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Editorial J se une à Rede Nacional de Combate à Desinformação / Foto: Camila Cunha

O Editorial J, Laboratório de Jornalismo Convergente do curso de Jornalismo da Escola de Comunicação, Artes e Design da PUCRS – Famecos, agora faz parte do grupo de mais de 100 projetos que formam a Rede Nacional de Combate à Desinformação (RNCD). Lançada no final de 2020, a iniciativa reúne jornalistas, pesquisadores, agências, coletivos, movimentos sociais, revistas, instituições e participantes independentes que apoiam o combate à desinformação, especialmente durante a pandemia da Covid-19.  

O propósito da organização é fomentar o trabalho coletivo para dar maior visibilidade a cada projeto e criar uma onda contra a disseminação de notícias e informações falsas. Assim, se propõe a promover uma comunicação mais ética e responsável, contribuindo para o letramento midiático. Um dos fatores que reforçam a importância da iniciativa é a grande disponibilidade de informações na internet, que leva pessoas a acreditarem e compartilharem informações falsas ou enganosas.  

Segundo uma pesquisa divulgada no começo de 2020 pela empresa de cibersegurança Kaspersky, 62% da população brasileira não sabe reconhecer uma notícia falsa. O problema não é uma exclusividade do País, atingindo também 70% das pessoas na América Latina, de forma geral. 

Ana Regina Rêgo, idealizadora do projeto, explica que um dos focos de atuação da RNCD se dá por meio da convergência de produções em diferentes áreas do conhecimento e estados brasileiros: 

“Construir o diálogo entre essas áreas transforma a informação em conhecimento”.

O Editorial J no combate à desinformação  

O Editorial J atua abordando temas de diferentes áreas, como política, educação e cidadania. Por meio da JNews, uma newsletter enviada via WhatsApp com curadoria das principais notícias da semana veiculadas à vacinação, fornece dados atualizados sobre a imunização contra a Covid-19 (inscreva-se aqui). Outra iniciativa que retrata o cenário pandêmico é o Contato Direto, uma thread semanal que dá voz aos profissionais de saúde que atuam em diferentes frentes do combate ao coronavírus. Juntam-se a essas iniciativas opodcast Aspectos e Examina e o programa de entrevistas ao vivo Sem Estúdio 

Fábio Canatta, coordenador do projeto, destaca que a parceria pode ampliar o alcance do trabalho realizado por estudantes que atuam no J: “É um compromisso social deles com o público, combatendo à desinformação, que nos dias atuais, também é uma ameaça à saúde”. 

RNCD promove o acesso à informação confiável 

Editorial J passa a integrar a Rede Nacional de Combate à Desinformação - O Laboratório de Jornalismo Convergente da Famecos oficializou a sua adesão ao projeto que incentiva a valorização e a credibilidade da mídia e da ciência

Evento de oficialização da parceria entre Editorial J e RNCD / Foto: Reprodução

No próximo mês a RNCD completa um ano de fundação. Em pouco tempo, tornou-se um projeto nacional com foco amplo e já tem parceria com mais de 82 universidades públicas. “Isso significa que a Rede valoriza as produções fora do eixo Rio – São Paulo e que já forneciam grandes contribuições para a sociedade, mas que a gente não conhecia. Essa visibilidade é importante tanto para o ambiente universitário como para a sociedade que tem em nós um ponto de apoio”, completa Ana Regina. 

Uma vez associados à RNCD, os veículos passam a contribuir com o movimento de clareza na distribuição de informação. A partir deste mês, o Editorial J carrega a marca da rede e é um dos 119 projetos a integrar a organização. Também são adotantes da organização: o Jornal da Universidade e Observatório da Comunicação Pública (UFRGS), Agência da Hora (UFSM) e Projeto #VazaCorona (Unisinos). Iniciativas que estejam alinhadas com a proposta de combate à desinformação no Brasil podem participar do coletivo. 

Leia também: 5 dicas: como checar informações na internet 

O projeto Mask Case surgiu do desafio de encontrar soluções para problemas cotidianos relacionados à COVID-19. Utilizando a metodologia Human Centered Design, os alunos Gabriel Caprara, Matheus Mengue, Micael Just, Pedro Munhoz, Renan Capitão e Rodrigo Martins Costa identificaram a dificuldade em guardar máscaras durante o dia a dia em atividades como se alimentar em um restaurante. Por isso, decidiram criar um compartimento para máscaras que possibilitasse seu armazenamento sem contaminá-la, evitando encostar a parte frontal com a traseira do EPI.

Além disso, como explica a professora Silvia Dapper, uma das orientadoras do projeto, o trabalho visa trazer outros benefícios à sociedade. O Mask Case foi desenvolvido no formato Open Source, ou seja, está disponível em código aberto, sem propriedade intelectual, para os indivíduos que desejarem produzir seu próprio compartimento de máscara. Além disso, a comercialização é possível para gerar renda aos indivíduos afetados economicamente pela pandemia. Para a confecção do objeto, é necessário apenas imprimi-lo em uma impressora 3D. “Pode parecer algo difícil, mas várias empresas já têm uma impressora dessas e você pode pedir para que alguma delas realize essa impressão para você”,  acrescenta Silvia.

Sobre o projeto ter sido premiado pelo Prêmio Bonancini de Design, um dos mais importantes na área, Silvia afirma que esse reconhecimento serve não apenas para promoção do curso e para mostrar ao grande público o trabalho de excelência desenvolvido pela PUCRS, mas também para que os alunos vejam o quanto o trabalho deles é bom e significativo, auxiliando no desenvolvimento de autoestima para mostrar seus projetos à sociedade.

Novas soluções tecnológicas

Alunos do curso de Design apresentam soluções inovadoras para problemas contemporâneos

Nort – Monitoramento e Suporte Aéreo / Foto: Divulgação

Já na disciplina Laboratório Interdisciplinar de Design IV, o desafio era encontrar problemas que pudessem ser solucionados com o uso de drones, uma vez que participaria dos projetos a empresa MHR, instalada no Tecnopuc, que possui essa tecnologia. Foi assim que surgiu o “Nort – Monitoramento e Suporte Aéreo”, trabalho do grupo formado por Gabriel Alves Martins, Jennifer Costi, Leonardo Pechansky, Letícia da Costa, Rodrigo Martins Costa e Vinicius Stabile que planeja auxiliar nos primeiros socorros e na resolução de problemas mecânicos nas rodovias.

O projeto Nort conta com os seguintes elementos: um aplicativo mobile, para realizar chamadas de emergência e solucionar problemas simples; um sistema de gerenciamento, para controlar e monitorar as rodovias; postos de SOS, localizados ao longo dos acostamentos com equipamentos para procedimentos simples e câmeras para o monitoramento das rodovias; e drones, que são armazenados nos postos de SOS e transportam um kit de primeiros-socorros em casos de emergências. Como conta o professor Stefan Von der Heyde, orientador do grupo, todas as etapas foram realizadas pelos alunos.

Sobre “tirar a ideia do papel”, Stefan afirmou que com certeza o grupo pensa nisso, visto que é uma solução viável para um problema real, ainda acrescentou que “a ideia do curso de Design da PUCRS é ter relação com algo prático/real/tangível e, justamente por isso, o curso realiza parcerias com empresas desde o primeiro semestre”.

Inovando em meio à pandemia

Ainda, sobre as dificuldades impostas pela COVID-19, o orientador afirmou que foi uma oportunidade para que os alunos desenvolvessem prototipagens 3D, ao invés das físicas, entregando esses materiais com qualidade. Além disso, considerou que é importante agir diante das adversidades como a pandemia e, também, os problemas de trânsito, criando soluções inovadoras como a proposta pelo grupo.

Vinicius Mano, professor da PUCRS que auxiliou Stefan na orientação do grupo, destaca a relevância do projeto que, segundo ele, está na importância das rodovias, as quais são extremamente utilizadas e “movimentam o País”. Portanto, é necessário atentar para os problemas nesses locais.

O projeto Mask Case foi vencedor na categoria Ação Covid-19 na 8ª edição do Prêmio Bornancini de Design, enquanto o trabalho Nort foi premiado além de na categoria Estudante do mesmo prêmio, no Brasil Design Awards, como Design de Produto – Máquinas, Eletrônicos e Tecnologia.

Leia também: Alunos do curso de Design criam produtos reais a partir de materiais reutilizáveis

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Juremir Machado / Foto: Bruno Todeschini

*texto originalmente publicado no jornal Correio do Povo

No dia 1º de janeiro, completarei 40 anos de Porto Alegre. Grande parte deles passados na Famecos, a Faculdade de Comunicação da PUCRS. A marca Famecos é tão forte que, mesmo com a mudança do nome para Escola de Comunicação, Artes e Design, a sigla permaneceu. Em 1980, quando entrei na Famecos, fiquei deslumbrado. Foi lá que conheci amigos eternos como Telmo Flor e David Coimbra. Lá, entre jovens descolados e professores maravilhosos, aprendi muito. Aprendo até hoje. Vou fechar 25 anos como professor na Famecos. Neste quarto de século, mudou quase tudo: passamos da máquina de escrever aos tablets.

O jornalismo deu um salto vertiginoso em tecnologia. Continua, na essência, sendo a arte de apurar e contar grandes histórias, especialmente, como diz uma famosa tirada, aquilo que alguém gostaria de esconder. A Famecos acompanha essas transformações, reinventando-se a cada dia. Está mais bonita no seu espaço clássico, o prédio 7. Professores com doutorado e pós-doutorado ensinam, aprendem e pesquisam. Estudantes ganham prêmios e apresentam trabalhos em eventos internacionais de renome. A sala de aula muda, fica mais dinâmica, para que se cumpra a meta de sempre: preparar para o trabalho, a reflexão, a interpretação dos fatos, a leitura do mundo, a cidadania.

Em tempos de governos hostis ao jornalismo, com represálias para enfraquecer o campo, como fulminar o registro profissional, a Famecos renova-se enfatizando a importância do diploma universitário. É quase impossível ser bom aos 20 anos de idade, salvo para gênios improváveis, sem passar pelos bancos de uma faculdade. Jornalismo não é inspiração nem sorte. É trabalho, repertório, sistematização, cultura, método. A Famecos tem um jeito próprio, descontraído, livre, jovem, que se associa à seriedade e à permanente qualificação dos seus professores. Não para nunca. É um vaivém de colegas indo a grandes congressos, uma profusão de publicações, atualizações em tempo real.

Nestes 40 anos, primeiro como estudante de graduação e especialização, depois como professor, nunca deixei de me encantar com o espírito Famecos: leveza, seriedade, alegria, forma e conteúdo. Alguns dos melhores caras de cinema, internet, games, comunicação organizacional, publicidade, design, estudos de imaginário, estão na Famecos. Eu vivo o dia a dia da Famecos. Tudo isso para mim é normal. Tem momentos, contudo, em que eu me pego pensando: como tudo isso é legal! Que bela construção. A maior ingenuidade de um jornalista é achar que o tempo de faculdade não contou para a sua formação. Há mentalidades simplórias e positivistas que ainda pensam a educação como quartel. Aprende-se de várias formas, dentro e fora da sala de aula. O tempo de maturação de cada um é diferente. A semente germina.

Falo da Famecos por ser assim: há dias em que me comovo com os lugares onde vivo, que me fazem crescer, ficar melhor, apesar de minhas limitações, sonhar e querer mais. A grande riqueza da Famecos são seus alunos e professores. Quanto devo a esses colegas que me ensinam diariamente sem cobrar! E a esses alunos com olhos brilhando!

O curso de Jornalismo da Famecos

O bacharelado em Jornalismo da PUCRS já formou cerca de 5 mil profissionais, reconhecidos no mercado pela qualidade do ensino. O curso está com inscrições abertas já para o próximo semestre e conta com uma infraestrutura completa, com aulas práticas que capacitam os alunos para trabalhar em todas as plataformas e áreas do Jornalismo.

Uma Rua Chamada Cultura, Tecna, Escola de Comunicação, Rua da CulturaNessa quinta-feira, 16 de maio, a Rua da Cultura se transformará em Uma Rua Chamada Cinema, evento em comemoração aos 15 anos do curso Superior de Tecnologia em Produção Audiovisualda Escola de Comunicação, Artes e Design da PUCRS (Famecos). Das 11h às 21h ocorrem diversas atividades como mostra de curtas-metragens, bate-papo com o ator Júlio Andrade e a Feira PUCRS Cultura, com diversos expositores e food trucks. Todas as atividades ocorrem na Rua da Cultura (entre a Biblioteca e o prédio 5), têm entrada franca e são abertas ao público.

Confira a programação completa:

Mostra de Curtas-Metragens (11h30min – 13h / 18h – 19h30min)

Entre 11h30min e 13h, ocorre a exibição da Mostra de Curtas-Metragens produzidos pelos alunos do curso ao longo dos 15 anos. A curadoria foi feita pelos professores, buscando misturar ficção e documentário; drama e comédia; filmes feitos em película e produzidos em vídeo. Entre os 10 escolhidos estão os premiados Solito (2017), de Eduardo Reis; e Gestos (2017), de Júlia Cazarré. Às 18 horas, a Mostra de Curtas será reprisada.

Bate-Papo com Júlio Andrade (19h30min)

O ator Júlio Andrade participa de um bate-papo às 19h30min com o professor e cineasta Carlos Gerbase. O ator ficou conhecido não só por estrelar o seriado Sobre Pressão, mas por incorporar figuras da cultura brasileira, como Gonzaguinha (Gonzaga: de Pai para Filho, 2012) e Paulo Coelho (Não Pare na Pista, 2014).

Sobre o curso:

Em seus 15 anos de funcionamento, o curso Superior de Tecnologia em Produção Audiovisual já produziu inúmeros filmes que receberam premiações nacionais e internacionais – recentemente, o curta Flores (2018), de Vado Vergara recebeu o Lawrence Kasdan Award, no festival de Ann Arbor (Michigan), credenciando-se a pleitear uma vaga no Oscar de 2019. Os alumni do curso produziram filmes relevantes para o cinema brasileiro, como Castanha (2014), de Davi Preto, primeiro-longa-metragem gaúcho a ser selecionado para o Festival de Berlim, e Tinta Bruta (2018), de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon, vencedor de dois prêmios no Festival de Berlim e eleito pelos leitores da Folha de S. Paulo como o melhor longa-metragem brasileiro de 2018. Em sua trajetória, o curso também serviu como incubadora de produtoras, como a Avante Filmes, Sofá Verde, Tokyo Filmes, Pátio Vazio, entre outras.

Certificações de EstudosAlunos e diplomados que desejem desenvolver conhecimentos no campo da Comunicação podem aproveitar o primeiro semestre de 2019 para cursar as Certificações de Estudos da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos. São seis opções ofertadas na área, desde Conteúdo e Divulgação de Moda, Comunicação Digital e Corporativa, Produção em Youtube, Roteiro de Cinema, Produção Cinematográfica até Vivências Fotográficas. Elaboradas para qualificar o currículo e complementar a formação, as Certificações de Estudos da PUCRS proporcionam uma trajetória desenhada de acordo com os interesses de cada profissional.

Interdisciplinaridade e dinamismo

Entre as vantagens de uma trajetória acadêmica aberta, onde o aluno tem liberdade e autonomia para determinar a ênfase de seus estudos, destaca-se o convívio com turmas multidisciplinares. Em grupos formados por estudantes de diferentes cursos, o aprendizado se torna mais completo: pode-se explorar o conteúdo por novos ângulos e perspectivas, gerando espaço para a convergência de conhecimentos.

Conheça as certificações 

Conteúdo e Divulgação de Moda

O curso propõe o aperfeiçoamento da produção e divulgação de conteúdo nos meios online, o estudo do papel dos influenciadores nas estratégias de marketing e a compreensão do cenário atual a partir de uma perspectiva teórica.

Comunicação Digital Corporativa

Durante as aulas são explorados o planejamento, execução e custo de produções para mídia impressa e digital, o texto impresso e digital, os princípios da fotografia em relações públicas, a produção de mídia institucional, e conexões com influenciadores digitais.

Produção em Youtube

Permite que o profissional possa dar o primeiro passo em direção à produção de conteúdo em vídeo digital, assimilando as especificidades de linguagem, administração e criação na plataforma.

Roteiro de Cinema

A finalidade é estudar os processos e técnicas para a criação de roteiros cinematográficos, abordando desde o desenvolvimento de argumento, roteiros literários, roteiros técnicos até o entendimento dos formatos de redação e formatação.

Produção Cinematográfica

Abrange o estudo dos procedimentos de gestão de projetos, análise dos recursos de financiamento e propõe a identificação dos aspectos macroeconômicos e políticos que envolvem a atividade cinematográfica.

Vivências Fotográficas            

O objetivo é propiciar a vivência das dinâmicas da produção fotográfica a partir de duas perspectivas: a da publicidade e a do jornalismo.

Formas de ingresso

Estudantes da graduação poderão escolher, a partir do dia 26 de fevereiro, no período de complementação de matrícula, as disciplinas que compõem a Certificação e aproveitar os créditos eletivos para cursá-las. Não é preciso cursar todas as disciplinas no mesmo semestre.

Alumni e egressos de outras instituições também podem realizar os cursos. Para se matricular, o interessado deverá comparecer presencialmente na Central de Atendimento ao Aluno, no prédio 15. As disciplinas terão valores equivalentes ao investimento em disciplinas isoladas.

Confira mais informações sobre as certificações pelo link.

 

Laboratórios experimentais da Famecos

Alunos testam novos conceitos na prática
Fotos: Flávia Pereira/Famecos

Experimentar para inovar. Essa é a ideia que deu início às reformulações do Espaço Experiência, da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos. Criado em 2009 para proporcionar experiências do mercado de trabalho aos alunos, ainda tem este como foco principal. No entanto, junto com a mudança para Escola, vieram transformações a fim de proporcionar mais oportunidades para o estudante criar, testar e colocar novos conceitos em prática. O Espaço reconfigurou-se e, agora, as equipes estão divididas em quatro laboratórios experimentais independentes, mas parceiros, lançados em 8 de agosto: Colab, Conteúdo, Eventos e Pesquisa.

A reconfiguração do grande laboratório não é a única novidade. O Colab, segundo a decana da Escola, Cristiane Mafacioli, é uma ponta de inovação, nascido da necessidade de aprender pela pesquisa, co-criar e trabalhar produções universitárias com viés experimental.

Os outros laboratórios são oriundos de núcleos do antigo Espaço Experiência. O que antes era o Núcleo de Eventos e Relacionamento, transformou-se no Laboratório de Eventos e Relacionamento, o Laber. Já o Núcleo de Tendências e Pesquisa configurou-se no Laboratório de Pesquisa.  E o Núcleo de Conteúdo, composto predominantemente por alunos de Jornalismo, hoje é o Laboratório de Conteúdo, que abriga acadêmicos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Design e Produção Audiovisual.

Laboratórios experimentais da Famecos

Estudantes criam ações de relacionamento dentro de cada evento

Na opinião dos professores responsáveis por cada laboratório, autonomia, independência e o foco no aprendizado pela pesquisa são fatores reforçados com a reconfiguração dos Laboratórios Experimentais. Com o intuito de consolidar o novo formato e apresentá-lo aos alunos e membros da escola, os Laboratórios Experimentais prepararam matérias, vídeos, novas identidades visuais e ações para que os interessados vivenciem o dia a dia dos laboratórios.

Resgatando um pouco de história, vale lembrar que na década de 1990, a Famecos já trabalhava no conceito de laboratórios experimentais. Naquela época, funcionavam o LabJor, o LabPP e o LabRP que atendiam tanto as demandas internas da PUCRS quanto as externas vindas de clientes do mercado.

Saiba mais sobre os novos laboratórios e assista ao vídeo no YouTube aqui:

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Cena do curta-metragem Todo o ar que ainda resta
Foto: Divulgação

Filme sobre a solidão, jogo digital de alienígenas e campanha para bebês são os mais recentes projetos realizados no Tecna – Centro Tecnológico Audiovisual do Rio Grande do Sul da PUCRS. O local é o único estúdio do Brasil localizado em um Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc), e ligado a uma Universidade. Além da utilização por profissionais e empresas do mercado, a estrutura também é usada pelos alunos da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos da PUCRS.

 

Curta selecionado pelo edital Teccine-Tecna

Entre as produções desenvolvidas no Estúdio A, está o curta-metragem Todo o ar que ainda resta, com direção e roteiro de Bruno Dariva. Selecionado no edital Teccine-Tecna, o filme foi realizado por estudantes do curso de produção audiovisual da PUCRS e, está em fase de inscrições em festivais.

Todo o ar que ainda resta é uma trama que aborda a solidão, retratada a partir da história de João, um homem de idade que vive isolado em uma casa nas profundezas do oceano. O personagem não espera grandes mudanças em sua rotina, mas a virada acontece quando recebe uma visita inesperada.

Entre os diferenciais do filme, está a utilização de um aquário para atingir os efeitos desejados. “Como queríamos simular uma visão externa do submarino, colocamos o aquário com água em frente à câmera para conseguirmos uma imagem mais opaca e turva”, explica o diretor.

 

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Produção do jogo Esquadrão 51
Foto: Divulgação

Produção mistura game e cinema live action

Outra produção concebida no Tecna é o jogo digital Esquadrão 51 realizado pelo estúdio brasileiro de games independentes Loomiarts, que utiliza a técnica live-action (cinematografia realizada por atores reais). Em parceria com Fehorama Filmes, Abóbora Filmes e Kiko Ferraz Studios, a história se passa durante uma invasão alienígena no planeta Terra, com um grupo de rebeldes na luta contra os invasores.

A previsão de lançamento do game é para o primeiro trimestre de 2019 e estará disponível para Nintendo Switch, Xbox One e PC.

 

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Cenário da propaganda de produtos para bebês
Foto: Divulgação

Campanha publicitária de alcance internacional

A produtora Corazon Filmes, em parceira com Filling Produções, realizaram uma campanha publicitária de produtos para bebês, com veiculação para a América Latina, no primeiro semestre de 2018. A direção é de Raphael Gasparine.

 

Infraestrutura do Centro

O Tecna abriga uma completa infraestrutura de produção e pós-produção de conteúdos digitais criativos, cluster empresarial, centro de formação permanente e laboratórios de pesquisa. A estrutura compreende um estúdio de cinema e TV, com 300 metros quadrados, paredes com isolamento acústico, piso acústico flutuante com sistema antivibração, grids modulares ajustáveis, sistema de elétrica cênica, área disponível para instalação de switch de vídeo e de áudio acopladas.

São 130 metros quadrados de áreas de apoio com camarins, banheiros, figurino, área de arte e áreas de base de produção. Possibilidade de acoplamento de gerador, de unidades móveis de áudio e vídeo sem interferência acústica. Também possui um laboratório de animação e efeitos visuais, Renderfarm (renderização de imagens) e servidor de arquivos com back-up, estúdios de motion capture e de mixagem.

Para o início de 2019, ambientes voltados à pós-produção de imagem e som iniciarão as suas operações também. Em agosto, um novo estúdio, com áreas de apoio e marcenaria será disponibilizado.

 

Utilização dos ambientes

O Estúdio de Cinema e TV do Tecna está à disposição do mercado audiovisual para sediar produções de conteúdo e eventos. As universidades do Rio Grande do Sul também podem utilizar a infraestrutura do Centro para sediar atividades curriculares, projetos especiais e pesquisas. Mais informações pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (51) 3353-7014.

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Foto: Maria Eduarda Petek

Alunos do segundo semestre do curso de Design apresentaram, neste mês de dezembro, os produtos desenvolvidos a partir de materiais recicláveis em parceria com a Associação de Voluntariado e da Solidariedade (Avesol). O trabalho consistia em projetar e prototipar uma linha de três objetos que pudessem ser fabricados por três núcleos de complementação de renda atendidos pela Avesol. Utilizando apenas itens doados à ONG para reutilização, como tecidos, lona, madeira e papel, os estudantes conseguiram produzir mochilas, estojos, luminárias, identificadores de bagagem e até um mini kit com projetor de cinema para crianças, entre outros.

 

Inovação e meio ambiente

Henrique Nunes Lopes e Julia Canton Foto: Maria Eduarda Petek

Henrique Nunes Lopes e Julia Canton Foto: Maria Eduarda Petek

Um dos projetos apresentados foi o Aflor, dos alunos Henrique Nunes Lopes, 19, e Julia Canton, 18, que elaboraram seus produtos feitos de lona com o conceito de transformação da natureza, tendo como referência a flor de lótus e as borboletas. Além da satisfação de estarem ajudando os integrantes do núcleo de costura Arte Vida, atendido pela Avesol, a complementarem sua renda, Henrique e Julia destacaram a importância de utilizarem materiais reaproveitados e produzirem menos descartes, explorando o caráter inovador do Design.

 

Felipe Gama e Guilherme Carvalho Foto: Maria Eduarda Petek

Felipe Gama e Guilherme Carvalho Foto: Maria Eduarda Petek

Trabalhando também com costura, Felipe Gama e Guilherme Campos desenvolveram um estojo modular, feito com retalhos de jeans e lona, que pode incluir novos compartimentos com encaixes de botões de pressão.  Os alunos contaram que focaram bastante na viabilidade dos artigos, para que fossem compatíveis com as condições de produção, e por isso a visita ao Arte Vida no início do semestre foi bem importante. Eles explicaram que a limitação na escolha dos materiais foi um desafio, e que muitas ideias anteriores ao estojo não se mostraram viáveis devido à falta de matéria prima e a complexidade de trabalhar certas peças.

 

Estabelecendo conexões

Durante a exposição, ocorrida no dia 5 de dezembro, também estava presente o educador popular Francisco Dorneles, 35, em nome da Avesol. Ele explicou que os professores tinham a ideia de transforar a disciplina em uma ação social e prática. Por isso, a Associação foi procurada pelo Centro de Pastoral, que fez a ponte entre os professores e a instituição, para participar do projeto. Coube à Avesol pensar uma maneira de envolver o Curso de Design na geração de renda de grupos informais atendidos pela ONG que trabalham na perspectiva da economia solidária. O resultado dos trabalhos foi aprovado, e, de acordo com Dorneles, as ideias são práticas e podem facilmente ser incluídas na produção dos núcleos. “Poderíamos ter uma produção em série desses produtos em menos de um mês”, afirma.

 

Lidando com a realidade

Foto: Maria Eduarda Petek

Foto: Maria Eduarda Petek

A cada semestre o curso traz um tema ser trabalhado em um projeto principal, que é também abordado e desenvolvido em conjunto com outras cadeiras. O projeto apresentado pelos alunos faz parte da disciplina de segundo semestre Laboratório Interdisciplinar 2, e contou também com a participação das disciplinas de Marketing, para o trabalho da marca, e Representação e Expressão 2, que trabalha as noções de tridimensionalidade e técnicas de desenho. O professor Alexandre de Barros afirmou que “a integração entre as disciplinas, principalmente no desenvolvimento do produto e da marca de maneira diretamente relacionada, é um diferencial da Universidade”. Além disso, ele destacou o contato com clientes e demandas reais, que desafiam o aluno a trabalhar com limitações de materiais, conceitos e públicos, e criar um produto que seja compatível a todos esses itens.

Para promover um melhor preparo dos jovens para o mercado de trabalho, os professores priorizaram também a atuação em duplas. De Barros explicou que dessa forma buscam desde o início promover interação, para que os estudantes saibam discutir, defender suas ideias e até abrir mão de algumas, assim como saber dividir tarefas, para gerenciar o tempo. “Com certeza eles terão que trabalhar com chefes, colegas e estagiários, e assim devem saber responder e defender suas ideias para mais pessoas”, aconselha o professor.