Mais de 160 estudantes do Ensino Fundamental envolvidos em 2017. Este é um dos resultados do programa Clube de Ciências, que finaliza as ações deste ano no dia 24 de novembro (data que é celebrada o Dia Mundial da Ciência). Na ocasião, os jovens vão participar de uma divertida atividade de descobertas: a Uma Noite no Museu, ação desenvolvida pelo Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT). Participaram do Clube de Ciências alunos dos colégios Assunção, Champagnat, Farroupilha, Graças, Ipanema, Medianeira, Rosário e São Pedro.
Completando 10 anos em 2017, o programa é realizado pelos estudantes de graduação dos cursos de Ciências Biológicas da PUCRS. Uma vez por semana, realizam encontros para aplicar diversas atividades de Ciências e de Biologia para estudantes do 6º e 7º anos do Ensino Fundamental. Todas as atividades têm orientação do professor de Ciências dos respectivos colégios, de um professor da PUCRS e de monitores (alunos de licenciatura ou bacharelado da universidade). O objetivo é incentivar a carreira docente, além de fortalecer a formação inicial de licenciandos em Ciências Biológicas.
“Neste ano, dois trabalhos foram publicados em congressos, resultantes da pesquisa de uma aluna do pós-graduação em Educação em Ciências e Matemática relacionada ao clube de ciências”, celebra a professora responsável pelo Clube de Ciências, Ana Lúcia Chittó, do Departamento de Ciências Morfofisiológicas da PUCRS. Segundo a professora, todos os anos são selecionados trabalhos científicos elaborados por estudantes dos clubes, com auxílio dos monitores e professores, para o Espaço Jovem Cientista, organizado pelo MCT. Os jovens participaram das ações de abril a novembro.
No mês de dezembro, será realizado um encontro com as escolas para mostrar todos os resultados desenvolvidos durante o ano.
A ação Uma Noite no Museu é uma experiência onde os jovens solucionam enigmas astronômicos. Os estudantes realizam uma força-tarefa para analisar novas pistas em uma noite cheia de investigação e descobertas.
Essa ação faz parte das 200 ações em comemoração ao Bicentenário Marista. O projeto já conta com mais de 150 ações – número que cresce a cada dia. A meta é que sejam atingidas as 200 iniciativas até o final de 2017, ano que marca o bicentenário marista no mundo.
Podem ser cadastrados projetos nas áreas de educação, inovação, espiritualidade, cidadania e direitos humanos, esporte, sustentabilidade, arte e cultura, que sejam desenvolvidos em locais onde a Rede Marista está presente. A comunidade é convidada a participar sugerindo novas iniciativas ou cadastrando-se como voluntária e/ou apoiadora nas ações que já estão acontecendo – basta acessar a plataforma online.
Alunos do 6º ano de colégios Maristas de Porto Alegre e do colégio Farroupilha terão, até novembro, aulas de ciências semanais com universitários e diplomados da PUCRS. As atividades integram o Clube de Ciências, uma parceria entre as escolas e a Faculdade de Biociências. A edição deste ano teve início na última segunda-feira, 17 de abril. Segundo a professora Melissa Guerra Simões Pires, uma das coordenadoras, o clube estimula o aprendizado em um ambiente não formal de educação, despertando o interesse dos estudantes. Ela aponta que, além da ciência, o projeto trabalha questões comportamentais, tomada de decisões, discussão de notícias e debates éticos. “Não promovemos somente uma educação científica, mas também uma educação cidadã”, reflete.
Os temas estudados no Clube de Ciências são propostos pelos próprios alunos. A abordagem é planejada pelos universitários e diplomados de cursos como Ciências Biológicas, História e Geografia, com supervisão da professora da Faculdade de Biociências (Fabio) Berenice Rosito, também coordenadora do projeto. Como monitores, os universitários trabalham os assuntos de interesse dos jovens e realizam, juntos, experimentos científicos. No Laboratório de Ensino da Fabio, os alunos do 6º ano do Colégio Marista Champagnat foram instigados a observar o ambiente e equipamentos laboratoriais, levantar hipóteses e procurar respostas para seus questionamentos, requisitos que, segundo Berenice, são essenciais na área de ciências.
Na opinião da aluna do 6º ano Bruna Ayumi Ito, os experimentos são a parte mais interessante e divertida das aulas. Além das idas ao laboratório da escola, duas vezes por mês, ela vê no Clube de Ciências uma oportunidade para frequentar um laboratório universitário semanalmente. O estudante de bacharelado do curso de Ciências Biológicas Douglas Mentges destaca que a monitoria das aulas possibilita também o contato com a licenciatura e a troca de experiências com colegas de outros cursos, além de aproximação com a sala de aula. Segundo a diplomada e doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Ciências e Matemática da PUCRS Thelma Brandolt Borges, o espaço não formal estimula um ambiente colaborativo de aprendizagem, em que todos os alunos são protagonistas. A partir dos próximos encontros serão desenvolvidos projetos individuais ou em grupo. Os monitores se deslocarão aos laboratórios das outras escolas participantes, onde serão realizadas as atividades.