Em um ano em que a ciência mostrou-se ainda mais protagonista na sociedade, a 21ª edição do Salão de Iniciação Científica teve seu início nesta segunda-feira, dia 26 de outubro. Pela primeira vez em formato online devido a pandemia da Covid-19, o evento teve mais de 700 inscritos de diferentes áreas do conhecimento. Ao todo, serão 296 avaliadores, sendo 50 de instituições externas.

Promovido pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade, o evento representa um espaço de socialização de atividades de pesquisa envolvendo estudantes da graduação e professores/pesquisadores de diferentes universidades e instituições de pesquisa regionais e brasileiras.

Para o coordenador da Iniciação Científica da PUCRS, professor Júlio César Bicca-Marques, o evento é uma excelente oportunidade para o aluno de graduação praticar a apresentação e divulgar suas experiências e descobertas científicas. “A realização dessa 21ª edição de modo virtual apresenta a desvantagem de não permitir que essa prática ocorra presencialmente. Contudo, não tenho dúvidas de que ela será muito positiva para os alunos apresentadores ao evidenciar a viabilidade de interações científicas remotas. Essa possibilidade abre, literalmente, janelas para o mundo. Deixo o seguinte recado para todos os alunos: vão em frente, vençam barreiras. O céu é o limite”, afirma.

Valorização da ciência

Com transmissão ao vivo pelo canal de YouTube da PUCRS, a abertura do evento contou com a presença do presidente da Fundação de Amparo à pesquisa do Estado do RS (Fapergs), Odir Dellagostin, que destacou a importância da iniciação científica para o futuro cientista. “É a partir dessa experiência que nasce a paixão pela ciência, que os estudantes possam continuar essa jornada em direção ao aprimoramento da sua formação, do método científico. Que vocês possam dar essa contribuição para a ciência do nosso país e que nossa sociedade possa usufruir deste trabalho”, afirmou.

Para a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação Carla Bonan, a iniciação científica tem um papel fundamental no pensamento crítico e o evento valoriza a ciência e o conhecimento. A pró-reitora também destacou o momento atual, em que pesquisadores do mundo todo buscam soluções para os impactos da pandemia nas nossas vidas. “Estamos vivendo mudanças na forma de viver, de nos relacionar, de fazer ciência. Pela primeira vez em 21 anos, o nosso SIC acontece em formato virtual. É um momento de valorização do trabalho e dedicação dos jovens pesquisadores”, completou.

O reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira também participou da abertura do SIC e destacou o compromisso da Universidade com a ciência. Mesmo diante das adversidades causadas pela pandemia, a pesquisa na PUCRS não parou. “A nossa instituição está atenta aos estudos dos graves problemas contemporâneos. Possuímos, na pesquisa, um dos mais sólidos alicerces, reconhecida nacionalmente e internacionalmente. Tão importante quanto celebrar o caminho percorrido, é fundamental reafirmar o compromisso enquanto comunidade científica com ética, ousadia e dignidade”, afirmou durante a transmissão.

Paixão, dedicação e acaso

A palestra de abertura Ciência e Paixão: Uma união perfeita foi conduzida pelo professor da Escola de Humanidades André Salata. O docente iniciou relembrando sua trajetória como bolsista de IC e como isso o conduziu, mais tarde, para o mestrado e doutorado. Salata destacou Max Weber, que afirmava que o ser humano precisa de motivação para seguir.

Quais são as perspectivas de alguém que, tendo concluído seus estudos superiores, decida dedicar-se profissionalmente à ciência, no âmbito da vida universitária? Max Weber

Relembrando o mito da caverna de Platão, associou a ciência à ruptura da visão obscura e o rompimento com ideias distorcidas ou equivocadas. Para o pesquisador, a ciência é capaz de nos tirar da sombra, questionar, mas não em busca de uma verdade absoluta, mas de um caminho a ser percorrido. “A ciência é o lugar da dúvida, não é lugar de construção de certezas”, afirmou.

A ciência será sempre uma busca, jamais uma descoberta. É uma viagem, nunca uma chegada. Karl Popper

Salata também chamou a atenção para a representação dominante que mostra o cientista avesso a sentimentos. Citando Max Weber, é impossível fazer sem ciência sem paixão. Para o pesquisador, nada é possível sem ela e o mesmo serve para o trabalho científico.

“Quando você faz uma descoberta, quando os dados mostram algo que ninguém havia se dado conta, tudo isso lhe torna ainda mais apaixonado. A paixão forma bons cientistas, estar apaixonado pelo seu tema de monografia, dissertação é fundamental. É aquilo que nos intriga, nos motiva, nos inspira”, afirma.

Não tenho nenhum talento especial. Sou apenas apaixonadamente curioso. Albert Einstein

Para o professor, a paixão deve vir acompanhada de muito trabalho. Enquanto a paixão produz inspiração, a dedicação alcança objetivos. E, por fim, elege mais um ponto abordado por Weber: o acaso. Este não está em nosso controle, mas é o que torna a vida mais emocionante. Não saber ao certo onde a pesquisa lhe conduzirá, os resultados, os avanços, tudo isso contribuirá para uma jornada transformadora.

Encerramento e destaques

Nesta sexta-feira, dia 30 de outubro, das 18h30 às 20h, acontece a palestra de encerramento do evento, também com transmissão ao vivo pelo Youtube. A palestra A ciência como instrumento de superação: minha jornada dos macacos amazônicos às patentes médicas será conduzida pela professora Sonia Rocha-Sanchez, da Creighton University, nos Estados Unidos. Na ocasião também serão apresentados os trabalhos destaque da edição 2020.

Nesta quarta-feira, dia 8 de julho, em celebração ao Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação realizou o webinar Ciência e a Transformação da Sociedade. O evento teve como objetivo debater sobre a relevância da ciência e do papel do pesquisador na sociedade.

A abertura do encontro contou com a presença do reitor Ir. Evilázio Teixeira, da pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação Carla Bonan e da diretora de pesquisa Fernanda Morrone. Na ocasião, Carla destacou a importância da data, reforçando a relevância da ciência para os avanços da humanidade. “Fazer ciência é um desafio. Não depende somente do esforço individual, mas de investimentos no desenvolvimento de um ecossistema que incentive e promova a busca pelo conhecimento científico, do ensino fundamental até o ensino superior”, adicionou.

O reitor Ir. Evilázio Teixeira parabenizou os cientistas da Universidade pela data e agradeceu pelo engajamento dedicado e pelo protagonismo de cada um em levar adiante aulas e atividades de pesquisa dentro do atual cenário. “Encontros como esse reafirmam o nosso compromisso enquanto comunidade científica com a integridade, a ética, a ousadia e a dignidade. Hoje mais do que em outros tempos, a pesquisa se constitui como caminho para inovação e empreendedorismo, como vetor para solucionar problemas demandados da sociedade”, completou.

O reitor também celebrou o trabalho de excelência desenvolvido na PUCRS, colocando a Universidade entre as 20 melhores instituições da América Latina, destacando-se especialmente na área de pesquisa, citações, ensino e perspectivas internacionais.

Excelência na pesquisa

A diretora Fernanda Morrone deu as boas-vindas aos participantes e falou sobre a nova publicação de divulgação científica da Universidade: PUCRS Excelência em Pesquisa. A revista apresenta dezenas de estudos conduzidos por mais de 50 pesquisadores da Universidade, dividida em cinco grandes temas estratégicos:

A revista também traz um panorama sobre as recentes pesquisas conduzidas na Universidade relacionadas à Covid-19, em resposta a essa importante demanda da sociedade. “Todos esses estudos acontecem em mais de 500 estruturas da nossa Universidade, ou seja, laboratórios, centros e institutos, além de também acontecer em nossos 23 Programas de Pós-Graduação“, completou. Acesse a publicação completa neste link.

Desafios de ser pesquisador

Em seguida, um debate mediado pelo professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Régis Mestriner contou com a presença de quatro pesquisadores que, apesar de jovens, estão se destacando em suas áreas de atuação: Aline Machado Lucas (Escola Politécnica), Ana Paula Duarte de Souza (Escola de Ciências da Saúde e da Vida), André Salata (Escola de Humanidades) e Thiago Wendt Viola (Escola de Medicina).

A primeira questão trazida pelo próprio público que acompanhou o evento foi sobre quais são os principais desafios de fazer ciência e seguir a carreira de pesquisador hoje. Salata destacou o fato de os pesquisadores serem também gestores de recurso – tanto de tempo, quanto de verba. “É um desafio saber gerir esses recursos, tanto em saber conciliar o tempo da pesquisa com outras atividades, quanto em trabalhar sistematicamente em seu projeto com a verba disponível”, afirmou.

Viola afirmou que o desafio também envolve o desenvolvimento de pesquisas no momento atual que vivemos. “É desafiador manter-se firme no propósito enquanto vemos a opinião pública tão dividida, onde parte acredita na ciência e a outra parcela reluta sobre sua relevância”, adiciona.

Incentivo à pesquisa desde cedo

Outra questão levantada pelo público envolveu o investimento na iniciação científica desde a escola primária como forma de fortalecer a sociedade para a prática científica. Aline afirmou que introduzir a vivência na pesquisa desde cedo, mostrando que por detrás de qualquer resultado há um processo é fundamental para que a sociedade compreenda de forma prática o trabalho do pesquisador.

“Também acredito que a comunicação científica é fundamental para que a sociedade consiga absorver o conhecimento produzido e confiar na relevância deste trabalho. A ciência leva tempo, mas é essencial para avançarmos”, afirmou Ana Paula.

André Salata afirmou que a crise e o questionamento do discurso científico têm incentivado que os pesquisadores pensem novas formas de catalisar o conhecimento para o grande público, de forma cuidadosa e democrática.

Fazer ciência durante a pandemia

Manter a produtividade, permanecer concentrado e seguir dedicado com sua pesquisa tornou-se um desafio para muitas pessoas durante a pandemia da Covid-19. Questionados sobre dicas para manter a dedicação acadêmica e de pesquisa, Salata reforçou a importância de manter uma rotina. “Pesquisa é sistemática, analisar dados, ler artigos. Reserve um tempo do seu dia para pesquisar, pois é o que permitirá que você alcance o sucesso lá na frente”, aconselhou.

Viola afirmou que o momento atual pode ser utilizado para fundamentação teórica, essencial para uma pesquisa bem construída. “Também pode ser um momento para aprender mais sobre análise de dados, buscando ferramentas online para a capacitação”, finalizou.

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Apresentação oficial da publicação será durante o webinar Ciência e a Transformação da Sociedade / Foto: Pexels

No dia 8 de julho, quando é celebrado o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq) lança a revista PUCRS Excelência em Pesquisa. A publicação reúne estudos da comunidade acadêmica que ressaltam o comprometimento da Universidade com a qualidade acadêmica e a geração de conhecimento e inovação à sociedade.

Nos últimos meses o conhecimento científico e os pesquisadores passaram a ser intensamente demandados e valorizados na identificação, gestão e planejamento das possíveis soluções diante da pandemia. Segundo a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Carla Denise Bonan, ao longo de sua trajetória a PUCRS tem recebido reconhecimento nacional e internacional, ocupando uma posição privilegiada entre as melhores universidades da América Latina.

“A qualidade da pesquisa desenvolvida na PUCRS é reflexo de um conjunto de estratégias e ações estruturantes especialmente no que diz respeito à qualificação do corpo docente e da infraestrutura de pesquisa, bem como do incentivo à interdisciplinaridade e iniciativas voltadas ao incremento da internacionalização. Nossa Universidade produz investigação de alto nível, em padrão internacional, nas diversas áreas do conhecimento. Esperamos que esta revista traduza um pouco deste nível de excelência alcançado graças ao trabalho dedicado da comunidade acadêmica”, ressalta.

Vetor que gera soluções para problemas concretos demandados pela sociedade 

Com o intuito de contribuir com soluções transformadoras para questões globais da sociedade, a revista PUCRS Excelência em Pesquisa apresenta cinco grandes temas estratégicos que representam as áreas transversais nas quais se baseiam as atividades de pesquisa da Universidade. São eles:

Com mais de 50 nomes de pesquisadores da Universidade, os estudos englobam as mais diversas áreas do conhecimento. Além disso, a revista também apresenta um panorama de projetos de pesquisa relacionados a Covid-19.

A pesquisa desenvolvida na Universidade está diretamente relacionada com a atuação das estruturas de pesquisa, hoje constituídas por 377 Grupos – certificados no último Censo 2016 realizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) -; 16 Centros; 104 Laboratórios; 48 Núcleos; e quatro Institutos. A atividade de pesquisa está integrada com os 23 Programas de Pós-Graduação, com 23 Cursos de Mestrado e 22 Programas de Doutorado, envolvendo 344 docentes.

Lançamento online

Para marcar a data e valorizar os pesquisadores, a apresentação oficial da publicação será durante o webinar Ciência e a Transformação da Sociedade. O debate ocorre às 18h do dia 8 de julho e será conduzido por quatro jovens e promissores pesquisadores: professora Ana Paula Duarte de Souza (Escola de Ciências da Saúde e da Vida, professora Aline Machado Lucas (Escola Politécnica), professor André Salata (Escola de Humanidades) e Thiago Wendt Viola (Escola de Medicina).

Para o reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, o resultado do trabalho do pesquisador depende de um ecossistema formado por diferentes agentes. “Desde o bolsista de Iniciação Científica até as agências de fomento, sem falar em todas as etapas de formação, amadurecimento, escolhas, renúncias, projetos, publicações e o suporte institucional da Universidade. O resultado da pesquisa ocorre por maturação e estamos juntos neste desafio de valorizar e promover a ciência”, comenta.

Para participar do webinar acesse, via Zoom, neste link ou pelo ID 948 3287 8034 (senha: ciencia).

Pró Mata, intercâmbio, Internacional

O curso aborda ecossistemas terrestres, marinhos e de água doce. Foto: Arquivo Pessoal

Um grupo de 11 estudantes da Concordia University of Edmonton (CUE), liderados pelo professor Xin Chen, esteve na PUCRS na primeira quinzena de maio durante o curso internacional em Ecossistemas Marinhos e Água Doce e Terrestres, da instituição canadense. A capacitação visa melhorar uma perspectiva global e experiência em questões ambientais que enfrentam o mundo de hoje. Além da recepção no Escritório de Cooperação Internacional, os universitários conheceram o Centro de Pesquisas e Conservação da Natureza – Pró-Mata, vinculado ao Instituto do Meio Ambiente da PUCRS (IMA) e situado no município de São Francisco de Paula (RS).

“O Brasil é o país com a maior biodiversidade de flora e fauna do planeta e, por isso, é o destino ideal para esse curso”, afirma o professor da CUE. De acordo com Chen, a escolha pelo Rio Grande do Sul ocorreu pela diversidade de ecossistemas terrestres, de água doce e marinhos conectados por um sistema de transporte conveniente e pela parceria entre a CUE e as universidades do estado. Os estudantes também visitaram as cidades de Gramado e Torres, o Parque Estadual do Itapuã, em Viamão, e a Universidade Federal do Rio Grande (FURG). A PUCRS mantém convênio com a instituição canadense desde 2014.

Ecossistemas gaúchos

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O Brasil é o país com maior variedade de flora e fauna no mundo. Foto: Arquivo Pessoal

Esta é a segunda vez que o curso chega ao estado do Rio Grande do Sul. O diretor do IMA, professor Nelson Fontoura, auxiliou o grupo no planejamento de atividades. “Fontoura inclusive participou da programação dando palestras e orientando viagens de campo para o grupo. Nossa turma se beneficiou muito de seu amplo conhecimento em geografia, geo-hidrologia, flora e fauna e questões ambientais”, adiciona Chen.

De acordo com Fontoura a relevância de parcerias internacionais como essa é a promoção do intercâmbio acadêmico. “No contexto desta cooperação já publicamos dois artigos científicos em revistas internacionais”, conta o pesquisador.

Confira registros do curso:

 

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No dia 18 de maio, os visitantes recebem o benefício da meia-entrada. Foto: Bruno Todeschini

O Museu de Ciências e Tecnologia (MCT-PUCRS) integra a programação da 17ª Semana Nacional dos Museus, celebrada entre os dias 14 e 19 de maio. Durante o período, o público pode conferir seis atividades especiais, além de 700 experimentos interativos. As ações englobam temas como ilustração científica, mulheres na ciência e literatura, história da evolução e astronomia. Em 18 de maio, Dia Internacional dos Museus, o benefício da meia-entrada se estende a todos os visitantes, ao valor de R$ 20,00. O funcionamento é de terça a sexta-feira, das 9h às 17, e sábados e domingos, das 10h às 18h. Ingressos estão disponíveis no local (Prédio 40 do Campus – Av. Ipiranga, 6681).

PROGRAMAÇÃO:


Ciência na Literatura
15 de maio, quarta-feira – às 15h30min
Através de obras consagradas na literatura nacional e internacional, é possível identificar pontos de contato entre o mundo dos livros e os experimentos científicos expostos no MCT.


Ilustração Científica – Aracnídeos
16 de maio, quinta-feira – às 15h30min
Uma oportunidade para enxergar os aracnídeos expostos no Museu de uma forma diferente – com instrumentos profissionais de observação, a atividade permite conhecer a rotina e a prática da catalogação de insetos.


Mulheres na Ciência
17 de maio, sexta-feira – às 15h30min
Uma passagem histórica repleta de curiosidades pela vida das cientistas que revolucionaram a ciência e desafiaram as barreiras sociais de suas épocas.


Uma Noite no Museu
17 e 18 de maio, sexta-feira e sábado – das 21h às 8h
Existe vida em outros planetas? O astronauta do MCT está procurando a resposta e precisa reunir uma equipe de pequenos cientistas para decifrar esse mistério, em uma noite cheia de aventuras e aprendizados. A atração é destinada a crianças de 9 a 12 anos, e possui vagas limitadas. Inscrições e mais informações estão disponíveis neste link.


Uma Viagem à Evolução
18 e 19 de maio, sábado e domingo – às 15h30min
A ocupação do ambiente terrestre, a biodiversidade do planeta e o desenvolvimento da ciência estão ligados a evolução das espécies. O objetivo é conhecer as diferentes teorias da evolução em uma visita orientada pelos mediadores do Museu.

Semana Nacional dos Museus                                                               

Promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus, a Semana Nacional dos Museus está em sua 17ª edição, com a temática Museus como núcleos culturais: o futuro das tradições. A missão da temporada cultural, realizada em maio, próxima ao Dia Internacional do Museu, é fomentar debates no campo museal e a realização de projetos museológicos no território nacional. Em 2019, são 1.114 instituições participantes, e mais de 3.200 atividades especiais.

Colóquio sobre Altruísmo, Caridade e Ciência

Foto: Bruno Todeschini

Formas de proporcionar o bem-estar ao próximo foram as principais pautas do 1º Colóquio sobre Altruísmo, Caridade e Ciência: O prazer de fazer o bem. Promovido pela Escola de Direito e pela Fundação Irmão José Otão (Fijo), o evento ocorreu nesta segunda-feira, dia 25 de junho, no prédio 11 do Campus da PUCRS.

Na abertura, o reitor da Universidade, Ir. Evilázio Texeira, destacou que, particularmente, se sentiu gratificado pela realização deste evento, pois focou no prazer de fazer o bem aos outros. “O nosso desafio em todas as esferas, principalmente as públicas, é transformar o bem num hábito do espírito. A bondade, a beleza e a verdade têm capacidade de transformar o mundo, nos mesmos e aqueles que nos cercam”, enfatizou.

Representando a Escola de Direito, o professor Elton Somensi leu a mensagem transmitida pelo decano Fabrício Pozzebon. “Quando se refere a uma boa gestão pública, não é apenas algo abstrato, mas sim da educação, da saúde e do transporte, que são necessidades e dignidade de milhares de seres humanos. Essa problemática (a corrupção no país) deve receber um tratamento multidisciplinar, como é o caso desse evento: a medicina, a filosofia e o direito”, compartilhou o professor.

O presidente da Fijo, Ir. Sandro Andre Bobrzyk , referiu pesquisas que indicam que atos de caridade fazem com que as pessoas se sintam mais felizes, aliviando sintomas como estresse, entre outras doenças. “O altruísmo estimula a produção de endorfina, dando uma sensação de prazer e relaxamento. A nossa condição de ser humano permite uma necessidade de gerar o bem-estar ao outro, um olhar especial àqueles que estão a nossa volta”, disse.

O colóquio contou com as apresentações do neurologista e diretor do serviço de neurologia do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), André Palmini e o procurador Regional da República e coordenador do grupo de trabalho da Operação Lava-Jato até 2017, Douglas Fischer. Também participaram o procurador de Fundações do Ministério Público do Rio Grande do SulKeller Dornelles Clós; e o professor da Escola de Direito da PUCRS, Juarez Freitas, que preside o Conselho Científico do Instituto Brasileiro de Altos Estudos de Direito Público.

sábado genia, museu de ciências e recnologia dap ucrs, ciência, plástico, reciclagem, criançasMuseu de Ciências e Tecnologia da PUCRS realiza no sábado, 23 de junho, o Sábado Genial: Classificando e reciclando os plásticos, atividade voltada para crianças entre 7 e 12 anos. Nesta edição, os jovens cientistas são desafiados com um jogo de estratégia e experiências no laboratório de Química, para identificar os mais variados tipos de plásticos, além de uma experiência especial. O evento acontece das 13h30min às 17h e tem vagas limitadas. Inscrições e informações sobre o investimento podem ser obtidas pelo e-mail [email protected].

Monumento - ChafarizNos dias 25 e 26 de outubro, a PUCRS recebe o 5º Encontro Brasileiro de Integridade da Pesquisa, e Ética na Ciência e Publicação (BRISPE). O comitê organizador conta com a participação de três professores da PUCRS:  Bartira Costa, Denise Cantarelli Machado e a Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq), Carla Denise Bonan, presidente do grupo. A ação tem como público alvo pesquisadores, estudantes de graduação e pós-graduação, formuladores de políticas e financiadores de pesquisa. Interessados na apresentação de trabalhos devem enviar os resumos para o e-mail [email protected] até o dia 15 de junho. Inscrições e mais informações no site.

Com o tema Integridade da Pesquisa e Confiabilidade do Registro de Pesquisa: O Papel dos Programas de Pós-Graduação, o evento tem o objetivo de promover debates e ações que possam fortalecer a confiabilidade e a qualidade da ciência brasileira em todos os campos de pesquisa envolvendo estudantes de pós-graduação e seus mentores. A atividade busca ainda estimular uma atitude crítica de todos aqueles envolvidos no sistema brasileiro, em direção a uma conduta ética e responsável em fazer e comunicar ciência.

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Nos dias 13, 14 e 15 de abril, a PUCRS receberá o 12º Encontro Holístico Brasileiro. Realizada no Centro de Eventos da Universidade, a atividade contará com palestras, vivências e mostras que irão abordar tópicos como ciência, saúde e espiritualidade. Considerado a maior iniciativa sobre o tema na América Latina, foi idealizada pelo presidente da Frente Parlamentar Mista de Práticas Integrativas em Saúde, deputado federal Giovani Cherini, e tem o apoio da PUCRS e do Hospital São Lucas. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site. As vagas são limitadas. Mais informações no telefone (51) 3286.1221.

A proposta do Encontro é de propagar um novo paradigma holístico capaz de trabalhar o ser humano em todas as suas dimensões: física, mental, emocional e espiritual. Com mais de 30 participantes nacionais e internacionais, debaterá temas como tecnologia do ozônio no cuidado da saúde; o poder de cura dos brotos; poder extrafísico; física quântica; alimentos não convencionais que nos ajudam na força vital; entre outros. A sessão de abertura será ministrada pelo coordenador do Núcleo das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde do Departamento de Atenção Básica (DAB) do Ministério da Saúde, Daniel Amado.

O evento disponibilizará ainda um espaço com a presença de terapeutas que explicarão cada uma das dezenove práticas integrativas aprovadas pelo SUS. Além disso, estarão presentes representantes do Ministério da Saúde, do Acre, de Minas Gerais e de municípios gaúchos que já implantaram o projeto com sucesso.

Prêmio Kokhmahá

Na abertura do evento, ocorrerá a entrega do Prêmio Kokhmahá. Em sua quinta edição, ele premia as entidades, instituições e pessoas que se destacam na prática e na divulgação de linhas de cuidados, prevenção e promoção de saúde de forma integral.

XI Seminário Internacional Psicologia e Senso Religioso

Farias destaca papel dos psicólogos brasileiros
Fotos: Bruno Todeschini

Com o teatro do prédio 40 lotado, começou o XI Seminário Internacional Psicologia & Senso Religioso: Experiências Religiosas, Espirituais e Anômalas – Desafios para a Saúde Mental, que ocorre até o dia 23. O professor Miguel Farias, da Universidade de Coventry (Reino Unido), destacou o boom do tema nos dias atuais, citando que há 17 anos teve de deixar Portugal porque não teria quem o orientasse no seu doutorado. Projetou ainda o papel dos psicólogos brasileiros em nível mundial na reemergência da Psicologia da Religião.

Na conferência de abertura, a professora Marta Helena de Freitas, da Universidade Católica de Brasília, fez um panorama da área, começando por sua efervescência inicial, de 1890 a 1920, antes de cair em declínio em nome da “cientificidade”. Os fenômenos religiosos então passaram a ser abordados pelo “avesso”, como ilusão, alienação e loucura. Somente no final do século 20 e início do século 21 houve o crescimento das pesquisas, publicações e eventos. Manuais de diagnóstico em saúde mental hoje diferenciam experiências religiosas e patológicas. Como desafio, Marta lembrou que é preciso inserir o tema na graduação em Psicologia. Só 20% das universidades o abordam como uma disciplina específica.

 

A religião dos cientistas e a ciência dos religiosos

XI Seminário Internacional Psicologia e Senso Religioso

O primeiro debate do evento foi em torno do tema: a religião dos cientistas e a ciência dos religiosos. Marta apresentou estudo com 102 profissionais que atuam em hospitais de Palmas (TO), Distrito Federal, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Todos admitem a presença constante da religião nesse ambiente, representada por rituais indígenas, orações ou objetos sagrados. Notam que a fé melhora a adesão ao tratamento e traz bem-estar, mas também perturba a rotina. Para 95%, o tema não foi abordado durante sua formação, e metade o considera marginalizado. “Alguns psicólogos chegaram ao choro compulsivo quando falaram sobre os conflitos entre suas crenças e os protocolos que herdaram na sua formação”, cita a professora.

Fátima Machado, da PUC/SP, comentou pesquisa com 308 participantes de oito grupos religiosos. O resultado demonstrou baixa crença na ciência, embora a considerem importante em alguma medida. Quanto maior a escolaridade, menor a confiança nesse aspecto, o que surpreendeu os autores do estudo. Quando perguntados sobre o uso para lidar com o mal, 41,7% dos entrevistados consideraram exclusivamente a religião e 52,8%, a religião e a ciência. Quanto ao sofrimento, 33,7% recorrerem somente à religião e 59,5%, a ambas. “A religião hoje interfere até nas políticas públicas. É importante saber como esses grupos pensam porque isso se reflete nas práticas sociais, não só da Psicologia”, afirma Fátima.

Em vídeo, o professor Geraldo Paiva, da Universidade de São Paulo (USP), um dos pioneiros da área, citou estudo com 26 pesquisadores de Física, Biologia e Ciências Humanas, revelando que não há conflito consciente ou incompatibilidade entre fé e ciência.

Revista PUCRS

Wellington Zangari

Sangari concedeu entrevista
Foto: Divulgação/USP

Um dos participantes do evento concedeu entrevista à Revista PUCRS. Wellington Zangari, da USP, destaca o crescimento da área e o desafio de formar profissionais preparados para lidar com fenômenos anômalos ou religiosos. Lembra que mais de 80% dos brasileiros dizem ter experiências mediúnicas ou premonição.

“Nem tudo é fraude, coincidência, loucura ou desenvolvimento da consciência. Do ponto de vista científico, precisamos oferecer explicações mais simples para os fenômenos. Até que sejam suficientes”, destaca o professor.