Olhar com atenção para a forma como se utiliza o dinheiro é uma decisão importante para quem sonha em tirar planos do papel. Entre eles, o de quitar as dívidas e ficar sem pendências financeiras no nome, o que aumenta a flexibilidade e a autonomia para fazer negociações.
Devido à instabilidade econômica de 2022, em consequência da pandemia da Covid-19, o tema ganhou ainda mais importância. Durante o período, muitas pessoas tiveram que adaptar seus orçamentos e lidar com gastos extras. Segundo dados do Banco Central (BC), em novembro de 2020 o endividamento das famílias com os bancos atingiu 51% da renda dos últimos 12 meses, sendo o maior percentual desde 2005, ano em que a pesquisa foi criada.
E se você quer iniciar o ano com os boletos em dia e até mesmo começar a investir, confira dicas de como organizar melhor sua vida financeira:
Muitas vezes trocar uma dívida por outra pode ser uma armadilha e gerar um efeito “bola de neve”, pois causa a falsa sensação de que a renda disponível é maior. Porém, fazer um empréstimo para pagar a dívida do cartão de crédito pode ser um bom negócio, já que os juros de atraso do cartão tendem a ser bem maiores do que os que serão pagos no empréstimo. Pesquise e compare o valor total para escolher quando essa troca pode valer a pena.
Repense seus gastos para eliminar despesas que não são prioridade e, se possível, busque novas fontes de receita para auxiliar no seu balanço mensal. Também é importante planejar o seu orçamento para um período de 24 meses ou mais, assim você conseguirá ter mais previsibilidade para a sua situação em um médio prazo.
Saiba mais: Dicas de como começar a se organizar financeiramente
Apesar de as taxas serem parecidas entre as instituições financeiras no mercado, elas podem variar de acordo com as garantias e itens oferecidos. Aproveite e negocie as melhores condições para eventuais empréstimos e financiamentos. Se o seu salário está vinculado a um banco, por exemplo, isso já pode ser uma vantagem na hora de buscar alternativas.
Existem cada vez mais opções disponíveis para quem precisa de auxílio ao renegociar dívidas e se planejar financeiramente. Entre elas estão o Sistema Universal de Finanças (SUF), que faz parte do Estúdio de Finanças da Escola de Negócios da PUCRS, e as feiras Limpa Nome do Serasa, por exemplo.
Quer aprofundar seu conhecimento sobre o tema? Você também pode seguir carreira na área administrativa e personalizar a sua formação com a trajetória acadêmica aberta. Descubra qual graduação da Escola de Negócios combina com seus planos para o futuro e estude na PUCRS!
Gerar atitudes positivas: esse é o objetivo do novo hub de conteúdo do Labex – o Laboratório de Experiências do Consumidor –, liderado pelo Programa de Pós-Graduação em Administração da Escola de Negócios da PUCRS, em parceria com a Paim Comunicação. O projeto, que analisa as tendências do mercado virtual e as novidades dos modelos de negócio do mercado, desenvolverá em seu novo setor de comunicação uma série de conteúdos sobre ações para ajudar a comunidade a lidar com a pandemia da Covid-19.
Enquanto a mídia tradicional foca nas notícias do cotidiano sobre o novo coronavírus, como o número de mortes e os efeitos da crise – que são de interesse público –, o novo hub trará informações otimistas para tornar o cotidiano das pessoas melhor. “Apesar de todos os efeitos ruins desse período para a economia e para a sociedade, queremos dar esperança para as pessoas”, explica a professora e pesquisadora Frederike Mette, que também participa da criação da iniciativa.
Entre os conteúdos previstos estão temas sobre saúde e segurança, auxiliando na prevenção do contágio; entretenimento, focado em momentos de descontração para dar um break em toda confusão; e conveniência, com dicas de praticidade para facilitar a rotina cheia de imprevistos.
Os três pilares do projeto levam em consideração questões referentes aos aspectos sociais, humanos e econômicos da comunidade. Confira como cada um deles servirá de orientação para as atividades do hub:
Social: com base em pesquisas, tratará de como e quais serão os impactos do novo consumo na coletividade, buscando explorar tendências sociais e seus efeitos.
Humano: relacionado ao comportamento, investiga os novos hábitos das pessoas e como elas e adaptaram a esse período. “Mudanças interpretadas pelos nossos corpos e mentes: o papel da individuação na construção do novo consumo”, descreve o planejamento.
Econômico: tem a ver com mudanças nos padrões de consumo, renda e endividamento, por exemplo. A ideia é pensar em soluções para a retomada da economia. Tratará de novas formas de gerir e economizar.
Segundo a professora, todas as ações são pensadas a médio e longo prazo para que seja possível ter um impacto real na vida das pessoas. “A principal intenção é poder ajudar a população a lidar com esse novo mundo”, destaca.
Ao analisar dados do Google Trends – uma ferramenta que mostra os termos mais populares buscados recentemente –, entre os dias 16 de fevereiro e 18 de abril, o Portal R7 identificou um aumento de 100% na busca pela a combinação das palavras “notícias boas” e “coronavírus”.
A matéria mostra que a “dieta midiática”, como chama a estrategista digital e comunicadora Issaaf Karhawi, pode explicar o novo comportamento: “Estamos em um momento sensível e é compreensível que sejam adotadas leituras de escapismo para tentar lidar com tudo isso”.
“Queremos trazer um olhar de esperança. Buscamos entender o que as pessoas estão agregando nas suas vidas, quais aspectos positivos afloraram desse momento”, conta a coordenadora do projeto Stefânia Ordovás de Almeida, também professora e pesquisadora da Escola de Negócios.
Varejistas e profissionais da área serão entrevistados e participarão da concepção e do desenvolvimento do projeto, que poderá passar por adaptações, conforme as respostas e a evolução das pesquisas. Também serão incorporados estudos secundários para enriquecer planejamento.
Segundo Stefânia, os questionários serão divulgados de tempos em tempos, aproximadamente de 45 a 60 dias cada um, para conseguir acompanhar a evolução do comportamento e de como as pessoas estão se sentindo. Assim, as ações não ficariam obsoletas, mas se mantêm próximas da realidade do público.
“Outra contribuição importante é que podemos disponibilizar isso para ajudar o mercado a se recuperar pós-pandemia”, enfatiza a pesquisadora.
A popular frase “a esperança é a última que morre”, apesar de poder parecer insensível em meio ao contexto da pandemia, ilustra o sentimento de uma parcela significativa da população brasileira. É o que mostra a pesquisa Sentimento em relação ao Brasil, realizada pelo Instituto Datafolha no mês de maio de 2020.
Os participantes foram convidados a responder como se sentiam atualmente. Os resultados mostraram que “apesar do orgulho declarado pela maioria, a maior parte dos brasileiros também está pessimista, triste e desanimada com o País”.
Ainda que a pandemia seja a principal preocupação atualmente, ela não está diretamente ligada ao mau humor dos brasileiros e brasileiras, segundo o levantamento. “O brasileiro já esteve mais raivoso, pessimista, inseguro e desanimado, como mostram pesquisas anteriores sobre o mesmo tema. Em pesquisa realizada nas ruas do País em julho do ano passado, por exemplo, eram mais altos os sentimentos de raiva (52%), insegurança (73%) e medo maior do que esperança (53%). Os demais estavam em níveis similares aos atuais”, explica o estudo.
Da mesma forma que a pandemia trouxe debates importantes para a sociedade, os períodos de crise deixam marcas nas vidas das pessoas. Uma pesquisa feita pela Fundação Oswaldo Cruz, UFMG e Unicamp mostra que o Brasil pós-pandemia possa precisar lidar com problemas de renda afetada, alta da depressão e aumento do consumo de álcool e tabaco crescentes na população.
A comunidade é convidada a participar do projeto, com sugestões de pauta e de integração. Para enviar sua dica ou comentário, entre em contato pelo site do projeto.
Recomendado pela Capes com conceito 5, é reconhecido pela qualidade e excelência no ensino. Com duas áreas ênfase, os alunos de mestrado e doutorado podem optar por poder seguir uma linha voltada para Estratégia, Organizações e Sociedade ou Marketing.
Com o início do semestre letivo, o Balcão do Consumidor da PUCRS, em parceria com o Procon do RS, retoma o horário normal de atendimento no dia 26 de março. O serviço funciona nas segundas-feiras, das 14h às 16h, na sala 134 do prédio 8 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). É gratuito e aberto à comunidade. Para atendimento, basta levar comprovantes da relação de consumo (como contrato, nota fiscal, comprovante de pagamento, número de protocolo de atendimento…) e documentos pessoais, RG e CPF. Mais informações estão disponíveis através dos telefones (51) 3353-7887 e (51) 3353-7889 ou do e-mail [email protected].
O atendimento ao público do Balcão do Consumidor é feito pelos alunos da disciplina de Direito do Consumidor, da Escola de Direito. Com a coordenação da professora Flávia do Canto Pereira, que também ministra a disciplina, os graduandos têm a oportunidade de aprofundar na prática os aprendizados de sala de aula. “O balcão proporciona o contato do aluno com o problema real do consumidor. O estudante atua como conciliador e advogado. É uma iniciativa extremamente importante, pois, além disso, oferece auxílio gratuito à população”, afirma Flávia.
Na próxima segunda-feira, 26 de junho, ocorre na PUCRS o 1º Mutirão de Renegociação de Dívidas, promovido pelo Grupo de Estudos Superendividamento: Crédito e Recuperação, da Escola de Direito, Balcão do Consumidor da Universidade e Procon RS.
Na oportunidade, representantes da Agiplan, Caixa Econômica Federal, Itaú e Bradesco estarão atendendo ao público interessado em renegociar as suas dívidas com estas entidades. Dívidas em discussão judicial não serão renegociadas.
O atendimento será das 9h às 18h, no Estúdio de Finanças, localizado no 7º andar da Escola de Negócios, no prédio 50 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). Haverá distribuição de fichas para atendimento até às 16h. É necessário apresentar RG, comprovante de residência, contratos relativos à renegociação e um endereço de e-mail. Outras informações pelo telefone (51) 3353-7887 ou (51) 3353-7889.
A PUCRS passará a contar com uma unidade do Balcão do Consumidor, iniciativa realizada a partir de convênio da Universidade com o Procon do RS, para atendimento a consumidores em eventuais reclamações contra fornecedores, com base no Código de Defesa do Consumidor. Os atendimentos serão realizados a partir do dia 29 de maio, sempre às segundas-feiras, das 15h às 17h, na sala 134 do prédio 8 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre) por alunos da Escola de Direito, sob a supervisão de professores. A inauguração do espaço será na próxima segunda-feira, 22 de maio, durante a abertura do evento Publicidade e Proteção da Infância, a partir das 8h45min, no auditório do prédio 11 do Campus.
A consultoria é gratuita, a partir da apresentação de documentos como CPF, RG e algo que comprove a relação de consumo, como contratos, notas fiscais ou números de protocolos de atendimento. Qualquer pessoa que resida no Rio Grande do Sul, pode usufruir do serviço, sem a necessidade de um agendamento.
O professor da Escola de Direito Adalberto Pasqualotto explica que o Balcão do Consumidor integra o Núcleo de Prática Jurídica do curso de Direito, e irá beneficiar os estudantes que cursam a disciplina de Direito do Consumidor, que conseguirão aplicar na prática o que estão vendo em sala de aula. “Eles terão uma visão da parte administrativa e extrajudicial, o que é bastante interessante dentro do contexto do mercado de trabalho. Além disso, estão inseridos em um projeto maior da Instituição, de oferecer serviços que beneficiem a sociedade”.
Flávia do Canto Pereira, que também ministra a disciplina, acredita que a demanda pelo serviço será grande. Ela adianta ainda que há possibilidade de ampliação dos dias e horários, conforme demanda. “Normalmente o êxito nas mediações do Procon ficam em torno de 80%, e no Balcão não será diferente”.
Como pensam e agem os consumidores, com tantos produtos à disposição? Alunos dos cursos de Nutrição, Gastronomia e Ciência e Inovação em Alimentos e outros interessados podem participar, no dia 22 de maio, das 14h às 17h, de uma palestra sobre Consumer Science – As relações e tendências dos consumidores no mercado de alimentos e bebidas. O evento é uma parceria desses cursos e da Agência de Gestão Tecnológica da PUCRS com o Centro Italiano de Análise Sensorial. Aberto ao público, o evento ocorre no auditório do prédio 9.
A palestrante será a professora Lucia Bailetti, diretora do centro italiano, que falará sobre os estudos na área e os cases mais modernos utilizados na Europa. A consumer science e o neuromarketing buscam fornecer alternativas para comunicar melhor os produtos para diferentes mercados e encontrar soluções visando identificar as emoções e as expectativas dos diferentes consumidores. A palestra será em espanhol.
A apresentação da palestra será feita pelo sensory manager do Centro Italiano de Análise Sensorial, Marcelo Vargas, também diretor da Associação Brasileira de Sommeliers/Rio Grande do Sul e consultor no mercado de alimentos e bebidas.
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Lucia Bailetti também é professora das Universidades de Verona, San Raffaele (Roma) e Macerata e tem experiência de 20 anos com estudos nas áreas de análise sensorial e ciência do consumo, além de atuação em multinacionais nas áreas de alimentos e bebidas.
Pesquisas do Grupo de Estudos do Comportamento Disfuncional do Cliente, da Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia da PUCRS (Face), revelam que a intenção do consumidor de se comportar de maneira antiética aumenta quando ele se depara com um erro de uma empresa. Além disso, quanto mais produtos na loja, maior a sensação de proteção para praticar uma ação disfuncional. O contrário ocorre em relação à quantidade de pessoas. Os resultados mostram que quando o indivíduo está cercado, fica menos propício a agir de tal forma. As atitudes imorais analisadas envolvem furtos, fraudes, ameaças ao vendedor, assédios verbais, reclamações indevidas, compra de produtos ilegais e vandalismo, entre outros.
O coordenador do Grupo e professor da Face, Lélis Espartel, explica que, no momento de praticar a ação antiética, a pessoa leva em consideração o dano que pode causar ao comerciante. “Por isso, os consumidores respeitam mais os pequenos varejistas”, analisa ele. Em relação às grandes empresas, o professor menciona a distância psicológica entre o cliente e a organização, o que facilita o impulso do comprador de praticar um furto, por exemplo. “Isso traz importantes consequências para o varejo, uma vez que são comportamentos difíceis de identificar ou evitar”, alerta Lelis.
Os pesquisadores também querem entender o porquê da realização de determinadas ações disfuncionais. O professor utiliza o exemplo de um consumidor que recebe duas comandas por engano em um bar. Ao longo de sua estada no estabelecimento, o indivíduo entrega para o garçom as comandas alternadamente para que ele registre menos do que realmente foi consumido. No final, paga a conta mais barata e esconde a outra comanda. Mesmo que os limites morais levem à ideia de que esse cliente possa se sentir culpado ou com vergonha, o professor alerta: “estudos recentes indicam que esse comportamento pode causar sensações e emoções positivas nas pessoas”. Ele salienta que os consumidores com comportamentos disfuncionais visam uma vantagem financeira, mas também são envolvidos por um sentimento de oportunismo e de se dar bem em uma situação de compra e consumo.
Lélis destaca que o tema estudado pelo Grupo é pouco explorado no Brasil e que, normalmente, as pesquisas são voltadas para a perspectiva da ética das empresas. O objetivo da equipe é ampliar o olhar também para os clientes. “Para a relação ser funcional, os dois lados precisam ser éticos e cada um deve fazer a sua parte”, salienta ele. A proposta para o futuro é aprofundar os mecanismos que explicam esses comportamentos disfuncionais e como evita-los.