Com base no documento, publicado no dia 10 de agosto, a PUCRS Store e o Parque Esportivo retomaram seus funcionamentos nesta quarta-feira, 12. Confira os detalhes:
PUCRS Store
A loja reabre com algumas regras:
Para mais informações, entre em contato pelo telefone (51) 3353.4860 ou pelo WhatsApp (51) 9968.84990
Parque Esportivo
Retoma gradualmente com as atividades da Escola de Natação e Academia de Ginástica. Para informações e agendamentos, os contatos podem ser feitos pelos telefones (51) 33320-3910 e (51) 3320-3622, pelo WhatsApp (51) 98428-8317 ou pelo e-mail [email protected]
O Parque disponibiliza um guia completo, com as medidas contra a disseminação do coronavírus, acesse aqui.
Pesquisas recentes identificaram a deficiência da proteína interferon (IFN) no organismo como uma possível causa dos quadros graves da Covid-19. Uma delas, foi um estudo publicado na revista Science há alguns dias, em que os pesquisadores perceberam, a partir da análise de 50 pacientes, que, nessas pessoas, a atividade da proteína estava deprimida, o que levava o corpo a produzir uma inflamação exacerbada. Nos pacientes com quadros médios e leve da doença, os níveis do componente estavam normais.
Umas das principais pesquisas desenvolvidas pela PUCRS tem como objetivo testar terapias que melhorem a resposta de interferon do tipo I durante a infecção pelo vírus SARS-CoV-2 que causa a COVID-19. A coordenadora do projeto, a professora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, Ana Paula Duarte de Souza, explica que a resposta do interferon do tipo I faz parte do nosso sistema imune inato e é responsável por controlar as infecções virais.
A pesquisadora conta que recentemente o grupo da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e do Centro Infant da Escola de Medicina da Universidade demonstrou, em estudo publicado na revista Nature, que o acetato, um ácido graxo de cadeia curta produzido pela microbiota intestinal, pode proteger frente infecções virais respiratórias. O acetato aumenta a resposta de interferon do tipo I e diminui a inflamação pulmonar. “Com base nisso, a pesquisa irá testar se o acetato apresenta os mesmos efeitos durante a infecção pelo SARS-CoV-2″, afirma.
Além disso, a pesquisadora acrescenta que existem vários estudos pré-clínicos e clínicos demonstrando que extratos bacterianos como OM-85 também protegem contra infecções respiratórias modulando a resposta de interferon do tipo 1. “Além do acetato, também iremos testar o OM-85 contra o SARS-CoV-2″.
A pesquisa conta com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul, Fapergs, e tem colaboração com a Unicamp. No momento encontra-se na fase inicial, com resultados preliminares in vitro.
Interferons (IFNs) são proteínas produzidas naturalmente pelo organismo e secretadas pelas células do sistema imunológico com o objetivo de combater elementos estranhos, como vírus, fungos ou bactérias. Elas atuam produzindo uma resposta local, intensa e imediata na região onde o patógeno se aloja, e por isso são importantes para mitigar a progressão de uma doença. Existem três tipos de IFNs naturais, cada um secretado por seu próprio conjunto de células. Tanto o tipo I (IFN-alfa e IFN-beta) quanto o tipo III (IFN-lambda) são proteínas antivirais que atuam recrutando células de defesa para agir no local da infecção e combater o vírus.
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Estão abertas as inscrições para os interessados em participar do estudo que testará a vacina contra o novo coronavírus. Os voluntários que se enquadrarem nos pré-requisitos (confira abaixo) poderão preencher o cadastro de interesse que está disponível neste link.
Já na próxima semana, a equipe de profissionais do corpo técnico, administrativo e operacional designada para conduzir o estudo no Centro de Pesquisas Clínicas (CPC) do Hospital São Lucas da PUCRS, fará a triagem e seleção dos candidatos para o início dos testes, previsto inicialmente para a primeira semana de agosto. Todas as pessoas confirmadas para participar do procedimento receberão contato do Hospital para agendamento, checagem dos critérios e orientações gerais.
O primeiro semestre de 2020 passou e levou muito de todos nós. Planos, experiências e as condições de vida com as quais estávamos acostumados. Rápido, silencioso e doloroso, levou também a nossa saúde, mental e física, por vezes em definitivo. Mas a tristeza nos fez seguir adiante, com a missão de encontrar saídas para uma crise global de saúde nunca antes sentida na contemporaneidade.
Os efeitos de tudo isso têm intensidades diferentes em cada um. Embora isso nos preocupe do ponto de vista social, chama a atenção a forma com que nos aproximamos enquanto seres humanos. Sim, a vida foi posta em jogo. E quando nos vimos impactados por um turbilhão de fatos negativos, não conseguimos recorrer como gostaríamos àqueles que amamos. O abraço entrou em compasso de espera.
Viver a experiência de enfrentar uma pandemia dentro de um complexo hospitalar é algo que não se esquece. Além da batalha contra a Covid-19, as demais doenças não param. O reflexo está nos rostos do dia a dia, que carregam medo, insegurança e incerteza. Mas não é só isso. Também emerge dos ambientes clínicos um chamado ainda maior à vida. Está nas mãos, mentes e sobretudo corações dos profissionais da saúde, que na assistência, no atendimento clínico ou na pesquisa se tornam ainda mais fundamentais. Nesses momentos, percebemos que juntos somos mais fortes.
Se os primeiros meses do ano foram de luta, o último semestre nos encoraja a colher o resultado de tanto esforço. É tempo de se fazer presente, reunir forças e alimentar a esperança de que podemos alcançar nosso resultado. Nosso ponto de partida é a testagem da vacina contra o coronavirus, que iniciará nas próximas semanas em nosso centro de pesquisa. Estaremos em sintonia com todos, sobretudo os gaúchos, para que em breve seja possível retomar o normal que conhecemos.
Sabemos que essa luta tem diversas frentes. Por isso, até que a vacina seja eficaz e possa ser distribuída, precisamos seguir com todos os cuidados de prevenção e distanciamento, sempre refletindo sobre como as nossas atitudes podem impactar o outro. Por mais que muitas vezes a vida esteja sob cuidado dos médicos, até chegar a eles, a responsabilidade é de todos nós.
Diante de um cenário de incertezas sobre a pandemia do novo coronavírus, a testagem de indivíduos e de uma possível vacina para a doença se tornam uma esperança na área da saúde. Existem dois exames diferentes para a detecção da SARS-CoV-2: os testes sorológicos (aqueles que utilizam sangue) e os testes moleculares (aqueles que obtêm o material da mucosa do nariz e da garganta).
Resumidamente, os testes sorológicos identificam os anticorpos produzidos pelo próprio paciente contra o vírus que o infectou, já os testes moleculares reconhecem a presença do material genético do vírus diretamente nas vias aéreas superiores das pessoas infectadas. Confira a explicação de Daniel Marinowic, pesquisador do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer) e professor da Escola de Medicina da PUCRS.
Os testes sorológicos se destinam a identificar se um indivíduo já teve contato com algum antígeno (substância estranha ao organismo) e estão sendo utilizados como alternativa aos testes moleculares, principalmente em infecções agudas. Esse tipo de teste é de fácil manuseio e obtém resultados rápidos, porém, existem muitas incertezas em relação a sua precisão.
Atualmente, existem três tipos de testes sorológicos: os ensaios ELISA, os ensaios de quimioluminescência e os ensaios fluxo lateral, conhecidos como testes rápidos. Os dois primeiros geralmente são realizados em laboratórios, pois exigem equipamentos específicos para leitura dos resultados; enquanto os testes rápidos podem ser utilizados em qualquer local.
Em uma revisão com 40 estudos sobre essas metodologias foram identificados fatores que podem influenciar nos resultados dos testes, pela sensibilidade. As variações acontecem de acordo com o ambiente e o tipo de kit utilizado. Os ensaios ELISA e de quimioluminescência são considerados promissores, com uma média de especificidade (capacidade de diagnosticar corretamente pessoas saudáveis) de 96,6%. Os testes rápidos também apresentaram um bom desempenho, mas alguns têm especificidade de apenas 80%.
Os testes rápidos são os mais preocupantes quando falamos de sensibilidade. Alguns ensaios apresentaram sensibilidade de apenas 21% para detecção da imunoglobulina M (IgM), 41% para imunoglobulina G (IgG) e 47% para testes combinados (ambas as imunoglobulinas)
Os testes moleculares também apresentam grandes desafios para contemplar o diagnóstico do novo coronavírus, particularmente envolvendo o equilíbrio entre diversas etapas necessárias para o bom desempenho da técnica. O diagnóstico pela técnica conhecida como PCR (Polymerase Chain Reaction) consiste em coletar pequenas frações do vírus, gerar cópias de diferentes regiões e detectar a emissão de um sinal relativo à geração das cópias dessas partículas virais. Chegando assim a um diagnóstico de “detectado” ou “não detectado” para o novo coronavírus.
Essa técnica não observa a resposta do organismo à infecção, mas sim a presença do vírus na mucosa do indivíduo testado. O PCR necessita de cuidados pontuais a fim de evitar resultados inconsistentes, e precisa considerar alguns pontos importantes, que são:
Estudos utilizando dados da infecção por SASR-CoV-1 apresentaram que a sensibilidade foi superior no PCR quando comparado aos testes sorológicos. Existem diferentes metodologias nesse caso:
O teste desenvolvido pelo InsCer contempla essas duas metodologias, pois inicialmente faz uma triagem utilizando two steps com intercalantes fluorescentes e, após, aplica a one step com sondas nas amostras positivas detectadas na primeira etapa.
Atualmente, se tem falado sobre os falsos negativos da técnica de PCR. Porém, esse risco não está associado à técnica em si, mas sim à uma série de cuidados necessários durante a testagem:
*Texto adaptado do artigo originalmente publicado no site do InsCer.
Pesquisadores do Laboratório de História Oral da Escola de Humanidades da PUCRS irão colaborar para o registro histórico da pandemia no Estado. A iniciativa faz parte do projeto Documentando a experiência da Covid-19 no Rio Grande do Sul, que reúne diversas instituições com o objetivo documentar o cotidiano e a experiência subjetiva na pandemia. O projeto é coordenado pelo Arquivo Público do Rio Grande do Sul ocorrerá de forma online durante o período de distanciamento social, por meio de entrevistas e coleta de registros pessoais como fotos, textos, diários e vídeos.
Segundo a professora Cláudia Fay, coordenadora do Laboratório de História Oral, a pesquisa na PUCRS será direcionada para a documentação de vivências de estudantes e professores sobre o ensino remoto. Os participantes poderão contar suas experiências para os pesquisadores por meio de encontros em plataformas virtuais.
Além da PUCRS, as instituições que integram o projeto são o Arquivo Público do Rio Grande do Sul, Centro Histórico-Cultural Santa Casa de Porto Alegre, Centro de Referência da História LGBTQI+, Grupo de Trabalho História e Saúde da Associação Nacional de História – Seção Rio Grande do Sul, Memória e Cultura Unimed Federação/RS, Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Universidade Federal de Pelotas, Universidade Federal de Santa Maria, Universidade Federal do Pampa e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O projeto interinstitucional também terá como objetivo fomentar a produção de pesquisas a partir do material recolhido.
Criado em 1996, o Laboratório coloca à disposição de pesquisadores pessoal e equipamentos para a obtenção e o registro de fontes documentais, análise e difusão dos resultados de pesquisa. O espaço também promove auxílio aos que procuram trabalhar com História Oral, fornecendo informações importantes sobre como preparar uma entrevista, realizar a transcrição do texto, fazer um termo de cessão e elaborar bibliografia sobre o assunto. Além disso, o Laboratório possui um acervo com mais de 200 entrevistas compiladas sobre diversos temas relacionados com política, educação, arqueologia, histórias de vida e, especialmente, vinculados ao tema imigração. Dessa forma, sendo possível criar e manter um acervo que cresce ano a ano, com a contribuição de estudantes dos diferentes níveis acadêmicos, em perspectiva interdisciplinar. Parte do acervo já devidamente transcrito e pronto para a pesquisa está no Espaço de Documentação e Memória Cultural da PUCRS, no prédio da Biblioteca Central.
A pandemia do coronavírus acabou adiando os planos de muitas pessoas. Eventos tiveram de ser adiados, viagens foram canceladas e mesmo os planejamentos mais simples – como uma saída com amigos no fim de semana -, precisaram ser deixados de lado nesse momento. Se na área pessoal a Covid-19 chegou exigindo adaptações, na profissional não foi muito diferente. E, por mais que o ser humano tenha a capacidade de se adaptar, todo esse processo de elaboração e ajuste é desafiador – ainda mais quando as mudanças precisam ser rápidas e não oferecem o tempo necessário para que tudo aconteça naturalmente.
Diante desse cenário de transformações repentinas, sentimentos como frustração, medo, ansiedade e tristeza são comuns. Segundo a consultora do PUCRS Carreiras Gabriela Techio, eles sinalizam o luto pelo que aspiramos, mas não foi possível alcançar. “Viver esse luto é natural e saudável. Afinal, energia e tempo foram investidos e expectativas de uma melhor qualidade de vida foram criadas”, aponta.
No que diz respeito à carreira e aos planos profissionais para o futuro, Gabriela afirma que é importante se permitir vivenciar esses sentimentos. Entretanto, com o tempo, é preciso voltar a olhar para os planos e procurar identificar se o que estava sendo buscado ainda faz sentido.
A consultora lembra que, quando falamos sobre futuro, sempre estamos lidando com a incerteza. “É uma velha conhecida, mas atualmente estamos precisando ser ainda mais tolerantes a ela”, comenta. Gabriela sugere que uma boa estratégia para esse momento em que o mundo ainda está aprendendo a lidar com as mudanças é reajustar o foco para si: “Investir em autoconhecimento e aprender a reconhecer seus valores e interesses profissionais é importante. O autoconhecimento é uma etapa essencial para pensarmos nossas carreiras. Só através dele poderemos ter mais segurança e confiança na nossa trajetória, mesmo quando o contexto é incerto”.
Para evitar uma cobrança excessiva neste momento que já impõe seus próprios obstáculos, é sempre válido lembrar que essa é uma situação nova, para a qual ninguém estava preparado, e todos estão aprendendo a lidar com ela. Gabriela lembra que todo processo de aprendizagem envolve tentativas, erros e reajustes, e sugere que, mesmo em casa, mantenha-se uma rotina saudável e se invista na carreira. Uma boa opção para se manter em movimento, mesmo em um momento tão atípico, são os cursos a distância. “Não é preciso fazer todos os cursos que nos são oferecidos, mas escolher um que faça sentido e que podemos aproveitar no ritmo que hoje conseguimos dar conta”, indica.
Segundo a consultora do PUCRS Carreiras, o aprendizado contínuo é um assunto muito comentado quando se fala sobre trajetória profissional. O mercado de trabalho está constantemente em movimento e exige uma capacidade de adaptação. “Uma das formas de se investir nisso é por meio de cursos, conversas com profissionais, entre outras ações que tragam novos conhecimentos, contatos e oportunidades”, destaca. Gabriela ainda lembra que a qualificação por si só não faz sentido: ela precisa estar alinhada à carreira do indivíduo e, por isso, o planejamento é fundamental.
Quem está atualmente cursando uma graduação, deve ter em mente que essa é uma forma de explorar, experimentar e interagir com pessoas a fim de fazer escolhas de carreira mais conscientes. E tudo isso pode ser feito de forma online. “Vejo estudantes em contato com professores e outros profissionais experimentes sobre as áreas de interesse. Quanto mais informações tivermos, mais preparados e seguros estaremos para pensar no nosso futuro profissional”, conclui.
Tanto para quem deseja planejar a trajetória profissional quanto para quem quer pensar em como fazer uma exploração do mercado de trabalho, o PUCRS Carreiras oferece orientação. O setor conta com diversos serviços, como consultoria e planejamento de carreira, suporte para elaboração de currículo e preparação para entrevista de processo seletivo. Para alunos da Universidade, o serviço é gratuito.
Além disso, o PUCRS Carreiras tem realizado oficinas online para alunos e alumni, bem como para o público em geral. Confira os próximos eventos:
O termo solidariedade pode ser analisado a partir do latim solidum (totalidade, segurança) e solidus (sólido, inteiro), podendo ser compreendido como a determinação firme e perseverante de se empenhar pelo bem comum. Ou seja, é a ação, pelo bem de todos e de cada um, de sermos responsáveis uns pelos outros.
Praticar a solidariedade não é um bem apenas para o destinatário beneficiado, mas também gera benefícios para quem age solidariamente. Quem é solidário com o outro fortalece características como a empatia, o altruísmo e a benevolência.
No contexto em que vivemos hoje, com a pandemia provocada pela Covid-19, a solidariedade assume ainda mais um papel fundamental para a sociedade. Diante disso, agente do Centro de Pastoral e Solidariedade Jaquelini Debastiani, uma das coordenadoras da Rede Solidariedade da PUCRS, traz sugestões sobre ações que podem nos ajudar a praticar a responsabilidade solidária. Confira as dicas:
1. Divulgar campanhas das instituições sociais: neste momento, as instituições tiveram as suas atividades presenciais adaptadas ou totalmente restringidas, mas não deixaram de prestar assistência, principalmente para as famílias mais vulneráveis. Muitas instituições, inclusive, lançaram campanhas para distribuição de cestas básicas, produtos de limpeza e de higiene pessoal. Você pode ser um grande incentivador/divulgador destas campanhas através das suas redes sociais ou com seus amigos, familiares e vizinhos. Incentive que as pessoas também sejam parceiras das instituições.
2. Confeccionar máscaras: uma das necessidades mais urgentes neste momento é com os cuidados pessoais e de higiene. A máscara se tornou parte fundamental neste processo. Se você sabe costurar ou possui alguém da família que faça isso, você pode organizar esta produção. Caso não possa confeccionar, é possível doar os materiais para que outras pessoas que possam fazer a produção. Muitas instituições sociais estão recebendo este material de suma importância.
Nos últimos meses, surgiram na mídia vários exemplos de pessoas que penduraram as máscaras em árvores ou nas suas janelas, para que quem precisasse pudesse pegar. Outra dica legal, que pode acompanhar a doação de máscaras, é colocar junto cartões que expliquem como fazer o descarte ou a higienização deste material. Além de informações importantes, o carinho faz muito bem para todos. O próprio Hospital São Lucas (HSL) possui um grupo muito engajado de costureiras que confeccionam máscaras para a distribuição.
3. Ser um voluntário: apesar de muitas instituições estarem com suas atividades presenciais suspensas, a atuação de voluntários pode se adaptar, pois sempre há espaço para contribuição. Uma das formas de ajudar é ser voluntário no auxílio aos educadores, organizando o material de atividades/tarefas que são entregues para as crianças e adolescentes atendidos pelas instituições de ensino. Outra forma é realizar a montagem de cestas básicas para as famílias. Muitas vezes os itens chegam separados e a montagem destas cestas é um esforço bem importante neste fluxo.
Mas vale ressaltar: todas as atividades devem ser feitas seguindo os protocolos de prevenção da Covid-19.
4. Ser o ajudante do dia: muitas pessoas estão nos grupos de risco, e, para elas, não é aconselhável ir ao supermercado, à padaria ou à farmácia, rotinas do dia a dia da maioria das pessoas. Que tal descobrir se algum vizinho ou familiar precisa desta ajuda e se colocar à disposição para colaborar com esta logística, fazendo as compras e entregando na porta de casa (sem entrar, claro), com toda a segurança para estas pessoas? Depois da entrega, se você sabe que a pessoa que ajudou mora sozinha, ligue para ela e converse um pouco. A companhia (mesmo que distante) e um pouco de bom humor também são ajudas bem valiosas neste momento.
5. Colaborar com algum estudante da rede pública: a maioria das escolas públicas ainda está se adaptando ao formato online. Se você é da área da educação ou tem domínio sobre algum conteúdo que possa ajudar um estudante, coloque o seu conhecimento (com um pouco de paciência) a serviço. Muitos estudantes estão com dificuldades de entender os conteúdos ensinados neste momento. Isso pode ser realizado na modalidade online ou com todas as medidas de segurança e higiene, você pode receber ou ir ao encontro destas pessoas.
Faça a doações: a Campanha do Agasalho Drive Thru Solidário está arrecadando roupas de inverno (como calças e casacos de moletom, jaquetas e meias), calçados fechados, cobertores e edredons, além de materiais de higiene. Todas as doações serão destinadas a comunidades em situação de vulnerabilidade.
As entregas podem ser realizadas até o dia 10 de julho, em pontos de coletas na PUCRS (estacionamento do prédio 50 e térreo do prédio 1) ou no Hospital São Lucas (guichê do estacionamento (em frente à Emergência).
Saiba mais clicando aqui.
Com essas dicas, podemos nos perceber cada vez mais como pessoas solidárias que somos, partindo dos seguintes passos básicos:
E assim sermos agentes de mudança, construtores de pontes, comprometidos na transformação da vida. Para nós, Maristas, a solidariedade é um valor institucional que perpassa toda a construção de nossa história, desde o início da nossa missão há mais de 200 anos. O próprio texto que exemplifica o valor nos recorda como devemos buscar esta forma de agir.
Em março de 2020 a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a pandemia de Covid-19, doença causada pela SARS-Cov-2. A infecção pelo vírus resulta em uma síndrome que leva, em alguns casos, a uma condição respiratória de cuidados intensivos, que muitas vezes requer manejo especializado em unidades de terapia intensiva (UTIs). Com a ajuda de Inteligência Artificial (IA) e uma equipe multidisciplinar, o professor da Escola de Medicina da PUCRS e pesquisador do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), Bruno Hochhegger está desenvolvendo um método que deve estimar a quantidade de leitos necessários para pacientes com a doença.
Semelhante a outros patógenos respiratórios virais, o novo coronavírus apresenta, na maioria dos casos, um curso rapidamente progressivo de febre, tosse e falta de ar, além de leucopenia e síndrome respiratória aguda grave, que já eram fatores de ameaça à saúde pública. “Os algoritmos de IA, em especial o aprendizado profundo (do inglês deep learning), demonstraram um progresso notável com os algoritmos tradicionais e exibiram desempenho atraente em relação à classificação de doenças pulmonares”, explica Hochhegger.
Em resposta à pandemia, os hospitais devem entender sua capacidade para cuidar de pacientes com doenças graves, como a síndrome respiratória aguda, explica o pesquisador. Através do uso de IA na avaliação dos exames de tomografia computadorizada de pacientes, é possível fornecer uma projeção robusta para o sistema de saúde como um todo sobre a ocupação dos leitos. Além disso, a avaliação antecipada e os prognósticos contribuem na busca de potenciais tratamentos e cursos da doença.
Com auxílio de IA aplicada à tomografia computadorizada de tórax, a partir da evolução da doença, a equipe de pesquisadores consegue obter respostas mais completas. São utilizados parâmetros bastante complexos que ajudam a estimar a quantidade de leitos necessários para o tratamento de pacientes. Confira os principais objetivos:
O estudo tem foco retrospectivo. Por meio da verificação do registro médico eletrônico, serão incluídos atendimentos realizados no Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) e em outros hospitais do País. Também serão revisadas as imagens de tomografia computadorizada, assim como o histórico dos pacientes, incluindo vacinas, antecedentes pessoais, histórico familiar e hábitos de vida.
“Estudo recente realizado pelo Imperial College de Londres e assinado por 50 das maiores autoridades em infectologia e epidemiologia do mundo indicou estimativas catastróficas em relação à mortalidade da Covid-19″, destaca Bruno Hochhegger. De acordo com a publicação, que analisou o impacto da doença em 202 países, caso nenhuma medida de controle da doença for realizada, haverá um total de sete bilhões de infectados e 40 milhões de mortes no mundo inteiro até o final de 2020.
Segundo a projeção dos cientistas, caso medidas rigorosas de controle da doença sejam implementadas (testes diagnósticos em larga escala, distanciamento social, entre outros), a mortalidade pode ser reduzida em até 95%, explica o pesquisador. No entanto, caso não houver nenhuma intervenção, é prevista a morte de 1.15 milhões de brasileiros, caindo para 44.2 mil com a implementação da supressão rígida.
Hochhegger alerta que, mesmo com medidas de controle ativas, a doença acarretará um colapso no Sistema de Saúde Mundial, principalmente em países subdesenvolvidos, onde existe escassez nos recursos destinados à saúde.
A síndrome respiratória aguda grave (SARS, do inglês severe acute respiratory syndrome) foi reconhecida pela primeira vez como uma ameaça global em meados de março de 2003. Nessa época, a epidemia causou perturbações sociais e econômicas significativas em áreas com transmissão local sustentada de SARS e na indústria de viagens internacionalmente, além do impacto diretamente nos serviços de saúde.
Além de professor de Diagnóstico por Imagem da Escola de Medicina da PUCRS, Bruno Hochhegger é coordenador médico do Centro de Imagem do HSL e do Centro de Imagem Molecular do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer). É membro da European Respiratory Society, American Roentgen Ray Society, Radiological Society of North America e da Sociedade Gaúcha de Radiologia.
Participam da pesquisa: Jaderson Costa da Costa, Fabiano Ramos, Graciane Radaelli, Gabriele Carra Forte, Denise Cantareli Machado, Fernanda Majolo, Gabriele Goulart Zanirati, Nathalia Bianchini Esper, Moraes Cadaval Junior, Gutierre Oliveira, Marcio Sarroglia Pinho, Rodrigo Coelho Barros, Rafael Heitor Bordini, Felipe Rech Meneguzzi, Duncan Dubugras Alcoba Ruiz, Isabel Harb Manssour, Renata Vieira e Andressa Barros.
A comoção mundial frente à pandemia da Covid-19 registrou um recorde de R$ 5,2 bilhões no Brasil, segundo estimativa da Associação Brasileira de Captadores de Recursos, ABCR, divulgada no mês de maio. Estamos falando de doações de empresas e pessoas físicas, uma iniciativa pouco vista por aqui.
Em matéria apurada pela revista Época, segundo levantamento de 2019, apenas 22% dos brasileiros desembolsam recursos à filantropia mais de uma vez por ano. Nos Estados Unidos, o campeão mundial da filantropia, 61% doam com frequência.
Radicado nos Estados Unidos há mais de duas décadas, o oncologista Nelson Kalil destinou recursos ao Instituto do Cérebro da PUCRS, o InsCer, através da sua Fundação, a fim de contribuir para o desenvolvimento de tecnologia e de processos no combate ao Covid-19. De acordo com o médico brasileiro, infelizmente o que é rotina nos Estados Unidos, como, por exemplo, um trabalho voluntário que se aprende desde criança e computa, inclusive, como crédito para acesso às universidades, não é comum no Brasil. Os motivos para o País não adotar esse tipo de iniciativa vão desde falta de confiança à transparência nas informações e gestão pública. “Em resumo, uma palavra difícil de traduzir para português: accountability*. Se melhorarmos nesses aspectos, com certeza vamos ver um maior número de doações e contribuições de pessoas físicas, incluindo tempo, e de empresas, com aportes financeiros”, acredita Kalil.
Quanto ao motivo e à relevância da destinação do recurso ao teste, o oncologista destaca a importância dele no curto e longo prazo. “A curto prazo acelera a necessidade imediata da rápida detecção, tratamento, isolamento de pessoas infectadas, prevenindo a disseminação, salvando milhares de vidas. A longo prazo, permitirá um estudo epidemiológico adequado não só para esta pandemia, mas para as próximas que certamente ainda ocorrerão”.
O teste COVID-PCR-SyBr foi avaliado pelo laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul – LACEN. Com esse teste é possível analisar um maior número de amostras em um tempo mais curto e por um valor diferenciado.
Viver há anos no país em que a cultura da filantropia está enraizada sem dúvida amplia a visão acerca da relevância social de práticas rotineiras de voluntariado, solidariedade e doações de uma forma em geral. No caso de Nelson, o envolvimento diário com a academia, com pesquisas e o saber científico também contribuíram para essa e para outras iniciativas que o médico já apoiou anteriormente, além do forte vínculo com a PUCRS. Kalil foi aluno da graduação em medicina, e depois iniciou a residência de Medicina Interna e Oncologia no Hospital São Lucas, HSL, na década de 80.
A mudança para os EUA foi motivada pela necessidade, ainda durante a graduação, de ter acesso à tecnologia e à qualidade da medicina disponíveis em países de primeiro mundo, e com estímulos de professores, como o atual vice-reitor da PUCRS, Jaderson Costa da Costa, que havia retornado de Boston na época. O oncologista então muda para os Estados Unidos, onde faz a residência de Medicina Interna no Jackson Memorial Hospital, Universidade de Miami, e em Oncologia e Hematologia no National Cancer Institute e National Heart, Lung, Blood Institute, National Institute of Health em conjunto com o Johns Hopkins Hospital. Atualmente, trabalha na área de Washington, um rico ambiente cultural e acadêmico, onde está localizado o maior centro de pesquisa do mundo, com verbas de 42 bilhões de dólares por ano.
Diante de uma realidade tão diversa entre o Brasil e os Estados Unidos, Nelson destaca a diferença da mentalidade e da realidade política e econômica entre os dois países. “A falta de confiança, transparência nas informações e gestão pública e incentivo fiscal aos doadores necessitam imediatas melhoras, do contrário perderemos mais uma geração de jovens cientistas com enorme potencial de beneficiar o Brasil”.
*controle, fiscalização, prestação de contas, responsabilização, entre outros. A escolha por um equivalente em português não é, portanto, aleatória e revela o significado e os limites atribuídos ao conceito.