Teve início nesta segunda-feira, 11 de junho, a 3ª Conferência Regional da Educação Superior da América Latina e Caribe (Cres 2018), na cidade Córdoba, na Argentina. O evento regional, que ocorre até 15 de junho, é o mais importante sobre o tema, e reúne reitores e demais lideranças acadêmicas e membros de organizações governamentais e não governamentais de todo o continente para discutir e formular propostas de ação para consolidar a Educação Superior como um bem social, direito humano e universal, e responsabilidade dos Estados. O reitor Ir. Evilázio Teixeira lidera a comitiva da PUCRS, formada pelo pró-reitor de Graduação e Educação Continuada (Prograd) Ir. Manuir Mentges, a diretora de Graduação Adriana Kampff e a professora da Escola de Humanidades Marília Morosini.
Responsável pela coordenação do Ciclo Preparatório ao Cres 2018, promovido entre novembro de 2017 e maio deste ano, na PUCRS, o pró-reitor Ir. Manuir Mentges destaca que “a Universidade, em parceria com a comunidade acadêmica, refletiu nos últimos meses, a respeito de temáticas importantes para a Academia e seu papel na sociedade. Após os sete encontros, compilamos um manifesto com contribuições de gestores, professores, técnicos administrativos e estudantes que apresentaremos na Conferência”, relata. A carta-manifesto resultante do Ciclo Preparatório está disponível neste link, bem como a cobertura jornalística de todos os encontros.
A Cres 2018 é promovida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), pela Universidade de Córdoba, pelo Conselho Interuniversitário Nacional (CIN) e pela Secretaria de Políticas Universitárias (SPU) do Ministério da Educação Argentina. As conclusões do evento irão integrar a agenda preparatória dos países da América Latina e do Caribe à Conferência Mundial de Educação Superior, a ser realizada em 2019.
O evento deste ano celebra o 100º aniversário da Reforma Universitária de Córdoba. Em evento do Ciclo Preparatório da PUCRS, a professora Maria Inês Côrte Vitória, destacou as “ideias-força” do reformismo universitário de 1918, sintetizadas em duas dimensões, Programática e Utópica. A primeira, trazia o princípio de participação estudantil, em paridade com a docente, nas decisões das universidades, bem como e autonomia dessas instituições como forma de soberania. Também incluía o aprofundamento da democratização, com uma reforma pedagógica, tendo o estudante no centro das iniciativas. Já na dimensão utópica, o desejo dos estudantes de mudar a sociedade ficou latente na valorização do latino-americanismo e anti-imperialismo, juvenilismo e velha geração. Na avaliação da docente, a dimensão Programática acabou sendo a mais presente ao longo do tempo.