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iniciativa Genoma e seus mistérios / Foto: Camila Cunha

Entender a evolução das espécies, respondendo a questões sobre como, onde, e quando surgiram. Esses são alguns dos mistérios desvendados pelos estudos genômicos da biodiversidade. A iniciativa Genoma e seus mistérios, localizada no prédio 12 da Universidade, faz referência aos grupos de estudos responsáveis pelas pesquisas sobre o sequenciamento completo de genomas de animais e plantas. O projeto é uma das nove iniciativas do ecossistema de inovação Campus Living Lab, em que Universidade, sociedade, governo e empresas trabalham juntos para elaborar soluções centradas no uso real da tecnologia no desenvolvimento sustentável.

Além destes estudos genômicos da biodiversidade, a PUCRS congrega vários grupos de pesquisa que atuam em diversas áreas da genética e biologia molecular, realizando estudos com base em dados de DNA para responder a perguntas em ciências forenses, microbiologia, parasitologia, neurociências, biotecnologia, epidemiologia, imunologia e biologia do desenvolvimento, entre outras.

O coordenador do Grupo de Pesquisa Genética, Evolução, Ecologia e Conservação de Carnívoros, Eduardo Eizirik, destaca que os genomas guardam informações de milhões de anos sobre a história das espécies, inclusive a humana. Ele também ressalta que a genômica da biodiversidade permite não só entender as relações evolutivas das espécies, mas também contribui para a preservação. “Por meio dos estudos, podemos responder questões sobre animais ameaçados de extinção, entendendo quanta variabilidade genética eles possuem, como ela está distribuída em diferentes locais e como mudou ao longo do tempo. Esses dados são utilizados para ajudar na preservação dessas espécies, direcionando esforços para populações mais ameaçadas e embasando decisões sobre como manter a sua viabilidade em longo prazo”, explica.

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Onça-Pintada / Foto: Daniel Kantek

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Pioneirismo e descobertas

O grupo coordenado pelo professor Eduardo Eizirik foi o primeiro no Brasil a desenvolver um projeto com foco na caracterização genômica completa de um animal silvestre ameaçado. O Projeto Genoma da Onça-Pintada, liderado pela PUCRS, tem diversas parcerias internacionais. Em 2017, o primeiro estudo, reportando o genoma completo da espécie, foi publicado na revista Science Advances.

Além dos estudos sobre a onça, o professor relata que o grupo esteve envolvido em análises genômicas do puma e guepardo, e lidera projetos de sequenciamento genômico completo de pequenos felinos, lontras e raposas. “Sequenciamos o genoma de diferentes espécies de raposas da América do Sul e descobrimos uma hibridação recente entre duas delas no Brasil. Essa descoberta foi importante porque ela indica que a hibridação ocorreu por efeito do desmatamento provocado pela ação humana. Com a diminuição da floresta, as espécies (que ocorrem em ambientes abertos) se encontraram em São Paulo e começaram a hibridizar. É um problema potencialmente importante para a conservação destas espécies, mas oferece uma oportunidade científica de acompanhar de forma ímpar o processo de mistura entre elas em tempo real”, comenta Eizirik.

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Lobo-Marinho do Peru / Foto: Juan Jeri

O coordenador do Grupo de Pesquisa Genômica evolutiva e da conservação, Sandro Bonatto, aponta que descobertas também estão surgindo de pesquisas com lobos e leões-marinhos. “Esse é um dos grupos de mamíferos marinhos em que há mais dúvidas científicas sobre como e onde surgiram. Mesmo com muitos trabalhos ninguém havia conseguido resolver. Mas, recentemente, nós sequenciamos o genoma completo de praticamente todas as espécies dessa família e conseguimos analisar as relações evolutivas. Respondemos dúvidas de quase um século”, conta Bonatto.

O professor ainda destaca que a mesma pesquisa possibilitou descobertas interessantes como a de uma nova espécie de lobos-marinhos no Peru. “Após o sequenciamento das espécies, encontramos o que pode ser o primeiro caso de hibridação de mamíferos marinhos, originado a partir do cruzamento entre lobos-marinhos de Galápagos e do Chile”, explica.

O estudo ainda está contribuindo para entender se a migração dos indivíduos da espécie de Galápagos. Bonatto ressalta que colônias de lobos vindos do conjunto de ilhas do Equador estão se formando no continente sul-americano. “As evidências apontam que esse fenômeno está ocorrendo nas últimas décadas e pode ter a ver com as mudanças climáticas. O aquecimento diminui a oferta de alimento para a espécie das ilhas, ampliando a mortalidade e favorecendo essa migração”.

Sobre o Campus Living Lab

As instalações, produtos, pesquisas e serviços atendem não só as demandas da Universidade, mas passam a compor um roteiro de inovação e empreendedorismo que beneficia toda a sociedade. As iniciativas já desenvolvidas são:

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Campus Living Lab: a sala de aula ao ar livre no Pró-Mata

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Foto: Camila Cunha

O laboratório a céu aberto do Centro de Pesquisas e Conservação da Natureza Pró-Mata/PUCRS  reúne estudantes e pesquisadores em um espaço privilegiado. Quase três mil hectares de florestas e campos compõem um ambiente natural de imersão, aprendizagem e pesquisa. Localizada na entrada do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS, prédio 40 da Universidade, a iniciativa Um campus na mata leva ao público a sensação de estar na serra gaúcha a partir da vista panorâmica no mirante do Pró-Mata. O projeto é uma das nove iniciativas do ecossistema de inovação Campus Living Lab, em que Universidade, sociedade, governo e empresas trabalham juntos para elaborar soluções centradas no uso real da tecnologia e no desenvolvimento sustentável.

Ensino, pesquisa e extensão

Inaugurado em 1996, o Pró-Mata é conduzido pelo Instituto do Meio Ambiente da PUCRS e está localizado em São Francisco de Paula (RS). A viagem entre a Universidade e a sede do Centro de Pesquisas dura em torno de 4 horas e são percorridos 174 quilômetros. As ações do Pró-Mata priorizam as áreas de biodiversidade, ecologia de populações e comunidades, restauração de ambientes naturais perturbados ou degradados, uso e manejo sustentável dos recursos naturais, bioprospecção e serviços ambientais. Entre as novas áreas de atuação, está a possibilidade de parceria com os cursos de Educação Física e Enfermagem para o desenvolvimento de atividades ao ar livre que visam o bem-estar e a saúde.

O coordenador do Centro, Pedro Maria Abreu Ferreira, destaca que o ambiente também está aberto para estudantes de graduação e pós-graduação, tanto do Brasil quanto de outros países. Segundo ele, alunos que tenham interesse em realizar atividades no Pró-Mata podem buscar vínculos com algum grupo de pesquisa da Universidade que atua no Centro. Outra possibilidade são as próprias disciplinas dos cursos. “Várias disciplinas da Biologia, por exemplo, vão para o Pró-Mata de forma curricular, realmente utilizando o Centro como uma sala de aula ao ar livre”, afirma.

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Estudantes canadenses em visita ao Pró-Mata / Foto: Arquivo Pessoal

O Pró-Mata abrange diversos grupos de pesquisas, somando quase 200 estudos já realizados e mais de 20 projetos de pesquisa em andamento. “Ao longo desses mais de 20 anos de história, temos dezenas de produtos técnico-científicos produzidos no Centro. A contribuição acadêmica do Pró-Mata é muito importante”, ressalta Ferreira. Os projetos são desenvolvidos não só por pesquisadores da PUCRS, mas também ocorrem em parcerias com outras universidades brasileiras e internacionais. Desde sua concepção, o Centro de Pesquisas e Conservação da Natureza tem a parceria da Universidade de Tübingen, da Alemanha, com a qual a PUCRS possui um convênio de cooperação desde 1983.

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Conservação da natureza aliada à tecnologia

No início de outubro deste ano, o Pró-Mata foi reconhecido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio como uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), tornando-se a maior RPPN federal do estado. Ferreira ainda destaca que além das áreas de conservação, o Centro possui uma estrutura de laboratórios e acesso à internet. “Mesmo no meio da floresta, os alunos e pesquisadores têm acesso a todo o recurso de internet que eles teriam no Campus da PUCRS”.

Pró-Mata / Foto: Bruno Todeschini

Pró-Mata / Foto: Bruno Todeschini

A publicação do Guia de Pegadas de Mamíferos do Pró-Mata, lançado em setembro, é outro diferencial ressaltado por Ferreira. “A ideia é que as pessoas andem pelas trilhas e tenham não só informações sobre as pegadas, mas também sobre os animais que passaram por ali”. Na mesma linha de recursos voltados para o auxílio no uso e na interpretação do ambiente do Pró-Mata, está em andamento a atualização do projeto Guia da Flora, coordenado pela professora Cristiane Jurinitz, também ligada ao Instituto do Meio Ambiente. O objetivo é oferecer aos visitantes e pesquisadores as informações sobre as plantas presentes no Centro.

Já o monitoramento da fauna é feito por meio de câmeras espalhadas em armadilhas fotográficas automatizadas. “O tempo inteiro temos armadilhas ligadas em várias trilhas do Pró-Mata e elas fotografam os animais que passam, com disparos através de sensores. É um recurso tecnológico de ponta”, destaca o professor.

Sensibilização para preservar

“A preservação da biodiversidade não é apenas cercar uma área e afastá-la das pessoas, mas justamente ao contrário. Utilizamos o Pró-Mata para o desenvolvimento de pesquisas e queremos levar o público lá para sensibilizá-lo. Por isso também a importância da iniciativa do Campus Living Lab. Com ele as pessoas têm uma amostra do ambiente e talvez a vontade de conhecer o Centro seja despertada. Conhecendo, elas irão valorizar muito mais a biodiversidade do que valorizariam no ambiente urbano”, conclui o coordenador do Pró-Mata.

Sobre o Campus Living Lab

As instalações, produtos, pesquisas e serviços atendem não só as demandas da Universidade, mas passam a compor um roteiro de inovação e empreendedorismo que beneficia toda a sociedade. As iniciativas já desenvolvidas são:

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Iniciativa Iluminação Inteligente, localizada no Tecnopuc / Foto: Camila Cunha

Um sistema que permite ajuste automático da potência das luminárias, gerenciamento à distância e que pretende integrar sensores de umidade, temperatura e qualidade do ar. A Iluminação Inteligente, localizada no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), é uma parceria entre o Grupo de Pesquisa em Sistemas Embarcados (GSE) e o SmartCity Innovation Center. O projeto é uma das nove iniciativas do ecossistema de inovação Campus Living Lab, em que Universidade, sociedade, governo e empresas trabalham juntos para elaborar soluções centradas no uso real da tecnologia e no desenvolvimento sustentável.

Uma solução inteligente, sustentável e tecnológica
O projeto Iluminação Inteligente é desenvolvido desde 2015, alinhado com o conceito de Smart Cities, ou cidades inteligentes. Esse conceito propõe o uso da tecnologia para tornar as infraestruturas urbanas mais eficientes e sustentáveis. De acordo com o professor da Escola Politécnica, coordenador do GSE e do SmartCity Innovation Center, Fabiano Hessel, nos sistemas convencionais de iluminação, quando a luminária é acesa, utiliza-se toda a potência, mesmo que haja luz ambiente. O projeto Iluminação Inteligente, no entanto, regula essa potência de forma automática, por meio de um dispositivo remotamente gerenciável acoplado no poste, aproveitando a luz ambiente, gerando economia, sustentabilidade e eficácia. “A nossa solução permite que a luminária se auto regule gradativamente de acordo com variações naturais de luminosidade em eventos como anoitecer, amanhecer e neblina enquanto outros sistemas funcionam somente no modo liga/desliga. Dessa maneira é possível obter um melhor balanço entre consumo de energia e necessidade de iluminação para determinados momentos”, explica Hessel.

O sistema também é configurado para garantir que os ajustes sejam feitos de forma mais consistente e oportuna. “Se uma nuvem esparsa passa rapidamente, provocando uma breve sombra no sensor, isso poderia acarretar em ajustes de luminosidade desnecessários. Porém, o sistema já prevê situações como essa e o ajuste de histerese evita aumentar ou diminuir a potência em situações como essas”, esclarece.

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Sistema acoplado ao poste / Foto: Camila Cunha

O professor Fabiano Hessel aponta que cada poste possui uma identificação única, e que através do software é possível enviar orientações diretas para um determinado equipamento por meio da comunicação wireless (sem fio). “Podemos mandar um comando para que o equipamento ligue ou desligue. No monitor, acompanhamos se essa solicitação foi realizada. Quando há um problema, como uma luminária queimada, podemos detectar mais facilmente e enviar uma equipe para o local”, complementa o pesquisador.

 

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Inovação e informação
O projeto também pretende expandir as funções e serviços integrados com a Iluminação Inteligente. Informações como umidade, temperatura e qualidade do ar estarão disponíveis nos postes de energia. “Com o projeto, os postes deixam de ser somente provedores de iluminação e passam a ser um hub de serviços”, afirma Hessel.

O professor ainda aponta que todos os hardwares do sistema são desenvolvidos pelos pesquisadores e estudantes do Grupo de Pesquisa em Sistemas Embarcados, em conjunto com o SmartCity Innovation Center. A iniciativa também é fruto de uma parceria com a Huawei, empresa líder global em soluções de Tecnologias da Informação e Comunicação. Estudantes de graduação, de iniciação científica, mestrandos e doutorandos de diversas áreas participaram do desenvolvimento do projeto. “Os alunos têm uma experiência prática de inovação, permitindo verem que não é só fazer o produto, mas pensar todo o ciclo dele”, ressalta Hessel.

Sobre o Campus Living Lab
As instalações, produtos, pesquisas e serviços atendem não só as demandas da Universidade, mas passam a compor um roteiro de inovação e empreendedorismo que beneficia toda a sociedade. As iniciativas já desenvolvidas são:

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Iniciativa Documentação e Memória no saguão da Biblioteca Central da PUCRS / Foto: Camila Cunha

Uma exposição portátil que permite aproximar quem passa pelo saguão da Biblioteca Central Ir. José Otão de parte do acervo disponível no Delfos. O projeto Documentação e Memória é uma das nove iniciativas do ecossistema de inovação Campus Living Lab, em que Universidade, sociedade, governo e empresas trabalham juntos para elaborar soluções centradas no uso real da tecnologia e no desenvolvimento sustentável.

Para o coordenador executivo do Delfos, Ricardo Barberena, a iniciativa do Campus Living Lab é um convite que promove a descoberta do Espaço de Documentação e Memória Cultural pelo público. “Nem todas as pessoas que vêm à Biblioteca sobem aos últimos andares. Então ter a exposição no saguão estimula que o público chegue ao Delfos. É um passaporte para a multiplicidade de tesouros que temos aqui”.

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Implementado em 2008, o Delfos, localizado no 7º andar da Biblioteca Central, é o Espaço de Documentação e Memória Cultural da PUCRS, e reúne 55 acervos físicos, além trabalhos disponíveis de forma digital. O Espaço traz manuscritos, fotografias, objetos pessoais e originais de livros de escritores, personalidades ligadas à cultura gaúcha, entidades e autoridades representativas para o Estado nas áreas de Letras, Artes, Jornalismo, Cinema, História e Arquitetura. Entre as exposições disponíveis no Espaço, estão acervos de Moacir Scliar, Caio Fernando Abreu e Luiz Antonio de Assis Brasil. Os documentos são recebidos no Delfos por meio de doações.

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Acervos do Delfos / Foto: Camila Cunha

Um acervo aberto para experiências e pesquisas
O Delfos tem como objetivo a promoção da cultura e a preservação da memória presente nos documentos. “Para isso, são realizados processos de acondicionamento e catalogação assim que recebemos as doações. Só depois os acervos são disponibilizados para pesquisa”, explica Barberena. O Espaço também possibilita experiências para bolsistas de Iniciação Científica. “Eles participam de todas as etapas”, reforça o coordenador.

Além de pesquisas, o Delfos promove oficinas literárias, lançamentos de livros, sessão de autógrafos e debates. “Já recebemos mais de 50 escritores nas atividades promovidas no Espaço”, completa Barberena.

Sobre o Campus Living Lab
As instalações, produtos, pesquisas e serviços atendem não só as demandas da Universidade, mas passam a compor um roteiro de inovação e empreendedorismo que beneficia toda a sociedade. As iniciativas já desenvolvidas são:

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Iniciativa O espaço entre nós, localizada no Living 360° / Foto: Camila Cunha

Conectar estudos do ambiente aeroespacial, simulações de microgravidade e áreas como Engenharias, Fisioterapia, Farmácia, Educação Física, Medicina e Ciências Aeronáuticas. Esse é o conceito do Laboratório de Engenharia Aeroespacial – MicroG. A iniciativa O espaço entre nós localizada no térreo do Living 360°, prédio 15 da Universidade (Av. Ipiranga, 6681 – Porto Alegre/RS), faz referência às soluções criadas pelo Laboratório. O projeto é uma das nove iniciativas do ecossistema de inovação Campus Living Lab, em que Universidade, sociedade, governo e empresas trabalham juntos para elaborar soluções centradas no uso real da tecnologia e no desenvolvimento sustentável.

O MicroG, implementado na PUCRS há 20 anos, é um espaço de muldisciplinar que contribui para que professores, pesquisadores e alunos atuem vivenciando a inovação. Para o professor da Escola Politécnica, Júlio César Marques de Lima, coordenador do Laboratório, as pesquisas aeroespaciais e de gravidade possuem a capacidade de se relacionar com a solução de problemas do dia a dia. “Muitas das coisas que usamos hoje foram inventadas para serem aplicadas no espaço. Um exemplo disso é o velcro. E aqui também criamos vários projetos que possuem aplicação prática para melhorar e facilitar a vida das pessoas”, destaca.

Conheça mais sobre os produtos e soluções criadas no MicroG:

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Plantas in vitro são multiplicadas para testes no MicroG / Foto: Bruno Todeschini

Da Biologia às Ciências Aeronáuticas
Entre os demais projetos criados no MicroG, está a Centrífuga de Hipergravidade. No equipamento, são realizados testes de aceleração do crescimento de plantas. Os processos ocorrem em parceria com pesquisadores e estudantes do curso de Biologia. “Já tivemos determinadas plantas que cresceram até 25% a mais com o procedimento na centrífuga. A CMPC Celulose Riograndense é parceira aqui e realiza experimentos para que a mesma árvore de eucalipto produza mais papel”, aponta Lima.

No MicroG também há equipamentos, utilizados em parceria com o curso de Ciências Aeronáuticas, que permitem o treinamento de pilotos. As soluções dão aos alunos experiências que simulam práticas, contribuindo para a preparação e segurança em voos.

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Simulador de microgravidade
Desenvolvida por professores e estudantes da Universidade, a Câmara de Pressão Positiva para Membros Inferiores (LBPP, na sigla em inglês), permite andar na gravidade da Lua sem sair da Terra. O projeto é reconhecido nacionalmente pelo seu pioneirismo e eficiência. Em 2015, a LBPP foi testada pela professora Sandra Maria Feliciano, de Porto Velho (RO), candidata brasileira do programa Mars One (viagem de ida à Marte).

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Simulador de microgravidade é utilizado por jovens / Foto: Bruno Todeschini

Além de contribuir com pesquisas sobre a adaptação do corpo humano à outras gravidades, as simulações e estudos realizados com a LBPP também trouxeram inovação a processos de recuperação de lesões. O professor do curso de Fisioterapia da Escola de Ciências de Saúde e da Vida, Denizar Melo, destaca que com a gravidade da Terra o peso de uma pessoa se multiplica sobre as articulações dos membros inferiores e que o simulador permite reduzir o impacto, reabilitando mais rapidamente pacientes. “Ele pode ser utilizado na fisioterapia, por exemplo, em situações como cirurgias na bacia e no joelho. É um equipamento que pode estar em qualquer consultório, com custo e resultado melhores até mesmo do que a hidroginástica”, ressalta Melo.

Hand Grip Instrumentado
O Hand Grip é um equipamento usado na prevenção de doenças articulares e para o fortalecimento dos músculos do antebraço, punhos e mãos de pacientes que realizam hemodiálise. No Laboratório de Engenharia Aeroespacial-MicroG, o equipamento foi instrumentado com circuitos para monitoramento da carga e das repetições feitas por cada pessoa. O produto foi desenvolvido pelos professores Júlio César Marques de Lima e Denizar Melo. Lima ressalta que a adaptação possibilita o armazenamento de informações que podem ser acessadas pelo médico de forma rápida. O projeto também é resultado de estudos multidisciplinares entre Engenharias, Medicina e Fisioterapia. “Há muitas complicações quando o tratamento não é feito da forma correta pelos pacientes, e não havia como medir isso. Então, a adaptação que fizemos traz a resolução de um importante problema”, Melo.

Sobre o Campus Living Lab
As instalações, produtos, pesquisas e serviços atendem não só as demandas da Universidade, mas passam a compor um roteiro de inovação e empreendedorismo que beneficia toda a sociedade. As iniciativas já desenvolvidas são:

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Água quente é disponibilizada no Campus por meio da tecnologia solar térmica / Foto: Camila Cunha

Desenvolvido pelo Laboratório de Eficiência Energética e pelo Centro de Demonstração em Energias Renováveis (Ceder) da Escola Politécnica da PUCRS, o Chimakent traduz o uso de energias limpas em soluções que impactam no cotidiano. O chimarródromo, localizado em frente à Farmácia Universitária Panvel, fornece água aquecida por meio da tecnologia termossolar. O projeto é uma das nove iniciativas do ecossistema de inovação Campus Living Lab, em que Universidade, sociedade, governo e empresas trabalham juntos para elaborar soluções centradas no uso real da tecnologia e no desenvolvimento sustentável.

O sistema utilizado no Campus para fornecer a água para o Chimakent conta com um reservatório de 500 litros, localizado no subsolo do prédio 30. “O mesmo sistema, um pouco mais simples, pode ser implementado em residências. O cálculo médio é de 50 litros por dia utilizados por pessoa. Então um reservatório de 200 litros é suficiente em uma casa com quatro pessoas, por exemplo”, ressalta o professor Odilon Duarte, coordenador do Ceder. O sistema termossolar residencial aquece a água entre 60 e 70 graus, sendo uma alternativa para fornecer água para banho, em que a temperatura de conforto é em torno de 40 graus. “Esse investimento é compensado entre dois e três anos. Com manutenção periódica e limpeza dos módulos, o sistema tem durabilidade média de 15 anos. É uma economia significativa”, aponta Duarte.

Centro de Demonstração em Energias Renováveis da PUCRS (Ceder)

Ceder utiliza fontes fotovoltaicas e eólicas para gerar energia para rede do Campus / Foto: Bruno Todeschini

Fontes limpas para energia do Campus
Além da tecnologia solar térmica, o Ceder, implementado em 2015, gera energia para a rede do Campus através de fontes eólicas e fotovoltaicas. O professor Odilon Duarte destaca que as energias renováveis são fundamentais para o desenvolvimento sustentável. “As fontes de energias limpas estão presentes no nosso dia a dia de forma gratuita e inesgotável. A geração de energia é a grande vilã do aquecimento global. Podemos utilizar o vento e o sol como alternativas para diminuir a emissão de gases do efeito estufa, e isso é o futuro”, aponta.

Um espaço de pesquisas e práticas
Em torno de 60 alunos de graduação de diversos cursos da Universidade já contribuíram com as pesquisas do Centro de Demonstração em Energias Renováveis. Os estudantes podem ingressar no Ceder como estagiários, bolsistas ou voluntários. O centro também é um ambiente de visitação para escolas que buscam demonstrar aos alunos fontes limpas de geração de energia. “O Ceder interage com estudantes desde o ensino fundamental até a pós-graduação, de diversas escolas. Esse processo contribui com a criação de tecnologias, geração de conhecimento e formação de experiências práticas”, conta o professor Odilon Duarte.

Sobre o Campus Living Lab
As instalações, produtos, pesquisas e serviços atendem não só às demandas da Universidade, mas passam a compor um roteiro de inovação e empreendedorismo que beneficia toda a sociedade. As iniciativas desenvolvidas são:

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Telhado Verde no prédio 5 da PUCRS / Foto: Camila Cunha

Uma cobertura que retém a água da chuva, reduz a temperatura dos ambientes, promove o crescimento da flora e favorece a presença da fauna. Esses são os benefícios da implementação do Telhado Verde na PUCRS. O projeto é uma das nove iniciativas do ecossistema de inovação Campus Living Lab, em que Universidade, sociedade, governo e empresas trabalham juntas para elaborar soluções centradas no uso real da tecnologia e no desenvolvimento sustentável.

Criado em 2010, a partir de pesquisas do grupo Sustentabilidade e Eficiência Energética na Arquitetura, da Escola Politécnica, o Telhado Verde está localizado no prédio da Reitoria e no prédio 5 da PUCRS (Av. Ipiranga, 6681 – Porto Alegre/RS).

Abrangência multidisciplinar
O desenvolvimento do projeto contou com a participação de alunos, professores e pesquisadores de diversos cursos da Universidade, tais como Arquitetura e Urbanismo, Engenharias e Biologia. “Nesse processo de co-criação o procedimento metodológico que nós adotamos foi por um lado desenvolver a tecnologia em relação aos condicionantes ambientais, como, por exemplo, o retardo da água da chuva para a infraestrutura urbana. Por outro lado, trabalhar a influência do Telhado Verde em relação as questões bioclimáticas dos centros urbanos, exemplificando, é o fenômeno ‘ilha de calor’, o aquecimento da cidade”, comenta o coordenador do grupo responsável pela iniciativa, Márcio D`Avila. O professor ainda aponta que houve uma redução de 6° Celsius na sala abaixo da cobertura instalada no prédio 5.

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Foto: Camila Cunha

Criação centrada no uso real
Um dos pontos essenciais nas iniciativas do Campus Living Lab, destacados por D`Avila, é a apropriação da sociedade na utilização das tecnologias.  “Esse envolvimento é muito importante porque todo processo de uma nova tecnologia demanda de sensibilização. As pessoas têm que se apropriar, elas precisam acreditar na tecnologia, sem isso não há o potencial de disseminação e de interesse”, aponta. O professor também destaca o impacto da cobertura na composição estética dos prédios. “As pessoas que trabalham aqui têm na janela uma vista muito mais agradável. O Telhado Verde cria um conforto, uma vitalidade”, relata.

Sobre o Campus Living Lab
As instalações, produtos, pesquisas e serviços atendem não só as demandas da Universidade, mas passam a compor um roteiro de inovação e empreendedorismo que beneficia toda a sociedade. As iniciativas já desenvolvidas são:

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O sol que ilumina a noite / Foto: Camila Cunha

Entre as fontes de energia renovável, a solar é a menos poluente. Pensando em aproximar essa tecnologia da sociedade, a PUCRS implementou um sistema fotovoltaico que transforma a energia solar em eletricidade. Concebida a partir de pesquisas do Núcleo de Tecnologia em Energia Solar, a iniciativa O sol que ilumina a noite utiliza a energia solar para iluminar o chafariz do pórtico principal da Universidade. O projeto é uma das nove iniciativas do ecossistema de inovação Campus Living Lab, em que universidade, sociedade, governo e empresas trabalham juntas para elaborar soluções centradas no uso real da tecnologia e no desenvolvimento sustentável.

O sistema também se destaca em relação a custo-benefício, tendo seu investimento compensado em aproximadamente cinco anos e durabilidade média de 30 anos. Coordenado pelos professores Izete Zanesco e Adriano Moehlecke, o NT-Solar desenvolve tecnologias de células solares e módulos fotovoltaicos desde 1997. Além de aprimorar processos buscando maior eficiência e custos reduzidos para as tecnologias, o núcleo também propicia o desenvolvimento de recursos humanos qualificados para o crescente mercado de energia solar. A energia solar não produz poluição sonora, visual ou emissão de gases. A implementação do sistema também permite economia doméstica e comercial. “Um estabelecimento que possui energia solar pode baratear os custos de produção e consequentemente se tornar mais competitivo no mercado”, aponta Izete.

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Célula desenvolvida pelo NT-Solar / Foto: Bruno Todeschini

Formação de pesquisadores
Aproximadamente 30 alunos de Iniciação Científica e pós-graduação já contribuíram de forma multidisciplinar com as pesquisas. “Dois ex-alunos que participaram de pesquisas conosco hoje são professores na própria PUCRS. Isso reforça a formação de recursos humanos que temos aqui”, conta Izete.  Atualmente a equipe é composta por oito alunos e dois funcionários de apoio, além dos professores Izete e Moehlecke.

Referência na América Latina
O Núcleo de Tecnologia em Energia Solar conta com laboratórios e equipamentos de alta qualidade, sendo o único centro da América Latina projetado para desenvolver e caracterizar células solares e módulos fotovoltaicos em escala piloto. “A estrutura que temos aqui pode ser comparada a dos laboratórios internacionais, o que gera uma experiência rica para os alunos e pesquisas de impacto”, ressalta a coordenadora do NT-Solar. Em 2017, o núcleo obteve o recorde brasileiro de eficiência em células solares, com a conversão de 17,3% da irradiação solar em energia elétrica.

Sobre o Campus Living Lab

NT Solar, Energia, Fotovoltaico, Energia Solar

Módulo fotovoltaico / Foto: Bruno Todeschini

As instalações, produtos, pesquisas e serviços atendem não só as demandas da Universidade, mas passam a compor um roteiro de inovação e empreendedorismo que beneficia toda a sociedade. As iniciativas já desenvolvidas são:

campus_living_labUm ecossistema de inovação e desenvolvimento sustentável, em que universidade, sociedade, governo e empresas trabalham juntas para elaborar soluções centradas no uso real da tecnologia. Esse processo de co-criação define o Living Lab como uma nova configuração para a construção do futuro. Na PUCRS, esse conceito está materializado nove iniciativas de impacto social, que estão distribuídas em diferentes espaços, formando o Campus Living Lab.

O projeto abre espaço para que professores, pesquisadores e empreendedores exponham suas ideias apoiados na excelência das pesquisas científicas produzidas na Universidade. De abrangência multidisciplinar, o Campus Living Lab também permite que os estudantes coloquem em prática seus conhecimentos, auxiliando nas pesquisas e na elaboração das iniciativas.

As instalações, produtos, pesquisas e serviços expostos atendem não só as demandas da Universidade, mas passam a compor um roteiro de inovação e empreendedorismo que beneficia toda a sociedade. As iniciativas já desenvolvidas são:

A força da energia solar
Promovendo o uso sustentável dos recursos naturais, O sol que ilumina a noite transforma a energia solar em energia elétrica para a iluminação do chafariz no pórtico principal da Universidade. A iniciativa foi elaborada Núcleo de Tecnologia em Energia Solar da PUCRS, único da América Latina projetado para desenvolver células solares e módulos fotovoltaicos em escala. A energia solar se insere ainda mais no cotidiano da comunidade acadêmica por meio do ChimaKent. Criada pelo Centro de Demonstração em Energias Renováveis da PUCRS, a iniciativa capta calor do sol para aquecer a água fornecida diversos pontos dentro do Campus, alinhando um tradicional hábito gaúcho com a inovação tecnológica e sustentável.

Respeito à biodiversidade
Desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa Sustentabilidade e Eficiência Energética na Arquitetura da Escola Politécnica da PUCRS, o Telhado Verde resgata a flora, a fauna e reduz a temperatura nas coberturas do Prédio 5 e do prédio da Reitoria. O estudo sobre a biodiversidade é ampliado pela iniciativa Genoma e seus mistérios, que analisa o DNA de animais e plantas buscando entender como as espécies surgem e se modificam ao longo do tempo. Com três mil hectares de floresta, Um campus na mata caracteriza-se como um laboratório a céu aberto para pesquisa científica e sustentabilidade. Localizada em São Francisco de Paula, a iniciativa faz parte do Centro de Pesquisas e Conservação da Natureza (Pró-Mata).

Conceito de Cidades Inteligentes
Alinhada com o conceito de Smart Cities, a Iluminação Inteligente proporciona economia e modernização. A tecnologia utilizada no poste, situado no Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc) permite saber quando uma luminária está queimada ou quando está próximo da hora de trocá-la. A solução foi criada pelo SmartCity Innovation Center, que atua na PUCRS em parceria com a Huawei, empresa líder global em Tecnologia da Informação e Comunicação.

A memória e a microgravidade
Já a Documentação e Memória utiliza as inovações tecnológicas para possibilitar que um rico acervo histórico e cultural seja conservado. Olhando para o futuro, O espaço entre nós se destaca por estudos pioneiros sobre o ambiente aeroespacial e simulações de microgravidade na Terra.

Abertura 20° Salão de Iniciação Científica, Pesquisa, PROPESQ, IC

Foto: Bruno Todeschini

Debatendo os desafios e perspectivas da pesquisa científica no Brasil, o 20º Salão de Iniciação Científica teve abertura oficial nesta segunda-feira, 23 de setembro. O evento ocorreu no Teatro do prédio 40 e contou com cerca de 500 pessoas, entre bolsistas e professores. A professora e pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da PUCRS, Carla Bonan, ministrou uma palestra que trouxe para os ouvintes o desafio de compartilhar o conhecimento científico produzido na Universidade. “A sociedade brasileira ainda não tem conhecimento claro sobre o papel e os resultados da pesquisa científica. Temos o desafio de converter parte da produção em inovação social”, apontou.

Como parte dos esforços para atender esse desafio, a docente e pesquisadora também destacou o lançamento do Campus Living Lab. O projeto reúne nove iniciativas de impacto social e tecnológico desenvolvidas na Universidade, que estão espalhadas por diversos espaços da Instituição. Carla ainda ressaltou que a PUCRS possui qualidade e reconhecimento das pesquisas desenvolvidas. “Nós temos a melhor média nacional de avaliação dos Programas de Pós-Graduação”, afirmou, referindo-se à mais recente aferição quadrienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

A gestora também mencionou que a Universidade conta com aproximadamente 500 estruturas de pesquisas atendendo cerca de 700 bolsistas. O professor Júlio César Bicca-Marques, coordenador de Iniciação Científica, aponta que essa estrutura é resultado da maturidade conquistada ao longo das últimas décadas. “Nesse período, algumas mudanças ocorreram e a Iniciação Científica se tornou mais atrativa e mais acessível para os alunos”, ressaltou.

Abertura 20° Salão de Iniciação Científica, Pesquisa, PROPESQ, IC

Júlio César Bicca-Marques / Foto: Bruno Todeschini

Para Caroline Zilio Lopes, 21 anos, graduanda do 8º semestre de Ciências Biológicas, a experiência como bolsista mudou o direcionamento de sua carreira. “Eu já tinha atuado em outras áreas, mas agora meu ramo de pesquisa é microbiologia. Descobri que é isso que amo e é o que quero para a minha vida”, contou a estudante.

Outras experiências vividas por bolsistas estão reunidas no e-book comemorativo Salão de Iniciação Científica da PUCRS: 20 anos em 20 histórias de sucesso. A obra reúne as histórias de ex-bolsistas Alumni PUCRS que tiveram suas trajetórias impactadas pela Iniciação Científica. O jornalista José Botelho, a bióloga Tamiris Salla e a perita criminal Luiziana Schaefer estiveram presentes no evento e fizeram um bate-papo com os alunos. No e-book, além de suas experiências eles também contam quais conselhos dariam aos estudantes e bolsistas. A publicação é gratuita e está disponível neste link.

Nesta edição do Salão de Iniciação Científica, 648 trabalhos de todo Brasil serão apresentados entre os dias 24 e 27 de setembro. As bancas são abertas ao público e o calendário com as salas pode ser conferido aqui.