A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propesq) da PUCRS está realizando um levantamento da quantidade e das condições dos ultrafreezers existentes na Universidade que estão aptos para armazenar, a -80°C, vacinas contra o coronavírus. A logística, o acesso e estratégias de imunização eficazes e seguras estão sendo amplamente debatidas por autoridades de Saúde das esferas municipal, estadual e federal, que já contataram a instituição.
Segundo a diretora de Pesquisa, Fernanda Morrone, nas próximas semanas a Propesq deve concluir o levantamento e sinalizar às autoridades e entidades de Saúde detalhes sobre a participação da PUCRS nos processos. “Queremos continuar colaborando com essa etapa da vacinação, tão importante para o combate da Covid-19. Desde o início da pandemia nossos pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento têm se empenhado e estão comprometidos com a busca de respostas para diminuir o impacto da doença na sociedade”, ressalta.
Até o momento foram mapeados equipamentos com capacidades de 333L e 370 Litros. A PUCRS também se une à UFRGS e Unisinos, via Aliança para a Inovação, para em conjunto disponibilizar mais equipamentos.
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Morrone explica que a PUCRS criou, ainda em março, uma força-tarefa multidisciplinar que conta com mais de 50 pesquisadores e 12 grupos envolvidos na busca de soluções para diferentes questões que envolvem a Covid-19. “Atualmente, são mais de 40 projetos em andamento relacionados ao tema desenvolvidos na Universidade e também em colaboração com outras instituições de ensino superior nacionais e internacionais”, destaca.
O reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, reforça que a PUCRS está mobilizada para contribuir da melhor maneira neste momento tão importante, assim como fez durante toda a pandemia, em diversas frentes. “Estamos trabalhando no levantamento dos ultrafreezers e, em paralelo, seguimos com diferentes iniciativas envolvendo pesquisadores. Desde março a Universidade instituiu uma força-tarefa multidisciplinar e já contribuiu com ações de impacto como a participação nos testes clínicos para o desenvolvimento de uma vacina, o desenvolvimento de testes rápidos e acessíveis para a população e doou mais de 17,5 mil protetores faciais a mais de 130 instituições de todo o País”, ressalta.
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Após meses lidando com uma inimiga silenciosa e invisível, as populações de diferentes partes do mundo aprenderam, mesmo que com adaptações, a conviver com a pandemia da Covid-19 no dia a dia. Para entender e comparar os hábitos entre pessoas japonesas, descendentes e não descendentes de japoneses neste período, a PUCRS está realizando uma pesquisa. Se você tem idade superior a 21 anos e reside no Brasil ou no Japão, pode participar da pesquisa em português ou japonês.
O projeto realizado pelo Grupo de Pesquisa em Epidemiologia, Neurologia e Imunologia (Genim), é coordenado por Douglas Kazutoshi Sato, diretor do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS (IGG), e tem como instituições parceiras:
A pesquisa será útil não apenas neste momento, mas também para futuras emergências de saúde pública que possam acontecer. “Acreditamos que os resultados serão informativos e contribuirão para a revisão de medidas preventivas diante da pandemia, bem como para a saúde da população e hábitos comportamentais preventivos”, destaca o grupo que elaborou o estudo.
A história da imigração japonesa no Brasil começou há 112 anos, em 18 de junho de 1908. Estima-se que pelo menos 1,5 milhão de nikkeis – como são conhecidas as pessoas com origem japonesa – vivam no País, de acordo com o Consulado Geral do Japão em São Paulo.
Dessas pessoas, 400 mil vivem em São Paulo. Já no Rio Grande do Sul, a cidade de Ivoti é marcada pelas tradições nipônicas, onde fica o Memorial da Colônia Japonesa.
Até 7 de outubro deste ano o Japão registrou cerca de 1.500 mortes e pouco mais de 82 mil casos, segundo dados oficiais. A taxa de mortalidade foi de um a cada 100 mil habitantes, enquanto nos EUA chegou a 64 e, no Brasil, passou de 70.
Em meio à corrida para encontrar a possível cura ou vacina da Covid-19, dois pesquisadores uniram recursos e esforços na busca de um tratamento alternativo. Marcus Jones, professor da Escola de Medicina da PUCRS, e o ex-aluno da universidade gaúcha Marcelo Cypel, que hoje atua na Universidade de Toronto, estão desenvolvendo um estudo com a utilização do gás de óxido nítrico para combater infecções.
Geralmente usado em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), a substância auxilia na melhora da oxigenação de pacientes com falência respiratória. Em novembro, o primeiro paciente recebeu esse tratamento em Porto Alegre. Estudos in vitro realizados em laboratório mostraram que o gás tem propriedades antimicrobianas e antivirais contra o coronavírus quando utilizado em doses até cinco vezes maiores que o uso clínico usual.
“Na Universidade de Toronto, nós realizamos estudos pré-clínicos nos últimos meses mostrando a segurança de se utilizar o Óxido Nítrico em maior dose”, explica Cypel, chefe do Serviço de Transplantes da instituição e pesquisador sobre doenças pulmonares agudas.
A colaboração entre as universidades se deu pelo fato de que ambas estavam trabalhando em ideias semelhantes e decidiram alinhar projetos e recursos, já que os pesquisadores têm relação com a PUCRS.
O pneumologista pediátrico Marcus Jones lidera o estudo em Porto Alegre, que inclui pacientes a partir de 12 anos de idade hospitalizados/as por complicações respiratórias da infecção por Covid-19. “Estamos muito entusiasmados com essa colaboração e com a possibilidade de ajudar pacientes que estão numa situação clínica instável devido ao coronavírus. O objetivo é que esta intervenção com óxido nítrico, feita quando os sintomas pulmonares já são importantes, modifique a evolução da doença, evitando a fase de hiperinflamação, com agravamento clínico e necessidade de cuidados intensivos.”
A pesquisa é realizada com recursos financeiros disponibilizados tanto pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) quanto pela Universidade de Toronto.
“Há mais de dois anos temos explorado o óxido nítrico em altas doses de forma inovadora e como potencial alternativa aos antibióticos e antivirais. Sabe-se que a resistência aos medicamentos é um problema mundial e o nosso objetivo é achar alternativas às terapias tradicionais”, acrescenta Vinicius Michaelsen, pesquisador em terapias experimentais do mesmo grupo que Cypel.
Segundo o professor, esse estudo provavelmente irá além do tratamento para o coronavírus, podendo ser efetivo também para outras infecções pulmonares e novos vírus.
É um gás que está presente em diversos organismos, desde humanos, plantas, fungos e bactérias. É possível encontrar relatos históricos com mais de mil anos envolvendo a preparações farmacológicas com Óxido Nítrico, apesar de não identificado na época.
Descoberto há mais de 40 anos pela demonstração de que podia atuar como um vasodilatador e um potente sinalizador celular, passou a ser consideravelmente estudado. Tamanha descoberta rendeu o reconhecimento da Molécula do Ano em 1992 pela revista Science e, seis anos depois, a Divisão do Prêmio Nobel aos seus descobridores.
Fique por dentro de outras iniciativas da PUCRS no combate à pandemia neste link.
Marcelo Cypel vive no Canadá desde 2005. Entre seus projetos estão desenvolvimento de uma máquina que trata o pulmão fora do corpo e um irradiador de luz ultravioleta que elimina vírus de pulmões infectados, também permitindo que os órgãos sejam transplantados.
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Marcus Jones tem como principal linha de pesquisa o impacto de prematuridade, infecções respiratórias e alergia no desenvolvimento pulmonar de lactentes e crianças. É pesquisador do PPG em Pediatria e Saúde da Criança da PUCRS.
Quatro novas impressoras 3D foram doadas à PUCRS pela Unimed, totalizando seis equipamentos viabilizados por meio da parceria entre as instituições. A iniciativa integra o movimento de abertura dos laboratórios do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) para apoiar no combate ao avanço da Covid-19.
A empresa também já havia disponibilizado insumos para a produção de protetores faciais, que resultaram em benefícios para a comunidade. Na última semana, os materiais foram entregues para a Sociedade Porto-alegrense de Auxílio aos Necessitados (Spaam), o Conselho Comunitário Itu Sabará e a Escola Estadual Especial Recanto da Alegria.
Desde março, Tecnopuc Fablab, Tecnopuc Crialab e Tecnopuc Usalab estão abertos para soluções inovadoras em meio à pandemia. Para participar, é necessário preencher o formulário disponível aqui. Além da Unimed, o projeto conta com parcerias como Projeto GRU, Taurus, Still, Grendene, Senge, Braskem, Laerdal Medical, BIA, IBASE e Randon.
Para Nilson Luiz May, presidente do Instituto Unimed RS, o melhor caminho para superar o momento são as parcerias. “De nossa parte, a cada entrega de materiais é recompensador vermos quantas pessoas já foram beneficiadas, e quantas mais ainda serão. Contem conosco e vamos adiante”, comenta.
Alcides Mandelli Stumpf, diretor administrativo do Instituto, destaca que o propósito da ação é cuidar das pessoas. “Com as entregas de materiais para profissionais que se dedicam diariamente na luta pela vida estamos transmitindo uma importante mensagem: a de que juntos podemos transformar crises em oportunidades, impactando positivamente a sociedade”.
“São muito importantes parcerias que viabilizam ações relevantes e solidárias da Universidade junto à comunidade, apoiando hospitais, clínicas geriatrias e projetos sociais neste momento de crise sanitária que vivemos”, conta Jorge Audy, superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS.
Luis Humberto Villwock, assessor de inovação do Tecnopuc, fala sobre o orgulho em participar de iniciativas como esta. “Nessa ação solidária, as duas instituições projetam o futuro, pois essas impressoras 3D poderão servir para o desenvolvimento de novos projetos dos nossos alunos e alunas. É uma visão clara de que uma adversidade, ao ser encarada de forma integrada, pode reverter numa melhoria das condições de futuro”.
Os protetores faciais são produzidos no Tecnopuc Fablab, laboratório gerido pelo Centro de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico da PUCRS (Ideia). Segundo Flávia Fiorin, executiva do Tecnopuc e responsável pela gestão das demandas dos laboratórios, até o momento foram mais de 180 demandas da sociedade inscritas, cerca de 130 instituições atendidas. “Já distribuímos mais de 15 mil máscaras faciais, além do apoio ao desenvolvimento de vários produtos relacionados ao combate à pandemia”.
Eduardo Giugliani, diretor do Ideia, destaca a importância de promover o bem comum, o cooperativismo e as causas sociais. “O apoio atual para o Tecnopuc Fablab deve nos permitir a expansão futura do laboratório para outra estrutura dentro da Universidade, assim mantendo a atuação social”, explica Giugliani.
Eduardo Grigolo, da equipe técnica do Ideia, entregou os materiais no Conselho Comunitário Itu Sabará e na Escola Estadual Especial Recanto da Alegria. “Desde março, estou engajado no processo de produção destes escudos faciais. No Fablab, trabalhamos de forma silenciosa, respeitando as exigências do isolamento social, mas sempre atentos ao bom andamento de nossa missão”, relembra ao falar sobre como tudo mudou com a chegada do coronavírus.
Para ele, a equipe busca transformar a reação dos agentes que atuam nas frentes de combate a Covid-19 em um pouco de satisfação e motivação para seguir trabalhando em condições tão adversas. “Ter a oportunidade de realizar pessoalmente a entrega de parte deste trabalho multiplica enormemente a certeza de que estamos fazendo parte de algo realmente grande e impactando de forma muito positiva os esforços no combate a pandemia”, sintetiza.
Considerando anseios da comunidade acadêmica, as regulamentações do poder público e a instabilidade dos indicadores da Covid-19 na Capital – que retornou à bandeira vermelha, a Universidade decidiu manter as aulas na modalidade online até o fim deste semestre letivo. “Fizemos essa escolha em diálogo constante e escuta atenta à nossa comunidade. Seguimos em um cenário de muita incerteza, que não nos permite previsibilidade e segurança para uma alteração no nosso modelo vigente”, explica o reitor, Irmão Evilázio Teixeira.
As atividades práticas, atividades de pesquisa e estágios seguirão sendo retomadas gradualmente, conforme autorização do Decreto Municipal nº 20.625. Com a mesma cautela que a PUCRS apresentou até agora, orientando e promovendo a presença responsável de cada um, serão disponibilizados alguns serviços de apoio e ambientes para estudo e trabalho a quem desejar a partir de outubro. Mais detalhes a respeito dos serviços e espaços que serão oferecidos devem ser divulgados até o fim deste mês.
Ao longo desses meses, além de se preocupar em manter a excelência nas aulas e atividades remotas, a PUCRS providenciou todas as adequações necessárias para proteger o grupo de profissionais que integram atividades essenciais no Campus, cumprindo protocolos rígidos de prevenção e cuidado. Confira a síntese das principais medidas:
“Tomamos todas as medidas necessárias para tornar nosso Campus um ambiente seguro. Mas a contenção da doença depende da presença responsável de cada um de nós, onde quer que estejamos. Assim, reforço a importância de seguirmos firmes na manutenção de hábitos de prevenção”, reforça o reitor. A Universidade segue atenta às recomendações e decretos do poder público e priorizando a saúde e o bem-estar da comunidade universitária.
Um dos temas mais comentados durante as mudanças provocadas pela pandemia da Covid-19 é o desafio do modelo de trabalho remoto. Pensando nisso, a professora Gabriele Jeffman preparou sugestões para quem quer aprimorar a colaboração e o trabalho em equipe durante o distanciamento.
Além de integrar o corpo docente da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, Gabriele também é analista de Projetos de Empreendedorismo e Inovação do Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (Idear). Confira as dicas:
1. Conheça sua equipe: quando estamos atrás das telas, nem sempre temos a oportunidade de perceber as reações de cada colega. Por isso, é importante promover momentos de integração online, incentivando conversas entre a equipe. Esses momentos também oportunizam o compartilhamento de experiências e a expressão de qualidades ou pontos a serem aprimorados. Reserve espaços para a descontração e tenha proximidade com o seu time. Isso facilita o processo!
2. Defina papeis no time: ao trabalharmos com outras pessoas, é fundamental conhecer os papeis que cada integrante irá assumir. Em uma equipe, sempre teremos pessoas com perfis e conhecimentos diferentes. Identificar essas características e estabelecer funções de acordo com elas aprimora o fluxo de trabalho. Dentro dos papeis de cada membro do time, também é importante destacar as principais atividades a serem realizadas e como elas se relacionam com o restante da equipe.
3. Permita-se aprender: esteja aberto a aprender com sua equipe. Provavelmente você terá contato com áreas em que não possui tanta proximidade, então aproveite para explorar novos conhecimentos. Seja curioso/a, faça perguntas aos seus colegas e otimize suas competências.
4. Explore ferramentas: há muita informação a nossa disposição na internet, o desafio é filtrar e utilizar as ferramentas em nosso benefício. E isso não é diferente para aprimorar o trabalho em equipe. Existem muitos aplicativos e ferramentas gratuitas para fazermos brainstoming e apresentações criativas, entre outros recursos que podemos utilizar.
O Idear disponibiliza um e-book com várias atividades para trabalhar competências empreendedoras, além de indicar ferramentas e trazer diversas dicas valiosas. O download pode ser feito de forma gratuita, aqui.
5. Viva a experiência: para encerrar essa série de dicas, aqui vai o conselho de ouro: viva a experiência! Ao ajustarmos a nossa rotina em tantas áreas, temos a oportunidade de investir tempo e energia para repensar e melhorar processos. Transforme o distanciamento físico em proximidade através do relacionamento, da interatividade em rede, criatividade e inovação online. É hora de encontrar novas soluções.
Hoje é último dia para realizar a inscrição na Maratona de Inovação da PUCRS e aprimorar o trabalho em equipe, na prática. Nesta edição, o tema será “como construiremos as cidades que queremos viver?”, com desafios que trarão aprendizados tanto pessoais quanto profissionais. Saiba mais sobre o evento neste link.
Entre as principais sequelas identificadas em pacientes que se recuperaram do novo coronavírus, estão as motoras, pulmonares e nutricionais. Pensando nisso, o Centro de Reabilitação e o Parque Esportivo da PUCRS prepararam o Programa de Reabilitação Pós-Covid-19, que oferece atendimento particular. A equipe multidisciplinar é composta por médicos/as fisiatras, fisioterapeutas, nutricionistas e educares/as físicos.
Para participar é necessário respeitar o período de segurança de 14 dias após realizar o teste para Covid-19, em caso de resultado negativo, ou 30 dias, quando o resultado é positivo. Quem tiver interesse no serviço pode entrar em contato pelo telefone do Centro de Reabilitação (51) 3320-3596 ou pelo WhatsApp (51) 83480180, de segunda a sexta-feira, das 08h às 18h.
O principal objetivo do Programa é readquirir a independência funcional e qualidade de vida a quem se recuperou do coronavírus, através de atendimento multidisciplinar, com um olhar individualizado e acompanhamento progressivo”, explica Pedro Henrique Deon, coordenador do Centro de Reabilitação e professor do curso de Fisioterapia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS.
Uma pesquisa publicada no Journal of the American Medical Association (JAMA) mostrou que, mesmo meses após estarem curados/as da Covid-19, 87% disseram ter um ou mais sintomas da doença, como cansaço e problemas respiratórios. Entre as 143 pessoas que participaram do estudo, apenas 12,6% haviam sido internadas em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
Além de atingir o pulmão, considerado “marco zero” para o vírus, outros órgãos também podem ser afetados, como coração, rins, intestino, sistema vascular e até mesmo o cérebro.
Passados os 14 dias do recebimento da dose inicial da vacina da farmacêutica chinesa Sinovac, os primeiros selecionados para participar do estudo retornaram ao Hospital São Lucas da PUCRS (HSL-PUCRS) nesta segunda-feira, 24 de agosto, para a segunda aplicação do possível imunizante. O voluntário Luciano Marini, que atua como médico intensivista na UTI do HSL, foi recebido pela equipe responsável pelo estudo para retomar parte do processo iniciado no dia 8 de agosto. Além de realizar novamente algumas coletas, nesta etapa ele recebeu um segundo diário para a marcação dos registros. “Desde que recebi a primeira dose passei muito bem, seguindo o trabalho normalmente e sem sintomas ou reações inesperadas”, afirma.
A técnica de enfermagem da Emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre Fabiana Silva de Souza também recebeu a segunda dosagem nesta segunda-feira, em um processo que demorou aproximadamente uma hora. “Vejo de uma forma positiva não ter tido sintomas, pois isso mostra a segurança da vacina. Que o resultado saia o quanto antes e a gente tenha boas notícias”, pondera.
Atualmente em sua terceira etapa de testes, a vacina está no estágio em que é aplicada em larga escala, o que poderá comprovar em definitivo a sua eficácia e a duração da proteção. O HSL é um dos 12 Centros de Estudos do Brasil, sendo o único do Rio Grande do Sul, que aplicará o insumo e documentará os resultados junto ao Instituto Butantan, de São Paulo.
Das 9 mil pessoas que participarão da testagem no Brasil, metade receberá a vacina, enquanto a outra metade receberá placebo, ou seja, uma substância sem efeito algum. Por ser um estudo “duplo cego”, somente os farmacêuticos que recebem e acondicionam os imunizantes conseguem saber o que cada seringa contém. Porém, eles não acompanham o momento de aplicação, conduzido pelos pesquisadores junto aos voluntários, que desconhecem o conteúdo das doses em questão. A estratégia permite a análise e a comparação dos resultados pelos dois grupos, validando ou não o efeito da substância.
Na prática, o que se espera é que o sistema imunológico dos testados desenvolva anticorpos para o vírus inativado (“morto”) da Covid-19 que está presente na vacina, tornando a pessoa em questão imune ao efeito do vírus ativo caso ela tenha contato com o organismo posteriormente.
1/7 – Instituto Butantan confirma o Hospital São Lucas como um dos centros de estudo para testagem da vacina.
10/7 – Formalização do contrato entre o Instituto Butantan e o Hospital São Lucas.
20/7 – Abertura das inscrições de voluntários para a testagem da vacina.
3/8 – HSL recebe as primeiras doses do imunizante.
8/8 – Início da aplicação da primeira dose com os profissionais da saúde selecionados.
24/8 – Início da aplicação da segunda dose com os profissionais da saúde selecionados.
Outubro/2020 – Previsão de término da aplicação da vacina no Hospital São Lucas.
Dezembro/2021 – Previsão de conclusão do estudo a partir do término do acompanhamento dos voluntários.
Novos tempos, novos ritmos, novas prioridades. Em meio à pandemia do coronavírus, o Tecna, Centro de Produção Audiovisual do Rio Grande do Sul, e todo o mercado audiovisual precisaram dar uma pausa. Mais conectados do que nunca – mas cada um em sua casa -, nos últimos meses os/as profissionais da área se dedicaram ao planejamento, à reinvenção e à produção.
Diversos desafios só puderam ser superados porque pessoas de diferentes áreas cooperaram em prol do bem comum, tomando todas as medidas necessárias nesse período delicado. Pensando nisso, o Tecna preparou um vídeo especial como forma de reconhecimento e agradecimento a quem atua no setor audiovisual no Rio Grande do Sul e no Brasil.
“O audiovisual ganhou ainda mais importância no mundo contemporâneo e precisamos valorizar os profissionais que se dedicam a este setor. Os conteúdos produzidos nos enchem de calor humano e, portanto, nos trazem saúde mental e afetiva nestes tempos de pandemia. Esta produção é um exemplo de trabalho coletivo e empático, que envolveu estudantes de graduação, professores e profissionais. A proposta é inspirar a todos para os cuidados necessários nas produções audiovisuais e, também, no dia a dia de todos estes profissionais.” ALETÉIA SELONK, GERENTE DO TECNA.
Um dos grandes desafios de obter informações sobre a economia criativa é a disponibilidade de dados, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Porém, dois estudos publicados pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) revelam a força do setor audiovisual brasileiro, responsável por injetar R$ 24,5 bilhões na economia. Há também a tendência no aumento da participação do segmento de TV por assinatura e da exibição cinematográfica.
“Em 2015 o Brasil exportou US$ 154,8 milhões e importou US$ 1,6 bilhão em serviços audiovisuais. O volume de vendas do Brasil mais que dobrou (crescimento de 110,1%) enquanto as aquisições permaneceram praticamente estáveis (crescimento de 2,9%). O licenciamento de direitos de conteúdo audiovisual foi o principal responsável pelo aumento da exportação de serviços audiovisuais pelo Brasil”, de acordo com o portal oficial da Ancine.
A PUCRS entregou mais de 800 protetores faciais nas últimas duas semanas para o Hospital de Porto Alegre (HPA), para o residencial Vitalis Morada Sênior e para outras instituições. A iniciativa é fruto da parceria do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) com a Unimed, que doou impressoras 3D e insumos, permitindo a fabricação de protetores desde o início da pandemia do coronavírus.
O diretor técnico do Hospital de Porto Alegre (HPA) Jair Dacás reforça a importância de ações como essa. “Os instrumentos nos auxiliam muito no que tange ao enfrentamento da Covid-19. Nós, que estamos na linha de frente, quando somos agraciados com estes equipamentos, ficamos ainda mais motivados em seguir em frente. Seguimos nesta luta”, diz o diretor.
Eduardo Sabbi, diretor do Residencial Vitalis Morada Senior, destaca que em meio às incertezas da pandemia, a solidariedade se torna um alicerce e demonstra a gratidão a equipe do Tecnopuc. “Torcemos fortemente para que estas e outras iniciativas não apenas se perpetuem no tempo, como contagiem outras universidades por este bem maior que é o apoio à comunidade. O mundo precisa cada vez mais de pessoas como vocês”, afirma Sabbi.
Os equipamentos são produzidos pelo Fablab, laboratório do Tecnopuc gerido pelo Centro de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico da PUCRS (Ideia). A iniciativa integra um movimento do Tecnopuc de abrir seus laboratórios (Fablab, Crialab e Usalab) para soluções inovadoras que combatam a Covid-19. No total, já foram entregues mais de 11 mil protetores faciais para hospitais, entidades assistenciais e de educação, e clínicas geriátricas.
As propostas recebidas são avaliadas por uma equipe técnica que identifica a possibilidade de atendimento nos laboratórios, envolvendo o Tecnopuc e Ideia, que está ligado à Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade (Propesq). Para participar, é necessário preencher o formulário disponível aqui. A iniciativa conta com parceiros como Unimed, Projeto GRU, Taurus, Still, Grendene, Senge, Braskem, Laerdal Medical, BIA e IBASE.
“Desde o início das entregas de protetores faciais, destaco o ‘olhar de gratidão’ dos guerreiros que estão na linha de frente. Nosso Tecnopuc e parceiros foram incansáveis, inclusive nos finais de semana e feriados, confeccionado os protetores sem interrupção. É gratificante participar de uma ação que gera proteção e saúde”, conta Solimar Amaro, Relações Institucionais da PUCRS e responsável pelas entregas dos protetores nas instituições.
Eduardo Giugliani, diretor do Ideia, comenta que a parceria construída entre Unimed e PUCRS é muito significativa. “A parceria com a Unimed tem uma envergadura diferenciada. É um investimento muito robusto e a produção de protetores começa a ser mais tangível a ponto de serem realizadas entregas em mais hospitais e centros de saúde. O que mais me parece importante nessas parcerias é o reconhecimento de uma ação da Universidade num momento de crise, de uma empresa que tem claro o senso de cooperativismo, o bem comum, o apoio a causas sociais”.
O Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, afirma: “A parceria com a Unimed permitiu ampliarmos ainda mais a ajuda a entidades da área de saúde, como hospitais, clínicas geriátricas e ações sociais. Neste momento crítico de crise sanitária que vivemos, parcerias como esta são fundamentais para que possamos continuar cumprindo este importante papel social junto às nossas comunidades”.
A executiva do Tecnopuc e coordenadora do movimento de abertura dos laboratórios, Flávia Fiorin, destaca que até o momento mais de 100 instituições foram atendidas. “São solicitações de mais de 23 mil protetores faciais, 10 mil protetores entregues entre produção do Tecnopuc Fablab e as doações do Projeto GRU, Taurus e Sthil”, conta Flávia.
Para participar é necessário preencher o formulário disponível aqui.