Drogas, Cocaína

Foto: stevepb / pixabay.com

O Funcionamento do Cérebro em Usuárias de Cocaína – Crack será o tema da próxima palestra do Fórum de Interdisciplinaridade, que ocorre na quinta-feira, 15 de dezembro. Os palestrantes serão o professor do curso de Psicologia da Escola de Humanidades Rodrigo Grassi de Oliveira e o docente da Faculdade de Engenharia Alexandre Rosa Franco. O objetivo da atividade, que é gratuita e aberta ao público, é expor como as drogas afetam a vida das usuárias, os fatores de vulnerabilidade associados ao uso e quais seriam os mecanismos psicobiológicos envolvidos. Além disso, a proposta é abordar técnicas de como medir o funcionamento do cérebro, especificamente a ressonância magnética funcional. Interessados podem realizar a inscrição no site bit.ly/2g502r8.

Os palestrantes, ao lado de uma equipe transdisciplinar, estão desenvolvendo um projeto que irá mensurar a eficiência dos tratamentos contra o vício, não só clinicamente, mas também medindo sua eficácia nas alterações do funcionamento do cérebro. O evento ocorre entre 17h30min e 19h, no auditório do prédio 40 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). Será fornecido atestado de participação aos que solicitarem no momento da assinatura da lista de presença. A promoção é da Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento da PUCRS.

Iván Izquierdo

Foto: Arquivo – Ascom/PUCRS

O pesquisador Iván Izquierdo, coordenador do Centro de Memória do Instituto do Cérebro do RS da PUCRS (InsCer), recebeu uma homenagem durante o Congresso Mundial de Cérebro, Comportamento e Emoções de 2016, que ocorre até quarta-feira, 15 de junho, na Argentina. Izquierdo tem mais de 50 anos dedicados à neurociência, durante os quais publicou cerca de 700 artigos em periódicos científicos com quase 23 mil citações. No encontro, o pesquisador falou sobre os avanços na tecnologia e nas pesquisas relacionadas ao funcionamento do cérebro.

O neurocientista já recebeu mais de 60 prêmios e distinções nacionais e internacionais, entre eles, o Grã-Cruz da Ordem do Mérito Científico (1996), Prêmio Conrado Wessel (2007), Prêmio Almirante Alvaro Alberto (2010), Doutor Honoris Causa das universidades de Paraná e Córdoba, além de Professor Honorário das universidades de Buenos Aires e Córdoba e Professor Emérito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2014). Ele é também o pesquisador com o maior número de citações acadêmicas da América Latina.

 

O evento

O evento ocorre desde 2005 e reúne neurologistas, psiquiatras, geriatras, neuropsicólogos, neurocirurgiões funcionais, neurocientistas básicos e outros profissionais de área em um mesmo fórum. A atividade pretende unir as áreas da ciência básica até a prática clínica na busca por mais entendimento e melhores tratamentos de transtornos mentais. Participa também desta edição o pesquisador do InsCer e chefe do serviço de Neurologia do Hospital São Lucas da PUCRS, André Palmini, falando sobre as Questões Pungentes em epilepsia: aspectos controversos no manejo e no prognóstico.

Fé e Cultura - Interfaces cérebro e tecnologiaO próximo encontro do ciclo de palestras Fé e Cultura terá como tema E se você se desconectar? Interfaces cérebro e tecnologia. A atividade ocorre na terça-feira, 17 de maio, das 18h às 19h15min, no auditório do prédio 9 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). Os palestrantes serão o diretor do Instituto do Cérebro, Jaderson Costa da Costa, e o professor do curso de Teologia da Escola de Humanidades Erico João Hammes. O evento é aberto ao público e a entrada é franca. Outras informações no site eventos.pucrs.br/fec, pelo e-mail [email protected], ou pelo telefone (51) 3320-3576. Não é necessário realizar inscrição.

Hammes realiza pesquisas em educação para a paz e a não violência, filosofia da religião e hermenêutica, ramo da filosofia que estuda a teoria da interpretação. Além disso, o professor atua principalmente com cristologia, teologia, trindade, igreja e América Latina. Costa tem experiência em Neurologia, atuando com cirurgia da epilepsia, distúrbios neurocomportamentais e terapia celular em doenças neurodegenerativas.

Fernanda Bueno Morrone e Marina Petersen Gehring

Fernanda Bueno Morrone e Marina Petersen Gehring
Foto: Camila Cunha – Ascom/PUCRS

Auxiliar médicos na decisão sobre qual o melhor tratamento para pacientes com glioblastoma multiforme, considerado o mais letal tumor cerebral, é a proposta da tese da aluna Marina Petersen Gehring, do Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular da Faculdade de Biociências da PUCRS. A pesquisa, publicada no The International Journal of Biochemistry & Cell Biology, teve orientação da professora Fernanda Bueno Morrone e foi feita em parceria com o serviço de radioterapia do Hospital São Lucas da PUCRS.

Cérebro com fios

Foto: Arquivo – Ascom/PUCRS

No trabalho, a biomédica analisou, dentro do tumor, o receptor purinérgico P2X7 (P2X7R), presente em todas as células vivas e tecidos de vertebrados. A conclusão foi de que, quanto maior a presença desse receptor no glioblastoma, mais sensível o tumor se torna ao tratamento radioterápico. Segundo a pesquisadora, pacientes com pouca presença do gene não tiveram uma boa resposta quando submetidos à radioterapia. “Observamos também que pacientes têm uma sobrevida maior nos casos em que o P2X7R é mais expresso e funcional, quando comparados a pessoas com menor presença do gene”, afirma.

A pesquisa foi realizada com testes in-vitro (cultura de células), in-vivo (com camundongos) e também através de biópsias de 48 pacientes com tumor cerebral. Para chegar ao resultado, foram comparados com outros 343 pacientes de todo mundo, por meio de um banco de dados on-line. Marina salienta que o glioma é um tipo muito agressivo de tumor, de difícil tratamento e com pouca sobrevida. Acomete principalmente homens, idosos e raramente geram metástases, porém sua infiltração no tecido cerebral normal torna a remoção cirúrgica difícil.

Segundo Fernanda, orientadora do estudo, devido a todas as características apresentadas pelos glioblastomas, à sua localização, ao seu alto índice de proliferação, à sua agressividade, e, principalmente, devido à presença de receptores purinérgicos, torna-se importante uma compreensão mais aprofundada dos mecanismos envolvidos na resposta à radioterapia: “Isso poderá trazer uma nova abordagem de tratamento desses tumores”, afirma.