A preocupação cada vez maior com o meio ambiente e o futuro do planeta leva cada vez mais empresas e instituições a adotarem medidas sustentáveis e a assumirem o compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Um desses objetivos, a meta nº 7, diz respeito ao acesso à energia limpa: o uso dos recursos energéticos, bem como formas mais sustentáveis de gerar e consumir energia, são pauta fundamental na construção de um futuro que torne viável a permanência da vida na Terra. A PUCRS se compromete com a pauta de energia sustentável há 15 anos por meio do Projeto USE – Uso Sustentável de Energia, que busca levar às pessoas conhecimentos e informações sobre o consumo consciente de energia e práticas de sustentabilidade.
Instituído pela PUCRS em março de 2008, participantes do projeto já realizaram mais de 4.600 ações dentro e fora da Universidade. Odilon Duarte, coordenador do USE e do curso de Engenharia de Energias Renováveis da Escola Politécnica, onde é realizado o projeto, destaca que o impacto social gerado vai além do Campus e é gerado por meio da sensibilização das pessoas, seja por trabalhos técnicos, eventos, palestras, entrevistas, visitas técnicas e educacionais ou por do uso das redes sociais.
“O Projeto USE dissemina conteúdo para que os cidadãos sejam protagonistas na proteção do planeta em que habitam, para que sua qualidade de vida não seja afetada de forma negativa, reduzindo o uso de fontes não renováveis e a emissão de gases do efeito estufa, trazendo pautas ambientais a lugar de destaque”, comenta ele.
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Ao longo de tantos anos de realização, o Projeto USE deixa um extenso legado de conscientização e transmissão de conhecimentos sobre medidas que promovem o uso eficiente de energia, bem como as consequências do bom e mal uso desta que refletem em questões sociais, climáticas e financeiras. “Tal aprendizado é aplicado tanto na PUCRS quanto nos lares dos indivíduos que atuam na Universidade”, pontua o docente. Tudo isso reflete a importância de iniciativas como o Projeto USE para o futuro do meio ambiente e do planeta em geral.
“O projeto realiza estudos para mitigar as consequências das ações humanas no planeta. Neste sentido, a iniciativa leva em consideração a disponibilidade dos recursos naturais para suprir as necessidades da humanidade, juntamente com a redução das emissões dos gases de efeito estufa”, conta Odilon.
O projeto é dividido em três frentes de atuação: o vetor técnico, o vetor educacional e o vetor de comunicação e relacionamento. No vetor técnico, são desenvolvidos trabalhos voltados para sistemas de consumo de energia (iluminação, refrigeração, climatização, entre outros). No vetor educacional, são realizadas ações de sensibilização para os públicos internos e externos da Universidade, a fim de promover o uso consciente da eletricidade. E no vetor de comunicação e relacionamento, são realizadas campanhas de conscientização, participação em eventos e publicações informativas em redes sociais. Neste também ocorre a concessão de entrevistas para veículos de comunicação, sendo estas textuais, para rádio e TV.
Entre as diversas pesquisas e ações desenvolvidas pelo Projeto USE recentemente, destacam-se participações em seminários importantes, como o 11º Seminário Cidade Bem Tratada, especificamente no painel temático “Mobilidade, Energia e Descarbonização”, juntamente com especialistas da área. O projeto também marcou presença no seminário 3º Seminário sobre Energias Renováveis, participando do painel de capacitação, também junto a especialistas. Também foram concedidas diversas entrevistas sobre temáticas como energias renováveis, apagão e eficiência energética. Odilon destaca outras ações recentes:
“Realizamos avaliação da qualidade da energia de sistemas consumidores de energia no Campus Universitário; levantamento do perfil de consumo de energia elétrica das edificações; análise da viabilidade econômica para o emprego da mobilidade elétrica e na eficiência energética para a substituição do sistema de climatização do Laboratório de Alto Desempenho (LAD) e no Hospital São Lucas (HSL) da PUCRS, entre outras ações”, explica.
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Seja como estagiários ou voluntários, muitos estudantes da Universidade já passaram pelo Projeto USE, dos mais diversos cursos, entre eles todas as Engenharias, Arquitetura e Urbanismo, Ciências Biológicas, Direito, Psicologia, Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade e Propaganda. Adriano Klein, formado em Engenharia Elétrica com ênfase em Sistemas de Energia pela PUCRS, participou do projeto quando era aluno e afirma ter sido uma experiência enriquecedora, e que o fez compreender uma nova forma de se relacionar com a energia.
“No projeto eu pude perceber que a energia não se limita ao aspecto físico, mas envolve muitas outras questões relevantes para um profissional que atuará no mercado de energia. Hoje, vejo o setor e as grandes empresas do ramo se movendo em direção à descarbonização, algo que está na essência do Projeto USE. A experiência ampliou a minha visão sobre a energia e foi fundamental para a minha trajetória profissional, pois me fez entender a importância do uso sustentável da energia. Os aprendizados que obtive no projeto alimentam o meu propósito de trabalhar com esse tema fascinante”, comenta ele.
O alumnus Matheus do Carmo, também formado no mesmo curso e ênfase que Adriano, destaca a importância que ter participado do projeto teve em sua formação:
“Foi fundamental, tanto do lado profissional, por me moldar em um perfil ímpar para o mercado, quanto do lado pessoal, por fomentar minha atuação em causas importantes como o combate ao aquecimento global por meio dos conhecimentos da atividade que decidi exercer. A PUCRS, com sua infraestrutura, permitiu que eu fosse exposto, ainda na graduação, a desafios de liderança, proatividade e maturidade, participando, inclusive, de seminários internacionais como expositor, ao lado de colegas com pós-doutorado. Isso foi responsável por parte considerável das conquistas que tive até o momento como engenheiro.”
A estudante Gabrielle Schmeling, do curso de Engenharia de Produção, integra atualmente o Projeto USE e conta que seu interesse em participar do projeto veio da possibilidade de atuar em uma iniciativa que gerasse impacto social e ambiental.
“Uma das motivações e expectativas pela qual iniciei no projeto USE foi poder participar de forma ativa em um programa que contribuísse de fato com a comunidade, e aprender na prática a relevância das fontes de energias renováveis, que geram impactos positivos em setores ambientais, sociais e financeiros. É gratificante perceber como a conscientização das pessoas promove o uso eficiente de energia, que reduz as ações negativas no planeta, gerando maior qualidade de vida para todos. Acredito que, desta forma, o projeto vem sensibilizando a sociedade, pois se cada um fizer a sua parte e utilizar os recursos naturais de forma consciente, futuramente mais brasileiros poderão ter acesso à energia elétrica, necessidade básica à qual infelizmente nem todos tem acesso.”
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Estude Engenharia de Energias Renováveis na PUCRS
Famosa por descontos e boas oportunidades para os consumidores, a Black Friday acontece nesta sexta-feira, 25 de novembro. Com tantas ofertas e condições especiais de compra, nem sempre é fácil resistir às tentações. Por isso, para evitar problemas futuros ou mesmo arrependimento, é importante refletir e tomar alguns cuidados na hora de encher o carrinho.
Para a professora Izete Bagolin, da Escola de Negócios, o ato de comprar sempre é uma decisão importante, pois tem impactos a curto, médio e longo prazo. Por isso, é essencial pensar sobre o que se deseja adquirir antes da Black Friday. “Essa é uma boa oportunidade para comprar coisas que você ou sua família precisam e que cabem no orçamento. Para que essa experiência não se torne uma ‘dor de cabeça’ futura é importante se preparar para isso”, destaca. E essa preparação inclui pesquisar preços, a qualidade e a origem do produto, por exemplo.
Se você já passou por essa etapa inicial de buscas e está pronto para as compras, confira algumas dicas da professora Izete:
1. Faça uma lista: organize os produtos que você precisa comprar em ordem de prioridade ou de urgência.
2. Preste atenção no planejamento financeiro: saiba quanto do orçamento atual e futuro você pode comprometer com essas compras. Para isso, é preciso saber quanto da renda já está comprometida com as despesas fixas e com compras prévias em cartão de crédito e carnês. Organize-se e evite se endividar!
3. Avalie se você realmente precisa desse item: comprar algo só porque está em promoção não é uma boa justificativa. Pense bem para não cair na ilusão de vantagem imediata e adquirir algo que não precisa e ainda gerar redução de poder de compra no futuro.
4. Não caia em armadilhas: saiba diferenciar os descontos verdadeiros dos ilusórios. Alguns produtos têm o preço aumentado antes da Black Friday para poderem ser anunciados com um desconto maior do que realmente teriam. Por isso é importante fazer um acompanhamento dos itens que deseja comprar antes mesmo de novembro.
5. Cuidado com as “sugestões” das lojas: em compras online, quando você acrescenta algum produto ao carrinho, é comum que a loja ofereça sugestões de outros itens não essenciais com o intuito de mostrar que quanto mais você compra, maior será o desconto. Lembre-se da dica 3 e não caia em tentação!
O conceito de consciência para consumo sustentável é definido como um estado de preocupação em consumir de maneira a melhorar a qualidade de vida a longo prazo. Trata-se de um movimento social global que se baseia no aumento da conscientização sobre o impacto das decisões de compra no meio ambiente, na saúde e na vida dos consumidores em geral. Dessa forma, é possível evitar que problemas como o desperdício, a poluição e a desigualdade social se agravem.
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Provavelmente você já ouviu falar em consumo consciente ou sustentável – mas você realmente sabe o que isso significa e por que é importante colocá-lo em prática? Desde 1970, há um índice que mede o Dia de Sobrecarga da Terra, data em que todos os recursos naturais que o planeta pode renovar durante todo o ano se esgota. Em 2019, isso aconteceu no dia 29 de julho – mais cedo que em todo o histórico do índice. Neste ano, segundo a Global Footprint Network, organização internacional que calcula a pegada ecológica, contabilizando quanto de recurso natural é usado para as necessidades de um indivíduo ou população, será em 22 de agosto.
Apesar de em 2020 entrarmos em défice ecológico quase um mês mais tarde que no ano passado (há 15 anos essa data não chegava tão “tarde”), não há motivos para comemorar: certamente isso se deve à crise gerada pelo coronavírus, que acabou impactando nos hábitos das pessoas em todo o mundo. Porém, existem formas de manter e de melhorar a marca do Dia da Sobrecarga. Uma delas é justamente praticar o consumo de uma forma consciente.
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Segundo a professora da Escola de Negócios Maira Petrini, o conceito de consciência para consumo sustentável é definido como um estado de preocupação em consumir de maneira a melhorar a qualidade de vida a longo prazo. “Estamos falando de um movimento social global que se baseia no aumento da conscientização sobre o impacto das decisões de compra no meio ambiente, na saúde e na vida dos consumidores em geral”, explica. A docente coordena o Grupo de Pesquisa sobre Sustentabilidade e Negócios com Impacto Social, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Administração.
Maira destaca que, consumindo dessa forma, problemas como o desperdício, a poluição e a desigualdade social se agravam. “Nesse contexto, o consumo e produção sustentáveis tratam de dissociar o crescimento econômico da degradação ambiental, aumentando a eficiência dos recursos e promovendo estilos de vida sustentáveis”, pontua.
Apesar de parecer um conceito complexo e distante da realidade, a professora reforça que essa mudança está em nossas mãos. Para isso, adaptar pequenos hábitos, todos os dias, é o caminho para nos tornarmos consumidores conscientes, contribuindo para uma grande mudança.
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Para inspirar quem deseja começar a praticar o consumo consciente, a professora Maira dá algumas dicas:
1. Preste atenção no que você compra: consumir produtos orgânicos é bom para o meio ambiente e para a saúde. Comece substituindo os hortifrútis convencionais por orgânicos. Uma vez por semana, experimente substituir a carne por alimentos com alto teor de proteínas, como feijão, grão de bico, soja, tofu, quinoa, aveia. Com isso, mantém sua ingestão nutricional de proteína e reduz sua pegada de carbono, uma vez que a pecuária tem um forte impacto na produção de gases efeito estufa, além de demandar uma grande quantidade de água para a criação de animais.
2. Observe de quem você compra: privilegie o produtor e as marcas da sua localidade, promovendo o desenvolvimento da economia local e apoiando pequenas empresas. Você reduzirá as emissões de gases de efeito estufa (GEE) associadas ao transporte de mercadorias e embalagens e aumentará o senso de comunidade.
3. Prefira empresas comprometidas com o desenvolvimento sustentável: que medidas a empresa toma para, por exemplo, reduzir o impacto ambiental de suas operações ou desenvolver a comunidade local? Qual a origem dos produtos? Algumas empresas já são reconhecidas pela alta incidência de trabalho infantil e escravo. Há muita informação disponível: com uma pesquisa rápida na internet, é possível descobrir marcas e empresas éticas. A partir do momento que as empresas com propósito passarem a vender mais, as outras seguirão.
4. Fuja do plástico de uso único: leve sua caneca reutilizável com você em vez de usar copos de plástico ou papel para café e água. Outra ação simples é levar sempre sacolas reutilizáveis quando for fazer compras. Assim, você ajuda a reduzir a quantidade sacos plásticos no lixo e nos oceanos. Reciclar a enorme quantidade de resíduos que produzimos é um grande desafio. Mundialmente, somente 7% do lixo plástico é reciclado. Portanto, a melhor solução é tentar não produzi-lo.
5. Compre menos: comece repensando se você realmente precisa de algo ou apenas deseja os produtos que consome. Compras impulsivas nos fazem ter muitas coisas que mal usamos. Mas, se você realmente precisa desse item, opte por comprar produtos de qualidade que durem mais, não quebram com facilidade e reduzem a produção de resíduos.
E volte à primeira dica.