parque-esportivo-pucrsO Parque Esportivo da PUCRS promove, entre os dias 25 e 29 de julho, uma colônia de férias para crianças de 7 a 10 anos. As atividades ocorrem das 13h30min às 18h e envolvem ginástica olímpica, natação, futebol, jump dance, atletismo e uma visita ao Museu de Ciências e Tecnologia da Universidade. As inscrições estão abertas até o dia 20 de julho e podem ser feitas na recepção do Parque Esportivo. Informações adicionais pelos telefones (51) 3320-3622 ou (51) 3320-3910.

Apresentar temas do mundo adulto para crianças, de forma didática e divertida. Essa é a ideia norteadora do projeto Hora do Suki, criado por quatro futuras jornalistas que estudam na Faculdade de Comunicação Social da PUCRS (Famecos). Carolina Weber, Kim Pereira, Jéssica Wolff e Mariana Soletti produzem vídeos de um fantoche de cachorro, o Suki, explicando temas que vão de feminismo até Beatles. O projeto surgiu na disciplina de Projeto Experimental Online, ministrada pelos professores Andréia Mallmann, Fabio Canatta e Karen Sica. Nos vídeos, Kim é a responsável pelos movimentos e pela voz de Suki, que esclarece os assuntos para Mari, personagem interpretada pela aluna Mariana e que representa crianças de 6 a 10 anos. Jéssica e Carolina cuidam de toda a produção durante a gravação. O roteiro é construído por todas as integrantes. Os vídeos estão disponíveis no canal do Youtube Hora do Suki (youtube.com/horadosukioficial).

Segundo Kim, a ideia surgiu de uma conversa com Carolina, quando sugeriu à colega um programa voltado para crianças. Depois de apresentarem um esboço do projeto para Jéssica e Mariana, conversaram com os professores, que apoiaram a iniciativa. Kim reforça que Suki é um amigo dos pais para facilitar explicações de diversos assuntos, como o tabagismo, por exemplo. “Provavelmente toda criança já viu alguém fumando, mas não sabe o que isso significa para a saúde”, exemplifica.

Para Jéssica, as pessoas opinam muito e as crianças nem sempre entendem o que está acontecendo. “O Suki existe para deixá-las preparadas para que no futuro tenham opiniões embasadas. O principal propósito é educá-las para que se tornem cidadãs conscientes”, pontua. O fantoche já abordou outros temas, como impeachment. Carolina conta que uma amiga do grupo filmou sua prima de seis anos logo após ver o vídeo sobre impeachment. A pequena disse: “é o que está acontecendo com a presidente do Brasil”. Naquele momento, a equipe percebeu que o projeto estava alcançando seu objetivo.

As estudantes encaram cada vídeo como uma pauta. “Mesmo que seja jornalismo para crianças, não deixa de ser jornalismo”, analisa Kim. Mariana acrescenta que os temas não são necessariamente factuais, e a equipe busca também elementos históricos para servirem de embasamento, dando uma ideia do que será aprendido na escola. O plano para o futuro é conseguir incubar o projeto na Incubadora da PUCRS, a Raiar, e continuar gravando vídeos. “Mais do que entreter as crianças, nós queremos ensiná-las”, finaliza Kim.

Fachada do Parque Esportivo - Prédio 81Entre os dias 25 e 29 de julho, o Parque Esportivo da PUCRS promove uma colônia de férias para crianças de 7 a 10 anos. As atividades ocorrem das 13h30min às 18h e envolvem ginástica olímpica, natação, futebol, jump dance, atletismo e uma visita ao Museu de Ciências e Tecnologia da Universidade. As inscrições estão abertas até o dia 20 de julho e podem ser feitas na recepção do Parque Esportivo. O investimento para o público interno é de R$ 180. O valor para o público externo é de R$ 200. Informações adicionais pelos telefones (51) 3320-3622 ou (51) 3320-3910.

Por que não gosto da hora de dormir?Assunto que preocupa muitos pais, o sono de bebês e crianças está sempre nas rodas de conversas de quem tem filhos pequenos. Mas, com a ajuda da família, a hora de dormir pode ser um momento prazeroso, com bastante tempo de sono. Este é o propósito da neuropediatra e professora da Faculdade de Medicina da PUCRS Magda Lahorgue Nunes e da psicóloga e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde da Universidade Luciana Tisser, que lançaram a obra Por que não gosto da hora de dormir?, da editora Sinopsys. Com uma linguagem leve e didática e muitas ilustrações, o livro é direcionado às crianças, mas pode também ser lido pelos pais, e dá dicas simples e práticas para auxiliar este momento.

Segundo Magda, estudos mostram que de 5 a 30% da população de 0 a 19 anos tem problemas de sono. E o papel dos pais é primordial: são eles que devem estabelecer a rotina, em que todos os dias a criança faz o mesmo processo antes de ir para a cama, no mesmo horário, o que a deixa mais segura por saber o que vai acontecer. Luciana lembra que, além da falta de rotina, os vilões são os hábitos familiares inadequados no processo de adormecimento, a má alimentação e a ansiedade – tanto infantil quanto dos pais e cuidadores.

Muitos costumes considerados inofensivos acabam prejudicando a qualidade do sono, como assistir desenhos antes de dormir. “Os eletrônicos hiper-excitam o cérebro e a luz emitida por eles informa inadequadamente o organismo que ainda é dia. Quando escurece, começa a produção de melatonina, que prepara para o adormecimento. Estes aparelhos confundem e atrapalham esta produção”, afirma Luciana. O ideal é manter os pequenos longe da TV, tablets e smarthphones de uma a duas horas antes de ir para a cama.

E o que é considerado normal para cada faixa etária? Magda esclarece que, no primeiro mês, o bebê tem o ciclo de dormir, acordar e mamar repetidamente. A partir do segundo mês, já consegue diferenciar o dia e a noite. Já depois do sexto ou sétimo mês, uma criança saudável e com um bom ganho de peso pode dormir dois grandes intervalos durante a noite, acordando somente uma vez para mamar. Já a partir de um ano, não é mais necessário despertar para mamar durante a noite.

Para os maiores, os grandes vilões são o medo e os pesadelos: “Quando eles se tornam muito repetitivos, talvez seja necessário um acompanhamento psicológico”, lembra a pesquisadora. Além disso, a insônia (dificuldade para dormir ou acordar várias vezes durante a noite) e as situações em que a criança associa o ato de dormir a alguma pessoa, ação ou objeto podem atrapalhar o sono, e são caracterizados como aspectos comportamentais. “A privação do sono traz prejuízos cognitivos e comportamentais, como irritabilidade e falta de concentração”, ressalta.

Há, porém, casos de doenças mais graves ligadas ao tema, como a Síndrome da Apnéia Hipopnéia Obstrutiva do Sono, em que a pessoa para de respirar momentaneamente enquanto dorme. “Quando a doença é crônica e não tratada, pode levar a problemas pulmonares, cardíacos e ao déficit cognitivo” alerta Magda.

Bebê dormindo

Foto: fujikama/pixabay.com

Pesquisas na área

Uma das mais recentes pesquisas feitas na área, na PUCRS, divulgada no The Journal of Pediatrics no final do ano passado, concluiu que as crianças de 1 a 4 anos que dormem menos de dez horas por noite são mais propensas a ter excesso de peso ou obesidade. A dissertação de mestrado da aluna do Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde, Camila El Halal, foi orientada pela professora Magda.

Outra pesquisa inédita está em fase de coleta de dados e busca fazer uma avaliação do sono de crianças e adolescentes brasileiros, de 0 a 19 anos. Pais podem participar respondendo a um questionário disponível no link j.mp/1sK1qzE. Também orientada por Magda, a pesquisa Avaliação das características do sono e prevalência de distúrbios em crianças e adolescentes brasileiros: estudo de base populacional integra a tese de doutorado da aluna Geciely de Almeida, do Programa de Pós-Graduação em Pediatria e Saúde da Criança da PUCRS.