Quais são as profissões do futuro? Com a velocidade das transformações tecnológicas e o avanço da inteligência artificial, essa dúvida se torna cada vez mais comum. Além disso, com tantas funções antes exercidas exclusivamente por humanos agora sendo automatizadas, muitas pessoas se perguntam como atingir o sucesso profissional nesse novo cenário.
Listamos algumas profissões que estão ganhando destaque e se tornando mais relevantes nesse cenário. Confira os principais caminhos possíveis e como enfrentar os desafios para aproveitar as novas possibilidades que surgem.
O mercado de trabalho tem passado por diversas transformações e desafios. O avanço tecnológico acelerado, a automação e a inteligência artificial estão presentes no dia a dia das pessoas, e isso gera muitas dúvidas e inquietações. É o que diz o Relatório sobre o Futuro dos Empregos 2023, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, em parceria com a Fundação Dom Cabral: Quase um quarto dos empregos (23%) deverá mudar nos próximos cinco anos, com um crescimento de 10,2% e um declínio de 12,3%. De acordo com as estimativas das 803 empresas pesquisadas para o relatório, os empregadores estimam que 69 milhões de novos empregos sejam criados e 83 milhões eliminados entre os 673 milhões de empregos correspondentes ao conjunto de dados.
Nesse cenário, os profissionais que acompanham as tendências do mercado, que investem em educação continuada e que estão dispostos a adquirir novas habilidades têm maiores chances de obter o almejado sucesso na sua trajetória profissional.
É claro que algumas profissões vão se destacar nesses novos cenários, enquanto outras podem até desaparecer, é algo natural. O Relatório sobre o Futuro dos Empregos também atesta que “embora a tecnologia continue a representar desafios e oportunidades para os mercados de trabalho, os empregadores esperam que a maioria das tecnologias contribua positivamente para a criação de empregos”.
Listamos as profissões que devem se destacar nos próximos anos. Confira:
Os cientistas de dados são considerados os profissionais do futuro. Em um mundo digitalizado, a quantidade de informações geradas é impressionante — em cerca de seis minutos, são gerados 9,1 mil terabytes de dados! Logo, a necessidade de extrair insights valiosos desses dados é fundamental para as empresas se destacarem no mercado.
Nesse cenário, o curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial da PUCRS se destaca. Por meio de um ensino amplo, consistente e fundamentado em um currículo inédito, ele capacita os profissionais para exercerem atividades nos mais diversos segmentos profissionais.
“Análise de mídias sociais, de sentimentos (por exemplo, como uma marca está sendo percebida pelo público), de imagens para diagnósticos médicos e processamento de textos na área jurídica são algumas atuações possíveis para os graduados em Ciência de Dados e Inteligência Artificial. Além disso, o profissional dessa área pode atuar em conjunto a setores que vêm crescendo muito no mercado de trabalho, como o agronegócio e a saúde”, destaca o coordenador do curso, Daniel Callegari.
Com a crescente preocupação global em relação às mudanças climáticas e a necessidade de reduzir a dependência de combustíveis fósseis, a demanda por profissionais qualificados na área está em constante ascensão. O Brasil, inclusive, está entre os 10 países que mais geram energia solar. Esse cenário, por si só, já mostra como esse é um dos cursos para o futuro nos quais vale a pena ficar de olho.
A PUCRS foi pioneira entre as universidades do Sul a criar um curso de Engenharia de Energias Renováveis, preparando os alunos para trabalhar nas áreas de infraestrutura de transporte dos vetores energéticos, produção e uso de energia, e gestão e comercialização de energia. O coordenador do curso, Odilon Duarte, destaca a estrutura da Escola Politécnica:
“A PUCRS conta com toda a infraestrutura necessária para fornecer o melhor aprendizado aos alunos e alunas. Temos mais de 38 laboratórios disponíveis na Escola Politécnica, e destes, 12 são voltados para energias renováveis, muitas contam, inclusive, com reconhecimento internacional. Ou seja, já temos in loco toda a estrutura para a aplicação dos estudos”.
Saber como se comunicar com os consumidores e com os diversos públicos de uma marca, organização ou projeto é cada vez mais importante para a sociedades. Afinal, entender o que eles pensam e sentem é essencial para o sucesso de um empreendimento. Nesse contexto, o curso de Comunicação Empresarial da PUCRS surgiu como uma ideia inovadora, sendo fundamentado nas necessidades do mundo moderno. Nele, os alunos são preparados para atuar como estrategistas de comunicação, auxiliando os negócios a alcançarem novos patamares.
“Qualificamos os profissionais para que liderem a comunicação e os relacionamentos de marcas e organizações. Com tudo que aprendem nas aulas, estão preparados para melhorar a forma das empresas se relacionarem, inclusive lidando com crises midiáticas”, pontua Rosângela Florczak, da Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos).
Viver em um mundo globalizado tem seus desafios, sendo as relações entre os países a espinha dorsal de uma sociedade interconectada. As nações tecem laços, criando pontes de cooperação e entendimento, dessa forma, a diplomacia e o diálogo tornam-se ferramentas poderosas. Neste contexto, a atuação dos profissionais de relações internacionais é fundamental. Eles são os responsáveis por gerenciar essa complexa teia de interações, assegurando que as decisões tomadas beneficiem a todos.
Se você busca uma carreira com impacto real e deseja ser parte dessa busca por harmonia e avanço coletivo, essa é uma das profissões para o futuro. Ao cursar a graduação em Relações Internacionais na PUCRS, você terá acesso a todo conhecimento necessário para analisar e interferir em diferentes cenários e terá diversas oportunidades de trabalho, tanto na esfera pública quanto na privada.
De acordo com Teresa Marques, coordenadora do curso, essa área está em expansão:
“O crescimento do campo permite diversas possibilidades de inserção internacional. A globalização torna o mercado mais dinâmico e potencializa a importância de pessoas com as competências necessárias para auxiliar organizações a atuarem nesse cenário”.
A produção audiovisual vai além de simplesmente registrar imagens e sons. Em uma era dominada pelo conteúdo visual, a capacidade de tecer narrativas impactantes se destaca como uma estratégia fundamental para construir sentido no mundo. Não se trata apenas de operar uma câmera, mas sim sobre entender profundamente a história, a técnica e o contexto de cada tomada. E o setor, em constante transformação, anseia por profissionais bem-preparados.
Nesse contexto, investir no curso de Produção Audiovisual da PUCRS é essencial para adquirir conhecimento e se posicionar de maneira competitiva em um mercado em crescimento. Portanto, se você aspira uma trajetória de sucesso e deseja estar na vanguarda, a formação na área é um passo fundamental.
“Na última década vimos um crescimento muito forte do audiovisual em todos os tipos de tela. Os smartphones se tornaram meios de acesso a múltiplos conteúdos, os serviços de streaming se multiplicaram, entre muitas outras novas formas e plataformas de consumo audiovisual. Por conta do acesso a esses novos canais, decidimos remodelar esta formação para preparar os futuros profissionais e capacitá-los para o desenvolvimento de produções para todos os formatos, abrangendo filmes, séries e conteúdos diversos”, destaca a coordenadora do curso, Helena Stigger.
Com tantas opções e caminhos a considerar, é normal se sentir um pouco confuso. Apresentamos algumas dicas, compartilhadas por Manoela Ziebell, professora do Curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, para ajudar você nesse processo. Confira:
Mergulhe no que você ama e no que sente prazer em realizar. Pense em atividades que tragam empolgação e satisfação pessoal. Seja experimentando diferentes áreas ou realizando projetos pessoais, essa exploração inicial pode ajudar a descobrir quais atividades te motivam genuinamente. Dessa forma, você estará mais próximo de encontrar uma carreira alinhada aos seus valores e aspirações.
“Importante conseguir diferenciar aquilo que nos interessa e aquilo no que que somos bons. Essas coisas, evidentemente, vão ser aquelas em que vamos ter os melhores resultados”, ressalta Manoela.
E atenção: não escolha um dos cursos para o futuro apenas pensando no retorno financeiro. Antes disso, veja se as suas habilidades e interesses se alinham com essas novas profissões.
Além das paixões, é válido reconhecer suas habilidades e talentos naturais. Todos temos aptidões específicas que nos destacam em determinadas áreas.
“Acho que a melhor forma de alguém entender quais são as suas habilidades é experimentando coisas diferentes. A competência requer habilidade e também requer ação. Tornar-se bom em alguma coisa implica que essa coisa seja feita repetidas vezes e de formas diferentes para que tenhamos fluência”, destaca Ziebell.
Portanto, faça uma lista das suas habilidades e considere como elas podem ser aplicadas profissionalmente. Às vezes, o talento que você menos espera pode abrir portas para boas oportunidades.
Uma vez que você tenha uma ideia das áreas que despertam o seu interesse e das suas habilidades, é hora de pesquisar o mercado de trabalho. Explore as tendências, as demandas do mercado e as possibilidades de crescimento em cada área.
“O mercado de trabalho muda relativamente rápido, cada vez mais rápido. Então, observar de que forma nós e o mercado mudamos, e o que fica estável no mercado são estratégias que podem nos ajudar a pensar”, pontua a professora.
Além disso, pesquise sobre os cursos para o futuro, converse com profissionais atuantes, leia relatos de carreira e esteja atento às mudanças tecnológicas e sociais que podem impactar o futuro.
Uma forma eficaz de ter clareza sobre a sua escolha profissional é vivenciar diferentes experiências. Faça estágios, trabalhos voluntários ou projetos freelancers para entender como é trabalhar na área que você está considerando. Dessa forma, você pode obter insights valiosos e ainda consegue construir uma rede de contatos profissionais.
“Uma boa sugestão é que possamos experimentar até aquelas coisas que nunca pensamos. Que não nos restrinjamos àquelas experiências que são dadas, que são fáceis, que sempre achamos que íamos querer, que possamos estar mais abertos a outras experiências que talvez, sozinhos, nós não pensássemos”, afirma Manoela.
Por fim, é fundamental considerar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional ao escolher sua carreira. Avalie se a área que você está considerando oferece flexibilidade, horários compatíveis com seus objetivos e a possibilidade de conciliar trabalho e vida particular de forma saudável.
“É preciso auto-observação. É preciso se conhecer, e é preciso entender as situações para conseguir fazer uma conciliação daquilo que é importante para nós, com nossas características, com as oportunidades que se apresentam. É conseguir enxergar mais claramente como distribuímos o nosso tempo, um recurso finito. Então, para podermos dedicar diferentes papéis, precisamos organizar um pouco a nossa vida. Então, às vezes, visualizar o tempo ajuda”, ressalta a professora.
Agora que você já conhece alguns dos principais cursos para o futuro, é hora de agir! Escolha aquele mais adequado ao seu perfil e interesses pessoais e profissionais. Além disso, invista constantemente na sua educação e não tenha medo de se reinventar sempre que for necessário. Lembre-se de que você é o protagonista da sua carreira.
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O mundo do trabalho vem passando por diversas transformações impulsionadas por avanços tecnológicos — muitas delas já podem ser sentidas. Um relatório do Fórum Econômico Mundial aponta que 96% das empresas brasileiras estão buscando a automatização. No entanto, apesar de indicar um futuro cada vez mais digital, o estudo também mostra que as habilidades interpessoais, chamadas soft skills, estão se tornando cada vez mais importantes.
Para além das hard skills (habilidades consideradas técnicas, como saber manusear um equipamento específico, por exemplo), os profissionais do futuro vão precisar desenvolver também uma série de competências comportamentais como pensamento analítico e inovação; inteligência emocional; resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade; raciocínio lógico; criatividade, originalidade e iniciativa entre outros.
O professor da Escola de Negócios da PUCRS André Duhá explica que a maior parte dessas competências não podem ser aprendidas apenas lendo livros, e que será preciso o engajamento efetivo dos/as alunos/as no processo de aprendizagem.
“Habilidades cognitivas superiores, atitudes positivas no trabalho e competências comportamentais, por exemplo, só poderão ser desenvolvidas através da aplicação prática dos conceitos, reflexões profundas sobre os resultados obtidos e sobre o contexto, assim como por meio da busca incessante de oportunidades para exercitar as habilidades humanas”, destaca.
Para acompanhar as transformações e movimentos do mercado, é fundamental se manter atualizado. A psicóloga e supervisora do PUCRS Carreiras, Ana Cecília Petersen, explica que profissionais devem estar preparados para se adaptar às disfunções do mundo do trabalho e, para isso, a aprendizagem contínua é essencial.
“Um bom ponto de partida para desenvolver as habilidades mais desejadas pelo mundo do trabalho é abrir a mente e estar atento ao seu entorno – boas ideias dificilmente surgem ‘do nada’. É fundamental ter uma visão de mundo, compreendendo o que está acontecendo ao nosso redor, quais são as tendências de mercado e cultivar um olhar curioso com sede de explorar novas possibilidades”, explica.
As mudanças do mercado de trabalho já impactam a maneira de aprender em sala de aula. Jaqueline Maia, professora do curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, acredita que o aprendizado e a adaptação precisam ser constantes e que profissionais de áreas distintas têm muito a aprender uns com os outros.
“Se você é um estudante da Escola Politécnica, por exemplo, você vai ter que trabalhar as suas habilidades de inteligência emocional e liderança. Se você é um estudante da área da Saúde, é preciso estar aberto para trabalhar com questões de tecnologia. No entanto, desenvolver essas habilidades não significa que você vai fazer tudo. Porque não é possível ser bom em tudo, mas é possível aprender a trabalhar de forma colaborativa. Você pode não ter facilidade com tecnologia, mas pode trabalhar com pessoas que te ajudem a desenvolver essa habilidade”, defende Jaqueline.
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Na PUCRS, estudantes são preparados para as mudanças e desafios do mercado de trabalho desde o início do curso. A coordenadora do curso de Comunicação Empresarial, Denise Pagnussatt, explica que a formação na Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos) já é pensada para contemplar o desenvolvimento das habilidades elencadas pelo Fórum Econômico Mundial. A professora salienta que é importante que o profissional esteja preparado para se transformar e evoluir frente às novas possibilidades que são criadas.
“Na Famecos, os/as estudantes contam com aulas práticas de caráter inovador; aulas reflexivas que ajudam a compreender o contexto e buscar respostas às perguntas complexas do tempo atual; e aulas vivenciais com a participação de empresas, entidades, governo que trazem demandas ligadas à comunicação, artes e design para que os alunos busquem soluções. Além disso, também vivenciam a possibilidade de participar de laboratórios de aprendizagem desde o primeiro dia de aula, palestras, oficinas, debates que fomentam o olhar para novas práticas e novas opções de atuação profissional para cada um dos estudantes da Escola.”
Os/as professores são facilitadores do processo refletivo e de aprendizado dos alunos e das alunas. André explica que os/as docentes estão engajados/as em criar ambientes propícios à experimentação e aplicação dos conhecimentos em contextos próximos à realidade que os alunos irão encontrar no seu dia a dia profissional. “Além disso, estamos utilizando metodologias cada vez mais ativas de ensino, levando a um maior engajamento dos alunos, onde eles se tornam os verdadeiros protagonistas do processo de ensino-aprendizagem.”
Denise explica que os/as docentes, a partir das suas experiências no mercado e na Universidade, ajudam os/as estudantes a comporem novas possibilidades de atuação no mercado. A professora destaca que é possível aprender tanto as habilidades técnicas como as interpessoais.
“O mercado sempre estará em mudança. Com o avanço da tecnologia, especialmente com a inteligência artificial, ainda há muito para evoluir no campo da comunicação, artes e design. Na minha visão, haverá a diminuição de algumas atividades que podem ser automatizadas, que ainda são realizadas por humanos. Além disso, serão abertas novas formas de atuar na área, usando o bem mais precioso que os seres humanos têm: sentir e refletir com consciência sobre o impacto do seu trabalho junto à sociedade”.
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A PUCRS conta com uma estrutura única de ensino e vem há 75 anos se modernizando para atender as necessidades dos/as estudantes. No primeiro semestre de 2023, a Universidade ampliou seu ecossistema empreendedor ao lançar o Tecnopuc Business. O projeto, que é liderado pela Escola de Negócios e pelo Tecnopuc, busca inovar o modelo de educação em negócios no Rio Grande do Sul, de forma que estudantes se conectem desde o início com o mundo do trabalho.
Para ir além, em 2019, a instituição unificou seus serviços de estágio e carreira, criando o PUCRS Carreiras: um serviço destinado a ajudar e orientar estudantes e egressos da Universidade a na colocação no mercado de trabalho. Em quatro anos o PUCRS Carreiras já realizou mais de 32 mil contratos de estágios. Além de promover a empregabilidade, o serviço oferece diversas iniciativas, todas elas focadas no desenvolvimento humano e na conexão com possibilidades de emprego. Ana Cécilia Petersen explica que na PUCRS alunos/as podem contar com um amplo leque de possibilidade para impulsionar sua trajetória de crescimento.
“Desde consultoria de carreira e acesso a vagas de estágio e vagas efetivas, até a participação em eventos e programas bem interessantes, como a Feira de Carreiras, Open Office, Programa Power Skills, Programa de Mentoria e Talentos em Ação. É uma verdadeira caixinha de surpresas para quem quer ir mais longe. Podemos dizer que o PUCRS Carreiras é uma valiosa ferramenta para que os alunos da universidade tenham apoio, de forma gratuita, orientação e oportunidades que os auxiliem a trilhar um caminho de sucesso e crescimento profissional em suas respectivas áreas de atuação”.
A chegada de tecnologias cada vez mais sofisticadas vem ditando tendências no mercado de trabalho, nas mais diversas áreas. Entre as mais impactadas está, sem dúvida, a da comunicação e aquelas que envolvem a criatividade: em meio a novidades como metaverso e ChatGPT, os profissionais desse mercado precisam estar atentos às novas possibilidades de atuação. Mas como se tornar esse profissional de um futuro que já começou? Conversamos com a professora e decana da Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos) da PUCRS, Rosângela Florczak, para responder essa e outras questões sobre o mercado dos cursos da área da comunicação, das artes e do design.
Recursos tecnológicos, principalmente envolvendo inteligência artificial, vêm crescendo e ganhando importância tanto no debate público quanto na vida de profissionais – seja para fazer uma revisão de texto ou para ajudar na composição de imagens. Segundo Rosângela, ao mesmo tempo que esses recursos surgem no universo dessas profissões, há também uma redescoberta e uma revalorização da área por parte da sociedade.
“Para mim, a maior novidade, acima dos recursos técnicos, é esse novo olhar de entender que um profissional cuja função social é baseada na criatividade, na construção de estratégias e conteúdos, tem um valor e representa um segmento econômico importante para a sociedade. Então eu vejo que nunca tivemos tanto espaço, e um espaço valorizado”, pontua.
Além das tendências para o mercado da comunicação em geral, cada área específica possui suas particularidades. Os coordenadores dos cursos de Comunicação Empresarial, Produção Audiovisual, Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Design da Famecos comentam sobre as principais perspectivas de cada área.
Para Denise Pagnussat, coordenadora do curso de Comunicação Empresarial, as perspectivas para os futuros profissionais são promissoras. “As relações de diálogo entre as organizações e os seus públicos de interesse oferecem aos profissionais de comunicação uma atuação mais estratégica nas tomadas de decisões de negócio”. A docente cita as principais áreas de destaque dentro da Comunicação Empresarial: comunicação estratégica e relacionamento com públicos de interesse como governos, ativistas, comunidades; reputação, gestão de crise, sustentabilidade; estratégias digitais e inteligência competitiva. Essas áreas se entrelaçam e ajudam as organizações a serem protagonistas em seus setores de atuação.
Os bons ventos também sopram na área de Produção Audiovisual, mercado que apresenta cada vez mais possibilidades de inserção – é o que diz o coordenador do curso, Fabiano Grendene. Ele afirma que as pessoas nunca consumiram tanto conteúdo audiovisual de forma espontânea. Para ele, todos somos seres audiovisuais e potenciais realizadores.
“Com a relação cotidiana do audiovisual em constante evolução, a profissionalização da área não passa só por grandes produções de conteúdo para cinema, TV ou séries; ou comerciais para publicidade e institucionais, mas inicia também em uma nova base, centrada em conteúdo artístico, comercial, social e de entretenimento para as redes sociais, com uma demanda inesgotável e crescente”, comenta.
Já o que o mercado de Publicidade e Propaganda precisa é de profissionais estratégicos, capazes de articular criatividade e eficiência. “A Covid-19 e o distanciamento social vividos em 2020 e 2021 evidenciaram ainda mais a importância da comunicação e da publicidade. As marcas precisaram se reinventar, e o mercado publicitário acompanhou essa transformação”, aponta a coordenadora do curso, Marcia Christofoli. Atualmente, as marcas precisam de propósitos que vão além de preços e descontos, se quiserem efetivamente alcançar um público que é cada vez mais engajado e preocupado com questões sociais.
No Jornalismo, o mercado lida com uma crescente circulação de informação e, ao mesmo tempo, desinformação, como afirma o coordenador do curso, Deivison Campos. Uma das principais funções de um jornalista é filtrar, fazer a curadoria das informações para entregá-las ao seu público. “Selecionar o que importa e dar uma forma adequada e acessível para conferir visibilidade a informação trabalhada pode ser aplicada em diferentes áreas profissionais tradicionais e em estruturação. Dessa forma, o jornalismo revigora sua função social e se mantém como uma profissão e área determinantes para a sociedade e para a democracia”, destaca.
O futuro do Design, conforme a coordenadora Claudia Nichetti, está diretamente conectado com a evolução tecnológica e com as mudanças das necessidades de empresas e consumidores. Entre os principais pontos de atenção para os profissionais em termos de futuro da área estão: inteligência artificial e análise de dados; soluções para o meio ambiente e para a melhoria da qualidade de vida das pessoas; design emocional; serviços de design e experiência do usuário.
“É importante que os profissionais do design estejam atentos a essas tendências e busquem aprimorar suas habilidades e conhecimentos para se destacarem no mercado de trabalho. Além disso, é fundamental que os designers sejam capazes de se adaptar às mudanças e inovações que surgem constantemente, mantendo-se sempre atualizados e preparados para lidar com novos desafios”, pontua.
No mundo, o cenário de hiperinformação e evolução da tecnologia torna o profissional da comunicação mais necessário do que nunca. O principal papel, segundo Rosângela Florczak, é mediar as relações da sociedade. “A gente nunca aprendeu tanto, nunca teve tanto acesso a tudo. Mas também há muita informação equivocada, muita bolha, muita gente se fechando, muita polarização, fundamentalismo retornando”, pontua.
O papel da Universidade, segundo ela, é construir com os estudantes da área a visão desse papel de mediadores, seja em qual ramo da comunicação no qual escolherem atuar. Muitas vezes pode haver receio, principalmente por parte das famílias dos estudantes, quanto à escolha pela carreira na área, com relação às possibilidades de empregabilidade e remuneração. No entanto, a decana ressalta que há muitas novas oportunidades. “Hoje, em qualquer organização é preciso haver estratégias de relacionamento, produção de conteúdo, informação confiável, , portanto, precisa-se de comunicação e de criatividade. Então há muitas vagas em lugares novos e boas remunerações”.
Mas quais habilidades um profissional precisa ter para garantir seu lugar no mercado? Para Rosângela, além das competências técnicas, é fundamental que os futuros comunicadores tenham um olhar inquieto diante do mundo e que o veja como um espaço de transformação. É preciso que eles tenham apreço pelo conhecimento, pela informação, por sair de dentro de suas bolhas. Também é importante construir repertório, seja através de filmes, livros, músicas, boas conversas com profissionais inspiradores, relacionamento em sala de aula e na universidade e até viagens.
“A nossa grande missão como profissionais de comunicação, de artes, de tudo isso que tem aqui dentro da Famecos, é dar sentido para as coisas. A sociedade depende da gente para fazer suas leituras de mundo”, declara a docente.
Quando se trata de formar um profissional da comunicação e prepará-lo para o mercado de trabalho, a Famecos se destaca por seu portfólio rico em cursos de graduação, pós-graduação e extensão, além de estar dentro de um ecossistema completo de inovação que permite a junção de muitas possibilidades em um só lugar. Rosângela destaca o percurso formativo aberto, que permite que os alunos descubram e se encontrem com suas principais áreas de interesse. “O estudante pode fazer esses movimentos laterais, ele pode circular pelos cursos para ir compondo sua formação”. Além disso, a conexão com o mercado de trabalho é outro ponto forte da escola.
“O mercado está toda hora aqui dentro, nós trazemos profissionais para a sala de aula. Hoje, além do professor pesquisador, temos um perfil de professor que está crescendo aqui dentro da Famecos, que é aquele professor que também está no mercado, vivenciando as rotinas do dia a dia da comunicação. E isso é uma porta de entrada para o aluno que já faz seu networking durante as aulas”, destaca a decana.
Em termos de estrutura, a Famecos possui um grande conjunto de laboratórios e estúdios, entre eles: estúdios de TV, de rádio, de fotografia e um laboratório de design. Confira:
Por fim, Rosângela dá um recado para quem quer estudar comunicação na Famecos:
“Quem está pensando em cursos de comunicação, arte e design, precisa vir nos conhecer. Aqui temos um lugar para pensar o mundo, para conviver com a diferença, com a diversidade. É uma escola que cuida muito da sua comunidade. Então as pessoas se sentem muito à vontade aqui dentro. É um lugar de vida, não é um lugar só de vir para a sala de aula estudar. É um lugar para vir conhecer, andar por aqui e se identificar com o espaço e as pessoas. A Famecos é um bom lugar para construir o futuro profissional e entrar no mercado em que se deseja.”
Estão abertas as inscrições para o Vestibular da PUCRS. A prova para candidatos e candidatas que desejam ingressar na Universidade no segundo semestre de 2023 acontece no dia 17 de junho. As inscrições podem ser realizadas no site Estude na PUCRS até segunda-feira.
O vestibular será por meio de uma prova de redação online, realizada às 15h do dia 17/6. Outra opção de ingresso para todos os cursos é aproveitar a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) realizado entre 2012 e 2022.
No momento da inscrição é possível escolher se a avaliação será feita por meio da nota da prova, do Enem, ou em ambas, em que se considera sua melhor classificação. O custo de inscrição é de R$ 60.
Todas as dúvidas sobre o Vestibular envolvendo o Edital, o Manual do Candidato, as formas de seleção ou o funcionamento da ferramenta que será utilizada na prova online também podem ser esclarecidas no site e com o Hub de Relacionamento da PUCRS, que atende pelo e-mail [email protected] e pelo WhatsApp.
Recém-inaugurada, a graduação Comunicação Empresarial é uma escolha certa para quem procura uma formação em gestão e assessoramento de comunicação de forma integrada e conectada com outras áreas do conhecimento, como negócios, marketing, planejamento e pesquisa. O profissional formado será capaz de avaliar tendências e possibilidades de interação das empresas com seus diferentes públicos, promovendo o diálogo e o engajamento com uma abordagem mais humana e clara.
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Além do reconhecimento pela estrutura disponível e o corpo docente formado por pesquisadores e profissionais destaque em suas áreas de atuação, a PUCRS prioriza a facilidade de acesso aos seus cursos e uma série de condições financeiras como bolsas, créditos educativos e diferentes possibilidades de financiamento.
Atualmente, 51% dos estudantes matriculados na Universidade contam com algum subsídio para a realização dos estudos e colocação no universo profissional. A cada semestre são mais de 2 mil oportunidades de estágio oferecidas aos estudantes via PUCRS Carreiras. Ao todo, são cerca de 7 mil empresas cadastradas que procuram como estagiários estudantes da PUCRS.
Inscreva-se no Vestibular 2023 da PUCRS
O ano de 2022 será marcado pela disputa política em torno das eleições que definirão os representantes da população nos níveis estadual e federal. Esse momento, marcado de incertezas, traz riscos à economia e à estabilidade social, o que pode ser prejudicial para as empresas. Por isso, nesta entrevista, a professora Rosângela Florczak, recém-nomeada decana da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, explica como a comunicação pode ser uma aliada das organizações durante o pleito.
Rosângela: As pessoas vivem em um ambiente midiatizado. Então elas extrapolam o seu viver presencial e publicam os seus posicionamentos o tempo todo em todas as dimensões de suas vidas, inclusive nas suas escolhas diante de uma disputa político-partidária como a que nós vamos viver neste ano. As organizações precisam estar muito atentas, porque o distanciamento entre público e privado se diluiu com as redes sociais e elas abrigam pessoas que possuem posicionamentos distintos. Isso pode fazer com que as situações de conflito se intensifiquem, pois até pequenas diferenças do cotidiano, quando chegam ao ambiente midiático, se conectam com o sentimento de outras pessoas, potencializando o que eu chamo de emoção pública. Nesse contexto, a vigilância que é exercida nesse ambiente pode se voltar contra a organização. Além disso, conteúdos publicados pelas organizações podem ser mal utilizados de forma intencional por internautas para promover determinados posicionamentos políticos.
Rosângela: Sim, é fundamental que a empresa faça uma matriz de riscos reputacionais. Esse tema ainda é novo no Brasil e começou a ser discutido de forma mais intensa desde que a bolsa de valores passou a utilizar um indicador chamado rep risk, que impacta diretamente no valor das ações de uma companhia. Apesar de estarmos falando, nesse caso, de empresas de capital aberto, a análise desses riscos é válida para organizações de todos os setores. Para 2022, especialistas enxergam como riscos mais prováveis os conflitos relacionados à discriminação e ao preconceito. Eu colocaria, ainda, em uma matriz de riscos os conflitos decorrentes de diferenças de posicionamento em relação a causas sociais, os que ocorrem entre colaboradores e os gerados pela incoerência entre o discurso de uma organização e as suas práticas. Publicações relacionadas a alguns temas sensíveis e investimentos que podem ser questionados são também ocasiões em que podem surgir crises. O grande segredo para as organizações é a prevenção de crises, pois, quando elas acontecem, existem diversas consequências.
Rosângela: É muito importante que a marca faça seus conteúdos de ativismo e de posicionamento a partir da sua identidade. Nesse ponto, a recomendação é de que exista um alinhamento público entre identidade, práticas e comunicação. O que eu estou dizendo que eu faço, eu faço efetivamente? é uma pergunta que deve estar no dia a dia das organizações. O grande problema é quando se realiza o que denominamos social washing, ou seja, quando a organização adota uma causa para agradar o seu público, mas não realiza práticas efetivas em prol dela. Isso não é válido apenas para anos eleitorais, nos quais existe maior risco, mas em todos os momentos, porque essa é uma realidade da vida das organizações em um mundo midiatizado.
Rosângela: Sem dúvidas, esse posicionamento alinhado entre comunicação, identidade e práticas eu compreendo como um escudo para a reputação de uma marca ou de uma organização. No momento em que acontecem os ataques, as empresas devem estar preparadas para sustentar os seus posicionamentos, isso dá trabalho, mas é a melhor saída. As crises são prevenidas quando a organização assume claramente o que ela é. Atualmente, as marcas não possuem mais unanimidade, é impossível agradar a todos e as organizações precisarão saber conviver e dialogar em momentos que não são totalmente favoráveis a elas.
Rosângela: Mais do que nunca as marcas devem fazer esse investimento, mas não só para uma uma comunicação mais espetacularizada, autoelogiosa e que fala bem de si mesma e, sim, em uma comunicação efetiva, que engaje pessoas em causas e em novas perspectivas, que seja um espaço de formação de consciência. Eu acredito que a comunicação tem essa potência, de realmente transformar a vida das pessoas. Hoje, as marcas podem formar verdadeiras comunidades em torno de temas de interesse e isso é possível através da comunicação. Isso possibilita diversos ganhos para as marcas.
Em 2022, a Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos da PUCRS lançou seu mais novo curso, o tecnólogo em Comunicação Empresarial. Conforme exposto por Rosângela, esse ramo é fundamental para as empresas, ainda mais em um ambiente midiatizado, o que já é uma realidade. As inscrições para esse curso estão abertas no Vestibular Complementar, inscreva-se!
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