Acadêmicos da Escola Politécnica do curso de Engenharia Mecânica, construíram brinquedos como exercício para a disciplina de primeiro semestre Introdução à Engenharia Mecânica. Os protótipos finalizados tiveram elaboração através da troca de ideias e confecção de material escrito, em molde de trabalho de conclusão de curso, todos apresentados em sala de aula. Quatro brinquedos foram concluídos durante o processo, entre agosto e novembro de 2018, e direcionados para o Centro de Pastoral e Solidariedade da PUCRS para doação a entidades beneficentes cadastradas.
O Carro de Fórmula 1, criado pelo universitário Guilherme de Lima Roldão de 19 anos, foi confeccionado em impressora 3D, e teve seu modelo apresentado primeiramente em papelão, e, depois, representado no programa (computer-aided design) CAD. O Pequeno Trem Iluminado, confeccionado pelo aluno João Vitor Rangel de 19 anos, trouxe uma visão mais criativa em relação aos modelos tradicionais e alusiva a um trem com locomotiva desenhado à mão. Com todas as peças em 2D, foi feito em madeira mdf e delineado através do programa AutoCad. Já o Mini Futebol de Mesa (Fla-Flu), produzido pelo acadêmico Julio Cervo de 21 anos, trouxe uma proposta diferenciada de um esporte que concorre a campeonatos nacionais e internacionais, tendo Portugal como referência. Foram construídos bonecos semelhantes ao de minicraft para representar os jogadores. O Planador Aéreo, projetado pelo estudante João Victor Levandoski de 19 anos, é feito de papelão e representa um avião que serve como brinquedo para a diversão de crianças de seis anos ou mais.
O projeto inicial visava à construção de brinquedos que envolviam diversão e segurança, todos seguindo um passo a passo, desde sua projeção até a confecção. “No início, cada acadêmico teve suas ideias, esboçando-as em um anteprojeto, no qual nós pesquisaríamos e aprenderíamos mais sobre os aspectos necessários à confecção e utilização dos objetos. Após, foram feitos protótipos de baixa fidelidade, com materiais baratos, que representaram a ideia de brinquedo, e, depois, foi construído um projeto final, seguindo os moldes do anteprojeto”, ressalta João Victor Levandoski. Para João Vitor Amaral, o projeto foi um misto entre novas descobertas e muito aprendizado. “Foi muito legal transformar algo que estava no papel em realidade. Mas sem dúvida foi uma sensação de satisfação conseguir terminar o brinquedo a tempo de doá-lo para uma criança”, salienta. O professor do curso de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica, Sérgio Boscato Garcia, realça o engajamento e a responsabilidade dos estudantes, já no início do curso. “A concepção da ideia e a fabricação utilizando diferentes materiais e técnicas foram responsabilidades dos alunos a partir dos tópicos abordados em aula. Assim, eles se tornaram criadores e executores de seus projetos, resultando em uma atuação protagonista na disciplina”, reforça.
Para Júlio Augusto a tarefa foi desafiadora, pois tratou desde a fabricação mais simples do projeto, até a fase da otimização dos brinquedos. “Tudo foi pensado para que o brinquedo ficasse funcional e ao mesmo tempo bonito, e, principalmente, que não apresentassem perigo para os usuários”, afirma. Ainda para Gustavo de Lima, o projeto significou um passo importante na vida acadêmica. “Esse trabalho fez com que a disciplina não fosse somente uma cadeira passageira, mas o resultado de um trabalho que vai trazer felicidade para as crianças, e, quem sabe, um pouco de inspiração para um futuro engenheiro mecânico”, declara.