Em cada canteiro de obra, um elevado volume de resíduos é gerado. E se esses detritos fossem reaproveitados, com a potencial reutilização em concretos ou argamassas? Esse é o conceito da pesquisa coordenada pelo professor da Faculdade de Engenharia da PUCRS, Jairo Andrade. A proposta do estudo visa minimizar o descarte inadequado desses produtos, além de tentar agregar valor aos mesmos. A pesquisa já foi publicada na revista científica internacional Construction and Building Materials.
Segundo o professor, devido à normalização técnica, tal material ainda não pode ser utilizado como elemento estrutural para a construção de prédios, mas sim em outras aplicações não estruturais, como: meios-fios, vergas e contra vergas e blocos para pavimentação. “Estamos verificando a potencialidade de uso em argamassas de revestimento, conhecido como reboco”, explica.
O estudo já está em testes na Universidade, sendo dissertação de mestrado defendida recentemente pelo engenheiro civil, Sérgio Roberto da Silva no Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Tecnologia de Materiais (PGETEMA) da PUCRS. Apesar de várias de pesquisas sendo desenvolvidas em relação ao reaproveitamento dos resíduos de obra, o professor alerta que ainda há muito por se fazer. “Existem vários aspectos que têm que ser estudados antes de saber até que ponto o material pode ser efetivamente empregado, como o comportamento do mesmo ao longo do tempo e as suas possíveis interações ambientais, até porque se trata de um resíduo”, comenta.
O Núcleo de Estudos Interdisciplinares em Engenharia Civil, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Tecnologia de Materiais, realiza pesquisa com resíduos gerados no processo de tratamento de água potável. O lodo de estação de tratamento de água (ETA) pode ser empregado em concretos e argamassas. O material, coletado na Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), é queimado em temperatura elevada em laboratório e fica como uma espécie de areia.
Atualmente, o grupo utiliza teor de 2,5%, 5%, 7,5% e 10% de ETA em substituição à areia no molde de concretos e argamassas para realização de ensaios. A proposta é reduzir o uso do agregado miúdo natural na construção civil, já que a areia está entre as substâncias minerais mais consumidas no mundo e vem sendo extraída em velocidade superior à capacidade de renovação. Leia a reportagem completa na Revista PUCRS nº 184.
Nesta quinta-feira, 11 de agosto, a EnGGram Tecnologia & Sustentabilidade, com sede na Raiar – Incubadora de Empresas da PUCRS, lança um aditivo térmico para argamassas totalmente sustentável. Será às 14h, no Global Tecnopuc. Denominado HealMix, o produto é feito a partir de materiais descartados de resíduos industriais urbanos e transformado em um composto de fibras inertes, eliminando o processo de aplicação da primeira camada de cimento e areia.
As propriedades do produto criam uma barreira térmica, melhorando o conforto do ambiente interno no verão e impedindo a perda de energia no inverno, colaborando com a eficiência energética da edificação. “Nosso foco está no desenvolvimento de tecnologias sustentáveis para a construção civil”, afirma Flávio Nogueira da Gama, engenheiro civil e sócio da EnGGram.
No dia 11 de agosto, a EnGGram Tecnologia & Sustentabilidade, com sede na Raiar – Incubadora de Empresas da PUCRS, lança um aditivo térmico para argamassas totalmente sustentável. Denominado HealMix, o produto é feito a partir de materiais descartados de resíduos industriais urbanos e transformado em um composto de fibras inertes, eliminando o processo de aplicação da primeira camada de cimento e areia.
As propriedades do produto criam uma barreira térmica, melhorando o conforto do ambiente interno no verão e impedindo a perda de energia no inverno, colaborando com a eficiência energética da edificação. “Nosso foco está no desenvolvimento de tecnologias sustentáveis para a construção civil”, afirma Flávio Nogueira da Gama, engenheiro civil e sócio da EnGGram. O lançamento será às 14h no Global Tecnopuc.