Uma pesquisa da Universidade de Sussex mostrou que ler ajuda a reduzir em até 68% os níveis de estresse. / Foto: Pexels
Quem nunca estipulou como meta ler mais? Uma atividade com múltiplas funções, ler pode ser uma forma de entretenimento, um meio de informação ou um caminho simples e acessível para adquirir conhecimento. Independente da motivação, o processo de leitura também é capaz de auxiliar no desenvolvimento de habilidades, contribuindo, inclusive, para a saúde mental. De acordo com o professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Augusto Buchweitz, ler pode atuar como um exercício que estimula o cérebro.
O hábito de leitura tem relação comprovada com uma melhor qualidade de saúde mental. A leitura, por envolver imaginação, mentalização, antecipação e aprendizagem (sempre aprendemos, ao menos, palavras novas), funciona como um ‘exercício’ para o cérebro humano. Apesar de não ser um músculo, o nosso cérebro precisa ser estimulado, destaca o pesquisador.
Outro fator que enfatiza a relação entre a leitura e a qualidade de saúde mental é ação da atividade na redução do estresse. A professora Aline Fay, coordenadora do curso de licenciatura em Letras com ênfase na Língua Inglesa, ressalta que pesquisas já demonstraram resultados positivos sobre essa contribuição.
“Uma pesquisa realizada pela Universidade de Sussex mostrou que ler ajuda a reduzir em até 68% os níveis de estresse. Durante o estudo, os sujeitos analisados diminuíram a frequência cardíaca e aliviaram a tensão dos músculos”, salienta a professora.
É importante entender que nem todos os gêneros literários agem da mesma forma no cérebro. / Foto: Pexels
Os benefícios da leitura não atuam no nosso cérebro apenas no presente. Estudos apontam que ler pode ser uma forma de proteger a mente contra o surgimento de doenças neurodegenerativas. Segundo a professora Aline, quando lemos melhoramos o funcionamento cerebral, o que ajuda a “atrasar” sintomas de doenças como demência e Alzheimer.
A professora destaca que inúmeras pesquisas comprovam o aumento das conexões neurais durante a leitura. Um destes estudos, realizado pela Universidade Emory, descobriu que ler afeta nosso cérebro da mesma forma como se realmente tivéssemos vivenciado os eventos sobre os quais estamos lendo. Diante disso, a professora ainda aponta que, ao lermos, podemos aumentar nossa empatia, ou seja, a capacidade de compreender e se solidarizar emocionalmente com o outro.
Mas nem todos os gêneros literários agem da mesma forma. O professor Augusto afirma que, de acordo com o conteúdo de cada história, outras regiões cerebrais são ativadas, resultando em comportamentos, emoções e experiências distintas.
Durante a leitura de histórias de suspense, por exemplo, a ativação do cérebro tem relação direta com a experiência do leitor. Os leitores que relataram ter ficado mais envolvidos com a narrativa foram os mesmos que tiveram maior ativação de uma circuitaria do cérebro, que envolve tentar antecipar o que vai acontecer (inferências futuras) explica.
Ele também frisa que especialistas no estudo da memória reforçam a importância do aprendizado constante e do hábito de leitura.
“O ilustre professor Ivan Izquierdo [falecido em 2021], um dos maiores especialistas em memória do mundo, frequentemente ressaltava em suas entrevistas que profissões como a de professor e artista de teatro, entre outras, por envolverem a leitura e aprendizagem constante, são profissões que ajudam a ‘proteger’ o cérebro de quem as desempenha”, comenta o professor.
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Além de ser uma atividade benéfica para o funcionamento e para a saúde da mente, a leitura participa do desenvolvimento de habilidades específicas. Para a professora Aline, ler é uma forma de ampliar competências. “A leitura favorece a melhora da escrita, expande o vocabulário, trabalha a criatividade e auxilia na formação do senso crítico (capacidade de reflexão sobre algo)”, afirma. Segundo ela, não há um tempo diário específico a ser dedicado à leitura para que as habilidades sejam desenvolvidas.
“O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, por exemplo, diz ler um livro a cada duas semanas, já Bill Gates diz ler todos os dias durante uma hora. Tudo varia em função do tempo e disponibilidade de cada um. O importante é desenvolvermos o hábito da leitura diária e criar estratégias, tais como reservar um momento do dia somente para a leitura, selecionar livros/temas que achamos interessantes, ter sempre um livro na cabeceira e, acima de tudo, ter paciência e resiliência”, recomenda a professora.
Para Augusto, a leitura pode estimular desde habilidades e conhecimentos mais fundamentais até aprendizagens que abrangem outros domínios, como o desenvolvimento de raciocínio e do pensamento científico. “Se pensarmos que aprendemos a ler e, por fim, podemos ler para aprender, o que estiver ao alcance da aprendizagem pela leitura está ao alcance do leitor”, conclui.
GRADUAÇÃO PRESENCIAL
De acordo com dados de 2016 da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), 54,73% dos estudantes brasileiros que concluem o 3º ano do ensino fundamental apresentaram desempenho insuficiente no exame de proficiência em leitura. O relatório também concluiu que 33,95% dos alunos e alunas tiveram níveis insuficientes em escrita.
Para tentar mudar esse cenário, pesquisadores do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), localizado no Campus da Saúde da PUCRS, lideram uma rede de pesquisa para o desenvolvimento da versão em português do jogo GraphoGame. Criado a partir de estudos com crianças em idade de alfabetização na Finlândia, o jogo será implementado pelo Ministério da Educação (MEC) como parte da Política Nacional de Alfabetização. Foram investidos R$ 100,5 mil pelo MEC para a adaptação do jogo feita pelo InsCer.
Segundo o professor da PUCRS e pesquisador do InsCer Augusto Buchweitz, que lidera os estudos, a metodologia do GraphoGame abrange o desenvolvimento de fundamentos da consciência fonológica (a habilidade de identificar e associar os sons da língua) e o conhecimento alfabético, que envolve reconhecer, escrever letras e identificar seus sons. “Esses fundamentos são trabalhados em um ambiente de jogo muito divertido e atrativo. A mera exposição a palavras escritas e textos não leva à aprendizagem alguma a não ser que a criança seja, explicita e simultaneamente, ensinada sobre o que são letras e palavras escritas e sua relação com os sons. Trata-se de um jogo que ajuda nessa sistematicidade e, portanto, auxilia a desenvolver conhecimento e aquisição de familiaridade com o sistema alfabético”, explica Buchweitz.
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Gratuito e utilizado sem a necessidade de conexão com a internet, o GraphoGame também visa contribuir para reduzir as dificuldades de ensino e alfabetização de crianças durante o período da pandemia de Covid-19, principalmente àquelas em situação de vulnerabilidade socioeconômica. “Esta ferramenta é importante pois o Brasil tem uma dificuldade imensa de alfabetizar suas crianças, principalmente as mais desfavorecidas socioeconomicamente. Alfabetizamos muito mal, mas as crianças de classe média e alta têm recursos adicionais e as escolas, prontamente, direcionam essas crianças com dificuldades para o atendimento especializado. Já as famílias mais pobres dificilmente têm opção fora da escola, e como a educação patina na alfabetização, essa criança perde a sua melhor e talvez única oportunidade de aprender a ler”, salienta o pesquisador do InsCer.
Buchweitz destaca que o jogo não substitui o papel dos professores, mas que possui caráter de apoio à alfabetização. “Sozinho o GraphoGame não irá alfabetizar a criança e não resolve esse imenso problema; não é esse o objetivo e nem poderia ser. Mas ele pode ser uma ferramenta muito útil para ajudar os professores e as famílias, e tem se mostrado eficaz no apoio à alfabetização em estudos em diferentes idiomas”, comenta.
Presente em diversos países, a adaptação do GraphoGame para novos idiomas é realizada em colaboração entre os cientistas finlandeses e universidades parceiras, como a PUCRS. “A parceria com a GraphoGame não foi por acaso. Desde 2013 o estudo da neurociência da aprendizagem da alfabetização faz parte do DNA das pesquisas do InsCer, com o projeto ACERTA e seus desmembramentos”, conta Buchweitz. Os pesquisadores do InsCer também integram de uma rede de cientistas da leitura do mundo todo, a Haskins Global Literacy Hub.
Pelos próximos quatro anos Augusto Buchweitz, professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS e pesquisador do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), integrará a equipe da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE). A nomeação, que aconteceu no dia 11 de julho, ao lado de sete novos conselheiros que integrarão a equipe já existente, é um reconhecimento ao trabalho de anos com pesquisas no âmbito das neurociências, da alfabetização e da aprendizagem.
Com a missão de assessorar o Ministério da Educação, o CNE é responsável por formular e avaliar a Política Nacional de Educação, zelando pela qualidade do ensino no País. “Pretendo contribuir com a (Neuro) Ciência da Leitura e levar uma abordagem científica para as propostas, especialmente na alfabetização e aprendizagem dos anos iniciais”, conta Buchweitz.
Uma das principais propostas do pesquisador é que crianças tenham acesso ao ensino das relações entre letras e sons desde a idade pré-escolar, a denominada instrução fônica, prevista na Política Nacional de Alfabetização. “Há comprovações científicas de que essa é a melhor maneira – mais eficaz e mais efetiva – de se alfabetizar”, afirma.
A neurociência também contribui para a evolução da discussão sobre o processo da leitura. Estudos recentes mostram que a ativação do cérebro para linguagem oral (dos sons) e para a leitura são mais semelhantes naquelas pessoas que leem bem. Ou seja, se mesclam no cérebro a linguagem oral e a escrita (letras e sons). “A instrução fônica e o ensino de habilidades fundamentais, juntos, aumentam em muito a probabilidade de um resultado melhor na alfabetização. Existem evidências científicas sobre isso desde a década de 60”.
Além disso, o pesquisador explica que a aprendizagem da leitura não é um processo natural. “Ela depende de adaptações das nossas redes neurais e não se dá por adivinhação ou hipóteses. O que se defende é a instrução clara de um conjunto de habilidades e conhecimentos fundamentais e das relações entre letras e sons. E esse ensino pode e deve ser lúdico”.
Augusto Buchweitz também é membro permanente dos Programas de Pós-Graduação em Psicologia, Medicina e Letras da PUCRS, além de atuar como pesquisador no InsCer e professor na Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS. No InsCer, criou e coordena o ambulatório de aprendizagem do projeto de Avaliação de Crianças em Risco de Transtornos de Aprendizagem (Acerta), que, desde 2013, já avaliou mais de 800 crianças.
Coordenou o projeto Vida e Violência na Adolescência (Viva), em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento e a Universidade Autônoma de Honduras, onde, pela primeira vez, se estudou os efeitos da violência na cognição e no funcionamento do cérebro de adolescentes. É também pesquisador afiliado do Haskins Laboratories, Universidade Yale e do Haskins Global Literacy Hub.
O CNE tem por missão a busca democrática de alternativas e mecanismos institucionais que possibilitem, no âmbito de sua esfera de competência, assegurar a participação da sociedade no desenvolvimento, aprimoramento e consolidação da educação nacional de qualidade. Mais informações sobre o conselho aqui.
O Trends PUCRS, em sua edição de abertura do segundo semestre, apresentou como tema central os rumos da pesquisa e da pós-graduação no Brasil, abordando especialmente o cenário de incertezas frente à redução de verbas de fomento à investigação científica e cortes de bolsas. Durante o evento realizado nesta quarta-feira, 28 de agosto, no auditório do Living 360°, os palestrantes reconheceram as dificuldades, relataram situações adversas vivenciadas no passado e recomendaram persistência e foco à plateia formada por alunos, professores e pesquisadores.
O diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do RS (Fapergs), Odir Dellagostim, abriu o encontro traçando um panorama da agência de fomento gaúcha, a segunda a ser criada no País, há mais de 50 anos. Lembrou que os orçamentos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) sofreram cortes, comprometendo bolsas e o custeio de pesquisas. De acordo com o gestor, 10% da verba disponibilizada por essas duas agências vêm para o Rio Grande do Sul, e o estado honra os valores recebidos, apresentando resultados relevantes para a sociedade. “O RS tem 2.500 doutores, a maior densidade no Brasil, com uma relação de 123 doutores para cada 100 mil habitantes, sendo superior a São Paulo”, relatou. Ele ainda disse que, embora seja baixo (cerca de 0,5% da receita líquida estadual), o orçamento da Fapergs é cumprido.
Entre os retornos sobre os investimentos em pesquisa, Dellagostim citou que estado conta 65 programas de pós-graduação em nível de excelência internacional (notas 6 e 7 na Capes), e que um terço dos alunos estão nesses programas. O RS também ocupa o 4º lugar em volume de publicações científicas no Brasil, contribuindo com mais de 11% de todos os artigos produzidos nacionalmente. O diretor-presidente assinalou que 10% de toda a produção científica gaúcha provém da PUCRS, que abriga dois dos nove Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) do RS.
Internacionalização
O professor Augusto Buchweitz, especialista em Neuroimagem da Cognição Humana e pesquisador do Instituto do Cérebro (InsCer), trouxe experiências pessoais e profissionais ao abordar a importância da internacionalização da carreira acadêmica. Reconheceu que as incertezas atuais dificultam trabalho de pesquisa e de pós-graduação, mas destacou a conquista do PUCRS PrInt, programa que tem garantido forte intercâmbio de conhecimento com universidades de outros países. O docente foi crítico em relação à permanente cobrança por impacto das pesquisas e relembrou uma frase do Global Research Council, na qual vale mais demonstrar a importância de um projeto para as pessoas do que tentar adivinhar o seu impacto.
“Somos cobrados por impacto, mas devemos repensar isso, ponderando as diferenças entre pesquisa básica e aplicada. É importante não se frustrar com a imprevisibilidade e os pareceres dos avaliadores, especialmente os estudantes. Manter a curiosidade, ser sistemático e buscar pessoas que possam nos apoiar são as melhores iniciativas”, recomendou. Buchweitz também recordou sua trajetória acadêmica, relatando que durante o doutorado sanduíche ficou seis meses no exterior sem receber sua bolsa. No entanto, estreitou relacionamentos e abriu portas para o pós-doutorado. Hoje, vê seus orientados sendo aprovados em concursos pelo Brasil.
Da bolsa de IC à docência
A terceira palestrante foi Soraia Raupp Musse, especialista em Computação Gráfica, Processamento de Imagens, Realidade Virtual e Interação Humano Computador, além de pesquisadora e professora da Escola Politécnica. Inspirada em vinhetas televisivas nos anos 1980, ingressou como caloura de Ciência da Computação na PUCRS, em 1986. Solicitou – e conquistou – uma bolsa de Iniciação Científica (IC), principiando na carreira de pesquisadora. Durante o mestrado, cursado no início dos anos 1990, contou que precisava aplicar o valor da bolsa para não desvalorizar no período de um mês, tamanha era a inflação registrada à época. Nesse período, o meio científico também foi impactado com o fechamento da Capes pelo governo Fernando Collor. A reabertura ocorreu tempos depois.
O doutorado realizado na Suíça – após ser selecionada como a única mulher entre 40 candidatos – abriu as portas para novas possibilidades profissionais. Graças ao tema crowd simulation (simulação de multidões), indicado pelo seu orientador, conquistou espaços importantes no meio científico internacional como pesquisadora. Além de ter defendido a primeira tese no mundo sobre o assunto, desde seu retorno ao Brasil, no ano 2000, dedica-se à área, com orientações de mestrado e doutorado, além de diversas publicações. Atualmente, é a segunda pessoa mais citada na área, tendo publicado livros e artigos a respeito.
Sobre o momento atual, prefere manter uma atitude otimista. “Quero crer que vai dar certo, pois a sociedade está se mobilizando e manifestando em relação aos cortes de verbas para a pesquisa e a pós-graduação”, comentou. Soraia ainda aconselhou aos integrantes da plateia a captarem recursos para seus projetos em diferentes fontes, não esperando apenas por órgãos de fomento oficiais.
Trends
O professor Christian Kristensen, diretor de Pós-Graduação da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq), ressaltou que o evento resultou de solicitações dos alunos de mestrado e doutorado e dos debates internos dos gestores da área. O objetivo foi refletir e trazer perspectivas para docentes e discentes. Até o final do ano estão previstas novas edições do Trends, colocando em pauta temas de interesse da sociedade.
Os impactos da violência no aprendizado e no desenvolvimento do cérebro de jovens brasileiros. Este é o conteúdo da pesquisa conduzida por Augusto Buchweitz, professor da Escola de Ciências da Saúde da PUCRS e pesquisador Instituto do Cérebro do RS (InsCer), e equipe, que faz parte do projeto VIVA – Vida e Violência na Adolescência. É a primeira vez que um estudo de neuroimagem analisa como a violência afeta o cérebro de adolescentes latino-americanos. Essa pesquisa foi publicada na revista científica internacional Developmental Science.
Para entender os impactos associados com a violência no funcionamento do cérebro de adolescentes, foram feitos convites e triagens em escolas em Porto Alegre, algumas das quais se situam em bairros com os maiores índices de violência e vulnerabilidade. Aplicou-se o Questionário de Vitimização de Adolescentes (JVQ – Juvenile Victimization Questionnaire, na sigla em inglês) e selecionaram-se estudantes para participarem das etapas seguintes do projeto no InsCer. Na Instituição, obtiveram-se amostras de cabelo, para medir o nível de cortisol (hormônio do estresse). Também foram realizados exames de ressonância magnética funcional em uma tarefa que investiga a percepção social: pares de olhos são mostrados durante o exame, e os adolescentes tinham de decidir o estado mental daquela pessoa na foto (feliz, triste e cansada). Os resultados obtidos indicam que:
A adolescência é um período da vida em que se está extremamente suscetível ao meio. O estudo sugere que a violência pode estar afetando a cognição social dos adolescentes. “Cognição social envolve várias sub-habilidades importantes para a convivência, como a empatia. O que o estudo sugere é que as redes neurais que fazem esta percepção social estão menos ativadas nos adolescentes mais expostos à violência”, afirma Buchweitz.
“Não se pode dizer se isso vai ter efeitos futuros, mas estudos mostram que este tipo de funcionamento atípico pode aumentar o risco para transtornos de humor, por exemplo”, complementa o pesquisador.