Dia nacional poesia

Crédito: Divulgação

Poetas são reconhecidos como artistas escritores, que utilizam sua criatividade, imaginação e sensibilidade para escrever, em versos, aquilo que aborda o cotidiano, a vida urbana, o amor, a solidão, as relações humanas e assuntos do momento. No Brasil, o mês de outubro celebra estes profissionais com o Dia do Poeta (20 de outubro) e com o Dia Nacional da Poesia (31 de outubro). Em Porto Alegre, neste mês também acontece a tradicional Feira do Livro da cidade, já em sua 68ª edição.

Na PUCRS, pesquisadores e professores do Programa de Pós-Graduação em Letras e do Curso de Escrita Criativa se dedicam ao gênero lírico da literatura, como o pesquisador da Escola de Humanidades Altair Teixeira Martins. O docente é autor dos livros Labirinto com linha de pesca (Diadorim, 2021) e A paisagem presa na coleira (Patuá, será publicado em 2023), além de ter publicado diversos contos, romances e peças de teatro, como o espetáculo Hospital-Bazar, em cartaz nos dias 19, 20 e 21 de novembro no Teatro Bruno Kiefer, com o apoio do Instituto de Cultura da PUCRS.

Martins coordena o Grupo de Pesquisa “Intersemioses criativas”, onde são exploradas as possibilidades de criação entre a Literatura e as outras artes, combinando campos semânticos distintos. Os alunos e pesquisadores desenvolvem projetos que buscam leitura e compreensão dos diversos campos artísticos, a fim de fomentar a criação literária.

Livros nacionais de poesia para você conhecer

De acordo com o professor, Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Hilda Hilst, Cecília Meireles, Jorge de Lima, Manuel Bandeira e Murilo Mendes foram as vozes poéticas do período áureo da lírica brasileira nos anos de 1950. Para Martins, foram eles os que melhor conjugaram a alternância de tom e de silêncio tão caras à poesia. Além disso, foram capazes de converter, no verso, a interpretação de seus tempos – o que, convenhamos, é uma bela forma de contemporaneidade.

1) As impurezas do branco, por Carlos Drummond de Andrade

Publicado pela primeira vez em 1973, As impurezas do branco é um livro singular na vasta e aclamada carreira do autor mineiro. O poeta se mostra atento aos acontecimentos do seu tempo, observando, com ironia e até alguma malandragem carioca, o cotidiano do Brasil e do mundo. Grandes notícias, fait divers, o verão na Cidade Maravilhosa, papel da publicidade em nossas decisões – nada escapa ao olhar crítico do autor.

2) Poemas esparsos, por Vinícius de Moraes

O livro apresenta uma longa e minuciosa pesquisa em livros, jornais, revistas, arquivos e manuscritos que revelam esboços, exercícios, textos inacabados ou recusados pelo autor. No final, o leitor encontrará também, agrupados na seção “Arquivo”, um estudo do percurso poético de Vinicius de Moraes assinado por Ferreira Gullar, crônicas de Fernando Sabino e Carlos Drummond de Andrade que festejam e recordam o amigo, bem como um longo depoimento, inédito em livro, de Caetano Veloso.

3) Viagem, por Cecília Meireles

O livro é composto por 99 poemas, sendo que 13 deles são epigramas (poema curto originário da Antiguidade Clássica, e caracterizado por ser mordaz, picante ou satírico). Os temas tratados nos poemas são o amor, a felicidade, a morte, e o próprio fazer poético.

Além destes autores, o professor também indica os livros “Cantares do sem nome e das partidas”, da Hilda Hilst; “Invenção de Orfeu”, de Jorge de Lima; “Estrela da vida inteira”, do Manuel Bandeira e “Janela do caos”, de Murilo Mendes.

Sobre o espetáculo Hospital-Bazar

O espetáculo Hospital-Bazar esteve em cartaz entre 8 e 12 de outubro, no Teatro Bruno Kiefer, na Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre. O texto foi assinado pelo pesquisador Martins e contou com direção de Isaque Conceição. As próximas datas em cartaz são nos dias 19, 20 e 21 de novembro. A primeira edição recebeu o reconhecimento de Melhor Texto Original, Ator Coadjuvante (o professor Altair Martins) e Trilha Sonora Original no 16º Festival de Teatro da Região Carbonífera (FestCarbo).

Hospital-Bazar propõe uma visão crítica acerca do desmanche da educação pública e da conversão da saúde em mercadoria. A partir de um projeto distópico, salas de aula deficitárias são realojadas em hospitais lucrativos. Se uma Professora-Mestra, que se mantém lecionando sozinha, torna-se o bastião da resistência, o Interventor e o Desmontador, em nome da Higiene, precisam desmontá-la. Todos os recursos mais sórdidos são disponibilizados para que a professora se renda e a escola, à força, se transforme num hospital: acusações falsas, chantagem emocional, assédio, machismo e manipulação da justiça e do próprio sistema educacional.

palhaçaQue universo se esconde por trás de um nariz de palhaço? O que é necessário para dar vida a ele, a menor máscara do mundo? Quem tem respostas para essas perguntas é Gabriella Argento, convidada da PUCRS Cultura para dois eventos: a apresentação aberta ao público e gratuita de um solo cômico nomeado Insolação e o Workshop Degustação – O palhaço de cada um.  

Nascida em Santos e radicada em São Paulo, Gabriella tem formação em Teatro e se dedica às artes cênicas e à palhaçaria. Com sua personagem, a palhaça Du’Porto, ela percorreu uma trajetória diversa: passou pelos palcos, tendo atuado com importantes grupos de teatro, como o Jogando no Quintal; por corredores de hospitais, com organizações como Doutores da Alegria; por salas de aula, ministrando oficinas de palhaço e até mesmo em cruzeiros turísticos.  

Em meio a tudo isso, para coroar sua carreira, veio a conquista de se tornar a primeira palhaça brasileira a entrar para o elenco do Cirque du Soleil. Hoje, Gabriella atua como atriz, palhaça, palestrante e professora. Seu maior foco é entender a profundidade e a filosofia por trás do nariz de palhaço, a menor máscara do mundo.   

Solo cômico Insolação e lançamento do livro Onze Estreias 

No dia 25 de agosto, às 20h, no Teatro da PUCRS (prédio 40), ocorre a apresentação do solo cômico Insolação, seguido de um bate-papo entre Gabriella e o escritor e jornalista Fred Linardi, autor do livro Onze Estreias –obra que fala sobre a trajetória da artista e que será lançada nessa mesma noite. A conversa será mediada por Gisela Rodriguez, escritora e doutoranda em Escrita Criativa da PUCRS. O evento acontece no Teatro da PUCRS – Prédio 40, com entrada gratuita, mediante retirada de ingresso no Ateliê PUCRS Cultura (Prédio 30, Escola Politécnica) entre os dias 22 e 24 de agosto, das 12h às 17h, ou na bilheteria do Teatro a partir das 18h, no dia do evento. A distribuição é limitada a 2 ingressos por pessoa. 

Em Insolação, Gabriella Argento retorna aos palcos na pele da palhaça Du’Porto para dividir com o público poesia, música, cenas, impressões do mundo e das pessoas, além de causos da sua trajetória e dos bastidores do maior circo do mundo. A história de vida da atriz e as reflexões acerca da arte circense e da palhaçaria também são o enfoque do livro Onze Estreias, de Fred Linardi. Mesclando o método da investigação íntima com a prosa literária, a narrativa mostra que o riso e o abismo são mais próximos do que se imagina. Gabriella e suas estreias, altos e baixos da bipolaridade, assim como a solitude circense, ajudam a entender o lado mais humano de alguém que vive em busca da risada alheia. 

Workshop Degustação – O palhaço de cada um 

Já nos dias 26 e 27 de agosto, das 14h às 18h, Gabriella ministra o Workshop Degustação – O palhaço de cada um, no Ateliê PUCRS Cultura, localizado no térreo do prédio 30. Ao longo de dois encontros, os participantes serão apresentados ao universo do palhaço e ao trabalho interno necessário para dar vida à menor máscara do mundo: o nariz de palhaço. Por meio de exercícios práticos e lúdicos, a atividade abordará questões como o autoconhecimento, a aceitação de si e do outro, a empatia e a quebra de paradigmas sociais, percebendo o brincar como meio de redescobrir o prazer de ser quem se é. 

Nos dias da oficina, os alunos devem levar toalha de rosto e vestir roupas confortáveis, sem estampa e preferencialmente de cores neutras: branco, preto, cinza ou bege. Haverá tolerância máxima de 15 minutos de atraso para acesso às aulas. Para participar, é necessário ter, no mínimo, 18 anos – compre seu ingresso por meio do link. 

Amigo UniversitárioConhecer colegas de diferentes partes do mundo e viver uma experiência internacional durante a graduação ou pós-graduação são algumas das possibilidades do Programa Amigo Universitário. Coordenado pelo Escritório de Cooperação Internacional, a iniciativa aproxima estudantes da PUCRS e colegas internacionais matriculados/as em programas de mobilidade na Universidade.

Para se inscrever no processo seletivo para 2022/2, é preciso preencher o formulário disponível neste link e enviar com o comprovante de matrícula para o e-mail mobilidade.in@pucrs.br até o dia 10 de junho.

Os/as candidatos/as deverão participar de uma entrevista coletiva e individual com os professores do Núcleo de Apoio Psicossocial vinculado ao Centro de Apoio Discente como parte do processo seletivo. As entrevistas terão data e hora divulgados após o fim do período de inscrições.

O que é ser Amigo Universitário

O programa possibilita que estudantes tenham contato com novas culturas, pratiquem um segundo idioma e contribuam com a experiência de mobilidade de novos/as colegas.

Os amigos e amigas universitárias são encorajadas a auxiliar os/as estudantes do exterior em questões acadêmicas e institucionais, bem como a se engajarem com trocas interculturais compartilhando curiosidades, informações, tradições e experiências.

Quem pode participar

Para participar, candidatos/as precisam estar matriculados/as em algum curso de graduação ou pós-graduação da Universidade no momento da inscrição e no semestre seguinte, quando iniciam as atividades como Amigo Universitário.

Aprendizado intercultural

Para a voluntária do Programa, Isadora Rocha Araújo, acadêmica de Arquitetura da Escola Politécnica, participar do programa Amigo Universitário resulta em uma oportunidade incrível para conhecer pessoas e aprender a respeito de diversas culturas através do diálogo em vários idiomas.

Além disso, também auxilia e possibilita a inserção dos alunos/as estrangeiros/as em nossa sociedade de uma forma natural e muito divertida. “Além disso, fazer parte desse maravilhoso programa é ter a certeza que a cada final de semestre, nossas amizades e experiências se tornarão cada vez maiores”, celebra.

Leia também: 5 dicas de como se motivar para estudar um idioma

Arnaldo Antunes

Foto: Jonathan Heckler

Além de encher o Campus de vida, o retorno à presencialidade também tem possibilitado uma jornada de reconexão da comunidade universitária com a cultura. Após centenas de atividades online promovidas pelo Instituto de Cultura da PUCRS – em que artistas levaram música, arte e poesia a milhares de lares durante o período de distanciamento – um reencontro aconteceu pessoalmente, no dia 24 de março, no Salão de Atos. O show Lágrimas no Mar, novo trabalho do cantor e compositor Arnaldo Antunes com o pianista Vitor Araújo, foi composto por uma linguagem interartística que reuniu piano, voz, poesia e audiovisual.

A apresentação, que estava programada para 2020 om o álbum O Real Resiste, aconteceu agora com o novo lançamento do artista, dois anos depois, em consequência da pandemia. Este, inclusive, foi o ponto de partida para definir os contornos de Lágrimas no Mar, seu novo e último disco.

“Foi uma noite pautada por elementos tão preciosos como a poeticidade, a delicadeza, o afeto. Vivenciamos um momento especial, um olhar de delicadeza aos pequenos detalhes do cotidiano. Uma espera de dois anos pelo show O Real Resiste acabou desaguando em Lágrimas no Mar, um show com a união de um pianista virtuoso, incrível como o Vitor, e um cantor e poeta que é o Arnaldo. Foi um momento de destaque da PUCRS Cultura nos últimos anos, trazendo essa possibilidade de viver o Campus e sobretudo pensar a cultura como educação”, destaca o diretor do Instituto de Cultura, professor Ricardo Barberena.

O encontro com a plateia

Cerca de mil pessoas estiveram no evento que, segundo o professor, acabou sendo também uma celebração da vida depois de um momento de tantas perdas. “Março é um sempre um mês especial no nosso Campus, de volta às aulas, de recomeços. O show acabou sendo uma grande arte do encontro com a plateia, com os artistas e a esperança de um presente e de um futuro um pouco mais tranquilo”, destacou.

No repertório, além das novas canções, estiveram clássicos como Socorro e O Pulso. Canções de Marisa Monte, Caetano e Itamar Assumpção também emocionaram o público presente, além da participação especial da cantora Marcia Xavier.

Sobre o show Lágrimas no Mar

Arnaldo Antunes e Vitor Araújo apresentam um show que conta com apenas voz e piano, um formato inédito para ambos os artistas, que uniram o gosto pela experimentação na criação do álbum. O disco reúne novas canções, releituras, interpretações e participações especiais. O show teve interpretação simultânea na Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Sobre o novo álbum

Lágrimas no Mar, álbum lançado em novembro de 2021, é fruto da sintonia criativa da voz de Arnaldo Antunes com os arranjos do pianista Vitor Araújo. O disco foi gravado no estúdio Canto da Coruja, o mesmo em que Arnaldo havia gravado seus dois últimos discos, num sítio no interior de São Paulo. O novo álbum traz em suas canções a compreensão da natureza emocional, resultado da imersão na música e o convívio com a natureza.

Cantora Alcione é a homenageada com o Mérito Cultural PUCRS 2021

Em quase 50 anos de carreira, cantora lançou mais de 30 álbuns / Foto: Marcos Hermes

Em meio às comemorações pelos 73 anos da PUCRS, a Universidade anuncia o Mérito Cultural 2021. Neste ano, a cantora Alcione será homenageada em uma cerimônia online no dia 14 de dezembro, às 21h, com transmissão pelo YouTube. Na ocasião, a artista irá relembrar momentos marcantes de sua carreira artística em bate-papo com Ricardo Barberena, diretor do Instituto de Cultura da Universidade, e receberá a honraria do reitor, Ir. Evilázio Teixeira. 

Alcione é conhecida no mundo todo como uma das maiores intérpretes da música popular brasileira, sendo uma das grandes referências da nossa cultura, sobretudo, por sua história com o samba. A artista recebeu a carta convite para recebimento da honraria pessoalmente, no Rio de Janeiro, pelo professor Ricardo Barberena, diretor do Instituto de Cultura. Além da homenagem feita pela PUCRS, sua vinda ao Rio Grande do Sul celebra o lançamento de seu novo álbum e turnê Tijolo por tijolo. A cantora faz show em Pelotas, no dia 15 de dezembro, no Theatro Guarany e, no dia 16 de dezembro, no Auditório Araújo Vianna em Porto Alegre. 

Leia também: 73 anos fortalecendo uns aos outros

Uma trajetória cantada em mais de 30 álbuns 

Alcione Dias Nazareth é cantora, compositora e multi-instrumentista brasileira. Ao longo de sua trajetória artística, lançou mais de 30 álbuns de estúdio e nove ao vivo.  

Nascida em São Luís do Maranhão, formou-se professora primária e, em 1967, mudou-se para o Rio de Janeiro para seguir sua carreira como cantora. A Marrom, apelido que ganhou desde o início de sua trajetória, começou cantando na noite, em boates de Copacabana.  Assinou o primeiro contrato profissional com a TV Excelsior, apresentando-se no programa Sendas do SucessoEm 1975, lançou seu álbum de estreia A Voz do Samba, com o sucesso Não Deixe o Samba Morrer. Além desse, seus outros maiores discos de sucesso são: Pra que chorar (1977), Alerta geral (1978), Da cor do Brasil (1982), Fogo da vida (1985), Fruto e raiz (1986), Nosso nome: Resistência (1987), Nos bares da vida (2000) e seu último lançamento, Tijolo por tijolo (2020).  

Em 1989, a cantora fundou o Clube do Samba ao lado de grandes nomes como Dona Ivone Lara, Martinho da Vila e Clara Nunes. Junto disso, Alcione se tornou membro destacado da Estação Primeira de Mangueira, fundou a Escola de samba mirim da Mangueira e é presidente de honra do Grêmio Recreativo Cultural Mangueira do Amanhã. Em 2018, a Escola Mocidade Alegre homenageou os 70 anos de vida e os 45 anos de carreira de Alcione através do enredo A voz marrom que não deixa o samba morrer. E sua relação com o Carnaval vai além, já tendo interpretado sambas de exaltação às escolas de samba Estação Primeira de Mangueira, Mocidade Independente de Padre Miguel, Imperatriz Leopoldinense, União da Ilha do Governador, Beija-flor de Nilópolis e Portela.  

Talento traduzido em reconhecimentos 

Ao longo de sua carreira, Alcione recebeu 25 discos de ouro e sete de platina. Foi laureada com a Ordem do Rio Branco (a mais alta comenda do Brasil) e outros importantes prêmios, como as Medalhas Pedro Ernesto e Tiradentes, a Medalha do Mérito Timbiras (a maior comenda do Estado do Maranhão), a Medalha Daniel De La Touche (concedida pela Câmara Municipal de São Luís) e o Prêmio A Voz da América Latina, concedido pela ONU. Em 2003, ganhou o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Samba. Recebeu também da Academia Brasileira de Letras, o Prêmio de Melhor Cantora Popular. Alcione acumula incontáveis feitos ao longo de seus quase 50 anos de carreira e atualmente é uma das maiores intérpretes da música popular brasileira.  

Sobre o Mérito Cultural 

A honraria Mérito Cultural PUCRS simboliza o reconhecimento institucional de uma personalidade do meio cultural. A pessoa homenageada é alguém que tenha transformado a sua vida artística numa trajetória de defesa da cultura enquanto instrumento de humanização e educação. 

Com entrega anual, o Mérito Cultural PUCRS integra o Estatuto e Regimento Geral da Universidade e está inserido nas diversas ações que buscam transformar a Instituição em um polo cultural.  Nos últimos três anos, homenageou a atriz Fernanda Montenegro que apresentou a leitura dramática Nelson Rodrigues por ele mesmo e a cantora Maria Bethânia que, na ocasião, apresentou seu espetáculo Claros Breus, ambas cerimônias aconteceram no Salão de Atos Ir. Norberto Rauch. Em 2020, Lima Duarte foi homenageado em cerimônia online, na qual relembrou sua história e fez a leitura de excertos de João Guimarães Rosa e Padre Antônio Vieira. 

Agende-se para assistir a entrega do Mérito Cultural PUCRS 2021 

O quê? Mérito Cultural PUCRS 2021 – Alcione 

Quando? 14 de dezembro 

Que horas? 21h 

Onde? canal da PUCRS no YouTube 

Coral da PUCRS

Coral da PUCRS / Foto: Camila Cunha

No dia 30 de outubro de 1956, o Coral da PUCRS realizava a sua primeira apresentação. Sua história iniciou dez anos antes, em 1946, quando era conhecido como o Coral do Clube de Línguas Vivas do curso de Letras da Universidade, até que se tornou o Coral da PUCRS, que hoje completa 65 anos de atividades ininterruptas. Em celebração a essa trajetória, o Instituto de Cultura lança um minidocumentário em que os atuais coralistas falam sobre a importância do grupo e do exercício do canto. Você pode assistir o vídeo no YouTube.

Durante os seus 65 anos, o Coral se consolidou realizando inúmeros concertos, óperas, operetas, oratórios, cantatas, missas, entre outros espetáculos. Teve como regentes Ernesto Dewes, Dinah Nery Pereira, Charlotte Kahle, Gilia Gerling e Frederico Gerling Júnior, até chegar à condução de Marcio Buzatto, atual maestro do coral. Ao longo de anos, o grupo foi destaque nos Concertos Comunitários, atingindo um público de 80 mil pessoas ao ano, com shows ao lado de personalidades como Milton Nascimento, Paulinho da Viola e Vanessa da Mata. No cenário internacional, o Coral da PUCRS marcou presença em apresentações como a do Harvard-Radcliffe Collegium Musicum e da banda The Rolling Stones. Além disso, o grupo já participou de inúmeros Festivais de Coros no sul do país e concertos do repertório anual.

Em 2016, em homenagem aos 60 anos de atividades, o grupo recebeu a Medalha da Legislatura, concedida pela Assembleia Legislativa do Estado. Três anos depois, a Lei 169/2016 foi sancionada, reconhecendo o Coral da PUCRS como um grupo de “relevante interesse para a arte e cultura do Estado”.

Coral da PUCRS participará de Festival Internacional

Foto: Divulgação

Coral da PUCRS se adaptou e manteve atividades durante a pandemia

Durante o último ano, mesmo com a pandemia de Covid-19, o grupo não interrompeu suas atividades. Através de encontros online, o maestro deu continuidade a seu trabalho com ensaios virtuais, gravações, saraus e vídeos gravados pelos coralistas de suas próprias casas. Com a ajuda da tecnologia, o Coral da PUCRS continuou participando de encontros e festivais nacionais e internacionais de forma online, como o Festival Internacional Presto de Canto Coral e o 8º Encontro de Corais “Ouro Vozes”, entre tantos outros.

Embora as apresentações ocorram com limitações devido ao distanciamento do ambiente virtual, em celebração aos 65 anos de atividade, os coralistas foram convidados a compartilhar suas impressões sobre a importância de participar da história do grupo. Como a do relato da coralista Ana Völker:

“A prática do canto ajuda muito a trabalhar um campo interno do ser humano porque, principalmente no canto coral, a gente percebe grandes lições de humildade e de respeito. Em um coral não existe ninguém melhor do que ninguém; não existe alguém que quer brilhar mais do que o outro. Estamos todos construindo a mesma peça, a mesma obra, trabalhando pelo mesmo objetivo, e isso não tem preço”.

Confira o minidocumentário em celebração aos 65 anos do Coral da PUCRS:

sociedades indígenas

Foto: Divulgação/MCT-PUCRS

Com o objetivo de unir conhecimento e interatividade, a exposição virtual Práticas Adaptativas Culturais Brasil-Austrália foi desenvolvida para proporcionar aos visitantes um espaço em que é possível se aproximar da história das sociedades indígenas do Brasil e da Austrália. Durante a apresentação, é possível desvendar as similaridades e as curiosidades entre os costumes de ambas as populações. Além disso, a mascote do Museu, EuGênio, estará presente para completar a experiência com jogos e conversas. 

A exibição é resultado de uma parceria entre o Centro de Internacionalização da Educação Brasil-Austrália, a Association of Iberian and Latin American Studies of Australasia (AILASA) e o Laboratório de Arqueologia do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT-PUCRS).  

Sobre a temática sociedades indígenas 

Brasil e Austrália têm dezenas de milhares de anos de interação humana com seus ambientes únicos e variados. A dinâmica desses grupos indígenas e a pluralidade de vozes de seus descendentes contemporâneos são essenciais para explorar a complexa relação entre os ecossistemas naturais, a adaptação humana e a modificação do meio ambiente, história e cosmologia. Dito de outra maneira: “como vemos e cuidamos de nossos lugares no mundo”.  

Ao comparar duas narrativas amplas, únicas e diversas da interação indígena com o meio ambiente, podemos ilustrar a complexidade da adaptação humana e aprender lições aplicáveis sobre nosso relacionamento com o meio ambiente e a sociedade contemporânea. Arqueologia, Antropologia e História são disciplinas essenciais para compreender e explicar como essas dinâmicas ocorreram em partes específicas do mundo.  

Os seguintes módulos “adaptativos” apresentados aqui como estudos de caso, procuram entender as sociedades indígenas de ambos os países. Pois, comparando alguns detalhes e contando pequenas histórias, podemos ver mais claramente como as diferentes condições ambientais influenciam as escolhas culturais tomadas e como, por sua vez, os relacionamentos culturais influenciam os comportamentos adaptativos no futuro.  

É, sem dúvida, um processo fascinante que tem uma longa história e uma complexa inter-relação entre os mais diversos agentes, que está se desenrolando no nosso planeta neste exato momento. 

Acesse e confira a exposição

Leia também: 5 filmes e séries disponíveis em serviços de streaming para praticar idioma

Uma das últimas entrevistas do ator foi em junho deste ano, à PUCRS Cultura / Foto: Matheus José Maria

Uma das últimas entrevistas do ator Sérgio Mamberti, que morreu na madrugada desta sexta-feira (3), em São Paulo, foi em junho deste ano, à PUCRS Cultura, durante a série Ato Criativo 

Um bate-papo mediado pelo professor e diretor do Instituto de Cultura, Ricardo Barberena, reuniu o artista com o escritor Dirceu Alves Jr., com o qual escreveu o livro autobiográfico Sérgio Mamberti: senhor do meu tempo. A conversa foi transmitida pelo canal da PUCRS no YouTube – onde está disponível para acessoA série Ato Criativo tem como objetivo aproximar o público de pessoas que criam em diversas áreas da cultura, proporcionando espaços de bate-papo com artistas. 

Na ocasião, quando questionado pelo professor sobre manter a esperança ativa, o artista que construiu sólida carreira nos palcos e na TV, e deu vida ao querido personagem Doutor Vitor, na série ‘Castelo Rá-Tim-Bum’, da TV Cultura, disse: “A esperança ativa é o que nos alimenta e nos dá esperança de que vai passar. Não é uma ingenuidade, não é um wishful thinking, mas é um desejo, um empenho e um compromisso da gente”. 

Já Dirceu, fez questão de mencionar que a esperança foi algo presente durante toda a vida de Mamberti. “A partir da convivência com o Sérgio neste trabalho do livro, vejo o quanto foi movido por essa esperança ativa. Ele teve grandes momentos, teve muito sucesso, mas também teve muitas dificuldades, enfrentou muitas perdas. Porém, sempre acreditou que daqui a pouco, daqui a uma semana, tudo ia ficar muito bem, ele iria superar. E acho que neste momento, ler este livro também diz um pouco sobre essa perspectiva que a gente precisa ter, de acreditar que alguma coisa tem que acontecer”, comentou.  

Nesta sexta-feira (3/9), após a notícia da partida do ator, o professor Ricardo destacou que a história de Mamberti se confunde com a história da cultura brasileira contemporânea e que sua atividade como ator, diretor e ativista na área das artes, transformou o cenário brasileiro e possibilitou que hoje tenhamos um teatro mais arrojado e contemporâneo.  

“Sérgio Mamberti foi um batalhador pela cultura, para a cultura, e deverá ser lembrado como um ator, como um artista, como um criador que não foge ao seu dever social e que demonstra muito bem a vinculação entre o ético e estético. Não há uma possibilidade dentro da belíssima trajetória do Sérgio de pensar a arte longe da sociedade. Fará muita falta e certamente deixa um legado brilhante de luta pela cultura como um elemento formador de uma identidade nacional”, destaca Barberena. 

O professor lembra ainda de momentos marcantes da carreira do ator. “Sua atuação em Balcão, de Jean Genet, transformou a história do teatro brasileiro, mas também como não lembrar, afetivamente, de tantas infâncias que foram transformadas pelo ‘Castelo Rá-Tim-Bum’? A entrevista com Sérgio foi um raro momento de encontro do humano, do sensível, do afeto, de um gigante da nossa cultura que não perde a simplicidade nos laços humanos e na partilha do sensível”.  

Assista a entrevista completa no canal da PUCRS no YouTube.  

Sobre o ator  

Sérgio Duarte Mamberti foi ator, diretor, produtor, autor, artista plástico e político brasileiro. Formado pela Escola de Arte Dramática de São Paulo, atuou como dramaturgo por mais de 50 anos. Estreou no teatro profissional com a peça Antígone América, escrita por Carlos Henrique de Escobar, produzida por Ruth Escobar e dirigida por Antônio Abujamra. Na década de 1970, trabalhou na dramaturgia brasileira junto com Beatriz Segall, Regina Duarte e Paulo José. Na peça Tartufo, de Molière, dividiu o palco com Paulo Autran sob a direção de José Possi Neto. Em 1988, viveu um de seus personagens mais marcantes, na novela Vale Tudo de Gilberto Braga. Além disso, atuou em filmes, séries, minisséries e outros especiais. Em sua carreira política, foi secretário de Música e Artes Cênicas, secretário da Identidade e da Diversidade Cultural, presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e secretário de Políticas Culturais.

Galeria a Céu aberto: novo site apresenta referências e detalhes das obras - Espaço educativo explora saberes e ideias concebidas por cada artista por trás dos muraisO Instituto de Cultura da PUCRS apresenta o mais novo site Galeria a Céu Aberto, que reúne conteúdos sobre os murais artísticos distribuídos pelo Campus da Universidade. Além de expor imagens e vídeos das obras, foram desenvolvidos textos especialmente para o espaço online, que permite que o público conheça mais sobre os artistas envolvidos no projeto. 

Também é possível encontrar referências e inspirações por trás de cada uma das três obras realizadas até o momento. O site está dividido em seis seções, com uma navegação intuitiva para quem deseja explorar e conhecer mais sobre os conceitos, detalhes dos murais, informações sobre cada profissional e seus trabalhos artísticos. 

Galeria a Céu Aberto é um projeto iniciado em 2017, que teve o primeiro mural finalizado em 2019, pelo artista Kelvin Koubik. Também conta com as obras de Paula Plim e Renan Santos. Os três murais estão localizados na Rua da Cultura e na Escola de Humanidades. 

Segundo o diretor do Instituto de Cultura, Ricardo Barberena, a ideia é que seja criado pelo menos um novo mural a cada ano, com a proposta de inserir ainda mais arte e humanismo na vida diária de quem anda no Campus.  

Para saber mais acesse o site oficial do projeto.

Já pensou em aprender um novo idioma com outro alfabeto?

Aprenda um novo alfabeto estudando língua russa!/Foto: Pexels

Realizar sonhos, viajar para outros países, conhecer diferentes culturas, ampliar possibilidades de aprendizado. Cada um de nós tem seus motivos para aprender um novo idioma. Os interesses podem até variar de pessoa para pessoa, mas em um ponto todos concordam: os horizontes se expandem e novas formas de se conectar com o mundo se apresentam quando você se aprofunda em uma nova língua.

O interesse de André Berner pela literatura russa foi um exemplo disso. Cativado pela escrita de Dostoiévski, buscou formas de se aproximar da cultura do país estudando o idioma, a princípio por conta própria e, posteriormente, por meio de cursos formais. Cursando o nível 20, na modalidade online do Centro de Idiomas da PUCRS (Lexis), André ressalta a importância da troca de experiências e o contato com pessoas com interesses comuns, seja para o aspecto profissional ou pessoal.

A experiência com o curso de língua russa está sendo ótima. A professora Alexandra Noreyko é nativa do país e uma excelente profissional, além de ter um bom contato com o Brasil e, por isso, entender bastante a dinâmica e necessidades dos alunos, ajustando a didática e metodologia à nossa realidade. Acredito que estudar um novo idioma é sempre positivo, não somente para abrir possibilidades profissionais, mas para ampliar nossa visão de mundo e nos dar um novo olhar sobre nossa própria língua”, comenta o estudante.

É possível aprender um novo idioma online?

A migração para a modalidade online foi realizada em abril do ano passado, devido à pandemia do coronavírus. O formato remoto permanece vigente para os cursos de idiomas durante o segundo semestre de 2021, em conformidade com as orientações de ampliação gradual e controlada das atividades presenciais no Campus.

Para Leonardo Pilatti, estudante de Italiano Avançado II, a vivência no modelo online tem sido bastante positiva. Segundo ele, o êxito é resultado da dinâmica da aula e do método utilizado pelo professor. “É praticamente o mesmo de quando eu fazia o curso presencial. Ele teve muita habilidade para manter a qualidade das aulas no meio digital sem impactar o aprendizado”, destaca.

Leia também: Saiba mais sobre o modelo de aulas do segundo semestre

A motivação de Leonardo veio do seu envolvimento com projetos profissionais. Atuante da área de tecnologia, trabalha em colaboração com colegas residentes de cidades na Itália e utiliza os conhecimentos na língua diariamente. Para ele, os estudos em italiano contribuíram, inclusive, para uma melhora na sua forma de se expressar em português.

“Aprender um novo idioma é sempre um desafio, uma experiência que começa despretensiosa. Na medida que se avança, você vai entendendo, desenvolvendo-se na comunicação e tem a satisfação de entender um texto, uma conversa. A possibilidade de ler as opiniões, críticas na língua de origem, sem traduções, é muito mais envolvente e interessante. No português, também passei a expressar corretamente tempos verbais que muitas vezes nem se pensa na hora de falar”.

Aprenda a falar alemão no LEXIS

Amplie as possibilidades de bibliografias na sua área/Foto: Pexels

Assim como Leonardo, Laura Utz ingressou no universo dos idiomas com uma finalidade bem definida. Professora e pesquisadora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, a estudante de Alemão V vê no idioma uma oportunidade de qualificar ainda mais a sua atuação na academia e ampliar seus canais de pesquisa na Biologia, já que a área conta com uma vasta bibliografia em alemão.

Leia também: Turmas de idiomas têm aulas com professores nativos de diferentes países

Além dos ganhos profissionais, Laura destaca os benefícios de “exercitar o cérebro e conhecer pessoas de outras áreas”. Para ela, a experiência foi tão positiva que chegou a influenciar a filha a iniciar os estudos de Espanhol na PUCRS.

“Estou gostando muito das aulas. Mesmo online elas são muito dinâmicas, conseguimos fazer atividades em grupo, treinar pronúncia, fazer jogos. Acho que está sendo bastante produtivo. Além disso, o curso é disponibilizado em quatro módulos por ano, com opções de cursos intensivos – o que eu acho um diferencial”, finaliza.

Conheça novas formas de se conectar com o mundo

Os cursos de idiomas do Lexis estão com inscrições abertas até o dia 13 de agosto. As novas turmas remotas contam com opções de aulas em diferentes níveis de alemão, espanhol, francês, inglês, italiano, mandarim, japonês e russo. Para conhecer o portfólio completo de cursos acesse o site do Centro de Educação Continuada (Educon).

QUERO ME INSCREVER