A Escola de Comunicação, Artes e Design da PUCRS (Famecos) promoveu, nesta segunda-feira (19), um evento para debater as conexões e possibilidades entre comunicação e esporte. O encontro contou com a participação dos jornalistas Alice Bastos Neves, apresentadora do Globo Esporte RS, Lucianinho Périco, narrador e apresentador da RBS, e Tiago Cirqueira, gerente executivo de esportes da RBS, além de estudantes de comunicação da PUCRS e de outras instituições, e pessoas interessadas pelo tema.
A partir do assunto “Esporte no Grupo RBS: da raiz do Gaúchão às coberturas pelo mundo”, Alice explicou que, durante as coberturas, permite-se emocionar com o dia a dia. Destacou que o jornalismo esportivo tem o poder de transformar realidades e que, ao abraçar as histórias cotidianas, não tem um único papel: além de transmitir informações, também provoca emoção no público que está assistindo.
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Quem assistiu à palestra também pôde ouvir sobre quais são as características essenciais dos comunicadores que realizam coberturas esportivas. Lucianinho sublinhou a importância de manter a imparcialidade como um alicerce para garantir que a informação seja disseminada de maneira abrangente, alcançando, sempre que possível, a maior diversidade de públicos.
Tiago Cirqueira compartilhou vários projetos do Grupo RBS, destacando que, para conquistar a cobertura de eventos mundiais, é fundamental vivenciar e valorizar as experiências dos eventos esportivos locais, como os do interior do Estado. Um exemplo notável é o clássico Gauchão, campeonato que recebe cobertura completa em todos os canais da RBS – rádio, TV, online e impresso. Após a palestra, os/as estudantes tiveram a oportunidade de esclarecer suas dúvidas com os jornalistas.
A temática faz parte da grade de disciplinas da Famecos – que recentemente foi reconhecida por meio do Ranking Universitário da Folha (2023), como a melhor Escola de Comunicação do país, entre as universidades privadas.
Quando se trata de formar um profissional da comunicação e prepará-lo para o mercado de trabalho, a Famecos se destaca pelo portfólio rico em cursos de graduação, pós-graduação e extensão. Além de estar em um ecossistema completo de inovação que permite a junção de muitas possibilidades em um só lugar. A decana da Escola, Rosângela Florczak, destaca o percurso formativo aberto, que permite que os alunos descubram e se encontrem com suas principais áreas de interesse. “O estudante pode fazer esses movimentos laterais, ele pode circular pelos cursos para ir compondo sua formação”. A conexão com o mercado de trabalho é outro ponto forte da escola.
“O mercado está toda hora aqui dentro, nós trazemos profissionais para a sala de aula. Hoje, além do professor pesquisador, temos um perfil de professor que está crescendo aqui dentro da Famecos, aquele professor que também está no mercado, vivenciando as rotinas do dia a dia da comunicação. E isso é uma porta de entrada para o aluno que já faz seu networking durante as aulas”, destaca a decana.
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ESTUDE JORNALISMO NA PUCRS EM 2024
Exercer política vai além de votar a cada quatro anos. Política está nas relações interpessoais, está em como indivíduos enxergam o mundo e na nossa atuação coletiva e individual. Hoje em dia, pensar em Comunicação Política é entender perspectivas sociais, pessoais, identitárias, partidárias, entre outras. Trata-se de uma área da vida social que tem se profissionalizado e qualificado nos últimos anos.
A Comunicação Política atua e estuda, essencialmente, como se constrói o sentido das ações de governos, instâncias públicas e políticos, por meio de estratégias de relacionamento baseadas em informações e conteúdo que chegam ao público. Com o espaço alcançado pelas redes sociais, o campo de discussão político se expandiu. Segundo Angelo Müller, doutor em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos e autor de Política do ódio no Brasil, o importante é que o profissional da área consiga transmitir as ideias da organização que ele representa à população.
“Profissionalmente é um ótimo campo de atuação, porque a gente teve uma mudança forte na discussão política. Tínhamos espaços mais reservados, mas agora a internet abriu essa possibilidade de maior diálogo. É uma coisa recente, de dez anos para cá. O importante é que a pessoa consiga colocar suas ideias e repassá-las”, pontua Angelo.
A Comunicação Política atua como elemento central de um sistema democrático, assumindo um papel de comunicar com ética e respeito à cidadania e diferenças. Segundo Steven Barnett, professor de Comunicação na Universidade de Westminster, no Reino Unido, o profissional atuante na área cria espaços de debates com informações não distorcidas, deliberando e desenvolvendo os seus próprios argumentos. A internet impulsiona a Comunicação Política. Ela consegue trazer discussões da mesa de jantar para grupos no Facebook, tópicos no Twitter e reels no Instagram.
“O digital politizou a população, isso não quer dizer que foi de qualidade. Não depende só da exposição. Quando tu tens que participar de política é um processo pesado, não o contrário”, enfatiza Angelo.
Segundo o doutor em Comunicação, é preciso ainda respeitar os próprios limites pessoais e morais. “Não acredito que as pessoas devam fazer comunicação política que as violente, é preciso ser ético profissionalmente, claro. Mas sempre respeitando a si mesmo”, conclui.
Entendendo a necessidade de qualificar profissionais para o mercado crescente da Comunicação política, a Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos da PUCRS reuniu um time de professores da área – entre eles, pesquisadores e profissionais referências no mercado – em uma nova pós-graduação que inicia em abril de 2024.
A especialização Comunicação Política será oferecida para todo Brasil, na modalidade online síncrona, pela plataforma Zoom. Para Rosângela Florczak, decana da Famecos, a iniciativa busca atender um mercado emergente que demanda estrategistas de comunicação com noções amplas para desenvolver as melhores práticas em governos nos âmbitos municipal, estadual e federal, assim como em instituições públicas, para partidos políticos e candidatos a cargos públicos.
“São muitas as frentes de atuação desses profissionais que, em tempos de desinformação e transformação midiática, exercem um papel fundamental para a democracia”, afirma a professora.
Com 360 horas de aulas, a pós-graduação é coordenada pelos professores Jacques Wainberg e Luiz Antonio Araújo; e conta com dez docentes. As aulas acontecem quinzenalmente, nas sextas-feira, das 19h15 às 22h30, e sábado, das 8h às 13h e das 14h às 16h30.
Inscrições | Processo seletivo | E-mail para contato: |
Até 20 de abril | Análise de Currículo | [email protected] |
A chegada de tecnologias cada vez mais sofisticadas vem ditando tendências no mercado de trabalho, nas mais diversas áreas. Entre as mais impactadas está, sem dúvida, a da comunicação e aquelas que envolvem a criatividade: em meio a novidades como metaverso e ChatGPT, os profissionais desse mercado precisam estar atentos às novas possibilidades de atuação. Mas como se tornar esse profissional de um futuro que já começou? Conversamos com a professora e decana da Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos) da PUCRS, Rosângela Florczak, para responder essa e outras questões sobre o mercado dos cursos da área da comunicação, das artes e do design.
Recursos tecnológicos, principalmente envolvendo inteligência artificial, vêm crescendo e ganhando importância tanto no debate público quanto na vida de profissionais – seja para fazer uma revisão de texto ou para ajudar na composição de imagens. Segundo Rosângela, ao mesmo tempo que esses recursos surgem no universo dessas profissões, há também uma redescoberta e uma revalorização da área por parte da sociedade.
“Para mim, a maior novidade, acima dos recursos técnicos, é esse novo olhar de entender que um profissional cuja função social é baseada na criatividade, na construção de estratégias e conteúdos, tem um valor e representa um segmento econômico importante para a sociedade. Então eu vejo que nunca tivemos tanto espaço, e um espaço valorizado”, pontua.
Além das tendências para o mercado da comunicação em geral, cada área específica possui suas particularidades. Os coordenadores dos cursos de Comunicação Empresarial, Produção Audiovisual, Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Design da Famecos comentam sobre as principais perspectivas de cada área.
Para Denise Pagnussat, coordenadora do curso de Comunicação Empresarial, as perspectivas para os futuros profissionais são promissoras. “As relações de diálogo entre as organizações e os seus públicos de interesse oferecem aos profissionais de comunicação uma atuação mais estratégica nas tomadas de decisões de negócio”. A docente cita as principais áreas de destaque dentro da Comunicação Empresarial: comunicação estratégica e relacionamento com públicos de interesse como governos, ativistas, comunidades; reputação, gestão de crise, sustentabilidade; estratégias digitais e inteligência competitiva. Essas áreas se entrelaçam e ajudam as organizações a serem protagonistas em seus setores de atuação.
Os bons ventos também sopram na área de Produção Audiovisual, mercado que apresenta cada vez mais possibilidades de inserção – é o que diz o coordenador do curso, Fabiano Grendene. Ele afirma que as pessoas nunca consumiram tanto conteúdo audiovisual de forma espontânea. Para ele, todos somos seres audiovisuais e potenciais realizadores.
“Com a relação cotidiana do audiovisual em constante evolução, a profissionalização da área não passa só por grandes produções de conteúdo para cinema, TV ou séries; ou comerciais para publicidade e institucionais, mas inicia também em uma nova base, centrada em conteúdo artístico, comercial, social e de entretenimento para as redes sociais, com uma demanda inesgotável e crescente”, comenta.
Já o que o mercado de Publicidade e Propaganda precisa é de profissionais estratégicos, capazes de articular criatividade e eficiência. “A Covid-19 e o distanciamento social vividos em 2020 e 2021 evidenciaram ainda mais a importância da comunicação e da publicidade. As marcas precisaram se reinventar, e o mercado publicitário acompanhou essa transformação”, aponta a coordenadora do curso, Marcia Christofoli. Atualmente, as marcas precisam de propósitos que vão além de preços e descontos, se quiserem efetivamente alcançar um público que é cada vez mais engajado e preocupado com questões sociais.
No Jornalismo, o mercado lida com uma crescente circulação de informação e, ao mesmo tempo, desinformação, como afirma o coordenador do curso, Deivison Campos. Uma das principais funções de um jornalista é filtrar, fazer a curadoria das informações para entregá-las ao seu público. “Selecionar o que importa e dar uma forma adequada e acessível para conferir visibilidade a informação trabalhada pode ser aplicada em diferentes áreas profissionais tradicionais e em estruturação. Dessa forma, o jornalismo revigora sua função social e se mantém como uma profissão e área determinantes para a sociedade e para a democracia”, destaca.
O futuro do Design, conforme a coordenadora Claudia Nichetti, está diretamente conectado com a evolução tecnológica e com as mudanças das necessidades de empresas e consumidores. Entre os principais pontos de atenção para os profissionais em termos de futuro da área estão: inteligência artificial e análise de dados; soluções para o meio ambiente e para a melhoria da qualidade de vida das pessoas; design emocional; serviços de design e experiência do usuário.
“É importante que os profissionais do design estejam atentos a essas tendências e busquem aprimorar suas habilidades e conhecimentos para se destacarem no mercado de trabalho. Além disso, é fundamental que os designers sejam capazes de se adaptar às mudanças e inovações que surgem constantemente, mantendo-se sempre atualizados e preparados para lidar com novos desafios”, pontua.
No mundo, o cenário de hiperinformação e evolução da tecnologia torna o profissional da comunicação mais necessário do que nunca. O principal papel, segundo Rosângela Florczak, é mediar as relações da sociedade. “A gente nunca aprendeu tanto, nunca teve tanto acesso a tudo. Mas também há muita informação equivocada, muita bolha, muita gente se fechando, muita polarização, fundamentalismo retornando”, pontua.
O papel da Universidade, segundo ela, é construir com os estudantes da área a visão desse papel de mediadores, seja em qual ramo da comunicação no qual escolherem atuar. Muitas vezes pode haver receio, principalmente por parte das famílias dos estudantes, quanto à escolha pela carreira na área, com relação às possibilidades de empregabilidade e remuneração. No entanto, a decana ressalta que há muitas novas oportunidades. “Hoje, em qualquer organização é preciso haver estratégias de relacionamento, produção de conteúdo, informação confiável, , portanto, precisa-se de comunicação e de criatividade. Então há muitas vagas em lugares novos e boas remunerações”.
Mas quais habilidades um profissional precisa ter para garantir seu lugar no mercado? Para Rosângela, além das competências técnicas, é fundamental que os futuros comunicadores tenham um olhar inquieto diante do mundo e que o veja como um espaço de transformação. É preciso que eles tenham apreço pelo conhecimento, pela informação, por sair de dentro de suas bolhas. Também é importante construir repertório, seja através de filmes, livros, músicas, boas conversas com profissionais inspiradores, relacionamento em sala de aula e na universidade e até viagens.
“A nossa grande missão como profissionais de comunicação, de artes, de tudo isso que tem aqui dentro da Famecos, é dar sentido para as coisas. A sociedade depende da gente para fazer suas leituras de mundo”, declara a docente.
Quando se trata de formar um profissional da comunicação e prepará-lo para o mercado de trabalho, a Famecos se destaca por seu portfólio rico em cursos de graduação, pós-graduação e extensão, além de estar dentro de um ecossistema completo de inovação que permite a junção de muitas possibilidades em um só lugar. Rosângela destaca o percurso formativo aberto, que permite que os alunos descubram e se encontrem com suas principais áreas de interesse. “O estudante pode fazer esses movimentos laterais, ele pode circular pelos cursos para ir compondo sua formação”. Além disso, a conexão com o mercado de trabalho é outro ponto forte da escola.
“O mercado está toda hora aqui dentro, nós trazemos profissionais para a sala de aula. Hoje, além do professor pesquisador, temos um perfil de professor que está crescendo aqui dentro da Famecos, que é aquele professor que também está no mercado, vivenciando as rotinas do dia a dia da comunicação. E isso é uma porta de entrada para o aluno que já faz seu networking durante as aulas”, destaca a decana.
Em termos de estrutura, a Famecos possui um grande conjunto de laboratórios e estúdios, entre eles: estúdios de TV, de rádio, de fotografia e um laboratório de design. Confira:
Por fim, Rosângela dá um recado para quem quer estudar comunicação na Famecos:
“Quem está pensando em cursos de comunicação, arte e design, precisa vir nos conhecer. Aqui temos um lugar para pensar o mundo, para conviver com a diferença, com a diversidade. É uma escola que cuida muito da sua comunidade. Então as pessoas se sentem muito à vontade aqui dentro. É um lugar de vida, não é um lugar só de vir para a sala de aula estudar. É um lugar para vir conhecer, andar por aqui e se identificar com o espaço e as pessoas. A Famecos é um bom lugar para construir o futuro profissional e entrar no mercado em que se deseja.”
A reputação é um recurso estratégico e ideológico que potencializa esforços no sentido de materializar o propósito àqueles que se relacionam com as organizações. Empresas e instituições buscam se comunicar com mais transparência e ética, para construir confiança com seus funcionários, clientes, formadores de opinião, fornecedores, governos e sociedade. Porém, para a área da comunicação, a discussão sobre reputação ainda tem sido pouco explorada.
Na Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos da PUCRS, a professora Denise Pagnussatt desenvolve sua tese sobre reputação e acredita que as organizações precisam ser mais conscientes das suas práticas e dos seus discursos relacionados à sua reputação. A docente explica que as pessoas estão cada vez mais conscientes das intencionalidades das organizações e não estão mais aceitando desalinhamento entre práticas e discursos.
A docente defendeu a tese intitulada Reputação sensível: aproximações entre os discursos reputacionais e as dimensões sensíveis acionadas pela Natura, fruto de sua trajetória de 20 anos de envolvimento com organizações que buscam entender e construir sua reputação. A pesquisa contou com a orientação da professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Cleusa M. Andrade de Scroferneker, reconhecida internacionalmente por sua atuação científica em comunicação organizacional e seus desdobramentos.
A reputação é composta por sete pilares e 26 fatores, que são considerados na estratégia organizacional, como forma, de consolidar uma reputação baseada em realizações e não em discursos. De acordo com Denise, a reputação não engloba apenas questões da comunicação, mas também questões da psicologia e neurociência. A pesquisadora explica que a área envolve expressões e aspectos que são aproximados às emoções, aos sentimentos, aos afetos e afetividades, que são discursos manifestados em texto com natureza sensível, como felicidade, orgulho, tristeza, confiança ou mesmo decepção.
Em sua tese, a docente desenvolve uma abordagem que propõe aproximações entre Comunicação e Administração com a Psicologia Social, apresentando o conceito de Dimensões Sensíveis, que foi proposto com base no neurocientista português António Damásio. A relação explica que as Dimensões Sensíveis envolvem emoções, sentimentos e afetos, que são evidenciados todos os dias por diversas organizações em seus discursos, procurando acionar esse sensível que vive nos públicos de interesse.
Na pesquisa, é desenvolvida uma análise da prática enunciada pela Natura, empresa brasileira que atua no setor de produtos cosméticos, pois se enquadra no conceito de Reputação Sensível, de acordo com pesquisadora. A professora explica que as organizações com reputação sensível têm a capacidade de acionar dimensões sensíveis que são mobilizadoras da transformação social e humana. Nessa lógica, essas organizações sabem do seu papel e do seu poder e usam de forma consciente e responsável.
Ou seja, a Reputação Sensível acontece quando a estratégia dialoga com os públicos de interesse, cujo caráter é positivo, humano e social, favorecendo e apoiando sua atuação sustentável, ética e transparente. De acordo com a tese, quanto mais organizações se atentarem às dimensões sensíveis que estão envolvidas nas suas relações com os públicos, mais teremos organizações protagonistas da evolução da sociedade como um todo.
Nas conclusões da análise, a professora ressalta que a Reputação Sensível reconhece na comunicação organizacional, possibilidades de valorizar as práticas e os discursos reputacionais como forma de uma atuação mais sustentável e responsável.
“Os caminhos da Reputação Sensível começam pelas pessoas, passando pelo mapeamento dos públicos de interesse, ou seja, com quem a organização se relaciona e realiza trocas simbólicas. Reconhecer nas pessoas a centralidade das estratégias, permite lucidez para vislumbrar o que elas valorizam, o que faz sentido e especialmente, faz sentir”, destaca a pesquisadora.
Reconhecimento
A professora Denise Pagnussatt também atua como coordenadora do Curso de Comunicação Empresarial e do curso de Relações Públicas da PUCRS. Sua tese foi reconhecida pela Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e de Relações Públicas (ABRAPCORP) e esteve entre as finalistas do Prêmio Abrapcorp de Teses.
“A ABRAPCORP é uma das principais associações da área de relações públicas e comunicação organizacional e discute criticamente as tendências e os cenários da comunicação brasileira. E esse reconhecimento reforça a excelência do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da PUCRS, a excelência da atuação da professora Scroferneker e também reforça o valor da ciência como forma de transformação da nossa sociedade”, celebra a docente.
O Programa de Pós-Graduação (PPG) em Comunicação e o PPG em Educação têm uma colaboração por meio do grupo de pesquisa em Cinema, Audiovisual, Tecnologias e Processor Formativos, do qual a professora da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos Cristiane Freitas Gutfreind participa. Com a liderança do também professor da Famecos João Barone, o grupo propõe discussões que perpassam justamente a relação entre o cinema, a educação e o uso de filmes em sala de aula.
O grupo de pesquisa se dispõe a realizar a curadoria de filmes que possam auxiliar o ensino de diferentes disciplinas, como história, artes e literatura, mas também geografia, matemática e biologia. Os integrantes também realizam diversos workshops para professores de ensino fundamental e médio para capacitação qualificada de filmes em sala de aula e participam de cineclubes formativos.
A pesquisadora Cristiane explica que a imagem tem uma grande influência na formação da sociedade na contemporaneidade. O uso de filmes desperta nos alunos e alunas uma leitura do audiovisual, assim gerando uma capacidade crítica do olhar e possibilitando distinguir as diferenças entre as imagens e sons.
Com o apoio do Tecnopuc Tecna, foram oferecidas oficinas com professores da rede pública de Viamão, por exemplo. A atividade foi ministrada pelos doutorandos do grupo de pesquisa com supervisão dos professores responsáveis. Foi um dia com professores de ensino fundamental e médio de diversas escolas públicas de Viamão. De acordo com a professora Cristiane, o objetivo era capacitar esses educadores para o uso de audiovisual nas salas de aula, passando pela teoria, uso técnico das ferramentas de exibição e disponibilidade de onde encontra o material.
Outra atuação do grupo é o fomento à pesquisa, com participações em bancas, produção de artigos científicos e apresentação de trabalhos em eventos com interface entre cinema e educação. Dos estudos que estão sendo realizados, destacam-se a tese da doutoranda do PPG em Comunicação Juliana Costa e a tese de doutorado já defendida da egressa Gabriela Peruffo.
Para o ambiente escolar, Cristiane ressalta a importância de considerar diversos fatores no momento de decisão de qual filme irá se encaixar melhor na proposta. “É preciso dar atenção ao tempo que será exibida a imagem, qual é o equipamento disponível, a faixa etária dos estudantes, o tema de interesse para aula, então, não temos uma fórmula”, destaca a docente.
O cinema é responsável por nos apresentar histórias e narrativas audiovisuais que nos tocam e prendem em horas de entretenimento e emoção. Conhecidos como a sétima arte, os filmes e séries nos sensibilizam, encantam e nos fazem refletir. Porém, outro caráter importante da obra cinematográfica é ensinar.
A professora Cristiane Gutfreind pesquisa cinema, estética e política com uma interface com a educação, a partir de processos formativos. De acordo com a docente, os filmes são uma ferramenta que auxiliam o aprendizado de forma lúdica. “Com os filmes é possível fazer analogias e associações, possibilitando ao estudante desenvolver uma capacidade reflexiva e crítica”, complementa.
Apenas oito, dentre 134. Este é o número total de pessoas negras que atuam nas equipes de reportagem e apresentando os programas dos sete principais veículos de comunicação do estado. Os dados são da pesquisa A gente não se vê por aqui: o jornalista negro no maior grupo de comunicação do Rio Grande do Sul, desenvolvida por Gabriel Bandeira, durante o seu Trabalho de Conclusão de Concurso (TCC) em Jornalismo, na Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos.
A pesquisa surgiu a partir de um incômodo constante do autor em relação à ausência de pessoas diversas na área da comunicação e começou a ser planejada ainda em 2020, quando a pauta antirracista estava sendo amplamente debatida após os assassinatos de George Floyd, nos Estados Unidos, e de José Alberto Freitas, na Zona Norte de Porto Alegre.
“O Brasil tem uma ferida aberta com o seu passado escravocrata, que tem ramificações até hoje. E isso só se acentua em um estado de maioria branca, que historicamente coloca a contribuição negra em segundo plano. A pesquisa foi uma das maneiras que encontrei de tornar o racismo estrutural do mercado de trabalho visível para as outras pessoas. O número é chocante, mas, a partir dele, também é possível pensar no que será feito daqui para frente”, afirma o estudante.
No total, negros representam somente 5,97% dos/as profissionais presentes na programação dos telejornais analisados. Além das entrevistas realizadas com jornalistas negros da televisão gaúcha, o trabalho também aborda questões relacionadas ao racismo, à desigualdade racial na mídia gaúcha e questiona o papel dos veículos de comunicação na luta antirracista.
A desproporção presente nas redações dos veículos de comunicação também reflete na forma de abordar questões do cotidiano. O jornalista ressalta que pessoas negras geralmente aparecem em pautas que são, por um estereótipo, mais focadas em temas comunitários, como: carnaval, ações sociais, marginalização, violência urbana, entre outros. “Temos profissionais negros atuando como médicos, advogadas, cientistas e tantas outras profissões que também são importantes para a sociedade. Precisamos dar mais visibilidade para essas vozes plurais em todos os espaços”, afirma.
Esses dados também contrastam com a realidade do Brasil que, segundo o IBGE, tem maioria de população negra (56%), mesmo grupo que ocupa a maior parte da força de trabalho (57 milhões, 25% a mais do que os 46 milhões de trabalhadores brancos). Mesmo assim, por questões estruturais consequentes do contexto do racismo histórico, essas pessoas ocupam, em sua maioria, cargos de níveis mais baixos ou com os menores salários.
O jornalista e professor orientador da pesquisa, Juremir Machado, conta que o processo de elaboração do trabalho foi muito rico: “Gabriel estava muito motivado. O tema e o estudo, que são atuais e pertinentes, tiveram resultados que falam por si. Ele pesquisou bastante, leu muito e fez entrevistas importantes. A excelência do trabalho se confirmou com o parecer da banca, que deu nota máxima à monografia”. Gabriel complementa: “Agradeço a todas as pessoas negras que vieram antes de mim e pavimentaram um caminho possível”.
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Dentre os 5,97%, cinco são homens e três são mulheres: Fernanda Carvalho, Marck B e Seguidor F (RBS TV); Domício Grillo e Fernanda Bastos (TVE); Marcinho Bléki e Rafael Cavalheiro (SBT RS) e Liliane Pereira (Record TV RS). Band TV RS, TV Pampa e RDC, que somam 36 profissionais de vídeo, não têm nenhuma pessoa negra nesses cargos.
A pesquisa revisa o trabalho do jornalista e atual doutorando Wagner Machado, publicado em 2009, que encontrou apenas três comunicadores negros dentre 421 jornalistas apurados, somando 0,71% de representação na época. A atualização levou em consideração a programação transmitida entre os dias 14 e 24 de junho de 2021, nas emissoras RBS TV, SBT RS, Record TV RS, TVE, Band RS, RDC TV e TV Pampa.
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O contexto vivido desde março de 2020 está se transformando gradualmente. Com o avanço da vacinação mundial e a retomada de algumas atividades, algumas reflexões sobre o que esperar do futuro se tornam mais presentes. Como será a vida pós-Covid-19? O que é esse “novo normal”? Quais reflexos ainda estarão presentes no dia a dia das pessoas? A série Vida pós-pandemia traz reflexões e opiniões de pesquisadores da Universidade em diferentes áreas sobre o assunto. Abaixo, você confere um olhar sobre comunicação, negócios e tecnologias.
Durante a pandemia, a tecnologia se tornou ainda mais fundamental nas relações sociais, de trabalho e de consumo. Para o professor da Escola de Comunicação, Artes e Design Eduardo Pellanda, o momento histórico em que vivemos oportunizou a observação da sociedade em uma condição de mudança brusca.
“Aprendemos como as pessoas são adaptáveis a novas situações e como muda a relação com a tecnologia nestes momentos. O resultado desta experiência será uma sociedade mais madura digitalmente, mas com carência de contato humano. A convergência disto vai ser o novo ambiente híbrido que vamos começar a observar com todos os detalhes no futuro”, comenta.
Agora, as pesquisas da área da comunicação estão voltadas para entender como podemos mapear o que foi mais eficiente e quais são as carências das comunicações entre as pessoas nesse cenário. “Esse momento único vai nos ajudar a desenhar o mundo pós-pandemia e mudar relações de trabalho e sociabilização. Novas funções, profissões e oportunidades estão emergindo desta experiência. Devemos ter um boom de inovações a partir disso”, afirma o professor.
Ainda de acordo com Eduardo, a pandemia ajudou a selar algumas tendências na área da comunicação, como a consolidação de plataformas de streaming, podcasts, lives e conteúdos on demand. “Algumas destas já observamos há anos, mas momentos como este servem como gatilho para que mais pessoas passem a utilizá-las”. Este momento encorajou mais pessoas a testarem novas formas de realizar as suas atividades do cotidiano, como passar a utilizar bancos digitais e ter aulas online. O professor acredita também que a comunicação teve mudanças positivas, impulsionando a valorização da experiência do usuário em todos os processos de criação.
Na pandemia, o jornalismo teve o papel fundamental de informar a sociedade sobre questões de interesse público e orientações sanitárias, sendo um dos serviços essenciais neste período. “Observamos um alto nível de assinaturas digitais subindo, não só de grandes publicações, como também de produtos digitais de jornais do interior”, comenta Eduardo.
Para Augusto Alvim, o coordenador do Programa de Pós-graduação em Economia da Escola de Negócios, a pandemia reforçou os impactos negativos de anos anteriores, especialmente da crise de 2008, da crise migratória de 2014 na economia mundial e, mais recentemente, do Brexit (a saída do Reino Unido da União Europeia).
Com a escassez de produtos importados, os países incentivaram a produção local e também impuseram mais barreiras comerciais. Esta foi uma forma reduzir a dependência de fornecedores internacionais e que também causou a reorganização das cadeias globais, com menos cooperação internacional em alguns casos. O cenário contribuiu positivamente para o crescimento da venda direta e online, com a maior familiaridade da população com novas tecnologias de informação, incentivando o consumo local.
Por outro lado, “este protecionismo comercial afeta negativamente o crescimento econômico e o fluxo comercial. Cada vez mais é importante promover ações colaborativas para a retomada da atividade econômica e o aumento do comércio”, afirma. Sobre quanto tempo levaremos para uma recuperação pós-pandemia na área econômica, o professor afirma que ainda é cedo para fazer qualquer previsão.
“Esse é um cenário inédito na economia mundial que ainda está em andamento e de difícil previsão das consequências em termos de impactos sobre a sociedade. Por certo, temos que a pandemia contribuiu para aumentar os efeitos negativos sobre as classes mais pobres e uma maior desigualdade de renda entre países”, completa.
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Realizar sonhos, viajar para outros países, conhecer diferentes culturas, ampliar possibilidades de aprendizado. Cada um de nós tem seus motivos para aprender um novo idioma. Os interesses podem até variar de pessoa para pessoa, mas em um ponto todos concordam: os horizontes se expandem e novas formas de se conectar com o mundo se apresentam quando você se aprofunda em uma nova língua.
O interesse de André Berner pela literatura russa foi um exemplo disso. Cativado pela escrita de Dostoiévski, buscou formas de se aproximar da cultura do país estudando o idioma, a princípio por conta própria e, posteriormente, por meio de cursos formais. Cursando o nível 20, na modalidade online do Centro de Idiomas da PUCRS (Lexis), André ressalta a importância da troca de experiências e o contato com pessoas com interesses comuns, seja para o aspecto profissional ou pessoal.
“A experiência com o curso de língua russa está sendo ótima. A professora Alexandra Noreyko é nativa do país e uma excelente profissional, além de ter um bom contato com o Brasil e, por isso, entender bastante a dinâmica e necessidades dos alunos, ajustando a didática e metodologia à nossa realidade. Acredito que estudar um novo idioma é sempre positivo, não somente para abrir possibilidades profissionais, mas para ampliar nossa visão de mundo e nos dar um novo olhar sobre nossa própria língua”, comenta o estudante.
A migração para a modalidade online foi realizada em abril do ano passado, devido à pandemia do coronavírus. O formato remoto permanece vigente para os cursos de idiomas durante o segundo semestre de 2021, em conformidade com as orientações de ampliação gradual e controlada das atividades presenciais no Campus.
Para Leonardo Pilatti, estudante de Italiano Avançado II, a vivência no modelo online tem sido bastante positiva. Segundo ele, o êxito é resultado da dinâmica da aula e do método utilizado pelo professor. “É praticamente o mesmo de quando eu fazia o curso presencial. Ele teve muita habilidade para manter a qualidade das aulas no meio digital sem impactar o aprendizado”, destaca.
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A motivação de Leonardo veio do seu envolvimento com projetos profissionais. Atuante da área de tecnologia, trabalha em colaboração com colegas residentes de cidades na Itália e utiliza os conhecimentos na língua diariamente. Para ele, os estudos em italiano contribuíram, inclusive, para uma melhora na sua forma de se expressar em português.
“Aprender um novo idioma é sempre um desafio, uma experiência que começa despretensiosa. Na medida que se avança, você vai entendendo, desenvolvendo-se na comunicação e tem a satisfação de entender um texto, uma conversa. A possibilidade de ler as opiniões, críticas na língua de origem, sem traduções, é muito mais envolvente e interessante. No português, também passei a expressar corretamente tempos verbais que muitas vezes nem se pensa na hora de falar”.
Assim como Leonardo, Laura Utz ingressou no universo dos idiomas com uma finalidade bem definida. Professora e pesquisadora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, a estudante de Alemão V vê no idioma uma oportunidade de qualificar ainda mais a sua atuação na academia e ampliar seus canais de pesquisa na Biologia, já que a área conta com uma vasta bibliografia em alemão.
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Além dos ganhos profissionais, Laura destaca os benefícios de “exercitar o cérebro e conhecer pessoas de outras áreas”. Para ela, a experiência foi tão positiva que chegou a influenciar a filha a iniciar os estudos de Espanhol na PUCRS.
“Estou gostando muito das aulas. Mesmo online elas são muito dinâmicas, conseguimos fazer atividades em grupo, treinar pronúncia, fazer jogos. Acho que está sendo bastante produtivo. Além disso, o curso é disponibilizado em quatro módulos por ano, com opções de cursos intensivos – o que eu acho um diferencial”, finaliza.
Os cursos de idiomas do Lexis estão com inscrições abertas até o dia 13 de agosto. As novas turmas remotas contam com opções de aulas em diferentes níveis de alemão, espanhol, francês, inglês, italiano, mandarim, japonês e russo. Para conhecer o portfólio completo de cursos acesse o site do Centro de Educação Continuada (Educon).
Conferir as notícias antes de começar um dia cheio de tarefas ou acompanhar os Trend Topics nos intervalos do dia a dia. Independentemente dos meios que cada pessoa prefere utilizar para consumir conteúdos e ficar por dentro das últimas novidades, o acesso à informação só é possível graças a profissionais que mediam, apuram e interpretam os fatos de interesse público. Por isso a importância da História, da mídia, da Literatura e de outras áreas responsáveis por registrar e comunicar tudo o que acontece.
Para Fábian Chelkanoff, coordenador do curso de Jornalismo da Escola de Comunicação, Artes e Design da PUCRS (Famecos), a comunicação traz cada vez mais possibilidades:
“Falar sobre Jornalismo e Comunicação é falar sobre o dia a dia, sobre a nossa a vida de uma forma geral. É a área que traz contexto, narra histórias, apresenta o mundo e conta tudo o que está acontecendo. É por ela que a gente fica sabendo dos temas mais e menos importantes. Seja em texto, vídeo, áudio, digitalmente, impresso, na televisão”.
Fábian também destaca que na PUCRS são oferecidos cursos de alta qualidade, que tratam de inovação, empreendedorismo e tecnologias, com docentes extremamente qualificados/as, capazes de formar os/as melhores profissionais.
Cursos de graduação como Jornalismo, Publicidade e Propaganda, História e Escrita Criativa estão com processo de ingresso aberto por meio de Vestibular Complementar (com prova de redação online, aproveitamento da nota do Enem, ou a modalidade que tiver o melhor desempenho); Transferência, para estudantes de outras instituições; e Ingresso de Diplomado, para quem já se formou em outro curso de graduação.
A famosa frase do filósofo Edmund Burke “um povo que não conhece sua História está fadado a repeti-la” volta a ganhar destaque de tempos em tempos. E Luis Martins, coordenador do Departamento de História da Escola de Humanidades, concorda que o manancial de experiências humanas pode trazer importantes referências para as decisões da sociedade hoje em dia.
Porém, ele ressalta que apesar de a afirmação ser instigadora, também é necessário levar em consideração os aspectos do contexto do momento histórico observado. “Todas as experiências passadas são ‘datadas’, ocorreram em contextos muito específicos e têm particularidades. Vivemos um momento de radicalismo ideológico e instabilidades, que se assemelham com o nosso passado recente. Fazer comparações e traçar paralelos talvez nos ajude a compreender o momento atual, mas não podemos imaginar que são situações iguais ou que terão os mesmos resultados. Interpretar o presente pelo passado é possível e necessário”, pontua.
Um dos pontos mais importes para o convívio social é que o estudo do passado mostra o quanto as experiências humanas são extremamente diversificadas, assim como a forma de contar narrativas diferentes por meio da Literatura e da arte em todas as épocas. Segundo o professor:
“Dificilmente nos organizamos em sociedade a partir de leis ou da determinação de uma ‘natureza humana universal’. Assim, o que o estudo da História pode nos oferecer é, acima de tudo, uma visão da pluralidade humana, de tolerância e de aceitação da diversidade”.
Para quem sonha em ingressar na área, Luis Martins descreve que, acima de tudo, a curiosidade é um aspecto crucial dos/as historiadores/as: são pessoas com sede de conhecimento e não têm medo de lidar com o desconhecido. Deve ser uma pessoa inquieta pela busca do saber e nunca se satisfazer com respostas fáceis.
A comunicação, a escrita e os registros ganharam novos formatos e possibilidades com o avanço da tecnologia, principalmente com o acesso à internet. Conheça algumas das novidades:
Se você também quer fazer parte das inovações que irão criar as novas formas de contar e registrar as narrativas que são importantes para a sociedade, faça a sua graduação na PUCRS ainda em 2021 por meio do Vestibular Complementar, Transferência e Ingresso de Diplomado.
Inscrições abertas para estudar na PUCRS em 2021
Com o início da pandemia do coronavírus, em março de 2020, diversas ações de combate à Covid-19 foram desenvolvidas pelas Escolas da PUCRS. Preocupados com a saúde física, mental e emocional da população, estudantes e professores atuaram tanto na linha de frente do tratamento da doença como nos bastidores – fomentando a geração de conhecimento, se opondo à desinformação e buscando formas de se fazer presente nesse momento tão difícil para todos.
O vice-reitor da PUCRS, Irmão Manuir Mentges, ressalta que, desde o começo do período pandêmico, a Universidade deu respostas aos problemas causados pela Covid-19, seja por meio de pesquisa aplicada, adaptações no modelo de ensino, participação nos testes da vacina Coronavac no Hospital São Lucas ou pela criação de projetos inéditos nas Escolas.
Sobre a relevância de a Universidade se relacionar com a cidade e comunidade em que está inserida, Ir. Manuir destaca que a PUCRS tem um importante compromisso com toda a sociedade. “Tudo aquilo que se ensina, que se pesquisa e que se inova, deve ir ao encontro da sociedade. Se por um lado temos diversos projetos que trazem as pessoas à Universidade, como a Clínica da Odonto, o Centro Vila Fátima e o InsCer, também levamos a PUCRS para a comunidade por meio da participação em comitês estratégicos do Poder Público e participação no processo de vacinação da população. Essa relação não é apenas importante, ela é essencial para manter viva a missão para qual a Universidade é chamada a exercer nos tempos atuais”, complementa.
Abaixo, você confere algumas ações lideradas pelas Escolas de Comunicação, Artes e Design – Famecos, de Humanidades, de Ciências da Saúde e da Vida e de Direito. Na próxima semana, traremos as iniciativas das Escolas de Medicina, de Negócios e Politécnica. Nessa série, já foram abordadas também as iniciativas dos laboratórios do Tecnopuc.
O compromisso do curso de Jornalismo da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos é levar informação sobre a Covid-19 à comunidade. É por isso que os estudantes do Editorial J, laboratório convergente do curso, criaram uma newsletter semanal, enviada todas as sextas-feiras por Whatsapp (para se inscrever e receber as atualizações, basta entrar no grupo), com as principais notícias da semana relacionadas ao coronavírus. Nesse ano, o principal enfoque da news são as atualizações em relação à vacinação. Além disso, os estudantes desenvolvem uma thread semanal no Twitter do J para compartilhar relatos de profissionais que estão atuando na linha de frente.
Já no curso de Design os estudantes desenvolveram dois protótipos, sob orientação de seus professores, para auxiliar no cotidiano da população. O primeiro deles foi o projeto Mask Case, vencedor do Prêmio Bonancini de Design. Essa criação surgiu da identificação da dificuldade de armazenamento das máscaras de proteção individual no dia a dia, em atividades como comer em um restaurante, por exemplo.
O resultado foi um compartimento de máscaras que permite guardá-las sem que elas sejam contaminadas. O Mask Case está em código aberto, ou seja, sem propriedade intelectual, permitindo que qualquer um possa produzi-lo, sendo necessária apenas uma impressora 3D para realizar sua confecção. Além disso, em parceria com o Tecnopuc, os estudantes desenvolveram um dispenser de álcool gel e medidor de temperatura.
Durante o isolamento, o entretenimento ganhou um papel importante na vida de todos. Nesse sentido, o curso de Produção Audiovisual conseguiu, apesar das restrições, entregar oito filmes à comunidade em 2020. Nesse semestre, mais oito devem ser produzidos sendo que, destes, já foram iniciadas as gravações de dois. As produções são realizadas no TECNA.
O curso de Relações Públicas, por sua vez, abordou com frequência o tema comunicação na pandemia: foram realizadas lives sobre o assunto por meio da plataforma Zoom, contando com convidados e audiência de todo o Brasil. Além disso, em janeiro de 2021 houve uma oficina de verão sobre Atendimento ao Cliente: crise e gestão em tempos de pandemia. Ainda em 2020/2, os estudantes do 8º semestre do curso criaram projetos voltados para organizações e empresas, orientando sobre posicionamentos de comunicação e relacionamento com seus públicos neste período de pandemia.
Os estudantes de Publicidade e Propaganda que fazem parte do Laboratório de Pesquisa coordenado pelos professores Claudia Trindade e Ilton Teitelbaum, puderam participar de uma pesquisa qualitativa sobre as questões de mobilidade ligadas ao presente a ao futuro da Pandemia da Covid-19, desenvolvida para o Projeto Vida Urgente, da Fundação Thiago de Moraes Gonzaga. Já nas disciplinas do curso, em Planejamento de Mídia foi realizada, em parceria com a agência Moove, uma campanha de valorização dos médicos e profissionais da saúde em meio à pandemia a ser utilizada pelo Cremers.
O Ir. Édison Hüttner, professor do curso de História da Escola de Humanidades da PUCRS, organizou um grupo de voluntariado para auxiliar aldeias indígenas do Ceará. Participam da ação docentes e discentes do programa de Pós-Graduação em História. Por meio do projeto, foram ajudadas comunidades das etnias potiguara, gavião, tabajara e tubiba tapuya. A ação visa orientar a utilização de um equipamento de luz ultravioleta (UV-C INFO) pelos profissionais de saúde indígena para a esterilização de superfícies. O aparelho foi desenvolvido pela Hüttech, empresa de tecnologia de combate a pandemia de Covid-19, sediada no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), e será doado ao órgão responsável. A ação pretende:
Estudantes dos cursos de Enfermagem e de Farmácia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida fazem parte da equipe que atua na linha de frente no combate ao coronavírus. São eles que estão realizando a vacinação dos grupos prioritários e em uma das primeiras semanas de vacinação chegaram a imunizar mais de mil pessoas. Além disso, eles atuam nos cuidados hospitalares dos pacientes internados por Covid-19 no Hospital São Lucas da PUCRS.
Já o curso de Psicologia da Escola, por meio do Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (SAPP), criou um programa de acolhimento na pandemia, disponibilizando atendimento online e gratuito. Coordenado pelas professoras Renata Dipp e Fernanda Moraes, o SAPP realiza em média cerca de 15 mil atendimentos presenciais por ano, no entanto, devido à situação de crise sanitária, em 2020 o serviço teve uma pausa para adaptações entre os meses de março a agosto, retornando com capacidade de 25% em função dos protocolos sanitários.
Em setembro, após liberação do Conselho Federal de Psicologia, os atendimentos realizados pelos estagiários puderam ser adaptados à modalidade online e em março foi iniciado o programa de acolhimento. As inscrições para a primeira edição iniciaram no dia 19/3 e foram encerradas em 72 horas, após o alcance de 500 inscritos que esgotaram a capacidade de atendimento dessa edição.
Por fim, diversas cartilhas de conscientização sobre os mais variados temas foram desenvolvidas pela Escola: o SAPP produziu orientações sobre saúde mental e a vida a dois na pandemia, saúde mental na pandemia e violência doméstica (visando orientar profissionais a identificarem sinais de abuso sexual em crianças e adolescentes), além de sugerir cuidados para a comunidade acadêmica.
Há, ainda, a força-tarefa PsiCOVIDa, que surgiu com a missão de contribuir para o bem-estar das pessoas com conhecimento científico durante a pandemia. O grupo publicou mais uma série de cartilhas de assuntos como enfrentamento do estresse durante a pandemia, atividades físicas para realizar durante a pandemia e combate à Covid-19 para idosos.
Todas as cartilhas podem ser conferidas na página sobre o coronavírus no portal da PUCRS e na página do SAPP.
O curso de Fisioterapia, em parceria com o Serviço de Fisioterapia do Hospital São Lucas, está auxiliando na recuperação de pacientes internados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com sequelas da Covid-19. Para isso, estão utilizando tecnologias como realidade virtual, ou Virtual Reality (VR), além de eletroestimulação muscular e treinamento muscular ventilatório. Dessa forma, é possível realizar a retomada da força física, do controle e da coordenação motora além de aspectos lúdicos.
O programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais realizou uma série de conteúdos em vídeo para fornecer orientações sobre o Direito e a pandemia. As produções estão disponíveis para acesso e alguns temas abordados foram:
Além disso, a Escola de Direito realizou a publicação de alguns livros como o Ciências Criminais e Covid-19, do professor Nereu Giacomolli e o Direito de Família no Pós-Pandemia: repercussões jurídicas no “novo normal”, desenvolvido pelo grupo de estudos Temas Atuais de Direito das Família, coordenado pelo professor Daniel Ustarroz. Para o lançamento do último, foi realizado um congresso virtual, composto por uma série de palestras, as quais ficaram salva para acesso posterior no canal do professor Daniel no YouTube.
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