Vida pós-pandemiaO contexto vivido desde março de 2020 está se transformando gradualmente. Com o avanço da vacinação mundial e a retomada de algumas atividades, algumas reflexões sobre o que esperar do futuro se tornam mais presentes. Como será a vida pós-Covid-19? O que é esse “novo normal”? Quais reflexos ainda estarão presentes no dia a dia das pessoas? A série Vida pós-pandemia traz reflexões e opiniões de pesquisadores da Universidade em diferentes áreas sobre o assunto. Abaixo, você confere um olhar sobre comunicação, negócios e tecnologias. 

Comunicação e tecnologias em alta 

Durante a pandemia, a tecnologia se tornou ainda mais fundamental nas relações sociais, de trabalho e de consumo. Para o professor da Escola de Comunicação, Artes e Design Eduardo Pellanda, o momento histórico em que vivemos oportunizou a observação da sociedade em uma condição de mudança brusca. 

“Aprendemos como as pessoas são adaptáveis a novas situações e como muda a relação com a tecnologia nestes momentos. O resultado desta experiência será uma sociedade mais madura digitalmente, mas com carência de contato humano. A convergência disto vai ser o novo ambiente híbrido que vamos começar a observar com todos os detalhes no futuro”, comenta. 

Agora, as pesquisas da área da comunicação estão voltadas para entender como podemos mapear o que foi mais eficiente e quais são as carências das comunicações entre as pessoas nesse cenário. “Esse momento único vai nos ajudar a desenhar o mundo pós-pandemia e mudar relações de trabalho e sociabilização. Novas funções, profissões e oportunidades estão emergindo desta experiência. Devemos ter um boom de inovações a partir disso”, afirma o professor.  

Ainda de acordo com Eduardo, a pandemia ajudou a selar algumas tendências na área da comunicação, como a consolidação de plataformas de streaming, podcasts, lives e conteúdos on demand. “Algumas destas já observamos há anos, mas momentos como este servem como gatilho para que mais pessoas passem a utilizá-las”. Este momento encorajou mais pessoas a testarem novas formas de realizar as suas atividades do cotidiano, como passar a utilizar bancos digitais e ter aulas online. O professor acredita também que a comunicação teve mudanças positivas, impulsionando a valorização da experiência do usuário em todos os processos de criação.  

Na pandemia, o jornalismo teve o papel fundamental de informar a sociedade sobre questões de interesse público e orientações sanitárias, sendo um dos serviços essenciais neste período. “Observamos um alto nível de assinaturas digitais subindo, não só de grandes publicações, como também de produtos digitais de jornais do interior”, comenta Eduardo.  

Os impactos nos negócios   

Para Augusto Alvim, o coordenador do Programa de Pós-graduação em Economia da Escola de Negócios, a pandemia reforçou os impactos negativos de anos anteriores, especialmente da crise de 2008, da crise migratória de 2014 na economia mundial e, mais recentemente, do Brexit (a saída do Reino Unido da União Europeia). 

Com a escassez de produtos importados, os países incentivaram a produção local e também impuseram mais barreiras comerciais. Esta foi uma forma reduzir a dependência de fornecedores internacionais e que também causou a reorganização das cadeias globais, com menos cooperação internacional em alguns casos. O cenário contribuiu positivamente para o crescimento da venda direta e online, com a maior familiaridade da população com novas tecnologias de informação, incentivando o consumo local. 

Por outro lado, “este protecionismo comercial afeta negativamente o crescimento econômico e o fluxo comercial. Cada vez mais é importante promover ações colaborativas para a retomada da atividade econômica e o aumento do comércio”, afirma. Sobre quanto tempo levaremos para uma recuperação pós-pandemia na área econômica, o professor afirma que ainda é cedo para fazer qualquer previsão.  

“Esse é um cenário inédito na economia mundial que ainda está em andamento e de difícil previsão das consequências em termos de impactos sobre a sociedade. Por certo, temos que a pandemia contribuiu para aumentar os efeitos negativos sobre as classes mais pobres e uma maior desigualdade de renda entre países”, completa. 

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Relatório desigualdade nas metrópoles

Queda na renda per capita média do trabalho na Região Metropolitana de Porto Alegre foi de R$ 258, em 2020, para R$ 152 em 2021/Foto: Gordon Shukwit/Flickr

A quarta edição do Boletim – Desigualdade nas Metrópoles levanta dados extremamente preocupantes acerca dos efeitos que a pandemia da Covid-19 provocou, ao longo de um ano, no que diz respeito à renda e sua distribuição entre os moradores da região metropolitana de Porto Alegre. O estudo é fruto de uma parceria entre a PUCRS, o Observatório das Metrópoles e a RedODSAL. Os dados utilizados são provenientes das PNADs Contínuas, produzidas IBGE.

De acordo com os dados levantados pelo estudo, o percentual de pessoas vivendo em domicílios com renda per capita do trabalho menor que ¼ do salário mínimo, na região metropolitana de Porto Alegre, era de 17% no início da série histórica (2012). Já no primeiro trimestre de 2020 chegava a 20%. E apenas um ano depois, no 1º trimestre de 2021, alcançou o patamar de 28%. Em termos absolutos, isso significa que em apenas um ano o número de pessoas nessa situação passou de 899.092 para 1.182.172. Ou seja, mais de 280 mil pessoas caíram abaixo desse patamar de renda durante a pandemia na metrópole gaúcha.

Segundo Andre Salata, professor da PUCRS e um dos coordenadores do estudo, os números que trazemos expressam o que qualquer morador da grande Porto Alegre percebeu ao longo do último ano, com o aumento sensível do número de pedintes, desempregados, vendedores ambulantes e pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade. “Em um cenário de diminuição acentuada da renda média, e de uma piora substantiva na sua distribuição, os resultados não poderiam ser diferentes, fazendo milhares de famílias caírem para estratos de rendimentos mais baixos”, ressalta.

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Os dados mostram que no primeiro trimestre de 2021 a média móvel do coeficiente de Gini na Região Metropolitana de Porto Alegre, que mede a desigualdade de rendimentos do trabalho (quanto mais alto o valor, maior a desigualdade) atingiu seu maior valor na série histórica, iniciada em 2012, chegando a 0,631. Isso significa que o nível de desigualdade da renda do trabalho foi o mais elevado em todo o período observado. Um ano atrás, no primeiro trimestre de 2020, antes de sermos atingidos pela crise da Covid-19, essa média do Gini era de 0,601. Nas regiões metropolitanas de Curitiba e Florianópolis a desigualdade também aumentou, chegando a 0,585 e 0,593, respectivamente.

Boletim desigualdade nas metrópoles

Efeitos sociais da pandemia não mostram sinais de arrefecimento no primeiro trimestre, motivo pelo qual a manutenção do auxílio emergencial é imprescindível/Foto: Pixabay

Segundo Salata, o aumento das desigualdades na grande Porto Alegre já vinha ocorrendo desde 2015. Ou seja, já partimos de um patamar extremamente elevado.

“No último ano, no entanto, há um enorme salto nessa desigualdade, fruto de um contexto onde quase todos perdem, mas os mais pobres perdem relativamente muito mais. O resultado é que, na metrópole gaúcha, enquanto no início de 2020 os 10% do topo da distribuição de renda ganhavam, em média, 27 vezes mais do que os 40% da base da distribuição de renda em nossas metrópoles, agora eles ganham 42 vezes mais. Portanto, hoje a metrópole de Porto Alegre é muito mais desigual do que era no primeiro trimestre de 2020, antes da pandemia”, destaca o pesquisador.

A pesquisa mostra ainda que entre os 40% mais pobres, na região metropolitana de Porto Alegre, o rendimento per capita do trabalho caiu 41% entre o 1º trimestre de 2020 e o 1º trimestre de 2021. Para os 50% de renda intermediária a queda foi de 9%. E para o estrato de renda dos 10% do topo da distribuição a queda foi de 10%. Portanto, apesar de ter ocorrido redução de rendimento em todos os estratos de renda, a queda foi muito mais pronunciada para os mais pobres, cuja renda per capita média do trabalho passou de R$258 para R$152 entre o 1º trimestre de 2020 e o 1º trimestre de 2021.

Segundo os pesquisadores, os dados ainda mostram que os efeitos sociais da pandemia em nossas metrópoles não mostram sinais de arrefecimento no primeiro trimestre de 2021. “O auxílio emergencial continuará cumprindo um papel fundamental por mais alguns meses, até que se façam sentir os efeitos do avanço da vacinação e de um eventual aquecimento do mercado de trabalho, que deveria ser induzido pelo governo”, afirma Salata.

PUCRS PESQUISA

Acompanhe nos canais da Universidade as novidades sobre os mais de 2 mil projetos de pesquisa em andamento. Em tempos em que a ciência mostra cada vez mais a sua relevância nas mais diferentes esferas da sociedade, queremos apresentar, informar e celebrar o conhecimento desenvolvido pela nossa comunidade.

 

Foto: Pixabay

Um estudo recente publicado pela PUCRS, UFRGS e UFCSPA, em parceria com a Secretaria de Saúde de Porto Alegre (SMS), mostrou que as medidas não farmacológicas durante a pandemia diminuíram drasticamente o número de hospitalizações por doenças respiratórias em crianças de zero a 18 anos na Capital.  

De 2018 a 2020, foram 10.109 admissões hospitalares devido às causas respiratórias. Ao compararmos os anos de 2018 e 2019 com 2020, o percentual de redução das hospitalizações por bronquiolites foi superior a 90%, asma a 60%, pneumonias 80%. Além disso, o custo do sistema público, devido às internações por doenças respiratórias em crianças, reduziu em 70%. Os resultados foram publicados na revista Paediatric Respiratory Reviews. 

Redução também foi significativa a nível nacional 

O impacto do distanciamento social na saúde respiratória das crianças também foi tema do artigo publicado pelo professor Leonardo Pinto, em que a nível nacional também mostrou uma grande redução nas hospitalizações de crianças com bronquiolite. Publicado na revista Clinical Infectious Diseasesos resultados mostraram uma redução significativa das internações (menos 70%) por bronquiolite aguda em crianças com menos de 1 ano no Brasil. De acordo com o pesquisador, os resultados podem orientar estratégias de prevenção da disseminação viral. 

Segundo a professora da Escola de Medicina da PUCRS Rita Mattiello, as medidas de prevenção como uso de máscara, particularmente quando a pessoa apresenta sintomas respiratórios, lavagem das mãos frequente e de forma adequada e uma melhor ventilação dos ambientes podem contribuir de forma importante com a diminuição das hospitalizações de crianças devido a problemas respiratórios.

Exame PCR e protocolos proporcionam mais segurança para profissionais e empresas - Teste do Instituto do Cérebro que identifica a presença da Covid-19 é classificado como Padrão Ouro pela Organização Mundial da Saúde

Uma das educadora da equipe Marista / Foto: Divulgação

Apesar de a previsão de que toda a população acima de 18 anos no Rio Grande do Sul receba a primeira dose da vacina contra a Covid-19 ao longo dos próximos meses ser animadora, ainda é necessário manter os cuidados de segurança e higiene, assim como o distanciamento social. Um dos serviços disponíveis que auxiliam empresas e organizações que estão atuando em um modelo híbrido e flexível nessa questão é a testagem de equipes para a identificação do coronavírus. 

O exame RT-PCR disponibilizado pelo Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer) é classificado como Padrão Ouro pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e identifica se há presença do vírus ativo com alta taxa de precisão. 

O diagnóstico pela técnica conhecida como PCR (Polymerase Chain Reaction) consiste em coletar pequenas frações do vírus, gerar cópias de diferentes regiões e detectar a emissão de um sinal relativo à geração das cópias dessas partículas virais. Daniel Marinowic, pesquisador do InsCer, explica os diferentes tipos de testes para Covid-19 

Educadores e educadoras realizam o exame PCR 

Com a premissa de seguir cuidando das comunidades escolares, em uma ação conjunta com o InsCer, os/as colaboradores/as dos Colégios Maristas do Rio Grande do Sul, das Unidades Sociais Maristas, da Estrutura Executiva e das Instâncias Corporativa e Canônica da Rede Marista realizaram no mês de junho o exame RT-PCR, que identifica a presença do novo coronavírus por meio das vias respiratórias. 

Para o gerente educacional dos Colégios da Rede Marista e coordenador do Centro Operações de Emergências do Empreendimento (COE-Saúde Marista), Luciano Centenaro, a operação proporciona segurança para as famílias, estudantes e colaborares/as: “Trata-se de um benefício para os colaboradores que pode ser adicionado aos cuidados protocolares que estamos tendo. Isso, junto à aplicação rigorosa de nossos protocolos, demonstra o quanto primamos pela saúde de nossos colaboradores” aponta. 

Como agendar o exame para a sua equipe 

O InsCer é referência nacional e internacional em pesquisa, desenvolvimento e assistência. Você encontra qualidade, tecnologia e agilidade com testes de alta precisão e laudos emitidos em português, inglês e espanhol para os seguintes exames: 

Saiba mais informações pelo telefone (51) 3320-5900. 

Pesquisadores da PUCRS desenvolvem novo teste para coronavírus - Alternativa de exame possibilita diminuir custos e ter resultados mais rápidos

Novo teste identifica pessoas negativas para Covid-19/Foto: Divulgação/InsCer

Os institutos da PUCRS geram impacto e beneficiam diferentes setores da sociedade com ações, projetos e serviços. Entre eles estão o Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG) e o Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), que durante a pandemia ocasionada pela Covid-19 tiveram uma atuação marcante. Mais uma vez, a Universidade mostra sua relevância em momentos de crise, buscando soluções para problemas complexos. Conheça algumas iniciativas dos Institutos da PUCRS no combate à pandemia. 

Um olhar para a terceira idade 

Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS (IGG) se dedica a ações interdisciplinares relacionadas ao envelhecimento humano. Para isso, são realizadas pesquisas que contam com laboratórios e com um corpo docente altamente qualificado A Universidade Aberta para Terceira Idade (Unati), que busca promover o envelhecimento saudável e com autonomia, também faz parte do IGGFoi nessas duas frentes que esse instituto atuou diante os desafios pandêmicos. 

Visando acompanhar, durante o período de um ano, idosos em idade avançada e com saúde vulnerável provenientes do SUS, o IGG está desenvolvendo a pesquisa Marcadores sociodemográficos, comportamentais, clínicos e moleculares para a identificação de idosos com risco de infecções graves pela Covid-19. Coordenada pelo diretor da instituição, Douglas Kazutoshi Sato, ela foi contemplada pelo edital PPSUS da Fapergs e é realizada em parceria com o Hospital São Lucas.  

Leia também: Projetos de Pesquisa da PUCRS vão contribuir com o SUS no Rio Grande do Sul 

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Foto: Camila Cunha/PUCRS

Com esse estudo, a instituição espera compreender de que forma esses idosos são afetados pela Covid-19, como o sistema imunológico deles responde às vacinas e à infecção pelo vírus e identificar marcadores para outras infecçõesA partir dos resultados dessas análises poderão ser realizadas ações de combate ao coronavírus, como a criação de protocolos clínicos específicos para o manejo da doença nessa população, o incentivo para a criação de políticas públicas de saúde voltadas à proteção do idoso no SUS, especialmente os que estão sujeitos a quadros mais graves da doença, e contribuições com o plano nacional de prevenção de infecções e vacinação em idosos 

Outra pesquisa de destaque também foi realizada pelo professor Sato, em parceria com a Universidade de Keio, em Tóquio. Denominado Hábitos comportamentais de japoneses, descendentes e não descendentes de japoneses diante da pandemia pela Covid-19o projeto está tendo seus dados analisados, mas indica que diferenças comportamentais e culturais podem ter contribuído para a discrepância no número de contaminações ao comparar ambas as populações. O estudo foi realizado por meio de um levantamento de dados pela plataforma Qualtrics e participaram dele 4.704 indivíduos, 2.685 do Brasil e 2.019 do Japão. O objetivo é de que essa pesquisa possa auxiliar na revisão das medidas profiláticas adotadas em pandemias, identificando hábitos comportamentais preventivos que contribuem para a preservar a saúde. 

Além disso, através da Unati, o IGG promoveu conteúdos, lives e cursos voltados aos idososincluindo eventos gratuitos. Essa é uma maneira de fornecer conhecimento a esse público, além de facilitar a interação com outras pessoas da mesma faixa etária, o que é de extrema importância durante a pandemia para auxiliar no cuidado à saúde mental do idoso. 

Ações que impactam no cotidiano 

Já o InsCer atua em duas frentes: na pesquisa e na assistência. Para oferecer o melhor resultado à população em cada uma delas, conta com um time de neurocientistas renomados internacionalmente e oferece exames de imagem com tecnologia de alto nível. Suas ações durante a pandemia foram voltadas, principalmente, a problemas cotidianos, como as dificuldades de aprendizado de crianças em idade de alfabetização sem atividades presenciais nas escolas, diagnósticos de casos suspeitos de Covid-19 e alterações neurológicas e psicológicas causadas tanto pelo isolamento social quanto pela contaminação pelo coronavírus. 

Já no começo da pandemia no Brasil, em abril de 2020 o Laboratório de Biologia Molecular e Imunologia do InsCer passou a oferecer exames RT-PCR – responsáveis por detectar a infecção pela Covid-19 durante o período sintomático da doença – com resultado em 24h para empresas, escolas e pessoas físicas. Mais tarde, disponibilizou o teste RT-PCR Fast, com resultados que saem em 4h, de acordo com janelas específicas durante o dia. Todos os laudos são emitidos em português, inglês e espanhol. Além disso, também foi oferecida a coleta domiciliar do exame, no intuito de auxiliar no diagnóstico de quem não tem a possibilidade de sair de casa, como idosos acamados, por exemplo.  

Saiba mais: InsCer oferece diferentes opções de exame RT-PCR para Covid-19 

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Até dia 30 de junho é possível participar da pesquisa do InsCer sobre o sono na pandemia/Foto: Shutterstock

Enquanto isso, pensando na realidade de ensino remoto, a qual impediu crianças de frequentarem presencialmente instituições de ensino, o Instituto desenvolveu o aplicativo Graphogame, um jogo educacional que tem como objetivo auxiliar crianças de 4 a 9 anos no processo de alfabetização. Ele chegou no Brasil por meio do Ministério de Educação, em iniciativa conduzida pelo pesquisador do InsCer, Augusto Buchweitz 

Por fim, o Instituto do Cérebro, que é referência em pesquisas sobre questões relacionadas à Neurociência, também se destacou na área durante a pandemia, liderando três importantes estudos sobre o assunto:  

Além disso, pesquisas relacionadas ao coronavírus realizadas pela instituição foram publicadas em revistas internacionais. 

Conheça outras ações da PUCRS no combate à PANDEMIA

Essa é a última de uma série de matérias que compilam ações da Universidade no combate à pandemia.  

Leia também: PUCRS contra a Covid-19: estudantes e professores desenvolvem ações 

Mais perto do abraço: estudantes de Enfermagem vacinam familiares que trabalham na PUCRS - Três amigas puderam aplicar a primeira dose da vacina contra a Covid-19 nos pais que trabalham na Universidade e integram o grupo prioritário de trabalhadores da educação

As três estudantes de Enfermagem e amigas / Foto: Reprodução

Em meio à emoção da vacinação de profissionais da área da educação contra a Covid-19, surge a esperança de poder voltar a abraçar e ver de perto as pessoas queridas novamente. Três alunas do curso de Enfermagem da Escola de Ciências da Saúde e da Vida puderam vacinar familiares no Hall da Biblioteca Central Irmão José Otão. A imunização teve início nesta semana na Universidade e terá continuidade na próxima segunda-feira, 21 de junho.

As colegas de curso e amigas Brenda Pereira, Giullia Poersch e Jennifer Lipert compartilharam na última segunda-feira, 14 de junho, o momento aguardado há mais de um ano: aplicaram a primeira dose do imunizante na mãe, no pai e no padrasto, respectivamente.

Para Giullia, que vacinou o pai no dia que seria o aniversário da sua mãe, que faleceu quando ela ainda era criança, a oportunidade foi gratificante, “principalmente em meio à uma pandemia que tirou vários familiares de tantas pessoas”. O pai, Adriano Poersch, trabalha como vigilante há oito anos na PUCRS e conta que a formação acadêmica da filha na Universidade é um sonho desde sempre:

“É uma satisfação estar aqui vendo que ela anda a passos largos. Após a grande emoção do nascimento de um filho as maiores emoções vêm a ser no que eles se tornam, as surpresas do dia a dia. Naquele dia nada estava dando certo, uma fila que não terminava mais e eu atrasado para o trabalho. Do nada ela aparece e me diz que era para eu esperar, pois ela ia me vacinar. Aí já fiquei emocionado e veio a vontade de chorar. Me senti especial, me senti muito seguro, pois era a minha menina que ia cuidar de mim”.

Mais perto do abraço: estudantes de Enfermagem vacinam familiares que trabalham na PUCRS - Três amigas puderam aplicar a primeira dose da vacina contra a Covid-19 nos pais que trabalham na Universidade e integram o grupo prioritário de trabalhadores da educação

Aluna Brenda e a mãe Carla Pereira / Foto: Reprodução

Carla Pereira, mãe de Brenda, também é vigilante na PUCRS e destacou o orgulho que sente da filha ao vê-la atuando na linha de frente e ajudando outras pessoas na profissão que escolheu:

“Naquele dia me passou um filme na cabeça. Quando ela tinha 11 anos de idade e a gente descobriu que ela tinha Diabetes Tipo 1, eu aplicava insulina nela quatro vezes ao dia. Agora, aos 20 anos, é como se ela estivesse retribuindo, cuidando, zelando pela minha saúde, com o mesmo sentimento de risco de vida que eu tinha com ela aplicando as insulinas. Ela estar participando neste momento tão importante de imunização, de esperança, de um futuro, representa um marco histórico na nossa vida, um orgulho por ela estar se dedicando tanto aos estudos e tendo a certeza da importância que representa a profissão que escolheu”.

Carla conta ainda que, desde que iniciou o trabalho na vigilância da PUCRS, em 2008, sua vida mudou. Com o subsídio que a Universidade oferece aos colaboradores e familiares para os estudos, ela se formou em Direito e agora a sua filha está cursando Enfermagem.

Em um momento em que muitos sentimentos afloraram, por lembrar que o seu avô faleceu no Natal de 2020 por causa do coronavírus, Jennifer também imunizou Maurício Lipert, o padrasto, que ela considera pai.

Mais perto do abraço: estudantes de Enfermagem vacinam familiares que trabalham na PUCRS - Três amigas puderam aplicar a primeira dose da vacina contra a Covid-19 nos pais que trabalham na Universidade e integram o grupo prioritário de trabalhadores da educação

Aluna Jennifer e o padrasto Maurício Lipert / Foto: Reprodução

“É linda demais a profissão que ela escolheu, ainda mais em meio a uma pandemia mundial. Decidiu ajudar as pessoas se doando e acreditando em um futuro melhor para todos. É uma guerreira, meu orgulho. O subsídio e incentivo que a Universidade oferece para os estudos é imprescindível. A PUCRS pensa no futuro dos seus profissionais e familiares. Eu só tenho a agradecer pela oportunidade, aqui me sinto em casa e acolhido, pois temos uma estrutura imensa à disposição e eu sigo atuando para que ela possa concluir o curso e ter um bom futuro”, relata.

Um Hall cheio de simbolismos e esperança  

A produção das vacinas contra o coronavírus foi realizada em tempo recorde. Esse feito só foi possível graças ao esforço global de cientistas e do conhecimento prévio com outras variações anteriores da SARS-CoV.

Em uma feliz coincidência, a aplicação do imunizante foi realizada no Hall de um espaço que simboliza a ciência, a pesquisa e a importância do ensino em todos os âmbitos para a sociedade: a Biblioteca. No mesmo saguão que abrigou tantas exposições e foi passagem de grandes nomes do mundo acadêmico, a teoria de anos de estudos se encontrou com a prática para salvar vidas.

Atuação na imunização contra a Covid-19

Mais perto do abraço: estudantes de Enfermagem vacinam familiares que trabalham na PUCRS - Três amigas puderam aplicar a primeira dose da vacina contra a Covid-19 nos pais que trabalham na Universidade e integram o grupo prioritário de trabalhadores da educação

Aluna Giullia e o pai Adriano Poersch / Foto: Reprodução

Desde o começo da pandemia a PUCRS tem trabalhado em diferentes frentes de combate ao coronavírus. Seja por meio da produção e doação de acessórios de proteção ou no desenvolvimento de novos testes para a identificação do vírus, assim como a atuação em campo, com o apoio de estudantes e docentes.

Confira essas e outras ações promovidas pela Universidade para a contenção do vírus:

Fique por dentro das atualizações sobre o tema no site do coronavírus.

Imunização de profissionais da PUCRS será nos dias 14 e 15 de junho - Cronograma da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) prevê a vacinação de profissionais do Ensino Superior com a primeira dose. Logística irá funcionar no hall da Biblioteca, com turnos e horários por faixa etária Na próxima segunda-feira, dia 21 de junho, a PUCRS irá concluir a aplicação da primeira dose da vacina contra a Covid-19 em colaboradores que ainda não tenham recebido o imunizante. A vacinação acontecerá no hall da Biblioteca em turnos definidos por idade, mediante apresentação de documento de identidade e crachá.

A organização será a seguinte:

Profissionais com idade acima de 37 anos que estavam aptos a receber a primeira dose na última semana e não puderam comparecer também serão contemplados/as nesta etapa. Para isso, basta comparecer ao Campus em qualquer um dos turnos. Receberemos doses suficientes para todos/as os colaboradores/as, então não haverá limitação por ordem de chegada.

Esta será a última oportunidade para vacinação na PUCRS. Não haverá outro momento para receber a primeira dose na Universidade. 

Lembramos que: 

Lembre-se de comparecer para a vacinação apenas no seu turno (exceto para colaboradores/as acima de 37 anos) usar máscara, higienizar as mãos com frequência e manter o distanciamento.

*Conteúdo atualizado em 18/6, às 16h.

Foto: divulgação

O presidente da Rede Marista Internacional de Instituições de Ensino Superior e vice-reitor da PUCRS, Ir. Manuir Mentges, abriu a sessão de boas-vindas da 9ª Assembleia da Rede Marista Internacional de Instituições de Educação Superior. O evento que ocorreu pela plataforma Zoom, contou com a presença de mais de 180 participantes das 27 universidades pertencentes à Rede, de lideranças, de convidados de espaços maristas no mundo e da Administração Geral do Instituto Marista.  

Na ocasião, o Vigário Geral do Instituto Marista, Ir. Luiz Carlos Gutierrez agradeceu a todos os presentes por manter vivas as comunidades universitárias, mesmo em um momento turbulento, seguindo a ideia de “servir bem, servir hoje e servir primeiro”. Ele ainda recordou que as instituições de Ensino Superior maristas oferecem um serviço profundamente relevante que contribui para crescimento das sociedades contemporâneas e que isso está muito relacionado ao terceiro apelo do Capítulo Geral dos irmãos maristas, o qual convida a inspirar a criatividade para sermos construtores de pontes.  

Entre os painéis apresentados, um deles, mediado pelo Ir. Roberto López, da Universidad Marista de Querétaro, no México, membro do Comitê Executivo, com a participação do professor Francisco Marmolejo, presidente da Divisão de Educação Superior no Qatar Foundation. Eles apresentaram a palestra Quais desafios e possibilidades podemos apontar num contexto pós-pandemia para Instituições de Educação Superior, por meio da qual Marmolejo apresentou possibilidades para o futuro da Educação Superior.  

Para isso, o professor retomou a caminhada histórica das universidades e os obstáculos que permeiam esses espaços desde o século XX. Sua palestra foi encerrada com um convite a pensar sobre o contexto que virá no pós-pandemia: “Este é o momento para pensar e construir uma nova educação, uma educação reinventada”. Com isso, Marmolejo aponta para uma das características que são constantes na educação: a transformação 

Foto: divulgação

Organização em Rede para Instituições de Educação Superior: por que cooperar? 

Com mediação do Ir. Carlos Alberto Rojas, do Secretariado de Educação e Evangelização do Instituto Marista, o painel foi conduzido pelo professor Alsones Balestrin, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Ele abordou os principais pontos sobre a temática Organização em Rede para Instituições de Educação Superior 

Balestrin apresentou teorias relacionadas aos funcionamentos em rede, incluindo as cooperações na natureza, na história e nas instituições. A partir de contextos de organizações em rede, o professor ressaltou que existem três elementos fundamentais para a cooperação funcionar: “Interação, objetivos comuns e governança: esses três pontos resultam em benefícios comuns”. Eles estão relacionados com a escala e o poder de mercado, redução de custos e riscos, desenvolvimento de práticas comuns, aprendizagem coletiva e inovação colaborativa. Segundo o professor, “as organizações vão cooperar porque esperam obter algo que seria improvável de forma individual”. 

Horizontes da Rede Marista Internacional de Instituições de Educação Superior  

No evento também foi apresentado o plano de ação do Comitê Executivo para a Rede até 2022. A proposta é dar continuidade aos trabalhos que estão sendo realizados e, na próxima Assembleia, em abril de 2022, ter a validação de projetos já em execução na rede.  

Sobre a Rede Marista Internacional de Instituições de Educação Superior 

A Rede Marista Internacional de Instituições de Educação Superior (IES) consiste na união de, atualmente, 27 instituições que, em sintonia com as premissas da Administração Geral do Instituto dos Irmãos Maristas, em Roma, buscam criar conexões de sinergia e atuação em seus espaços de missão. 

Fundada em 2004, essa rede tem como objetivo criar oportunidades de parcerias, formação e projetos em conjunto, potencializando a atuação no ensino superior em mais de 10 países. 

Saiba mais sobre a Rede! 

Entenda como funciona a produção de uma vacina em 5 passos - Confira a explicação de Ana Duarte, farmacêutica e professora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS

Arquivo do infográfico disponível para download ao final do conteúdo.

As vacinas são a forma mais eficiente de prevenir doenças infecciosas. O pioneiro no desenvolvimento das vacinas foi Edward Jenner, um médico britânico que desenvolveu o imunizante contra a varíola, a qual foi declarada erradicada em 1979 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – devido à grande eficácia do método. 

Apesar de não ser uma ferramenta nova de combate a doenças, em meio à corrida para a produção e disponibilização de vacinas contra a Covid-19, também surgem muitas dúvidas por parte da população. Entre as preocupações e as curiosidades estão as orientações para quem pode receber os imunizantes contra a Gripe (Influenza) e o coronavírus, além de como funciona o processo para a produção de uma vacina. 

Pensando nisso, a professora Ana Duarte, da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, preparou explicações úteis sobre as etapas que envolvem a elaboração de um imunizante. Como pesquisadora, Ana trabalha com temas relacionados a vacinas, imunologia viral, terapias antivirais e antitumorais e respostas de diferentes tipos de células. 

1. A composição da vacina

As vacinas funcionam educando o sistema imune. Elas induzem a chamada resposta de memória específica, onde células T e células B (produtoras de anticorpos) são ativadas. Quando o corpo entra em contato com o patógeno (organismo que transmite alguma doença), essa resposta irá proteger o sistema, impedindo que a doença se manifeste de forma grave. Deste modo, o corpo fica imune. 

É importante lembrar que a vacina não pode ser considerada somente como um meio de proteção individual, e sim coletivo, para que seja atingida a imunidade em grande escala e a redução da circulação do patógeno na população. 

Para induzir a resposta imune especifica é necessário um antígeno (componente essencial que causa a produção de anticorpos). O antígeno pode ser o patógeno morto ou atenuado, ou uma parte dele. As estratégias de vacinas mais modernas, como de RNAm e Vetores virais recombinantes, funcionam como uma plataforma para produzir o antígeno. Ou seja, parte do patógeno, no individuo vacinado.  

Algumas vacinas ainda possuem adjuvantes (matéria prima que, quando adicionada à fórmula do medicamento, ajuda na sua ação) que são importantes para melhorar a resposta imune. Outros componentes comuns das vacinas são conservantes, para impedir que a vacina seja contaminada depois de aberta, e estabilizantes, para prevenir reações químicas na vacina. Alguns imunizantes precisam de um líquido diluente para deixar a vacina na concentração correta imediatamente antes do seu uso. 

2. As fases do desenvolvimento da vacina

O desenvolvimento de uma vacina é semelhante ao desenvolvimento de um medicamento. No total, são quatro etapas: pré-clínica e fases 1, 2 e 3: 

Durante os ensaios de fase 3 é recomendado que o grupo voluntário e a equipe de cientistas não saibam quem recebeu a vacina ou o placebo, garantindo que os resultados da eficácia não sejam influenciados por quem está avaliando. Essa etapa costuma ser desenvolvida em diferentes países para analisar a resposta em diferentes populações. 

Esse é um processo que costuma ser caro, podendo custar milhões de reais e durar anos até o cumprimento de todas as etapas. Quando a última fase está completa, os resultados são submetidos às avaliações das agências reguladoras de cada país.  

Vale ressaltar que as vacinas para prevenção da Covid-19 foram obtidas em tempo recorde. Essa grande conquista científica foi possível devido aos conhecimentos prévios obtidos a partir de outros tipos de coronavírus e um esforço coletivo de muitos cientistas de todo o mundo, com sobreposição das fases clínicas. Ou seja, para acelerar o processo, a organização da fase 3 foi iniciada antes do término da fase 2 

Não é necessário se preocupar, pois as vacinas continuam sendo monitoradas após a aprovação, garantindo a segurança e a saúde das pessoas imunizadas. 

3. A produção da vacina é um processo biotecnológico

Produzir uma vacina não é um processo fácil e varia de acordo com o seu tipo. Um dos principais processos é a produção do ingrediente farmacêutico ativo. Para vacinas que utilizam como antígeno o vírus atenuado ou inativado, o processo consiste na replicação celular a partir de uma cepa de referência (uma variante com construção diferente e propriedades físicas distintas) e posterior purificação e inativação, se necessário. Já as vacinas bacterianas são produzidas por um processo de fermentação.  

As vacinas mais recentes de RNAm utilizam a tecnologia do DNA recombinante (clonagem molecular). Para a vacina contra a Covid- 19, por exemplo, a sequência que codifica a proteína Spike (importante para a sobrevivência viral) do vírus SARS-COV-2 é clonada em um plasmídeo (DNA circular bacteriano). Esse plasmídeo é propagado em bactérias para aumentar a sua quantidade. 

Posteriormente, a sequência de DNA que codifica a proteína é retirada do plasmídeo e esse DNA servirá de molde para síntese de RNAm in vitro utilizando enzimas especificas (proteínas que regulam reações químicas do organismo). Esse RNAm é o princípio ativo das vacinas e será envolto em lipídeos para facilitar sua entrada nas células de pessoas vacinadas, que irão produzir a proteína Spike que servirá como antígeno e irá induzir a resposta imune. 

4. Controle das etapas de produção

Para certificar a qualidade esperada dos lotes de vacinas, são realizados testes em cada etapa da cadeia de produção: 

E então a vacina está pronta para ser embalada e distribuída para população.  

5. Armazenamento e distribuição

A maioria das vacinas requer refrigeração entre 2°C e 8°C para o armazenamento e transporte. Outras precisam de temperaturas ainda mais baixas, de -20°C a -70°C. Para isso é necessário que haja um planejamento para a distribuição dos imunizantes, com cadeia, infraestrutura e equipes da área de saúde treinadas. 

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Dezoito estudantes do curso de Fisioterapia da PUCRS realizam estágio junto à equipe de Fisioterapia do HSL na recuperação de pacientes com diferentes patologias, como a Covid-19 / Foto: Lucas Vilella/HSL PUCRS

Nas últimas semanas, publicamos as primeiras matérias da série PUCRS contra a Covid-19, que abordaram as soluções desenvolvidas com o apoio do Tecnopuc e as ações lideradas por quatro das sete Escolas da Universidade. Hoje, o destaque vai para algumas iniciativas de enfrentamento ao coronavírus conduzidas pelas Escolas de Medicina, de Negócios e Politécnica.  

De acordo com o vice-reitor da PUCRS, Irmão Manuir Mentges, em uma crise sanitária como essa, as soluções devem vir da ciência. “Esse é o nosso papel enquanto Universidade. Tentamos realizar diversas ações por meio de nossas Escolas, sejam elas de caráter solidário, como a produção e distribuição de escudos faciais (face shields), de cuidados relacionados à saúde mental ou por meio da pesquisa. Todas as áreas realizaram ações importantes”, relata. 

O vice-reitor acrescenta que muitas iniciativas partiram das Escolas e tiveram participação de outras instituições ligadas à PUCRS, como o Instituto do Cérebro (InsCer) e o Hospital São Lucas (HSL). “Todas essas ações visam contribuir para a região em que a Universidade está inserida”. 

Em breve, você conhecerá algumas ações desenvolvidas pelos Institutos da PUCRS. Continue acompanhando! 

Escola de Medicina:  

Pesquisadores da PUCRS desenvolvem novo teste para coronavírus - Alternativa de exame possibilita diminuir custos e ter resultados mais rápidos,pesquia

Novo teste identifica pessoas negativas para o coronavírus / Foto: Divulgação/InsCer

Em abril de 2020, há poucas semanas do início da pandemia no Brasil, pesquisadores e professores da PUCRS desenvolveram um novo teste para identificar pessoas negativas para o coronavírus. Coordenado por Daniel Marinowic, professor da Escola de Medicina da Universidade, a alternativa de exame é mais barata e os resultados ficam prontos em menos tempo, sem perder o padrão de qualidade, pois também é utilizada a metodologia de diagnóstico molecular, usado no exame padrão.  

Ao lado de profissionais do HSL, pesquisadores da Escola também participaram do desenvolvimento de um protótipo conector para sistema de alto fluxo impresso em 3D que possibilita que pacientes em tratamento com Covid-19 recebam maior fluxo de oxigênio, diminuindo a necessidade de intubação. Até o momento, já foram produzidos 221 protótipos que estão sendo utilizados em nove hospitais do Rio Grande do Sul e Minas Gerais.  

Com a ajuda de Inteligência Artificial (IA) e uma equipe multidisciplinar, o professor da Escola de Medicina e pesquisador do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), Bruno Hochhegger desenvolveu um método que deve estimar a quantidade de leitos necessários para pacientes com Covid-19. Por meio da verificação do registro médico eletrônico, já foram incluídos atendimentos realizados no HSL e em outros hospitais do País.  

No segundo semestre do ano passado, estudantes de Medicina foram premiados pelo Congresso Online de Cirurgia (CONCIR), com o estudo “COVID-19: análise do impacto da pandemia na realização de ressecção pulmonar por neoplasia no Hospital São Lucas da PUCRS no ano de 2020”. A pesquisa foi desenvolvida por alunos do 6° ao 12° semestrecom a supervisão da professora Maria Teresa Ruiz Tsukazan. 

Além disso, em meio à corrida para encontrar a possível cura ou vacina da Covid-19, dois pesquisadores uniram recursos e esforços na busca de um tratamento alternativo. Marcus Jones, professor da Escola de Medicina, e Marcelo Cypel, ex-aluno da PUCRS que hoje atua na Universidade de Toronto, estão desenvolvendo um estudo com a utilização do gás de óxido nítrico para combater infecçõesDe acordo com o professor, esse estudo provavelmente irá além do tratamento para o coronavírus, podendo ser efetivo também para outras infecções pulmonares e novos vírus. Em novembro, o primeiro paciente recebeu esse tratamento em Porto Alegre.  

Escola de Negócios:  

Orientações auxiliam empresas a sobreviverem durante a pandemia / Foto: Pixabay

Luis Humberto Villwock, professor da Escola de Negócios, coordenou o movimento Brothers in Arms, que conta com o trabalho voluntário de pessoas interessadas em combater a Covid-19. Nessa ação, o grupo de voluntários elaborou boletins atualizados com as carências e demandas de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) dos hospitais e unidades de saúde de Porto Alegre e do Estado do Rio Grande do Sul. 

Leia tambémEscola de Negócios realiza ações para empresas e instituições durante a Covid-19 

Além disso, os voluntários do Movimento, junto com entidades filantrópicas, universidades e empresas, atuam também em outras frentes como: compra de materiais de EPIs, coleta e entrega de doações de equipamentos de proteção às unidades de saúde, manutenção de respiradores inoperantes, Impressão 3D de peças para protetores faciais, entre outras ações. 

A Escola de Negócios também contribui com orientações para empresas de pequeno a grande porte sobre renegociação e análise de fluxo de caixa para sobreviver em tempos de pandemia. Com a coordenação do professor Gustavo de Moraes e o envolvimento voluntário de ex-alunos e estudantes de graduação e mestrado, esses suportes técnicos foram dados a empresas de vários segmentos como alimentação, educação e vestuário.  

No ano passado, também nasceu o Hub de Conteúdos, importante lançamento do Laboratório de Experiências do Consumidor (Labex). Seu objetivo é apoiar o varejo durante e após a crise da pandemia. Para isso, o projeto contempla um portal de conteúdo, um espaço para análise e um estudo de mercado. O último analisou os impactos no comportamento de consumo decorrentes da pandemia do coronavírus, considerando as dimensões “individual”, “social” e “econômica”, no curto, médio e longo prazo. 

Escola Politécnica:  

Escola Politécnica restaura nova leva de celulares para a rede pública de ensino

Técnico da Escola Politénica realizando a análise dos aparelhos celulares / Foto: Bruno Todeschini

No início de 2021, a PUCRS e o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MP/RS) assinaram um convênio para restauração de centenas de celulares apreendidos na rede prisional. Os aparelhos recuperados estão sendo disponibilizados para estudantes, da rede pública de ensino, que não têm os recursos necessários para acompanhar as aulas remotas durante a pandemia. O trabalho de triagem e recondicionamento dos smartphones está sendo realizado no Laboratório de Projetos em Engenharia (LPE) da Escola Politécnica.  

Observando o déficit de produção de máscaras de proteção no Brasil, os alunos do curso de Engenharia Mecânica desenvolveram um maquinário e abriram uma empresa voltada para equipamentos de proteção individual (EPIs). Com a missão de tornar o País autossuficiente nessa área, a Bioelegance já conta com certificação da Anvisa para as máscaras que produz. Esse é um exemplo da utilização dos conhecimentos aprendidos em aula aplicados na inovação e no empreendedorismo que, ao mesmo tempo, contribui para o controle da disseminação da Covid-19.  

Por fim, os estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo também participaram da doação de 197 máscaras infantis para a Instituição Casa Madre Giovanna, que atua no acolhimento de crianças, adolescentes e famílias em vulnerabilidade. A ação fez parte do projeto Voluntariado, da Pastoral da PUCRS. 

Leia também: PUCRS contra a Covid-19: escolas lideram iniciativas