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Foto: Camila Cunha

Que tal sair da de uma sala de aula com recursos interativos e metodologias inovadoras, aquecer sua refeição no espaço coletivo de alimentação e, antes de ir para casa ou voltar aos estudos, relaxar em uma poltrona suspensa e jogar uma partida de sinuca com os colegas? Esses são apenas alguns dos atrativos do Living 360°, ambiente recém-inaugurado no prédio 15, no centro do Campus, que começou a ser conhecido pela maioria dos estudantes nesta segunda-feira, 25 de fevereiro, durante a volta às aulas.

Juliana Lincke, 20 anos, esteve no local pela manhã para buscar seu caderno e aproveitou para conhecer o espaço acompanhada dos colegas e fazer seus stories em um dos três insta spots – recantos criados para fotos no Instagram. “Me chamou muita atenção que o Living 360° tem uma infraestrutura capaz de atender a todas as necessidades de um estudante, principalmente a parte do refeitório. Gostaria muuuito de ter aulas lá”, disse a estudante do 3º semestre de licenciatura em Ciências Biológicas. Para ela, é o “local perfeito para aproveitar a experiência da universidade”.

Wesley Gomes, 21 anos, valorizou o fato de “poder encontrar num único espaço a possibilidade de ter aulas, estudar e me reunir com os colegas, seja para sofrer antes da chegada do G2 ou para ler os livros maravilhosos da biblioteca”. O aluno do 8º semestre de Ciências Sociais conta que chegou ao prédio sozinho, mas depois buscou colegas para conhecer também. “Me senti muito empolgado. Descobrir cada cantinho foi como chegar pela primeira vez na Universidade de novo, onde tudo é novidade. Bateu aquela nostalgia com as descobertas da infância”, revela. Para ele, o Living 360º é “onde o conhecimento, a criatividade, a interação e a coletividade se conectam”.

A Universidade reserva uma programação completa nesse início de ano letivo, que pode ser conferida neste link. Confira a galeria de imagens do primeiro dia de aulas de 2019.

Confira imagens da volta às aulas:

 

Bugio-ruivo (Alouatta guariba clamitans)

Foto: Ana Alice B. de Marques – Livro Vermelho

Tendo em vista os crescentes índices de atropelamentos de animais silvestres na região Sul da capital, o professor Júlio César Bicca-Marques, junto à turma do 7º semestre de 2017/2 do curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Biociências, resolveu agir. Através do trabalho Campanha Cidadã, da disciplina de Biologia de Conservação, eles criaram uma petição alertando para as condições impróprias da rodovia ERS-118, que está localizada no extremo Sul de Porto Alegre e registra cada vez mais atropelamentos de animais como bugios, graxains, gambás, gatos-do-mato, tatus, entre outros. A iniciativa gerou uma parceria entre o Laboratório de Primatologia e o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER), que pretende tomar providências objetivas para diminuir as mortes dos animais silvestres.

Lançada no dia 17 de setembro, a petição tinha a meta de alcançar 10 mil assinaturas. Pouco mais de duas semanas depois, já haviam sido contabilizadas 25 mil. Atualmente, são mais de 44 mil assinantes das mais diversas partes do mundo – Estados Unidos, Canadá, Europa, Austrália e Japão são algumas das regiões que aparecem na lista. O plano inicial era recolher os resultados e apresentar ao DAER, mas o diretor-geral do departamento ficou sabendo da repercussão da iniciativa e entrou em contato por conta própria com o professor Bicca-Marques, dispondo-se a auxiliar.

Os desenvolvedores da ação entregaram ao DAER uma lista com dez pontos críticos, apontando o que deveria ser alterado nas estradas. Dentre os itens, sugeriram que fossem implantados redutores de velocidade: lombadas (uma eletrônica e várias tradicionais), placas sinalizadoras (a ideia é reduzir a velocidade máxima do trecho de 60km/h para 40 ou 50km/h) e pontes de corda, que ficam suspensas no ar e são utilizadas pelos animais para realizar a travessia entre as áreas de floresta.

Para Bicca-Marques, a conservação das espécies é extremamente importante para a manutenção do ecossistema. As florestas da zona sul de Porto Alegre já estão bastante fragmentadas, principalmente por terem perdido espaço para o ambiente urbano e por serem atravessadas pelas estradas. Ao tentarem chegar ao outro lado, os animais acabam sendo atropelados, o que gera uma redução significativa de suas populações. “Os bugios, por exemplo, são muito atingidos. E eles são os maiores dispersores de sementes de muitas espécies de árvores nativas da nossa região. Sem este serviço, ocorre o empobrecimento da floresta e das espécies animais que a habitam”, explica o professor. Ele espera que os resultados da iniciativa estimulem outros cursos, tanto da PUCRS quanto de outras instituições, a adotarem atividades semelhantes em seus currículos.

Campanha Cidadã

O trabalho da disciplina conduzida por Bicca-Marques consiste na criação de petições que chamem a atenção da população para a crise da biodiversidade. O objetivo é estimular a integração e cidadania ativa das turmas, além de conscientizar a população. “Isso é necessário para que os alunos sejam bons cidadãos e façam algo de fato. Assim, vão poder ter iniciativas por conta própria depois”, defende Bicca-Marques. A primeira tentativa de Campanha Cidadã, realizada no primeiro semestre de 2017, chamou atenção para o excesso de plástico utilizado na embalagem de refis de lâminas de barbear.

200 ações pelos 200 anos

O projeto com o DAER faz parte das 200 ações em comemoração ao Bicentenário Marista. Doações de sangue e de livros, revitalização de espaços públicos, aulas de português para imigrantes e visitas a pacientes internados em hospitais são apenas alguns exemplos de ações cadastradas na plataforma Maristas em Rede. O projeto já conta com mais de 150 ações – número que cresce a cada dia. A meta é que sejam atingidas as 200 iniciativas até o final de 2017, ano que marca o bicentenário marista no mundo.

Podem ser cadastrados projetos nas áreas de educação, inovação, espiritualidade, cidadania e direitos humanos, esporte, sustentabilidade, arte e cultura, que sejam desenvolvidos em locais onde a Rede Marista está presente. A comunidade é convidada a participar sugerindo novas iniciativas ou cadastrando-se como voluntária e/ou apoiadora nas ações que já estão acontecendo – basta acessar a plataforma online.

75 anos Ciências Biológicas, Matemática, Física, QuímicaNo dia 22 de junho, um evento vai comemorar os 75 anos de Ciências Biológicas, Física, Matemática e Química. A partir de 2018, esses quatro cursos estarão juntos novamente, formando a Escola de Ciências da PUCRS.

Durante a programação, às 11h, no auditório do prédio 9, alunos e professores poderão participar da palestra Desafios para a ciência no mundo pós-moderno, com o ex-professor do Instituto de Física da UFRGS João Alziro Herz Jornada, que atuou ainda como presidente do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), de 2004 a 2015, e tem trabalhado na área de inovação e interação entre centros de pesquisa e empresas, além do desenvolvimento de novos processos de gestão estratégica e operacional de instituições do campo do conhecimento.

Após a palestra, haverá almoço comemorativo, por adesão, no Restaurante Panorama. Mais informações nas secretarias de cada Unidade.

 

Um pouco de história

Matemática, Física, Química e História Natural (a partir de 1973, Ciências Biológicas) um dia foram unidos na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Em junho de 1942, houve a instalação definitiva desses cursos. Os demais que formavam a Faculdade – Filosofia, Geografia, História, Letras Clássicas, Letras Neolatinas, Letras Anglo-Germânicas, Pedagogia e Didática – começaram no ano seguinte. Os primeiros diretores foram o professor Eloy José da Rocha e o Ir. José Otão, que depois seria Reitor da PUCRS.

Em 1964, houve o desdobramento da Faculdade em três: Filosofia e Letras, Ciências (com os quatro cursos que fazem 75 anos em 2017) e Escola de Jornalismo. Um pouco depois, seria criada a Faculdade de Educação. Nos anos seguintes, mais desmembramentos que resultaram nas atuais Faculdades de Matemática, Física, Química e Biociências.

Fonte: Livro História da PUCRS – Volumes I e II, de Faustino João e Elvo Clemente, publicado pela Edipucrs