou a sociedade contemporânea. Falar em Lima Duarte é falar em TV Brasileira, em teatro brasileiro, em cinema brasileiro, em cultura brasileira. Sua história se confunde com a história de todos nós.

Série Ato Criativo recebe Lázaro Ramos e Conceição Evaristo - Live falará sobre o fazer artístico e a trajetória dos convidados, com a mediação de Daniel Quadros e Ricardo Barberena

Conceição Evaristo e Lázaro Ramos / Foto: Camila Cunha

A série Ato Criativo receberá a escritora Conceição Evaristo e o ator Lázaro Ramos para uma conversa sobre arte, cultura e as obras ao longo de suas carreiras no dia 28 de julho, terça-feira, às 21h. O evento será mediado pelo jornalista Daniel Quadros e por Ricardo Barberena, diretor do Instituto de Cultura e professor da Escola de Humanidades da PUCRS. O bate papo será transmitido pelo Canal da PUCRS no Youtube e pela página do PUCRS Cultura no Facebook.

O Ato Criativo se propõe a aproximar o público de personalidades e criadores de diferentes áreas da cultura, proporcionando espaços de bate-papos e trocas com artistas. Nesta edição, os convidados falarão sobre suas trajetórias profissionais, projetos e criações recentes, compartilhando as particularidades de seus processos criativos.

Sobre os convidados

Lázaro Ramos é ator, apresentador, cineasta e escritor. Iniciou sua carreira artística em 1994 ao entrar para o Bando de Teatro Olodum. De 1998 a 2002, foi âncora do Fantástico. Ganhou notoriedade no cinema ao interpretar João Francisco dos Santos no filme Madame Satã (2002). Atuou em diversos espetáculos teatrais, filmes e novelas, ganhando prêmios e atingindo extenso reconhecimento por sua carreira. É autor dos livros Paparutas (2000), A Velha Sentada (2010), O Caderno de Rimas do João (2014), O Coelho Que Queria Mais (2017), Na Minha Pele (2017) e Sinto O Que Sinto: e a incrível história de Asta e Jaser (2019).

Conceição Evaristo nasceu em Belo Horizonte (MG), no ano de 1946. É romancista, contista e poeta. Ganhadora dos prêmios Jabuti de Literatura (2015); Faz a Diferença, na categoria Prosa (2017); e Cláudia, na categoria Cultura (2017). É mestre em Literatura Brasileira pela PUC do Rio de Janeiro (1996) e Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense (2011). Estreou na literatura em 1990, publicando seus contos e poemas na série Cadernos Negros. É autora dos livros Ponciá Vicêncio (2003), Becos da Memória (2006), Insubmissas lágrimas de mulheres (2011), Olhos D’água (2014), Histórias de leves enganos e parecenças (2016) e Poemas da recordação e outros movimentos (2017).  Atualmente, leciona na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) como professora visitante.

Sobre os mediadores

Série Ato Criativo recebe Lázaro Ramos e Conceição Evaristo - Live falará sobre o fazer artístico e a trajetória dos convidados, com a mediação de Daniel Quadros e Ricardo Barberena

Série Ato Criativo recebe Conceição Evaristo e Lázaro Ramos. Mediação de Daniel Quadros e Ricardo Barberena

Daniel Quadros é jornalista gaúcho graduado e estudante de Escrita Criativa pela PUCRS. Além disso, é ativista do movimento negro e LGBTQIA+, com participações em diversos projetos. Trabalha com os temas de inovação, ciência, tecnologia, responsabilidade social, educação, diversidade e inclusão. Atualmente faz parte da equipe da Assessoria de Comunicação e Marketing da PUCRS (Ascom) e do projeto AfrotechBR.

Ricardo Barberena nasceu em Porto Alegre, em 1978. Possui Graduação (2000), Doutorado (2005) e Pós-Doutorado (2009) na área de Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É Diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, Coordenador Executivo do Delfos/Espaço de Documentação e Memória Cultural e professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS. Coordena o Grupo de Pesquisa Limiares Comparatistas e Diásporas Disciplinares: Estudo de Paisagens Identitárias na Contemporaneidade e é membro do Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea (GELBC).

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Foto: Divulgação

No dia 23 de julho, quinta-feira, o Instituto de Cultura da PUCRS promove um bate-papo com o médico Marcio Maranhão, às 21hA conversa acontece através do perfil @pucrscultura no Facebook e do Canal da PUCRS no Youtube – onde fica disponível para acesso posterior. A mediação será realizada por Leonardo Araujo Pinto, médico e decano da Escola de Medicina, Ricardo Barberenadiretor do Instituto de Cultura e professor da Escola de Humanidades.  

O evento faz parte da série Ato Criativo, que tem como objetivo aproximar o público de pessoas que criam em diversas áreas da cultura, proporcionando espaços de troca com artistas. Nessa edição, o convidado aborda o processo de criação do livro Sob pressão: a rotina de guerra de um médico brasileiro (2017)que foi feito a partir de depoimentos dados à repórter Karla Monteiro e que inspirou a série de televisão homônima da Rede Globo. Além disso, fala sobre sua rotina enquanto profissional atuante na área da saúde.  

Sobre o participante 

Marcio Maranhão nasceu no Rio de Janeiro, em 1970. Formou-se em Medicina pela UERJ (1994) e especializou-se em cirurgia geral, pelo Hospital da Força Aérea do Galeão e pelo Hospital Souza Aguiar, e em cirurgia torácica, pelo Instituto de Tisiologia e Pneumologia da UFRJ. De 2005 a 2006, trabalhou como plantonista do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e, de 2001 a 2009, foi cirurgião no Serviço de Saúde do Estado do Rio de Janeiro. Atualmente, é chefe do serviço de cirurgia torácica do Hospital do Galeão. É autor do livro Sob pressão: a rotina de guerra de um médico brasileiro (2017).  

Sobre os mediadores 

Leonardo Araujo Pinto é médico e Decano da Escola de Medicina da PUCRSPossui graduação em medicina (UFRGS, 1999), especialização em pediatria (HCPA, 2001), pneumologia pediátrica (PUCRS, 2003) e epidemiologia genética (LMU, Alemanha, 2007), mestrado em pediatria (PUCRS, 2004) e doutorado em saúde da criança (UNICAMP, 2009). Atua como professor e pesquisador do Programa de Pós-graduação em Pediatria e Saúde da Criança da PUCRS.  Tem formação e experiência na área de saúde da criança, com ênfase em doenças respiratórias, atuando principalmente nos seguintes temas: epidemiologia das doenças respiratórias, epidemiologia genética, bronquiolite viral, asma, tuberculose e fibrose cística. 

Ricardo Barberena nasceu em Porto Alegre, em 1978. Possui Graduação (2000), Doutorado (2005) e Pós-Doutorado (2009) na área de Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É Diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, Coordenador Executivo do DELFOS/Espaço de Documentação e Memória Cultural e professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS. Coordena o Grupo de Pesquisa Limiares Comparatistas e Diásporas Disciplinares: Estudo de Paisagens Identitárias na Contemporaneidade e é membro do Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea (GELBC).   

Serviço 

No dia 16 de julho, às 21h, o Instituto de Cultura da PUCRS retoma, na modalidade online, a série Ato Criativo. O evento que inaugura a versão digital é um bate-papo em homenagem ao escritor paraibano Ariano Suassuna (1927-2014), tendo como tema principal a obra Auto da Compadecida (1955). A transmissão ocorre através do perfil @pucrscultura no Facebook e do Canal da PUCRS no Youtube – onde o vídeo fica disponível para acesso posterior.

O objetivo do projeto Ato Criativo é aproximar o público de pessoas que criam em diversas áreas da cultura, proporcionando espaços de troca com artistas. Nessa edição, a conversa será mediada pelo diretor do Instituto de Cultura, Ricardo Barberena, e contará com os seguintes convidados: Matheus Nachtergaele, ator que fez o papel de João Grilo na versão televisiva e cinematográfica de Auto da Compadecida; Carlos Newton, escritor e professor da Universidade Federal de Pernambuco; Manuel Dantas Suassuna, artista plástico e filho de Ariano Suassuna, e João Suassuna, advogado, professor e neto do escritor homenageado.

Auto da Compadecida

Escrito em 1955, Auto da Compadecida é a peça teatral que projetou nacionalmente o escritor Ariano Suassuna. Baseada em romances e histórias populares do Nordeste brasileiro, a obra traz elementos da literatura de cordel, da tradição religiosa, do barroco católico brasileiro, da oralidade e da cultura popular. Assim, há uma fusão das tradições culturais do Nordeste com a longa tradição do teatro popular – retomada através forma medieval do “auto”. Além disso, Suassuna vale-se do humor e da ironia para a realização de críticas sociais.

A peça foi encenada pela primeira vez no ano de 1956, no Teatro Santa Isabel, pelo Teatro Adolescente do Recife, sob direção de Clênio Wanderley. No ano de 1999, foi adaptada para uma minissérie televisiva, produzida pela Rede Globo. Devido ao grande sucesso, ganhou uma versão em filme, chegando aos cinemas nos anos 2000.

Sobre os convidados

Matheus Nachtergaele nasceu em São Paulo, em 1968. Iniciou sua carreira artística aos 20 anos, ingressando na companhia do diretor teatral Antunes Filho. Em 1991, formou-se pela Escola de Arte Dramática da USP. Estreou na televisão com a minissérie da Rede Globo Hilda Furacão, com o personagem Cintura Fina. Atuou no papel de João Grilo na minissérie e filme O Auto da Compadecida, baseado na obra de Ariano Suassuna. Com esse trabalho, ganhou o Grande Prêmio do Cinema Nacional na categoria Melhor Ator. Realizou inúmeras outras participações no cinema nacional, no teatro e na televisão e, no ano de 2008, estreou como diretor, com o longa-metragem Festa da Menina Morta.

Carlos Newton Júnior nasceu em Recife, em 1966. É poeta, ficcionista, ensaísta e professor da Universidade Federal de Pernambuco. Formou-se em Arquitetura (UFPE, 1988) e História (UNICAP, 1989), é mestre em Literatura Comparada (UFRN, 1996) e doutor em Literatura Brasileira (UFPE, 2002). É autor, entre outros, dos livros O homem só e outros poemas (edição do autor, 1993), O pai, o exílio e o reino: a poesia armorial de Ariano Suassuna (Recife, UFPE, 1999), O Circo da Onça Malhada: Iniciação à obra de Ariano Suassuna (Artelivro, 2000) e Ofício de Sapateiro (7 Letras, 2011).

Manuel Dantas Suassuna é artista plástico, nascido em Recife no ano de 1960. Além de outros trabalhos na área do cinema e da televisão, fez parte do processo de concepção do especial da Globo A Farsa da Boa Preguiça, baseado na obra de Ariano Suassuna, e foi assistente de direção da versão televisiva de A Pedra do Reino, dirigida por Luiz Fernando Carvalho.

João Suassuna tem 34 anos, é professor e advogado. Com formação acadêmica em História (UFPE) e em Direito, recebeu o convite, em 2015, para assumir a Secretaria Executiva de Criança e Juventude do Governo de Pernambuco, exercendo a função até 2018. Entre 2019 e 2020, foi Vice Presidente da Pernambuco Participações e Investimentos S/A – Perpart. É palestrante nas áreas de Cultura e Educação.

Ricardo Barberena (mediador) nasceu em Porto Alegre, em 1978. Possui Graduação (2000), Doutorado (2005) e Pós-Doutorado (2009) na área de Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É Diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, Coordenador Executivo do DELFOS/Espaço de Documentação e Memória Cultural e professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS. Coordena o Grupo de Pesquisa Limiares Comparatistas e Diásporas Disciplinares: Estudo de Paisagens Identitárias na Contemporaneidade” e é membro do “Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea (GELBC).

Serviço

Um passeio pela música sacra, com maestro Marcio Buzatto - Confira a playlist com obras históricas narrada pelo regente do coral da PUCRS

Recital Un Rayo de Luz tocando Misa Criolla / Foto: Camila Cunha

A música sacra ocidental está repleta de composições que marcaram a história. Desde o período medieval, com a monodia litúrgica do primeiro milênio, passando pela Ars AntiquaArs Nova, Renascimento, Barroco, Clássico e assim por diante nos séculos 1920, e 21. Tem seu lugar não somente dentro das igrejas, mas também nas salas de concertos. 

Esse lado religioso da música se tornou uma parte importante do repertório das orquestras, dos coros e dos solistas do mundo todo. Aperte o cinto e se prepare para um percurso cheio de obras monumentais, mestres da música e uma força espiritual característica da música sacra, aflorando a sensibilidade e provocando profundas reflexões narradas pelo maestro da PUCRS Marcio BuzattoConfira a playlist no Spotify ou no YouTube 

Messiah, de Georg Friedrich Händel 

Composta em 1741, obra é dividida em 51 movimentos, agrupados em três partes. trecho mais conhecido é Hallelujah, muito tocado em eventos. A sinfonia”, a parte instrumental que funciona como uma abertura, sem texto, já incita uma reflexão sobre a vida de Jesus, o Messias, história amplamente conhecida. Nesta parte, dois momentos contrastantes podem ser observados facilmente: um primeiro com blocos de acordes ao estilo francês, e um segundo mostrando a facilidade com que Händel manipula a técnica do contraponto em música. Ao término desta introdução, o público percebe que uma história importante está iniciando, que uma jornada histórica será contada através da música que recém inicia. 

Mattäus-Passion, de Johann Sebastian Bach 

Por volta de 1727 foi composta Paixão segundo Mateus, que conta a história de vida, sofrimento e morte de Jesus na forma de um oratório. A música é muito utilizada durante a semana santa e se baseia no Evangelho de Mateus. Na playlist você encontra a parte inicial desta gigantesca obra, com o texto Kommtihr Töchterhelft mir klagen, que significa: “Venham, filhas, ajudem-me a lamentar… Vejam-no, por amor e clemência, no tronco da cruz sacrificado, sempre sereno, mesmo quando foi desprezado, suportou todos os nossos pecados, sem ti teríamos nos desesperado. Tem piedade de nós, oh Jesus!”. 

Esurientesde John Rutter 

Do Magníficat, composto pelo britânico John Rutter, o Esurientes, para soprano solo, coro e orquestra, é uma melodia delicada e confortante, de uma sensível leveza. A composição de 1990 baseada no Evangelho de Lucas (I, 46-55) conta o que aconteceu logo após o anúncio do Arcanjo Gabriel à Maria, que foi visitar Isabel, também grávida. Sendo recebida por Isabel, Maria respondeu: “Senhor, a minha alma engrandece. E meu espírito exulta a Deus, Meu Salvador. Porque olhou para a humildade de sua serva…”. 

Salve Regina, um canto gregoriano 

Voltando alguns séculos, visitamos o canto gregoriano ou cantochão, como é conhecido. Sua melodia está muito próxima da fala, da reza e, portanto, da explícita compreensão do texto. Dentre eles, está Salve Regina, a mais importante melodia dedicada à Maria, que traz em seu texto um pouco da expressão da piedade medieval: “Salve, Rainha, mãe de misericórdia. Vida, doçura, e esperança nossa, salve… Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria”.  

Missa Papae Marcelli (c. 1562), de Giovani Pierluigi da Palestrina 

Agora, imagine-se entrando numa grande catedral na Europa, no século 16, pouca luz, vitrais impressionantes, arquitetura imponente e você começa a ouvir uma combinação de vozes, daquelas que tem um poder hipnotizante, encantador. O compositor, neste contexto, trouxe ao mundo a obra em homenagem ao Papa Marcelo II, que governou a Igreja Católica por alguns dias somente, antes de falecer. Com esta composição Palestrina teria reorganizando polifonia da época, dando mais clareza às palavras e resolvendo uma discussão sobre compositores que estariam prejudicando o entendimento dos textos. Desta peça histórica, Kyrie significa: “Senhor, tem piedade de nós”. 

Sanctus, de Giuseppe Verdi 

O imponente Réquiem estreou em 1874, no aniversário da morte de Alessandro Manzoni, poeta e romancista italiano admirado por Verdi. É uma obra vigorosa e cheia de contrastes que causa um grande impacto em quem a ouve pela primeira vez ao vivo. O estilo operístico do autor é percebido também nesta missa, com força orquestral a favor do texto. Sanctus já começa empolgante: com trompetes. O texto que significa: “Santo, Santo, Santo sois Vós. Senhor Deus dos exércitos… Hosana nas alturas”. 

Lacrimosa, de Wolfgang Amadeus Mozart 

Um passeio pela música sacra, com maestro Marcio Buzatto - Confira a playlist com obras históricas narrada pelo regente do coral da PUCRS

Recital Un Rayo de Luz tocando Misa Criolla / Foto: Camila Cunha

A obra é uma das partes de um Réquiem de 1791 não concluído pelo autorEnvolta em mistérios, a história desta composição desperta curiosidade até hoje, sendo retratada inclusive em filmes como Amadeus, ganhador do Oscar em 1985. A música toda é repleta de energia e densidade, provocando um misto de sensações e reflexões. Lacrimosa é uma das partes mais conhecidas desta Missa de Réquiem. Seu texto significa: “Dias de lágrimas, naqueles dias nos quais ressurgirá das cinzas um homem para ser julgado. Portanto, poupe-o, ó Deus. Ó, misericordioso, Senhor Jesus, Repouso eterno dá-lhes. Amém”.  

Mass, de Steve Dobrogosz 

De 1992, Mass para coro, piano e cordas, incluindo alguns elementos do jazz, dentre uma série de características modernas. Kyrie quebra um pouco a sequência da sonoridade das demais músicas desta playlist. Como se trata de um passeio pela música sacra, esta visita aos Estados Unidos traz um ambiente diferente e apresenta Dobrogosz a quem ainda não o conhecia. Novos ares, novas sonoridades. 

Misa Criolla, de Ariel Ramirez 

O compositor argentino criou essa obra em 1964, em parceria com o Padre Jesús Gabriel Segade. Não demorou muito para a música circular o mundo em diversas igrejas e teatros. Com ritmos e instrumentos regionais da Argentina, além do coro e solista, e o texto é retirado da liturgia tradicional da Igreja Católica, desta vez recebendo a tradução adaptada para o espanhol.  O trecho Credo, ou Creio em Deus pai todo poderoso, foi adaptado para um ritmo popular conhecido como chacarera trunca, característico da região de Santiago del Estero. 

Missa Solemnis, de Ludwig van Beethoven 

Foi estreada em 1824 e se tornou um dos grandes monumentos da música sacra na cultura ocidental, uma obra grande também em complexidade, ao lado da Missa em  Menor, de Bach. Para o fechamento da playlist de forma vibrante, acompanhe o imponente Gloria in excelsis Deo (Glória a Deus nas Alturas) e a habilidade composicional singular de Beethoven.  

“A música é o vínculo que une a vida do espírito à vida dos sentidos. A melodia é a vida sensível da poesia”, Ludwig Van Beethoven.