A PUCRS recebeu na manhã desta sexta-feira, 18 de março, o diretor de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Arlindo Philippi Junior. Ele falou sobre questões vinculadas a avaliação dos programas de pós-graduação, já que 2016 é o último ano do quadriênio avaliativo, e da importância da interdisciplinaridade na pós-graduação e na pesquisa.
Segundo o professor, as avaliações buscam estabelecer um padrão de qualidade dos cursos, subsidiar a política de desenvolvimento da pós-graduação e fundamentar decisões sobre o fomento para a área. Além disso, querem identificar necessidades, orientar e induzir o desenvolvimento da pós-graduação. “No Brasil, são 48 áreas avaliadas, todas muito diferentes”, completa. Atualmente estão sendo desenvolvidas ações diversas pela Capes, como a revisão de documentos dos cursos de pós-graduação; discussões de propostas em relação aos livros e periódicos produzidos nos Programas pelos docentes e discentes; revisão em relação a inserção e o impacto social das pesquisas, entre outros critérios.
Ele ressaltou, ainda, a preocupação do Ministério da Educação com a educação básica no País, questão exposta inclusive na Missão da Capes. “Ao pensar na excelência, não podemos esquecer da educação básica, que é essencial”. Outro quesito apontado como desafio para o País é o estímulo a interdisciplinaridade, a interinstitucionalidade e a internacionalização. “A PUCRS é um exemplo de instituição que trabalha muito bem com pesquisadores de outras instituições brasileiras e do exterior”, disse.
Participaram do encontro coordenadores de programas stricto-sensu da PUCRS, de comissões científicas, diretores de faculdades e institutos, equipes da diretoria de pós-graduação, além de membros docentes das comissões coordenadoras. Esteve presente, também, o atual diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs), Abilio Baeta Neves. Arlindo Philippi Junior já foi pró-reitor de Pós-Graduação na Universidade de São Paulo (USP), presidente da Comissão de Pós-Graduação na USP e exerceu recentemente a função de prefeito do Campus USP na Capital paulista. Foi membro da Comissão Especial para acompanhar e monitorar a implantação do Plano Nacional de Pós-Graduação-PNPG-2011-2020 e coordenar a elaboração da Agenda Nacional de Pesquisa.
O evento é uma promoção das Pró-Reitorias Acadêmica (Proacad) e de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento (Propesq). À tarde, o professor participa de encontros na Propesq com foco na interdisciplinaridade, segundo ele “um dos principais desafios da pós-graduação no País”.
Arlindo Philippi Junior também apresentou dados relevantes sobre o aumento dos Programas de Pós-Graduação no Brasil. “Atualmente são 624 programas de pós-graduação e cerca de 232 mil alunos regulares. Em relação a 2004, houve um crescimento de 205% no número de matriculados e 312% no número de títulos concedidos”. As regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste tiveram uma ampliação de 100% nos cursos de mestrado e doutorado. A Região Sul ficou em 98%; “São números surpreendentes”, ressalta.