Aplicativo “Adote um Amanhã” é fruto da parceria entre a AGES da PUCRS e o MPRS/ Foto: Tiago Coutinho – MPRS

O Ministério Público do Rio Grande do Sul lançou nesta quarta-feira (14) o aplicativo “Adote um Amanhã”, desenvolvido pela Agência Experimental de Engenharia de Software (AGES) da PUCRS. O objetivo é apoiar e atender às necessidades individuais de cerca de 800 crianças e adolescentes do acolhimento institucional de Porto Alegre e necessidades coletivas de 70 abrigos e casas lares, oportunizando que pessoas físicas e jurídicas tenham acesso aos pedidos. O aplicativo, disponível para Android e iOS, também está preparado para oferecer bens e serviços relacionados à causa. 

“O aplicativo Adote um Amanhã é fantástico. De um lado, as crianças, adolescentes, casas lares e abrigos lançam suas necessidades, individuais e coletivas. E de outro lado, a comunidade, pessoa física ou jurídica, pode contemplar o que está sendo pedido, ou ofertar o que tem à disposição. É uma forma de dar conforto, de oferecer acessos a bens e serviços que eles não teriam se não fosse a possibilidade do app”, destaca Cinara Vianna Dutra Braga, promotora da Infância e Juventude de Porto Alegre.

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O projeto é uma parceria entre a Associação dos Usuários de Informática e Telecomunicações do Rio Grande do Sul (Sucesu/RS), a GX2 Tecnologia e a Agência Experimental de Engenharia de Software da PUCRS, que contou com a participação de 15 alunos.  

“A AGES tem como objetivo ser um ambiente prático de aprendizagem, oportunizando aos alunos o desenvolvimento de projetos, como aplicativos, plataformas e sistemas. Então quando recebemos pedidos com impacto social, ficamos muito felizes, pois podemos apoiar e trabalhar em causas que fazem a diferença na sociedade. Os alunos ficam muito engajados com esse tipo de projeto e se sentem felizes em estar desenvolvendo algo que pode mudar o futuro de crianças e adolescentes, como foi o desenvolvimento do aplicativo “Adote um amanhã”, declara a professora Alessandra Dutra, coordenadora da Agência Experimental de Engenharia de Software. 

Aplicativos que contribuem para o bem-estar social de crianças e adolescentes 

A PUCRS, por meio da Agência Experimental de Engenharia de Software, também desenvolveu o aplicativo Adoção, em parceria com o Tribunal de Justiça do RS (TJRS), que ajuda crianças e adolescentes a encontrarem uma família. A plataforma, que aproxima as crianças do programa de acolhimento institucional gaúcho com possíveis adotantes, traz vídeos, fotos, desenhos, sonhos e expectativas de dezenas de crianças e adolescentes aptos a adoção no Rio Grande do Sul. 

Lançado em 2018, o aplicativo já conta com 771 manifestações de interesse. Neste período, 335 crianças e adolescentes foram inclusos na plataforma, resultando em 92 adoções. Outras 42 crianças/adolescentes estão em guarda e 1 criança/adolescente está em estágio de aproximação. 

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Relacionamento na pandemia mudou

Durante a pandemia, os jovens costumam realizar encontros na sua casa ou na do parceiro/Foto: Pexels

Navegar entre diferentes fotos e descrições, arrastar perfis para o lado, encontrar pessoas que frequentam espaços próximos, utilizar filtro de localização… Essas são apenas algumas das opções para quem decide dar uma chance aos aplicativos de relacionamento. As ferramentas, que já não eram novidade e chegaram a milhões de downloads nos últimos anos, tiveram um crescimento ainda maior durante a pandemia da Covid-19. 

Para entender o que jovens de Porto Alegre de 18 a 25 anos pensam sobre as formas e possibilidades de se relacionar nesse período, estudantes da disciplina de Projeto de Pesquisa de Mercado em Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos elaboraram um estudo que trouxe insights e descobertas interessantes. 

“A ideia era entender como estava a percepção dessas pessoas sobre a pandemia e de que forma o comportamento delas mudou nesse período, e nossos resultados foram muito interessantes”, comenta Phillip Peitz, um dos realizadores da pesquisa, que complementa: “Foi legal perceber, por exemplo, que mulheres e jovens mais velhos, entre 22 e 25 anos, demonstraram uma maturidade maior em relação aos relacionamentos”.  

O que mudou? 

Jovens que antes costumavam ir para bares, festas e restaurantes precisaram buscar alternativas para manter suas vidas sociais ativas durante a pandemia. Não é de se impressionar que os aplicativos de relacionamento tiveram um crescimento grande durante esse período. Tinder, uma das plataformas mais conhecidas, teve o maior número de interações da sua história no final de março de 2020. 

A maioria dos entrevistados para a pesquisa se manteve em isolamento total, saindo apenas para compromissos importantes, pelo menos nos seis primeiros meses da pandemia. Nesse período, os únicos que estiveram em contato com alguém foram os comprometidos, os quais viram seus parceiros. Entretanto, o relacionamento na pandemia seguiu um padrão diferente do habitual: eles revelaram ou passar bem mais tempo juntos ou reduzir consideravelmente as visitas.  

Jovens mudam rotina

Como alternativa aos locais que costumavam ir, jovens estão realizando reuniões na casa de amigos/Foto: Pexels

Mas por que usar um aplicativo de relacionamento? Para a maioria dos participantes, a resposta é a carência e o desejo de solucionar a falta de conversas com pessoas devido ao isolamento social.   

Quando começaram a flexibilizar a quarentena, como alternativa aos locais que costumaram frequentar, os jovens passaram a ir a postos de gasolina e realizar reuniões na casa de amigos, em sua maioria com as pessoas mais próximas, o que significou romper o contato com parte do círculo de amizades.  

Para os comprometidos, ter um relacionamento na pandemia significou um maior companheirismo e parceria, enquanto poucas pessoas identificaram um aumento nos conflitos e brigas no período. A maior parte das pessoas manteve seu status de relacionamento atual. 

O romantismo acabou? 

Comunicação, confiança, compreensão, sinceridade e abertura para conversas. Essas foram as características mais apontadas sobre o que os participantes desejam em um relacionamento sério. No entanto, romantismo, cobranças e “ficar o tempo todo grudado” já não são desejados nessas relações.  

“Eu não acho que seja tão importante romantismo toda hora. Se eu sei que uma pessoa gosta de mim, não vejo um porquê para que ela faça toda hora uma declaração excessiva. Não é algo que eu cobro e vejo que, no geral, é algo que incomoda muita gente”, comenta Eduarda, uma das entrevistadas para a pesquisa.  

Há, no entanto, uma diferença entre gerações no que diz respeito ao que buscam em um parceiro. Enquanto o público mais jovem, de 18 a 21 anos deseja alguém parceiro, confiável e engraçado, os mais maduros querem estar mais em boa companhia do que dar risadas ao lado do companheiro. 

O encontro ideal, também conhecido pelo nome em inglês, date, deve ter diversão e conversas agradáveis, trazer segurança e conforto, além de possibilitar que os jovens sejam eles mesmos. Também foi possível observar uma mudança nos locais escolhidos para essas ocasiões: 90% dos jovens que afirmaram ter participado de um encontro durante a pandemia afirmam que realizaram dates em suas casas ou na casa do parceiro.  

Os aplicativos como alternativa para o relacionamento na pandemia 

Relacionamento na pandemia

Foto: Pexels

Dos 400 respondentes da parte quantitativa da pesquisa, 71% afirmaram já ter usado algum aplicativo de relacionamento, a maior parte (98%) optou pelo Tinder. Durante a pandemia, praticamente metade do público ou manteve ou aumentou o uso desses recursos. Os principais motivos para ingressar nas plataformas são conhecer gente nova, passar o tempo, e inflar o ego ou aumentar a autoestima. Embora beijar na boca apareça em quarto lugar nas respostas gerais, é um dos três principais impulsionadores para homens utilizarem esse tipo de ferramenta.  

Os principais critérios na escolha de um eventual parceiro em aplicativos de relacionamento são a aparência, os interesses em comum e as fotosNas entrevistas em profundidade foi possível perceber que biografias criativas ou que sejam capazes de expressar como essa pessoa é e pelo que ela se interessa são os preferidos pelos usuários. Apesar dos jovens terem se tornados mais seletivos durante a pandemia, apenas as mulheres esperam ampliar a seletividade na escolha de parceiros no pós-pandemia.  

Mas o que leva alguém a usar um aplicativo de relacionamento? O conforto para conhecer pessoas novas e a facilidade para conversar foram as principais vantagens apontadas pelos usuários, enquanto não ter certeza se as pessoas expõem suas vidas reaisdeixar o papo morrer e, principalmente entre as mulheres, o medo de quem está por trás dos aplicativos foram os principais receios entre os jovens.  

Entendendo comportamentos na pandemia 

O estudo foi elaborado pelos/as estudantes Bruna Maciel, Gabriel Teixeira, Julia de Bortoli, Maria Eduarda Diehl e Phillip Peitz, da disciplina de Projeto de Pesquisa de Mercado em Publicidade e Propaganda, ao longo do primeiro semestre de 2021 e com orientação do professor Ilton Teitelbaun. 

“Essa pesquisa foi importante pois fez com que saíssemos da nossa bolha, muitos dos resultados nos surpreenderam. Algo interessante é que, nesse semestre, 2021/2, temos um projeto prático e pudemos pegar como cliente uma empresa relacionada à temática da pesquisa. Os resultados também serão entregues ao aplicativo Happn, já que uma das especialistas entrevistadas era analista de Marketing da empresa”, comenta. 

Em sua etapa qualitativa, contou com sete entrevistas em profundidade, sendo três delas com especialistas e quatro com jovens de 18 a 25 anos, também foram formados dois grupos focais com oito jovens na mesma faixa etária dos entrevistados. Depois, na fase quantitativa, foram 400 respostas válidas em uma coleta feita por meio de questionário online, sendo a maioria homens e mulheres cisgêneros e heterossexuais, todos moradores de Porto Alegre ou da Região Metropolitana. 

app pucrs online, online, aplicativoPara que os alunos dos cursos online de pós-graduação e MBA da PUCRS tivessem ainda mais facilidades durante o processo de aprendizagem, a instituição de ensino realiza o lançamento de um aplicativo que, além de oferecer todas as aulas e o conteúdo acadêmico, oferece funcionalidades diferenciadas na área do ensino. A tecnologia possibilita baixar as aulas e assistir off-line, ouvir as aulas totalmente em áudio como um podcast, e selecionar e compartilhar materiais ou trechos dos vídeos nas redes sociais. Para ampliar a experiência do ensino digital, a PUCRS e a UOL EdTech utilizaram tecnologia, entretenimento e tendências da atualidade.

“A iniciativa está alinhada aos conceitos contemporâneos de aprendizagem móvel e ubíqua, que pressupõem a existência de ferramentas que criem as condições de possibilidade para que a aprendizagem ocorra em qualquer tempo e em qualquer local”, afirma o pró-reitor de Graduação e Educação Continuada da PUCRS, Ir. Manuir José Mentges.

Renata Bernardon, diretora de Educação Continuada da Universidade, conta que desde 2017, quando o projeto foi lançado, PUCRS e UOL EdTech se concentram em continuamente melhorar a experiência dos alunos, tanto em aspectos acadêmicos dos cursos, como na experiência do aluno online. “O equilíbrio em acesso e desenvolvimento do conhecimento de forma consistente e agradável tem sido nossa preocupação constante”, enfatiza.

Para Wilson Marchionatti, diretor do UOL EdTech, o objetivo do aplicativo é ser uma escolha natural do aluno para seus momentos de qualidade e tempo livre. “É estar presente na educação por meio de cursos sólidos, e oferecer uma experiência agradável, a exemplo dos aplicativos de streaming de vídeo, e assim estar presente de forma leve na vida do aluno, até nos momentos em família, de lazer, de descanso”, explica.

A tecnologia do PUCRS Online, desde a plataforma até o novo aplicativo foram desenvolvidas pelo UOL EdTech, companhia especialista em tecnologia para a educação e parceira da PUCRS no projeto. “A transformação digital do ensino já estava acontecendo no setor nos últimos anos, mas com a necessidade do isolamento social, o ensino remoto apareceu ainda mais forte como a solução mais eficiente”, Alex Augusto, CEO do UOL EdTech.

A PUCRS, considerada uma das melhores universidades da América Latina, também foi uma das precursoras na oferta de cursos de pós-graduação e MBA 100% online no país. Hoje, o modelo PUCRS Online oferece 26 cursos nas mais diversas áreas de conhecimento. Em três anos, já atraiu milhares de alunos que buscam se desenvolver constantemente para os desafios do mercado de trabalho atual, apoiados por uma formação acadêmica de vanguarda.

Sobre as funcionalidades do novo aplicativo

Sobre o UOL EdTech  

O UOL EdTech é a maior empresa de tecnologia para educação do Brasil. Foi criada em 2017 com o objetivo de transformar a vida das pessoas através de uma educação mais acessível, de qualidade e adequada ao mundo digital. Desde então, desenvolve plataformas de aprendizagem e conteúdos educacionais para empresas, instituições de ensino e pessoas.

Promover a inclusão no seu aspecto mais amplo é o objetivo da plataforma IncluiTec, idealizado pelo aluno do curso de Psicologia Robson Souza. Inicialmente lançada com o nome TchêInclui em 2018, a plataforma reúne serviços que podem ser utilizados por escolas, empresas e pessoas que procuram informações relacionadas ao tema, conectando quem tem essas demandas com estudantes, grupos de pesquisa e profissionais interessados em propor soluções.

A ideia surgiu no primeiro semestre de 2018, na disciplina Psicologia Escolar e Educacional I, ministrada pelo professor Alexandre Guilherme na Escola de Ciências da Saúde e da Vida. O docente utiliza a metodologia Problem Based Learning (PBL), em que a aprendizagem é baseada na busca de soluções para determinados problemas. Os estudantes deveriam visitar uma escola para entender a função de um psicólogo escolar e as possibilidades de se trabalhar em uma instituição de ensino como psicólogo. Posteriormente, iriam cria um website informativo, tendo como temática a inclusão. Robson, porém, quis fazer algo diferente: apresentou um aplicativo.

“Foi uma grande ousadia. Eu adorei a ideia e percebi que a gente poderia desenvolver mais, pois vi muito potencial”, conta o professor Alexandre. O docente convidou Robson para seu Grupo de Pesquisa em Educação e Violência (Grupev) e o aluno inscreveu o projeto para participar do Ideias do Bem, evento promovido pelo Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação (Idear) e pela Escola de Ciências da Saúde e da Vida, que propôs soluções criativas e inovadoras para problemas relacionados à saúde. Durante as atividades, Robson ganhou a companhia dos alunos Flavio Cordeiro e Nicolle Cernicchiaro, da Gastronomia; Stéphanie Medeiros, da Farmácia; e Eduarda Racky, da Psicologia. Eles ficaram em primeiro lugar e, com isso, contaram com todo o apoio e a estrutura do Tecnopuc para aprimorar a plataforma.

De cara nova e novos horizontes, mas com o mesmo propósito

Para ter acesso ao IncluiTec, é preciso acessar o site da plataforma e se cadastrar

Para ter acesso ao IncluiTec, é preciso acessar o site da plataforma e se cadastrar

“Remodelamos o negócio, vimos a parte de marketing e financeira, começamos a trabalhar algumas ferramentas – sempre testando com diretores, escolas e alunos”, lembra Robson. Foi nessa época que a plataforma recebeu uma demanda de São Paulo, motivando a troca do nome.

O estudante de Psicologia diz que a ideia sempre foi criar uma ferramenta prática e funcional. “Queríamos oferecer uma ferramenta para auxiliar gestores, professores, psicólogos. Se uma escola receber um aluno com dislexia, por exemplo, os educadores podem consultar os últimos artigos sobre o assunto ou algum grupo de pesquisa que trabalhe com o tema para poderem se atualizar através da plataforma”, explica.

Desde então, o app esteve presente em eventos e Robson ministrou capacitações. A iniciativa também ficou entre as finalistas do edital Centelha de fomento, realizado em uma parceria entre Fapergs e Fapesp, que tem como objetivo dar um impulso inicial para startups.

Para ter acesso ao IncluiTec, é preciso acessar o site da plataforma e se cadastrar para receber um link. A partir desse endereço, a pessoa poderá acessar informações gerais, o cadastro de solucionadores ou o cadastro de instituições que precisam de soluções, dependendo do usuário. Cada perfil recebe informações e notificações personalizadas.

Assistente virtual conecta demandas com soluções

Para poder fazer a conexão entre demandas e soluções, Robson recorreu à inteligência artificial, através da Helena, assistente virtual do IncluiTec. Ela reúne as solicitações e, dentro de seu banco de dados, procura as opções de resolução disponíveis. A plataforma oferece informação e apoio sobre diversidade e inclusão, com foco em PCDs, imigrantes, LGBTQI+, pessoas com Down, autismo, entre outros; consultoria online; análise e desenvolvimento de censo de Recursos Humanos para empresas, com encaminhamento e acompanhamento de pessoal; palestras, cursos e oficinas de sensibilização; entre outros serviços.

O conceito utilizado é o modelo social de inclusão, aprendido nas aulas do professor Alexandre, que é mais amplo que o modelo médico. “Esse modelo não entende inclusão nas escolas como integrando apenas os estudantes com necessidades especiais. Ele considera, questões de gênero e sexualidade, racismo e questões sociais”, explica o docente. Até o momento, mais de 400 pessoas já foram atendidas de maneira direta pelo app.

Atualmente, a equipe do IncluiTec é composta por Robson, Eduarda (já formada em Psicologia) e a estudante de Publicidade e Propaganda, Mariana Ruiz. Para esse ano, uma das metas é desenvolver ainda mais a plataforma, contando com o apoio da Agência Experimental de Engenharia de Software (Ages) da PUCRS, além da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e do Idear. Além disso, o estudante conta que pretende participar mais de feiras, divulgar mais a plataforma, cadastrar mais pessoas e captar recursos. “Nosso lema é unir pessoas e construir soluções”, destaca.

Primeiras demandas surgiram na fase experimental

Uma das ações oferecidas pelo IncluiTec são oficinas e palestras sobre os mais diversos assuntos relacionados à inclusão e diversidade. Ainda em 2018, quando a plataforma estava em fase experimental, Robson recebeu uma demanda: desenvolver uma atividade que trabalhasse os temas violência de gênero, bullying na escola e empoderamento feminino com meninas de 15 anos atendidas pela ONG Suve (Sociedade União Vila dos Eucaliptos), localizada no bairro Mario Quintana.

Ilson Renato Marques, presidente da Suve, conta que conheceu Robson durante o 1º Hackathon Social de Porto Alegre, realizado pela Prefeitura Municipal. O evento tinha como proposta encontrar soluções para a prevenção da violência contra a mulher, diversidade sexual e identidade de gênero e, para isso, contou com o apoio da Aliança pela Inovação, da qual a PUCRS faz parte. “Na ocasião, apresentamos o projeto, pedimos apoio e logo nasceu a parceria”, conta.

Uma parceria entre IncluiTec e Suve pelo empoderamento

A Suve realiza um projeto com meninas da comunidade, trabalhando questões relacionadas ao empoderamento feminino e promovendo, anualmente, um baile de debutantes, que chegará a sua 10ª edição em 2020. Para a oficina solicitada via IncluiTec, Robson contou com o apoio do Grupev e a supervisão do professor Alexandre. “Durante a atividade, as participantes confeccionaram uma cartilha com contatos de emergência e dicas para denunciar a violência contra a mulher”, relata Robson. Segundo ele, as meninas saíram da oficina com a missão de ser multiplicadoras em suas escolas. “Além disso, foi a primeira vez em que estiveram em uma universidade. Elas ficaram maravilhadas e motivadas para estudarem e, um dia, voltarem como alunas”, conclui.

Para Ilson Renato, através desse projeto, é possível mostrar outras perspectivas a essas jovens: “Neste ano, queremos ir ainda mais longe, e certamente esperamos fazer outras parcerias através do IncluiTec”. O baile de debutantes acontece sempre na Semana do Bairro Mario Quintana, de 14 a 22 de dezembro, e a organização começa em maio. Além dessa iniciativa, a Suve, fundada há mais de 30 anos, realiza outros projetos via governo federal e estadual, e conta com uma escola municipal de educação infantil.

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Foto: Divulgação / Polícia Civil

Um aplicativo que identifica foragidos do sistema prisional no Estado gaúcho. Essa iniciativa é da Secretaria da Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul (SSP), que conta com parceria da Escola Politécnica da PUCRS e da Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs). Durante a Copa América de futebol, a tecnologia foi testada pela primeira vez e um procurado foi identificado por meio do app em uma abordagem. A ferramenta de reconhecimento facial está em fase beta, mas já funciona no celular de 200 agentes policiais de Porto Alegre.

Atualmente, o aplicativo conta com 47 mil informações sobre foragidos e indivíduos com mandados de prisão emitidos. A tecnologia está sendo utilizada por policiais da capital envolvidos com a Copa América, mas, no futuro, deve ser integrada ao aplicativo geral dos agentes gaúchos.

“A orientação é que os agentes realizem uma conferência complementar após o uso da ferramenta. O aplicativo é carregado periodicamente com dados de inteligência, e essas informações são essenciais para que a versão final seja disponibilizada”, comenta o diretor do Departamento de Inteligência do SSP, o delegado Emerson Wendt.

Grupo de alunos da Fundação Pão dos Pobres em arena ao ar livre no Tecnopuc

Equipe do aplicativo com egressos dos cursos do Pão dos Pobres na primeira seleção realizada. Foto: Divulgação/TriFácil

A TriFácil, startup instalada no Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc), buscou a parceria da Fundação Pão dos Pobres com o objetivo de facilitar o acesso de pessoas em situação de vulnerabilidade social ao mercado de trabalho. A ideia é que os egressos dos cursos de profissionalização da instituição, especialmente das áreas de serralheria, marcenaria e técnica e manutenção em informática, sejam cadastrados no aplicativo, também chamado TriFácil. O app, atualmente disponível na Apple Store, permite ao usuário se conectar com prestadores de serviços em diversas áreas, como informática, instalação de móveis, fretes, hidráulica, elétrica etc. Os participantes passam por uma seleção, que inclui análise de documentos e entrevista pessoal, e depois são habilitados a trabalharem no aplicativo.

A primeira seleção envolveu 30 egressos dos cursos. Segundo Alexandre Ortega, um dos co-fundadores da startup, a expectativa é que mais de 60% deles comecem a trabalhar na plataforma. “Nosso objetivo é ser a porta de entrada para uma escolha de vida dessas pessoas”, afirma Ortega. Rodrigo Bettker, consultor operacional da TriFácil, ressalta que os participantes muitas vezes vêm de situações de fragilidade social. “Acreditamos que toda startup ou empresa consolidada tem que auxiliar a comunidade de alguma forma. Se conseguirmos ajudar um deles, já ganharemos o dia”, diz. Também fazem parte da equipe Fernando Martin, responsável pela área tecnológica e desenvolvedor da ferramenta, e Fábio Benites, co-founder e responsável pelos assuntos jurídicos. Benites é pós-graduado em Direito do Trabalho pela Escola de Direito.

Depois de habililitados, a TriFácil oferecerá para os participantes workshops de boas práticas, apresentação, qualidade de trabalho e outros temas da rotina de trabalho dos prestadores. Os sócios destacam que as escolas profissionalizantes públicas ou privadas que enxergarem possibilidades de parceria como essa podem enviar e-mail para [email protected].

 

Aplicativo PUCRSCom o intuito de proporcionar uma nova experiência, o remodelado aplicativo da PUCRS apresenta uma maior facilidade de acesso às informações e suporte em tempo real para diversos serviços da Universidade. Uma das novidades do mecanismo é o login unificado para alunos, professores e técnicos administrativos, que possibilita a troca de usuário assim que necessário.

Mobilidade ao alcance de todos

 A interface do app leva o usuário para uma experiência interativa, fornecida por um panorama de opções com símbolos e informações, acessados por um só clique. De acordo com as preferências desejadas, é possível intercalar à rotina do mobile, um sistema acadêmico completo.

As presenças e faltas são conferidas em tempo real, através de um mecanismo de contraste, que compara as aulas ministradas e as aulas assistidas. Ao clicar no número de faltas é possível visualizar as datas, turnos e horários que o aluno frequentou ou faltou. Com isso, se pode acompanhar de forma gradual o percurso acadêmico.

A grade de horários compõe dados como nome da cadeira, turma, prédio, sala e horário de aula, o que traz agilidade ao serviço. Na aba de notas e avaliações, verifica-se os trabalhos e provas avaliativas produzidas durante o semestre. O professor pode articular as notas assim que as corrigir, o que torna veloz a visualização. As notas são organizadas em ordem crescente, deixando o estudante a par de seus resultados obtidos também em semestres anteriores.

O acesso à biblioteca é pautado por um sistema que exibe os empréstimos, reservas e valores de multa por atraso de entrega.

As vagas de estacionamento do campus, ficam disponíveis no app, que informa o número de espaços desocupados por localização. O recurso facilita a locomoção sem desperdiçar tempo de procura.  A cor laranja representa um alerta, que irá surgir a cada lotação ou manutenção no local.

Na aba de créditos, a intenção é interagir com a quantidade de bônus e promoções articuladas em lugares específicos da universidade. É possível controlar valores e despesas específicos para alunos, professores, técnicos administrativos e credenciados. Além disso, custos de mensalidades podem ser checados, com data de vencimento e valores em crédito e/ou débito.

Projeto que visa melhorias

O projeto do app visa revitalizar os sistemas acadêmicos, a partir de sistemas existentes. O objetivo das mudanças é de refletir as transformações do movimento 360°, proporcionando uma nova experiência por meio do mobile. Para aperfeiçoamento dos recursos, processos de escuta com grupos de alunos de diversas escolas foram feitos no início do plano, usando a metodologia de Design Thinking, com o objetivo de entender os desejos e necessidades dos participantes.

Segundo a diretora do setor acadêmico-administrativo da PUCRS, Ana Benso, a revitalização dos sistemas acadêmicos é um passo importante para a interação do mundo digital com as inúmeras utilidades do app por meio do mobile. “A qualificação e inovação nos serviços, proporcionam uma melhor experiência para os processos e funções acadêmicas. Um desses projetos é o do aplicativo”, conclui.

O app da PUCRS está disponível para download na Google Store e na Apple Store.

quilombolas, aplicativo

Fabiane (E) e Sônia Xavier, do Quilombo Areal da Baronesa: de volta às raízes com a tecnologia/Fotos: Camila Cunha

Um aplicativo voltado a populações quilombolas resulta de um projeto conjunto entre as Escolas de Humanidades e Politécnica. Terá informações sobre políticas sociais e direitos das comunidades remanescentes de quilombos. A ferramenta está em fase de testes por líderes dos grupos que são alvo da iniciativa, uma das destacadas neste Dia da Consciência Negra (20 de novembro).

A pesquisa interdisciplinar identifica as demandas das mulheres quilombolas e o acesso às políticas públicas previstas no Programa Brasil Quilombola, implementado em 2004 pelo governo federal. Envolve alunos, professores e profissionais de Serviço Social, Engenharia de Computação e Sistemas de Informação. Conta com apoio do CNPq, da Fapergs e do edital Praias – Programa de Integração entre as Áreas da PUCRS. “É um projeto inovador e pioneiro no Estado. Com o aplicativo, queremos que as comunidades tenham maior controle e participação na busca por seus direitos de cidadania”, destaca a coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em Violência, do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, Patrícia Krieger Grossi, uma das responsáveis pelo estudo.

aplicativo quilombolas

Na visão da professora Ana Paula Terra Bacelo, coordenadora do Bacharelado em Engenharia de Software, da Escola Politécnica, esse é um primeiro passo. “O aplicativo está mais informativo do que interativo. Gostaríamos que, por meio dele, as comunidades se conhecessem, se reconhecessem.” Uma das ideias é criar redes divididas por faixas etárias, possibilitando trocas de informações entre os quilombos.

A reportagem completa da Revista PUCRS está no link.

 

Aplicativo de realidade aumentada, André Arigony Souto

Foto: Arquivo Pessoal

Pesquisador reconhecido ao desvendar as maravilhas do resveratrol, a molécula obtida da uva preta, o professor da Escola de Ciências André Arigony Souto também gosta de inovar na área do ensino. Acaba de criar o IRspectrAR, um aplicativo de realidade aumentada que ajuda na interpretação de espectros de infravermelho. “Na Química Orgânica, precisamos visualizar moléculas em 3D. O aluno tem grande dificuldade. Os materiais disponíveis pouco auxiliam, pois todos são em 2D”, explica. A aplicação mostra absorções características de grupos funcionais dos compostos orgânicos, como alcanos, arenos, álcoois, aminas e carbonilo.

 

 

André Arigony Souto,Química,Escola de Ciências

André Arigony Souto / Foto: Bruno Todeschini

Em fevereiro, Arigony se lançou ao desafio de criar o aplicativo para melhorar a visualização. Começou a estudar o tema e fez vários cursos sobre realidade virtual e aumentada na plataforma Udemy. A novidade tem alcançado muita repercussão.

O professor não quer parar por aí. Vai buscar o engajamento de alunos e colegas na construção de novos materiais para ensinar de forma mais rápida e aumentar a complexidade dos conteúdos.

Para baixar o IRspectrAR, gratuitamente, é só acessar aqui. Por enquanto está disponível apenas para dispositivos Android.

 

 

 

 

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Foto: Pixabay/TheDigitalWay

De acordo com uma pesquisa executada pela PUCRS e realizada pela Fundação Thiago Gonzaga, as novas opções de mobilidade urbana, como os aplicativos, podem ser decisivas para uma mudança no cenário. Coordenado pelo professor da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos da PUCRS, Ilton Teitelbaum, o estudo inédito, que teve o apoio da Uber, procurou entender como os jovens de Porto Alegre estão incorporando a chegada de aplicativos em sua rotina. Segundo o levantamento, entre os jovens que admitem já ter dirigido após beber, 46% justificam a atitude porque não tinham outra alternativa de transporte disponível à época.

Os dois fatores considerados pelos jovens como os mais importantes para a escolha do meio de transporte são preço (72% dos entrevistados) e segurança (52%). Para 85% dos entrevistados, os aplicativos são a melhor forma de voltar para casa depois de consumir bebida alcoólica.

A pesquisa aponta ainda que, entre os principais benefícios percebidos pelos jovens com a chegada dos aplicativos, estão poder consumir bebida sem ter de se preocupar em dirigir depois (49%) e a maior segurança proporcionada pelos apps (43%).

“Hoje, as pessoas, especialmente os jovens, têm a opção de deixar o carro em casa e de não pegar carona com alguém que bebeu, deslocando-se com tranquilidade e segurança”, afirma Diza Gonzaga, presidente da Fundação.

“Desde que começamos a operar em Porto Alegre, temos buscado contribuir para tornar o trânsito da região metropolitana menos violento ao oferecer mais uma opção econômica e segura de mobilidade”, analisa.

Em 2017, ano em que a Uber completou dois anos de operações e chegou a mais de um milhão de usuários na região de Porto Alegre, a capital registrou o menor número de mortes no trânsito em 20 anos.

“Ao unir forças com a Fundação Thiago Gonzaga, reforçamos nosso compromisso de trabalharmos para ampliar a conscientização dos gaúchos em relação aos perigos da combinação de bebida e direção”, afirma Fábio Plein, diretor-Geral da Uber na Região Sul.