Criado por pesquisadores da PUCRS, o protótipo conector para sistema de alto fluxo impresso em 3D possibilita que pacientes em tratamento com Covid-19 recebam maior fluxo de oxigênio, diminuindo a necessidade de intubação. Até o momento, já foram produzidos 120 protótipos que estão sendo utilizados em oito hospitais do Rio Grande do Sul e Minas Gerais: Hospital São Lucas, PUCRS (RS), Hospital Independência (RS), Hospital Divina Providência (RS), Hospital São José (RS), Hospital Santa Isabel (RS), Hospital Estrela (RS), Hospital Bruno Born (RS) e Hospital Nossa Senhora de Fátima (MG).
De acordo com um dos responsáveis pela criação do protótipo, o chefe do Serviço de Clínica Médica no Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) e professor na Escola de Medicina Giovani Gadonski, resultados preliminares analisados no HSL – primeiro hospital a utilizar a peça impressa –, mostram que o aumento do fluxo no oxigênio pode reduzir em até um terço a necessidade de intubação. Todas as instituições participantes da pesquisa, que aderiram ao Acordo de Cooperação, estão simultaneamente coletando dados para ampliar a abrangência e qualificação da pesquisa.
A peça, impressa no IDEIA/Tecnopuc FabLab, pode ser conectada na estrutura de suplementação de oxigênio já existente em qualquer hospital. Com o cateter de alto fluxo, é possível fornecer até 30 litros de oxigênio por minuto, sendo que, nos aparelhos convencionais, a quantidade é de até 15 litros de oxigênio por minuto. O dispositivo oferece mais conforto ao paciente e possibilita inclusive a alimentação oral, o que é impossível com a máscara, ou mesmo quando intubado.
Para o professor Eduardo Giugliani, diretor do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Científico (IDEIA) e responsável pela produção das peças 3D, sob o contexto científico e tecnológico o projeto permite consolidar iniciativas integradas entre vários centros de pesquisa da PUCRS e demonstrar o potencial de uma ação interdisciplinar. Estiveram envolvidos na criação do protótipo múltiplos atores: médicos, engenheiros, fisioterapeutas, enfermeiros e técnicos (tecnologia e saúde), entre outros.
Para o médico e professor Giovani Gadonski, o conector é motivo de alegria por comprovar mais uma vez o impacto da pesquisa no dia a dia da sociedade. “Para quem está inserido na universidade como professor e na assistência dentro do hospital, poder desenvolver uma alternativa que possa ajudar as pessoas no enfrentamento da doença é muito gratificante. Me sinto privilegiado por estar dentro de uma instituição que proporciona um ecossistema de inovação que permite a aplicação translacional da pesquisa e assistência no mesmo ambiente”, comenta.
Para Giugliani outro aspecto que cabe destaque é a urgência em que foi efetivada a pesquisa e a rápida trajetória até a prototipagem do conector, em um processo com duração inferior a 60 dias. “Processo que não seria possível em uma Instituição que não apresenta características e competências tão interdisciplinares como a PUCRS, capacidade de resposta rápida e efetiva para uma ação em rede, além de contar com um capital humano altamente qualificado, em todos os níveis demandados”, completa.
Desenvolvido pela Toth Lifecare, startup instalada no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), o Smart Check é um monitor de sinais vitais multiparamétrico que auxilia na triagem e internação hospitalar. O equipamento, que traz rapidez e precisão aos atendimentos médicos, prezando pela segurança de pacientes e profissionais da saúde, começou a ser elaborado em 2014.
O monitor foi desenvolvido antes da pandemia e pensado em conjunto com o Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), com recursos da Financiadora de Inovação e Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (Finep/MCTI). Investimento fundamental para a conclusão do projeto e que ajudou a diminuir os riscos de produção e viabilizou testes dos protótipos na emergência do HSL, até a aprovação pela Anvisa.
Eduardo Marckmann, CEO da Toth Lifecare e mestre em Economia pela PUCRS, explica que a triagem pode ser realizada em setores de emergência, em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e em Unidades Básicas de Saúde (UBSs), por exemplo: “Quando o paciente chega com uma queixa, nós temos que classificar ele como alto, médio e baixo risco de contaminação e dar um desfecho. O monitor tem um software que faz essa avaliação, auxiliando as equipes de saúde”.
O equipamento permite medir temperatura, frequência cardíaca, pressão arterial, glicose e a saturação de oxigênio de forma integrada, dispensando a utilização de diferentes ferramentas para cada necessidade e funcionando como um modelo de pré-triagem que auxilia na chegada de pacientes aos hospitais. Em menos de um minuto o monitor faz a medição e passa os dados para o prontuário eletrônico automaticamente.
O Smart Check é conectado a um software que transmite todas as informações coletadas para um computador por meio do Wi-Fi, evitando erros de transcrição. “Todas as leituras são feitas juntas e muito mais rápidas. Além de otimizar o processo, também minimiza a possibilidade de erros. É uma tecnologia própria para este tipo de monitoramento, que é diferente de pacientes de UTI, que têm acompanhamento constante”, complementa Marckmann.
Fabiano Hessel, professor da Escola Politécnica da PUCRS e coordenador do Grupo de Sistemas Embarcados, também participou da equipe que desenvolveu o equipamento. Segundo ele, o Smart Check tem a capacidade de processamento de informações, não apenas de coleta. “É um equipamento mais robusto que o normal, que conta inclusive com um carrinho de transporte para ajudar na mobilidade”, destaca.
Assista ao vídeo de triagem da Smart Check:
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A startup surgiu em 2008, fruto da união de profissionais com ampla experiência na criação de equipamentos médicos. Estruturada no Tecnopuc, a Toth Lifecare tem foco na pesquisa e desenvolvimento de equipamentos médicos, com o objetivo de oferecer produtos seguros, confiáveis e inovadores para o público.
Desde o início de fevereiro mais de 20 estudantes da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS e profissionais da saúde do Centro de Extensão Universitária Vila Fátima (CEUVF) estão atuando na campanha de imunização contra a Covid-19. Em março, 13 alunos e alunas e cinco docentes do curso de Enfermagem da PUCRS estão auxiliando na Campanha de Vacinação contra a Covid-19 na Unidade de Saúde Modelo de Porto Alegre e na US Santa Marta. Na última semana, 1283 pessoas já foram imunizadas.
Nas próximas semanas o grupo atuará em unidades de saúde do Distrito Docente Assistencial (DDA) da PUCRS, que contemplam as regiões Leste, Nordeste, Partenon e Lomba do Pinheiro. Os DDAs são estruturas de Integração Docente Assistencial (IDA) aos serviços de saúde de Porto Alegre que possibilitam que a realidade das atividades acadêmicas esteja conectada às demandas da comunidade.
A professora Janete Urbanetto, coordenadora do curso de Enfermagem, destaca a relevância da ação para a contenção do coronavírus:
“Participar de um momento tão importante e esperado como esse tem sido muito gratificante para estudantes e professores. Mesmo com toda a complexidade que estamos vivendo, atuar na prevenção primária por meio da vacinação nos traz a esperança de dias melhores e da redução da circulação da Covid-19″.
A do CEUVF segue trabalhando em parceria com as equipes volantes das Secretaria de Saúde de Porto Alegre (SMS). Além disso, em março o CEUVF também passou a ser um dos pontos de vacinação na Capital gaúcha, seguindo as datas e horários previstos pela SMS. Entenda como estão funcionando os modelos de atuação:
O grupo de estudantes, que já tem experiência de campo, também recebeu capacitação, retomando o protocolo de imunização, procedimentos técnicos e de higienização.
A área da saúde permite uma atuação de grande importância para a sociedade. Na PUCRS, estudantes contam com uma estrutura completa de ensino, pesquisa, assistência e inovação. Conheça os diferentes cursos oferecidos!
Além das Escolas de Ciências da Saúde e da Vida e de Medicina, o Campus da Saúde da PUCRS conta com Parque Esportivo, Hospital São Lucas (HSL), Instituto do Cérebro (InsCer), BioHub, Centro de Reabilitação e, em breve, o Centro Interdisciplinar de Saúde.
Quando as metas para 2020 foram listadas, não era possível imaginar o que viria pela frente. 365 dias depois, imensurável foi o esforço humano para responder ao novo modelo social. Lidar com os medos e principalmente com as perdas exige muito da comunidade, da sociedade e da Universidade. Mesmo sem saber até quando essa realidade irá persistir, a esperança impulsiona para que juntos e juntas seja possível caminhar em direção ao futuro.
Para que não seja necessário completar mais um ano sem abraços apertados e sem o toque que conforta, é preciso continuar tendo força e tomar todos os cuidados para frear de vez o avanço do coronavírus. Só assim será possível trocar a máscara pelos encontros afetuosos e o álcool em gel pelos apertos de mão. Afinal, não faltam razões para seguir em frente.
Relembre ações da Universidade nesse ano que foram essenciais tanto na linha de frente quanto desenvolvendo tecnologias, pesquisas e parcerias para combater à pandemia.
Em 16 de março de 2020 a PUCRS anunciava a suspensão das aulas presenciais, atividades e serviços não-essenciais e a transição para o modelo remoto. Em apenas 48h, foi realizada a formação do corpo docente, a implementação da equipe de Mediação Online e a aquisição de recursos tecnológicos necessários para dar continuidade à formação de milhares de estudantes.
Em abril, mais de 50 profissionais, pesquisadores e pesquisadoras da PUCRS, incluindo docentes da Escola de Medicina, Escola de Ciências da Saúde e da Vida, Escola de Humanidades, Escola Politécnica, Instituto do Cérebro do RS (InsCer), Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc) e do Hospital São Lucas (HSL) se mobilizaram na busca de soluções em uma força-tarefa multidisciplinar.
Saiba mais: Força-tarefa multidisciplinar da PUCRS é formada contra a Covid-19
Entre os legados dessa união estão a doação de mais de 15 mil protetores faciais para instituições de saúde, o desenvolvimento de mais de 50 pesquisas relacionadas à Covid-19, a criação de diferentes exames para a detecção do vírus, entre tantas outras ações.
Saiba mais: Legados da força-tarefa (páginas 16 a 19 da Revista PUCRS)
Desde então a mobilização da Universidade não parou. Relembre algumas das ações que marcaram os primeiros 365 dias de pandemia:
É responsabilidade de cada pessoa continuar tomando todos os cuidados e saindo de casa apenas quando necessário, evitando aglomerações, usando máscara e seguindo todas as medidas de segurança, saúde e higienização.
Acompanhe os canais oficiais da PUCRS e fique por dentro das novidades. Juntos e juntas seguimos:
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No dia 10 de março de 2020, foi diagnosticado o primeiro caso de Covid-19 no Rio Grande do Sul. Hoje, um ano depois, os profissionais da saúde continuam no combate incessante contra o vírus, demonstrando força e resiliência em pleno pico da pandemia. Para homenagear os colaboradores na linha de frente, a Universidade e o Hospital São Lucas (HSL-PUCRS) mostraram, em grande escala, o orgulho que sentem por seus profissionais.
Na noite de terça-feira (9), as instituições projetaram, em três locais no Campus da Saúde e no da Universidade, um vídeo que fala sobre as razões que a equipe tem para seguir em frente: amor ao trabalho, empatia, compaixão e coragem estão entre elas. A homenagem foi realizada pela técnica de projeção mapeada e ocupou a parede lateral do Parque Esportivo, no sentido Viamão-POA da Avenida Ipiranga, a fachada principal do HSL e o prédio 50 da PUCRS.
A auxiliar administrativa Regina Pinto, registrou o momento de sua aparição no vídeo: “Eu desejo que essa pandemia passe logo, estamos há um ano nessa luta junto com nossos colegas na linha de frente. Precisamos manter o otimismo, a perseverança e a lealdade com o que a gente faz, porque juntos somos mais fortes”.
A projeção, que seguiu madrugada adentro, pode ser vista de vários pontos que circundam o local, ficando prioritariamente visível para os homenageados. A ação integra um conjunto de ações para conscientizar a sociedade sobre os cuidados com a pandemia e sobre a valorização dos profissionais que seguem lutando 365 dias após o primeiro caso no Estado.
Leandro Firme, diretor-geral do HSL, destaca o propósito da ação. “Nós todos estamos vivendo um momento que, enquanto seres humanos, nos deixa bastante frágeis. Essa homenagem é um sinal de empatia com a vida do nosso colaborador, que têm se colocado totalmente à disposição para cuidar de tantas pessoas, principalmente neste período, que é um dos mais graves da pandemia. A homenagem é pequena perto da dedicação dos profissionais, mas é para dar um pouco de alento e para reforçar o quanto eles são fortes”, afirmou.
Em nome da comunidade acadêmica, o reitor da PUCRS, Irmão Evilázio Teixeira, ressaltou o reconhecimento da Universidade: “Nós temos muito orgulho e somos muito gratos a cada profissional da saúde e da educação que doa seu tempo, sua coragem, sua dedicação para salvar vidas, promover a ciência e garantir o ensino. Um dos desafios para o ser humano é combinar trabalho com cuidado. Eles não se opõem, mas se compõem. E nestes 365 dias não faltaram exemplos fortes e inspiradores de cuidado em todas as dimensões da nossa Universidade e em nosso hospital”.
Confira o vídeo que homenageou os profissionais da linha de frente
A partir de hoje, 3 de março, o Centro de Extensão Universitária Vila Fátima (CEUVF) passa a ser um dos pontos de vacinação contra a Covid-19 em Porto Alegre, seguindo as datas e horários previstos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O local é um espaço em que a Universidade tem a possibilidade de interagir e transformar realidades na comunidade em que seu Campus está inserido. Neste local, profissionais e estudantes da PUCRS levam aos moradores serviços de qualidade acadêmica nas áreas de educação, direito, assistência à saúde e assistência e desenvolvimento social.
Desde o início de fevereiro estudantes da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e profissionais da saúde do CEUVF já estão atuando em parceria com as equipes volantes da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (SMS) na campanha de imunização contra a Covid-19.
Leia também: Estudantes da PUCRS atuam na campanha de vacinação contra Covid-19
Ao longo da semana o local recebeu 150 unidades para a aplicação da primeira dose da vacina tanto em idosos (de acordo com a escala de idade do município de Porto Alegre) e profissionais ativos de saúde com comprovação. A operação acontecerá de quarta a sexta-feira, das 8h às 17h, seguindo o seguinte cronograma e faixas etárias:
A professora Andrea Bandeira, responsável pela Coordenadoria Ensino-Serviço na Saúde (DAA-Prograd), destaca a importância de o CEUVF estar presente na campanha de vacinação. “Desse modo estamos integrados à rede de atenção à saúde, ampliando o atendimento à população, fortalecendo nossas ações e oportunizando grande aprendizado para os nossos estudantes. Integrar este momento tão importante da vacinação contra a Covid-19 é um reconhecimento e uma valorização dessa equipe que atua há 40 anos na comunidade e que sempre preza pela atenção à saúde de qualidade e pela segurança dos pacientes”, afirma.
Bandeira complementa que o CEUVF estará sempre à disposição da Gerência Distrital e da SMS para as parcerias necessárias à consolidação do SUS e o fortalecimento da Atenção Primária. O CEUVF está localizado na Rua 14, nº 227 P. 90, na Vila Nossa Senhora de Fátima/Mato Sampaio. Informações sobre o atendimento no local estão disponíveis no telefone (51) 3320.-3536 ou pelo e-mail [email protected].
O Hospital São Lucas (HSL) foi pioneiro no Estado para os testes de eficácia da vacina Coronavac, produzida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan – e aprovada para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Junto a outros 15 centros de pesquisa do País, a atuação de nossos profissionais e nossa estrutura foi fundamental para a aprovação e início da vacinação em todo o território nacional.
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Um grupo de estudantes do curso de Engenharia Mecânica, da Escola Politécnica da PUCRS, utilizou os conhecimentos aprendidos em aula para inovar e empreender, ao mesmo tempo que contribuem para o controle da pandemia de Covid-19. Observando o déficit de produção de máscaras de proteção no Brasil, os alunos desenvolveram um maquinário e abriram uma empresa voltada para equipamentos de proteção individual (EPIs). Com a missão de tornar o País autossuficiente nessa área, a Bioelegance já conta com certificação da Anvisa para as máscaras que produz.
O estudante do 9º semestre de Engenharia Mecânica e CEO da empresa, Julio Dall’Agnol, conta que logo no início da pandemia percebeu que em sua cidade natal, Guaporé, não haveria máscaras suficientes para a população. Foi quando teve a ideia de utilizar a fábrica da mãe, voltada para o mercado de roupas íntimas, para produzir máscaras de tecido a serem doadas para a comunidade local. “Foram produzidas 10 mil unidades. Durante este período, percebi uma enorme dificuldade em se fazer máscaras via manufatura. Esse foi o gatilho que me levou a pesquisar e estudar sobre automação do processo de fabricação de máscaras cirúrgicas e todos os outros tipos de EPIs”, conta.
Após a pesquisa, Dall’Agnol convidou dois colegas de curso para formarem um time: Lucas Crochemore, graduado em 2020, e Klaus Burmeister, também do 9º semestre. Em abril de 2020 o grupo começou a desenhar o equipamento e a buscar investidores e parceiros para a execução do projeto. “Para a execução da nossa primeira máquina (SV100) foram necessários cinco meses. Vale lembrar que prezamos pela utilização de materiais 100% nacionais, sendo que 90% deles foram gaúchos”, relata o CEO da empresa. Na sequência eles iniciaram o desenvolvimento da segunda máquina (SV200), que está sendo montada atualmente.
Um dos pontos mais interessantes dessa experiência para Dall’Agnol é a possibilidade de vivenciar os aprendizados de sala de aula. O estudante diz ser gratificante poder utilizar as ferramentas que aprende para ver o mundo da engenharia se construindo por meio do próprio trabalho:
“De diversas formas pudemos observar problemas sendo resolvidos com princípios estudados na graduação. Os aprendizados das disciplinas de projetos nos fundamentaram para a execução metodológica do projeto das máquinas. Já os ensinamentos das Ciências dos Materiais nos possibilitaram entender e escolher de forma precisa todos os materiais envolvidos tanto no processo da criação da máquina quanto do produto em si”.
Conforme o coordenador e professor do curso de Engenharia Mecânica Sérgio Boscato Garcia, as atividades teóricas e práticas do curso de Engenharia Mecânica promovem o desenvolvimento de habilidades como a aplicação dos processos de fabricação e a execução de desenhos técnicos, projetos mecânicos e sistemas automatizados. “A graduação incentiva a integração desses conhecimentos e a percepção das necessidades atuais, o que certamente contribui para o sucesso de iniciativas como essa. Em disciplinas integradoras e de projetos, os conhecimentos de engenharia são aplicados e há um acompanhamento constante dos docentes”, destaca o professor, que acompanhou a iniciativa dos estudantes desde os primeiros dias.
A partir de disciplinas que envolvem o desenvolvimento de projetos e produtos, o curso de Engenharia Mecânica possibilita que os estudantes coloquem suas ideias em prática desde os primeiros semestres até o trabalho de conclusão. As iniciativas podem ser sugeridas pela própria turma e realizadas com o acompanhamento docente e com a utilização dos espaços de aprendizagem da Universidade.
Indo além da sala de aula, Boscato reforça que outras atividades contribuem para que estudantes ampliem as possibilidades e tirem as ideias do papel. “A participação em grupos estudantis e a realização de estágios também são importantes para a formação profissional e para o trabalho em equipe. Neste caso em especial, existe muito mérito e originalidade na iniciativa, o que demonstra o perfil empreendedor do grupo de estudantes. O desenvolvimento de um maquinário da ideação ao protótipo em um período tão curto merece destaque”.
Os alunos também podem contar toda a estrutura da PUCRS voltada para inovação e empreendedorismo, como o Idear, cujo portfólio abrange disciplinas do curso. Outra possibilidade é participar de iniciativas como o Startup Garage, programa de modelagem de negócios do Tecnopuc do qual o grupo chegou a participar no início do projeto da Bioelegance.
Para o professor Boscato, os conhecimentos de engenharia permitem que os estudantes identifiquem diversas oportunidades.
“A graduação é um grande laboratório em que são desenvolvidas as competências para transformar as possibilidades em realidades para a sociedade. E é neste sentido de fazer a diferença que está a importância de seguir e lutar por seus objetivos”, conclui.
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Estimulando a interdisciplinaridade em disciplinas, projetos e grupos, o curso de Engenharia Mecânica da PUCRS conta com professores capacitados e laboratórios bem aparelhados e atualizados. Os alunos são desafiados a encontrar a melhor solução para problemas reais com os conhecimentos aprendidos, tornando-se diplomados preparados para atuar em diferentes setores.
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Idealizada por um grupo de estudantes de Engenharia Mecânica, da Escola Politécnica da PUCRS, e contando com vasta experiência na produção da cadeia têxtil, a Bioelegance desenvolveu seu próprio maquinário 100% em solo brasileiro. A empresa utiliza um sistema inteligente de matéria prima e acompanhamento de produção e é uma das pioneiras no desenvolvimento integral de projeto e produção de máscaras cirúrgicas hospitalares no Brasil.
Segundo o CEO Julio Dal’Agnoll, a missão da empresa é o de tornar o Brasil independente de terceiros para a produção de correlatos. “Nosso maior objetivo para o futuro é ter a capacidade de abranger todo o mercado de desenvolvimento e produção, tornando-nos referência nacional e internacional em Qualidade e Produção desses itens que se mostraram tão fundamentais para a segurança sanitária do mundo”, conclui.
Para o período de Volta às Aulas, a PUCRS preparou um modelo de ensino consciente e flexível que se adapta às características de cada Escola, às condições sanitárias em Porto Alegre e aos decretos vigentes. Priorizando a saúde integral da comunidade acadêmica, as possibilidades de atuação foram ampliadas com base em três pilares, conforme o Guia de Orientações, quando a bandeira vigente no Modelo de Distanciamento Controlado permitir:
Serão apoiadas em um modelo consolidado de ensino remoto que passa por qualificação permanente.
As atividades teórico-práticas presenciais acontecerão conforme as características de cada disciplina, curso e nível de ensino.
Estudantes terão acesso optativo a um conjunto maior de serviços, laboratórios e espaços.
O objetivo do modelo flexível é assegurar a diversidade de experiências necessárias para formação integral de alunos e alunas, conforme as expectativas e necessidades de cada área.
Após uma análise de mais de 3 mil disciplinas, elas foram divididas em quatro grupos: disciplinas online, presenciais obrigatórias, online com encontros essenciais e online com encontros recomendados. Confira os detalhes de cada uma, de acordo com o nível de ensino.
Acesso ao Guia de Orientações para cada Escola, que leva em consideração as necessidades e contextos de cada área do ensino:
Para ficar por dentro das atualizações sobre o modelo de atuação vigente, acompanhe os canais da sua Escola e da PUCRS. Mais informações podem ser obtidas entrando em contato com a Secretaria do seu curso.
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A exemplo do ano anterior, a atuação da Universidade e o Calendário Acadêmico se dará em total conformidade com as determinações do poder público e os critérios previstos nas bandeiras de distanciamento controlado. Saiba o que muda conforme a classificação das bandeiras preta, vermelha ou amarela e laranja.
Estudantes da PUCRS têm acesso gratuito a diferentes ferramentas e facilidades para a vida acadêmica em geral. Neste passo a passo você aprenderá a acessar serviços como pacote Office 365 completo, que incluiu e-mail acadêmico, armazenamento em nuvem vitalício e aplicativos da Microsoft; o Moodle, plataforma de apoio para as aulas, troca de materiais, postagem de tarefas e mais; e o Zoom, ferramenta oficial para assistir às aulas online.
Outro benefício é a possibilidade de complementar a sua formação com cursos gratuitos. Além de ter aulas com docentes da pós-graduação do PUCRS Online, também é garantida a emissão de certificado ao final de cada curso.
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Um dos maiores dilemas enfrentados por boa parte da população durante a pandemia de Covid-19 tem sido como conciliar a necessidade de sair de casa para trabalhar e a preocupação com a exposição ao risco de contaminação pelo vírus. Para entender como as condições econômicas afetam a percepção das pessoas sobre a severidade do coronavírus, pesquisadores do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer) realizaram um estudo que analisa a aversão ao risco.
Segundo dados da pesquisa, o máximo de risco de contaminação pela Covid-19 tolerado pela população para sair de casa é de 38%. Ou seja, apenas quando a chance de se contaminar é de 38 em 100 as pessoas decidem finalmente ficar em casa. No entanto, quando há chance de ficar gravemente doente caso seja contaminado, a tolerância ao risco é de apenas 13%. O estudo foi realizado por meio de um questionário online, com a participação de mais de 8 mil respondentes.
“Sabemos que a escolha de sair ou não de casa vai muito além do salário, por isso perguntamos às pessoas também sobre saúde financeira, qual a chance percebida de precisar de cuidados médicos intensivos caso infectadas pelo vírus, idade, sexo, se estavam empregas e qual a área, escolaridade, se eram parte do grupo de risco, entre outras coisas”, destaca o pós-doutorando Bruno Schiavon, responsável pelo estudo e integrante o Grupo de Pesquisa em Neurociência Cognitiva do Desenvolvimento do InsCer. A pesquisa teve a orientação do professor Rodrigo Grassi, docente da Escola de Medicina da PUCRS e pesquisador do Instituto do Cérebro.
Alumni do curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, Schiavon aponta que a pesquisa engloba conceitos da economia comportamental, campo que estuda os fatores psicológicos (cognitivos e emocionais), culturais e sociais que afetam as decisões dos indivíduos. Para analisar os dados, os pesquisadores combinaram diversos tipos de métodos estatísticos que permitiram identificar e predizer como todas as características combinadas aumentam ou diminuem a chance de alguém querer sair de casa para manter o seu salário.
De acordo com o levantamento da pesquisa, pessoas com uma renda maior, com uma situação financeira confortável e mais novas são as que possuem mais tendência a querer sair de casa. “No início da pandemia havia uma ideia de que as pessoas com baixo nível socioeconômico tenderiam a ignorar as recomendações de distanciamento social devido a questões econômicas e pessoais, mas vimos o contrário”, comenta o pós-doutorando.
Porém, o pesquisador salienta que fatores como melhor acesso à saúde, não precisar utilizar o transporte público ou ser dono de estabelecimentos com funcionários são aspectos que podem influenciar as opiniões e percepções acerca da pandemia. “É muito importante acrescentar que este estudo tem suas limitações e que nossa intenção não é resumir um comportamento complexo a um fator apenas. Ou seja, não estamos apontando a causa única da decisão de querer ou não atender às medidas de distanciamento social”, conclui Schiavon.