A humanidade testemunhou nos últimos anos transformações significativas em seu ambiente natural impulsionadas, principalmente, pelas mudanças climáticas globais. Essa complexa interação entre fenômenos atmosféricos, o aumento das emissões de gases de efeito estufa e atividades humanas têm desencadeado uma série de impactos no ecossistema terrestre e aquático, como, por exemplo, o aumento da temperatura do média do planeta. À medida que a terra vai aquecendo, as consequências para a biodiversidade, os recursos hídricos e a estabilidade dos ecossistemas tornam-se cada vez mais evidentes.
A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Pró-Mata da PUCRS faz parte do Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD), onde são desenvolvidos oito subprojetos coordenados por pesquisadores em suas áreas de atuação. O PELD é uma iniciativa do Governo Federal, sob a coordenação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que formou uma rede de sítios de referência para a pesquisa científica no tema de Ecologia de Ecossistemas. Para apresentar o ecossistema do Pró-Mata a Universidade, por meio de seu Instituto do Meio Ambiente (IMA), vem realizando uma série de vídeos documentais que pretendem transbordar os estudos realizados para a comunidade universitária e a sociedade. Assista o primeiro:
Além do Pró-Mata, a PUCRS lidera inúmeras outras pesquisas e iniciativas globais que buscam mitigar a crise climática e a potencializar o uso de energias renováveis. Alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), o diretor do IMA, professor Nelson Fontoura, destaca que a Universidade promove a pesquisa ecológica de caráter sustentável e permanente, em ambientes aquáticos e terrestres:
“Nesse contexto de mudanças ambientais, é extremamente importante mapearmos e conhecermos como as alterações ambientais interferem na biodiversidade”, destaca Nelson Ferreira Fontoura, diretor do IMA.
Os campos são de extrema importância para a natureza, porém a atenção ainda é pouca se comparado com florestas. Os ecossistemas campestres apresentam altos níveis de biodiversidade, muitas espécies de plantas e animais são exclusivas desse local, ou seja, não são encontradas em ecossistemas florestais ou outras formações ecológicas. Essa diversidade biológica é de extrema relevância para a sociedade, pois possibilita processos naturais como a polinização e manutenção da qualidade da água. Além disso, as plantas servem como alimento tanto para as espécies de herbívoros nativos quanto para rebanhos de animais exóticos.
“O projeto PELD inclui a amostragem de artrópodes para vermos a dinâmica de como funciona com a reintrodução do manejo por fogo no ecossistema campestre”, aponta Mariana Beal Neves, pós-graduanda do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução da Biodiversidade da PUCRS.
A amostragem dos artrópodes é dividida em dois níveis: um ao nível do solo e outro na estrutura da vegetação. Pesquisar sobre essa classe é de suma importância, pois ela é considerada o grupo mais mega diverso da Terra, por conter insetos, crustáceos, aracnídeos, diplópodes, e quilópodes em sua cadeia.
No Laboratório de Ecologia de Interações da PUCRS são feitas as coletas dos artrópodes e de vegetações retiradas do sítio do Pró-Mata, para analisar o todo. O processamento dos artrópodes é feito em duas divisões, alguns ficam em álcool 70% e outros em via seca. Já as amostras de vegetações são identificadas em campo ou são trazidas para o laboratório, secas na estufa e montadas para a identificação final.
“A biodiversidade que há nos campos hoje, tanto de plantas quanto de animais, evoluiu junto com esse regime de distúrbios,” pontua Pedro Maria Abreu Ferreira, pesquisador do Instituto do Meio Ambiente da PUCRS.
As queimadas, por serem recorrentes, se tornaram um tema de pesquisa fundamental dentro do Pró-Mata. O estudo envolve comparações entre os ecossistemas campestres prejudicados pelo fogo e os não prejudicados, com etapas envolvendo a análise do tamanho da área folhar e do teor de fibras. O esperado é encontrar folhas maiores em campos onde houve o manejo de fogo, pois elas precisam de mais energia para sobreviver, e um menor teor de fibras. Nos campos onde não ocorreu o manejo de fogo, é esperado encontrar folhas menores, de crescimento mais lento e longevas – apresentando maior teor de fibras.
O homem reduziu a velocidade da expansão das florestas sobre os campos com as queimadas, uma dinâmica complexa que é estudada no programa PELD na RPPN Pró-Mata em busca de respostas e soluções para um futuro que não está tão longe assim.
O CNPq inaugurou em 1999 o Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD), que formou uma rede de sítios de referência para a pesquisa científica no tema de Ecologia de Sistemas – cofinanciado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS). Os projetos desenvolvidos podem oferecer no futuro uma ideia clara de como o ambiente está evoluindo, principalmente com os impactos humanos.
O sítio PELD Pró-Mata foi estabelecido em São Francisco de Paula, na serra gaúcha, em uma área de Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados do mundo – por isso é considerado prioritário para conservação. Foi adquirida em 1993 pela Universidade e convertida em RPPN em 2019, garantindo a perpetuidade do compromisso da PUCRS com a conservação da biodiversidade, bem como a mitigação do impacto das atividades humanas. Acompanhe a série de vídeos pelo canal da PUCRS no YouTube.
“Se as abelhas desaparecerem da face da Terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência. Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora. Sem flora, não há animais. Sem animais, não haverá raça humana”, alerta a frase atribuída a Albert Einstein, um dos físicos mais famosos do mundo e criador da teoria da relatividade geral, um dos pilares da física moderna. Apesar de não existirem evidências de que o cientista realmente tenha dito isso, afinal, qual o real papel das abelhas e o impacto do seu sumiço para o meio ambiente? Entre as consequências, estão efeitos negativos na economia, na agricultura e na natureza como ela é conhecida hoje.
Nos Estados Unidos e na Europa, os relatos de casos de mortes e desaparecimentos de abelhas começaram a surgir com mais força no início do século 21. No Brasil, desde 2005. Porém, nos últimos anos, esse problema preocupa especialistas pelos números alarmantes. Entre o final de 2018 e o começo de 2019, meio bilhão de abelhas morreram em alguns estados do País. Foram 400 milhões no Rio Grande do Sul, 7 milhões em São Paulo, 50 milhões em Santa Catarina e 45 milhões em Mato Grosso do Sul, segundo estimativas de Associações de apicultura, secretarias de Agricultura e pesquisas realizadas por universidades, conforme o levantamento divulgado pela Repórter Brasil, em parceria com a Agência Pública, uma agência de Jornalismo investigativo.
“Esse momento que estamos vivendo nos faz refletir sobre questões maiores da natureza e da biodiversidade. Como o homem está se relacionando com o meio ambiente? Quando começamos a ter um contato com a natureza que extrapola, isso nos faz pensar sobre a convivência das espécies”, destaca a bióloga Betina Blochtein, professora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução da Biodiversidade da PUCRS.
As abelhas têm um papel muito importante para a manutenção da biodiversidade. Os agentes polinizadores propiciam que numerosas espécies de plantas com flores gerem frutos e sementes. “Se diminuirmos a abundância ou a diversidade de espécies de abelhas existentes, a reprodução das plantas muda e as paisagens também. São situações relacionadas que levam à mudança das comunidades de organismos”, conta Betina sobre uma reação em cadeia.
As abelhas são responsáveis pela polinização de 80% das culturas agrícolas em nível global. A produção de frutos silvestres, maçãs, amêndoas e laranjas, entre tantos outros exemplos, se tornaria mais escassa e com preços elevados caso houvesse redução drástica dos agentes polinizadores. A macieira, por exemplo, depende da presença de abelhas para carregar o pólen de uma flor para outra, diferentemente de outras plantas que espalham seus grãos de pólen com a força do vento, como o trigo.
Geralmente os agricultores fazem altos investimentos na correção do solo, na qualidade das sementes, entre outros aspectos, mas pouco observam sobre a necessidade da polinização, explica a pesquisadora. Este fator pode aumentar a produtividade, a partir de um trabalho adequado à necessidade de cada cultura. “O custo benefício com a inclusão da polinização com abelhas é favorável, mas é necessário mudar práticas. Neste caso a conservação da biodiversidade claramente está vinculada ao ganho de produtividade”, enfatiza. A polinização dirigida à agricultura, com o uso de colmeias, também tem crescido globalmente. Um exemplo do Rio Grande do Sul é a cultura da canola, responsável por 70% do grão produzido no Brasil, utilizado na produção de óleo de cozinha e, com as flores de canola, as colmeias produzem o mel. Essas vantagens são abordadas nos livros Abelhas na Polinização da Canola – benefícios ambientais e econômicos e As abelhas e a agricultura, da EdiPUCRS.
Faz parte da agricultura convencional no Brasil o uso de agrotóxicos. Diversos estudos evidenciam que esses produtos são prejudiciais não só as abelhas, mas em humanos também. Para reduzir a exposição de abelhas aos agrotóxicos, Betina elenca alguns cuidados que podem ser tomados:
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ao consumir alimentos rotulados com a identificação do produtor, você contribui para o comprometimento dos mesmos com a qualidade de seus produtos. “A aquisição de alimentos orgânicos ou provenientes de sistemas agroecológicos também é uma opção. Recomenda-se adquirir os alimentos da ‘época’ (safra), que costumam receber, em média, carga menor de agrotóxicos”, informa o portal oficial da agência.
É possível fazer o manejo de colmeias para aumentar o número de abelhas nativas nas áreas agrícolas e também nas urbanas. Assim surgiu a startup Mais Abelhas, criada por Betina Blochtein e pelo biólogo Charles Fernando dos Santos, que produz colmeias de abelhas sem ferrão em larga escala, sem risco de ferroadas e de fácil manutenção. A empresa fica localizada no Tecnopuc, em Viamão.
O desafio é a baixa produção de rainhas para poder multiplicar essas colônias, situação contornada com a sua produção em laboratório. A ideia não é produzir mel, mas aumentar as populações de abelhas nativas com as colônias que não oferecem riscos. Quem adquire uma colmeia recebe um pacote de informações no momento da entrega técnica.
Pesquisas com a produção de abelhas rainhas, por exemplo, são realizados no Laboratório de Entomologia da PUCRS. O trabalho faz parte do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução da Biodiversidade.
A data foi criada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) para lembrar a importância da polinização para o desenvolvimento sustentável. Insetos podem visitar cerca de sete mil flores por dia, atuando como agentes fundamentais ao equilíbrio dos ecossistemas. Os insetos também são fonte de mel e outros produtos que dão oportunidade de sustento para agricultores.
Estudos de evolução e de conservação de mamíferos marinhos, sequenciamento genético, de identidade e diversidade, conexão e migração entre a população de baleias brasileiras e do mundo. O grupo de pesquisa coordenado pelo professor Sandro Bonatto, do Programa de PósGraduação em Ecologia e Evolução da Biodiversidade, da Escola de Ciências, é um dos maiores na área no Brasil e atua em parceria com o Instituto Baleia Jubarte (IBJ) e com a Petrobras. No Laboratório de Biologia Genômica e Molecular, estudantes de graduação, mestrado e doutorado desenvolvem atividades com apoio do professor, de técnicos e outros pesquisadores.
Outra forma de atuar com o IBJ é através de estágio, que foi o caso de Bárbara Menegotto (dona da foto da cauda de baleia), aluna de Biologia e funcionária na secretaria da pós-graduação da Escola de Negócios. Entre julho e dezembro de 2017, ela participou de atividades na região de Abrolhos. Observou baleias a bordo de um barco, identificou caudas, coletou material, fez triagem e catalogação de amostras, posteriormente enviadas à PUCRS para análises.
Leia mais na reportagem O Genoma Da Vida Marinha, da Revista PUCRS.
Hoje, 22 de maio, comemoramos o Dia Internacional da Biodiversidade, a qual é o conjunto de todas as formas de vida que nos cercam, encantam e sustentam. Vírus, bactérias, outros pequenos seres microscópicos, plantas, fungos e animais são todos elementos da biodiversidade. Nós também somos biodiversidade.
Simplesmente por ser vida, a biodiversidade já merece a nossa contemplação e o nosso respeito e cuidado. Mas a biodiversidade é ainda mais importante para nós, pois dependemos dela desde o momento de nossa concepção no ventre materno. Nós comemos, vestimos e nos curamos com os seus produtos. Os antibióticos, analgésicos, anestésicos, anti-inflamatórios, antitérmicos e tantos outros medicamentos que utilizamos no dia-a-dia vêm da biodiversidade. Ela é saúde.
A biodiversidade também trabalha para nós o tempo todo, nos oferecendo gratuitamente os seus serviços ecossistêmicos. As florestas protegem as nascentes de água potável que consumimos, amenizam as mudanças climáticas e regulam as chuvas. Metade da chuva que irriga as plantações no Rio Grande do Sul, por exemplo, vem da Floresta Amazônica. A grande maioria de nossas culturas agrícolas também depende do serviço de polinização oferecido por abelhas, vespas, mariposas, besouros e muitos outros animais. Sem eles a produção agrícola ficaria seriamente comprometida. O serviço silencioso de decomposição da matéria orgânica desempenhado pelos fungos e microrganismos também é essencial. A renovação da fertilidade do solo realizada por esses agentes, geralmente invisíveis a olho nu, é o que mantém a nossa capacidade de produzir alimentos. Biodiversidade é sobrevivência.
Além de prestar auxílio pessoal, como os cavalos no transporte, os bois no arado da terra e os cães-guia e de guarda, a biodiversidade também melhora o nosso astral. Quem tem um cão ou gato de estimação entende o bem que eles fazem. Ela é qualidade de vida.
Portanto, dependemos da biodiversidade a cada segundo de nossas vidas e devemos agradecê-la, contempla-la, amá-la e protegê-la todos os dias do ano. Biodiversidade é tudo!
O mais recente encontro do Ciclo Preparatório PUCRS 2017-2018 para a Terceira Conferência Regional da Educação Superior da América Latina e Caribe (Cres) – Unesco Iesalc de 2018 teve como tema A Educação Superior no desenvolvimento sustentável. Ocorrido no dia 12 de abril, no 6º andar da Biblioteca Central, o evento teve como painelistas os professores Betina Blochtein, diretora do Instituto do Meio Ambiente (IMA), e Júlio César Bicca-Marques, da Escola de Ciências, com mediação da Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação Carla Bonan.
Conceito de desenvolvimento sustentável
Primeira a se apresentar, a professora Betina expôs uma breve linha do tempo do conceito de desenvolvimento sustentável e as iniciativas promovidas com a chancela da Organização das Nações Unidas (ONU). Em 1972, em Estocolmo (Suécia), a Assembleia Geral criou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. No ano de 1987, o relatório Nosso futuro comum, elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, trouxe a definição “o desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. No ano de 1992, a conferência Eco 92, ocorrida no Brasil, com 179 países representados, consolidou o compromisso público internacional com diversas formas de respeito ao meio ambiente e aos recursos naturais.
Engajamento da PUCRS
No ano de 2005, teve início a Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, criando datas como o Dia Mundial do Meio Ambiente, em 5 de junho. A PUCRS, além de ter esse tema presente em sua Visão de Futuro, mantém o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e do Comitê de Gestão Ambiental (CGA). Ambos desenvolvem atividades de formação, assessoria e conscientização, voltadas a estudantes, professores, técnicos administrativos e lideranças. Eventos, exposições e capacitações têm ocorrido frequentemente, a fim de manter a questão ambiental em evidência e partilhar conhecimento. Betina também apresentou um vídeo sobre o Centro de Preservação e Conservação da Natureza – Pró-Mata, área de 3,1 mil hectares no município de São Francisco de Paula (RS). O projeto, com o apoio da Universidade de Tübingen (Alemanha) e da empresa Stihl, foi inaugurado em 1996. A enumerar as ações da PUCRS, a professora destacou que “as universidades devem funcionar como catalizadoras do desenvolvimento sustentável”.
Desenvolvimento sustentável x sustentabilidade ambiental
A exposição do professor Bicca-Marques foi aberta com a afirmação de que “todas as profissões têm um papel importantíssimo em trabalhar em prol do desenvolvimento sustentável e da preservação da natureza como um todo”, alertou. Com isso, procurou comprometer a todos sobre o assunto, especialmente em sala de aula e nos hábitos cotidianos. Na sequência, esclareceu à plateia algumas diferenças filosóficas. “Embora a expressão desenvolvimento sustentável seja predominante, ela remete à uma visão antropocêntrica e utilitária”, ressaltou, valorizando sobretudo o ser humano. Em contrapartida, o conceito de sustentabilidade ambiental, “está relacionado ao valor intrínseco da biodiversidade, é uma visão biocêntrica”, ou seja, na qual todas as formas de vida são respeitadas.
Carta Encíclica Laudato Si’
Grande parte das citações da palestra tiveram como base a Carta Encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco, da qual Bicca-Marques extraiu diversas citações alinhadas à sustentabilidade. A explanação apresentou uma série de slides com as manifestações do Sumo Pontífice, como o item 159, no qual Francisco afirma que “a noção de bem comum engloba também as gerações futuras. Já não se pode falar de desenvolvimento sustentável sem uma solidariedade intergeracional. Se a terra nos é dada, não podemos pensar apenas a partir dum critério utilitarista de eficiência e produtividade para lucro individual. É um empréstimo que cada geração recebe e deve transmitir à geração seguinte”.
O professor também apresentou as raízes psico-comportamentais da crise da biodiversidade na qual vivemos, as quais ilustrou com uma pandorga (pipa), que permanece subindo. São elas: o individualismo – com pessoas pensando sobretudo em si; o sentimento de insignificância – perante os 7,3 bilhões de habitantes do Planeta; a desconexão com a natureza – olhando-a de forma utilitária; e a adaptabilidade – tolerância crescente e inerte às situações negativas. Como antídoto, ele propôs “a sensibilização e o amor pelo exemplo, pois não adianta sabermos, temos que sensibilizar as pessoas à nossa volta, para que protejam o que conhecem e amam”, defendeu. Por fim, destacou seu lema em sala de aula “pense localmente, mas aja”, para que o saber se transforme em atitudes.
Próximo encontro
No dia 26 de abril, ocorre próximo encontro na PUCRS, que terá o tema Educação Superior, internacionalização e integração regional. O painel será apresentado pelas professoras Heloisa Delgado, assessora-chefe da Assessoria para Assuntos Internacionais e Interinstitucionais (AAII), e Marília Morosini, coordenadora do Centro de Estudos em Educação Superior (CEES/PUCRS), com mediação da professora Magda Cunha, coordenadora de Pesquisa da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos. A programação completa do ciclo pode ser acessada neste link. Já os textos relacionados aos encontros na Universidade podem ser consultados pelo Portal PUCRS.
Sobre o Ciclo Preparatório
O Ciclo Preparatório PUCRS conta com sete encontros, que se configuram em um espaço de reflexão na comunidade acadêmica. Cada evento busca discutir algum dos temas centrais abordados pela CRES. Ao final da programação, será elaborada uma carta manifesto sobre a Educação Superior, com as contribuições e reflexões dos representantes da Universidade. A CRES será realizada em junho, na Cidade de Córdoba (Argentina), promovido pelo Instituto Internacional da Unesco para a Educação Superior na América Latina e no Caribe (Iesalc-Unesco).