Uma pessoa segura um prato redondo com uma refeição composta por proteínas, com tiras de filé de frango grelhado à esquerda, um montinho de arroz integral ao centro, feijão-vermelho ao redor na parte inferior, e, à direita, legumes grelhados — pimentões vermelho, amarelo e laranja, brócolis e fatias de cenoura. A pessoa veste uma camisa clara e apoia o prato com as duas mãos, ligeiramente desfocadas ao fundo.
O mercado de proteínas e suplementos proteicos vive seu melhor momento e promete continuar crescendo para além das academias. / Foto: Envato

Você provavelmente já notou a presença de proteína em diversos rótulos de alimentos, como barras de cereais, bebidas lácteas, paçocas e outros snacks. Além disso, o nutriente também é um fenômeno nas redes sociais, presente em receitas de bolos, mousses e tortas proteicas. Mas você sabe qual é o motivo para essa popularidade? Entenda mais sobre a importância do nutriente para a saúde. 
 
Essencial para o funcionamento do organismo, a proteína é um macronutriente que atua na formação dos tecidos do corpo, como cabelo, músculos, pele, ossos e órgãos. O composto proteico desempenha um papel importante na produção de anticorpos, fortalecendo o sistema imunológico. Também contribui para a constituição e o equilíbrio de hormônios — como o do crescimento — e do metabolismo. O nutriente ainda pode ser utilizado como uma fonte de energia pelo organismo em situações de carência de carboidratos e gorduras. 

Quais são as diferenças entre as proteínas? 

Elas são divididas em dois grupos: de origem animal (carnes, ovos e leite) e vegetal (grãos, leguminosas, sementes e vegetais).  

As principais diferenças estão na presença dos aminoácidos, que atuam na composição das proteínas. O corpo humano produz onze aminoácidos não essenciais, sintetizados por outros compostos do organismo, enquanto os nove essenciais, aqueles que o corpo não consegue sintetizar, devem ser obtidos por meio da alimentação, encontrados em sua totalidade nas proteínas de origem animal. Já as de origem vegetal podem ter um ou mais aminoácidos essenciais não produzidos pelo corpo – chamados de limitantes

Segundo o professor de Nutrição da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS Giuseppe Potrick Stefani, outra diferenciação é a digestibilidade. 
 
“As proteínas de origem vegetal possuem em sua constituição componentes químicos que podem atrapalhar parcialmente a absorção de alguns aminoácidos, chamados de ‘fatores antinutricionais’. Na realidade, não é nada que impacte significativamente, mas sabemos que em algumas condições muito específicas eles podem afetar negativamente a absorção”. 
 
A quantidade absorvida pelo organismo varia conforme o alimento e a forma de preparo. As proteínas animais e vegetais apresentam boa absorção, de modo geral, enquanto suplementos alimentares podem atingir até 100%. “Não há proteínas superiores, mas sim como está organizado o cardápio alimentar do dia”, complementa o professor.

O famoso Whey Protein 

Ao falar em proteínas, é impossível não mencionar o Whey Protein. O suplemento proteico é um dos mais consumidos no País. Conforme o levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), o consumo de Whey Protein e concentrados de proteína aumentou em 25% entre 2021 e 2023.  

“É uma proteína com alta digestibilidade, com uma praticidade e diversos componentes bioativos que auxiliam na saúde como um todo. É uma ferramenta para casos em que a alimentação tradicional não garante a quantidade de proteína necessária”, afirma Giuseppe. 

Para quem pratica exercícios físicos, a proteína é uma das principais aliadas na dieta, auxiliando na construção dos músculos, melhorando o rendimento dos treinos e a fadiga muscular. Neste caso, o Whey é um grande parceiro. Existem três tipos diferentes, com diferenças nos seus processos de produção: 
 
Concentrado: possui menor teor de proteína, devido ao seu processo de filtragem, podendo conter lactose e derivados.  

Hidrolisado: neste tipo, as moléculas são quebradas em partículas menores, o que nem sempre impacta em uma absorção mais rápida, mas sim em um maior aproveitamento da proteína.  

Isolado: é a versão mais “pura”, com pelo menos 90% de proteína na porção de farelo, em função do seu processo de filtragem seletivo. 

Ainda assim, o uso do suplemento deve ser avaliado por um profissional da área de saúde qualificado para determinar se é necessário suplementar.  

“Se a logística do dia a dia é desafiadora e a demanda diária de exercícios é acima da média, esses são fatores que podem influenciar na decisão de suplementação. Para quem precisa consumir as proteínas de maneira rápida e eficiente, o Whey é uma boa alternativa”, explica o nutricionista. 

Na imagem, suplementos de proteína, como Whey Protein, na cor amarela, no centro, barras de proteína, na cor marrom, à esquerda, e uma garrafa de água, na cor cinza, à direita.
Whey Protein acelera a recuperação pós-treino e potencializa resultados na atividade física. / Foto: Envato

Qual é a quantidade recomendada? 

Uma das principais dúvidas de quem está entrando em uma dieta é a quantidade de proteína que deve ser consumida.  

Essa medida é individual, levando em conta o estilo de vida e os objetivos de cada pessoa. Para o cálculo, são utilizados parâmetros de gramas de proteína para cada quilo de massa corporal por dia (g/kg/dia). A recomendação para pessoas sedentárias é de cerca de 0,88 g/kg/dia. Ou seja, uma pessoa de 70 kg, por exemplo, deve consumir cerca de 60g de proteínas ao dia – como um filé de frango ou um ovo. 
 
Já para os atletas e praticantes de exercícios físicos, o cálculo é diferente, feito com base no esporte praticado. Para os atletas de resistência, como corrida, natação ou ciclismo e endurance, o recomendado é 1,0 a 1,5 g/kg/dia. Em outras palavras, uma pessoa ativa deveria consumir de três a cinco porções de proteína diárias. 

Aos que praticam exercícios de força ou potência, como levantamento de peso, a recomendação é entre 1,6 e 2,0 g/kg/dia. Isso quer dizer que, para quem realiza musculação, o indicado é em média cinco a seis porções por dia, dependendo da frequência e da intensidade dos treinos. 

“É importante salientar que para a maioria da população, esses valores suprem muito bem a demanda diária. No caso de atletas de elite, de alto rendimento, esses valores podem modificar”, enfatiza Stefani.

Quais as consequências do consumo inadequado de proteínas? 

É importante consumir diariamente alimentos proteicos. Consumir menos que o indicado pode estar associado a diversos fatores, como a fadiga, enfraquecimento do cabelo, da pele e do sistema imunológico e na redução da massa muscular ao longo do tempo. 

O professor de Nutrição da PUCRS orienta para os cuidados em dietas mais restritivas, como as veganas e vegetarianas, mas ressalta: “se bem planejadas, essas dietas não sofrem qualquer influência sobre o desenvolvimento muscular.”  

Por outro lado, comer demais também pode ser um problema. O consumo, além do recomendado, não é o caminho mais indicado para alcançar resultados mais rápidos e saudáveis. Apesar de difícil, é possível que esse excesso favoreça alguns problemas, como a eliminação excessiva de nitrogênio pela urina – o que pode ser evitado com uma boa hidratação de água ao longo do dia –, além de uma sobrecarga desnecessária no fígado.   

Giuseppe menciona que, com base em um estudo realizado em ratos, parece existir um “limite” para a absorção saudável de proteína. “Estamos falando de exemplos em que são consumidas mais de 60 gramas de proteínas em uma única refeição – o que é incomum na vida real. Ultrapassar esse limiar pode aumentar o risco de desenvolver doenças”. 

O sucesso da proteína 

Sem dúvidas, o mercado de proteínas está em seu melhor momento. O setor de suplementos proteicos se expandiu para além das academias e promete continuar crescendo. Segundo o Euromonitor – empresa de pesquisas de mercados globais -, no Brasil, em 2023, o faturamento chegou a R$ 4,3 bilhões, e a estimativa é que, até 2028, o lucro alcance R$ 9,8 bilhões.  

“Hoje é o nutriente que as pessoas entendem que pode favorecer o emagrecimento. Existe um ‘medo’ grande de evitar picos de açúcar no sangue e as proteínas tendem a diminuir esse aumento. Mas, nada disso possui relação com ser mais ‘saudável’ quando falamos de pessoas fisicamente ativas”, comenta o nutricionista.  

Entre os fatores associados ao crescimento desse mercado, Giuseppe destaca os avanços na inovação de produtos, a busca por uma alimentação balanceada e a ideia de que “mais proteína é mais saúde”.  

“É muito bacana ver a indústria se reinventar desenvolvendo alimentos proteicos mais palatáveis, com sabores diferentes, e, sinceramente, trazer competições entre marcas concorrentes para produtos ainda melhores. Quem sai ganhando é o consumidor. Mas ainda temos muitos produtos proteicos no mercado prejudicais para a saúde pelo elevado nível de processamento, neste caso, alimentos ultraprocessados, que devem ser analisados com cautela para o consumo.” 

Seja pelas receitas compartilhadas nas redes sociais, ou a preocupação com o bem-estar físico, a população – especialmente a geração Z – tem buscado, cada vez mais, informações e promovido discussões sobre o que pode favorecer um estilo de vida mais saudável.  

Hoje é comum reavaliar os produtos que colocamos dentro de casa com base nos rótulos de ingredientes e, mais recentemente, a quantidade de proteína. A indústria de alimentos e bebidas não tem ficado para trás, buscando diversificar seus produtos, aproveitando o crescente interesse por produtos de alto valor proteico para atrair quem está buscando alternativas com “mais” benefícios nutricionais. Sobre essa prática, Stefani afirma que é preciso ter atenção.  

“Ter mais proteína é algo a se considerar, mas hoje muitas pessoas usam aplicativos que facilitam o entendimento de rótulos, como o ‘Desrotulando’. O que pode gerar confusão é a diferença mínima entre produtos concorrentes do mesmo grupo. Por exemplo, uma barra de cereal com 7 gramas de proteína da marca A comparado com uma de 7,3 gramas de proteína da marca B. Na prática, essa diferença é clinicamente irrelevante.”  
 
Ele adverte que é mais recomendado prestar atenção ao nível de processamento dos alimentos, como aditivos alimentares e corantes, do que a quantidade isolada do nutriente.   

Além disso, muitas empresas de suplementos proteicos também têm ampliado seu público-alvo, buscando atingir diferentes perfis de consumidores. 

“Uma das ideias mais discutidas é que mais proteína significa melhor qualidade nutricional. Nem sempre isso é verdade, mas as pessoas compram essa ideia, especialmente pelo desejo de ser mais saudável. A indústria sabe bem disso: vender um produto para um público que busca comprar uma solução nessa linha é mais fácil do que um público que nem pensou que precisaria desse elemento. É uma mudança de mercado bem significativa.”, enfatiza o professor.  

A ideia de que a proteína está atrelada ao aumento da saciedade é algo bem disseminado na área da Saúde, segundo Giuseppe. Com diversas informações disponíveis na internet, é importante estar atento/a para não acreditar em falsas metas de proteína em suas refeições, além de gastar equivocadamente com produtos “milagrosos”. 

“Essa informação está mais e mais presente para o grande público e, com isso, mais pessoas divulgam, como os influenciadores digitais. E, infelizmente, muito comumente vemos disseminação de informações que não compactuam com a verdade que a ciência demonstra.”, alerta. 

O sucesso da proteína também tem provocado uma troca de valores perigosa ao público, muito influenciado pelo uso de redes sociais. “Na minha visão, a principal consequência está em dar um valor demasiadamente alto para somente ‘o quanto de proteína devo comer por dia’ em vez de questionar ‘se a qualidade da minha alimentação é boa’ ou se “a minha alimentação é comida de verdade ao invés de alimentos industrializados”, comenta Giuseppe.  

O profissional conta que é cada vez mais frequente encontrar pessoas que desejam perder peso optando por barras de proteína, bebidas lácteas e suplementos, e, ainda assim, demonstrarem dificuldades para emagrecer. “Quando reduzimos o consumo de alimentos ultraprocessados, o resultado na perda de peso começa aparecer com mais amplitude. Isso se dá pela qualidade da alimentação que se torna superior e o nosso corpo responde bem a essa reeducação alimentar.” 

A importância do acompanhamento nutricional

Independente do objetivo, para realizar uma dieta assertiva, o indicado é consultar um profissional qualificado da área que irá montar um plano alimentar baseado em suas necessidades, com as quantidades calculadas de cada alimento.  

As dietas não supervisionadas podem trazer consequências para a saúde, como exageros ou redução de carboidratos e nutrientes, além de riscos de deficiência de energia – de vitaminas e minerais – e lesões por inadequação do cardápio, que podem aumentar o risco de infecções oportunistas, igual um resfriado.

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5 dicas: saiba como se alimentar de forma saudável no verão - Nutricionista indica cuidados necessários com a alimentação na época mais quente do ano

Foto: Camila Cunha

É comum que, nesta época do ano, as pessoas comecem a se preocupar com como manter uma alimentação saudável no verão. Alternativas de alimentação mais leves e refrescantes ganham a preferência para combater o calor da estação. Um dos motivos para isso é que as altas temperaturas fazem com que naturalmente o corpo sue e perca mais água.

Para se alimentar de forma segura e saborosa nesse período, professores da Escola de Ciências da Saúde e da Vida deram algumas dicas. Confira:

1) Alimentação saudável no verão e no ano todo

Adotar uma alimentação balanceada é fundamental independentemente da estação. Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, é sempre importante dar preferência aos alimentos in natura ou minimamente processados:

2) Beba bastante água

Durante o verão, época em que as temperaturas ficam mais elevadas, é preciso ter mais atenção para consumir alimentos ricos em líquidos:

5 dicas: saiba como se alimentar de forma saudável no verão - Nutricionista indica cuidados necessários com a alimentação na época mais quente do ano

Foto: Camila Cunha

3) Cuidados com a higiene e conservação

Com as altas temperaturas, aumenta o risco de contaminação dos alimentos, gerando infecção alimentar.

4) Opte por refeições leves para não deixar o dia pesado

Dê preferência para alimentos mais leves e ricos em água e nutrientes para evitar a sensação de cansaço. Não fique longos períodos sem se alimentar durante o dia.

5) Saiba a procedência dos alimentos

Além de conferir se a comida não está vencida, levar em consideração a procedência do que você consome é outro ponto importante para manter uma alimentação saudável no verão.

5 dicas: saiba como se alimentar de forma saudável no verão - Nutricionista indica cuidados necessários com a alimentação na época mais quente do ano

Foto: Bruno Todeschini

Agora, faça você mesmo!

Confira três dicas bônus para você fazer sucos que combinam com esse período do ano. Confira:

1. Suco de abacaxi com hortelã digestivo

Ingredientes

Modo de preparo

Coloque os ingredientes no liquidificador e bata. Tome em seguida. Para os cubinhos de gelo de couve, utilize: três folhas de couve higienizada para cada 200ml de água. Bater no liquidificador e depois colocar este suco em formas de gelo. Desenforme na hora de fazer o suco.

2. Suco vermelho energético

Ingredientes

Modo de preparo

Coloque os ingredientes no liquidificador e bata. Tome em seguida. Cuide para bater o maracujá sem as sementes.

3. Suco do bronzeado perfeito

Ingredientes

Modo de preparo

Coloque os ingredientes no liquidificador e bata. Tome em seguida.

Para a professora Rochele Rodrigues, é importante que estudantes da graduação em Gastronomia estejam atentos as tendências do mercado. / Foto: Giordano Toldo

Profissionais e amantes da culinária estão de olho nas tendências gastronômicas de 2024. Afinal, é preciso acompanhar as movimentações do mercado para oferecer novidades para os clientes, aprimorando as próprias técnicas e trabalho. Os estudantes de gastronomia também precisam observar essas tendências, assim, podem entender melhor como direcionar seus estudos e buscar oportunidades nas áreas em alta, além de conhecimentos para aprimorar suas habilidades. 

Pensando nisso, conversamos com uma especialista no assunto: a doutora Rochele Rodrigues, professora do curso de Gastronomia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, aponta as tendências para o setor em 2024 e também fala sobre as habilidades fundamentais para o profissional de gastronomia e as oportunidades no mercado. Confira! 

Quais são as principais tendências gastronômicas de 2024?

Assim como muitos setores, a gastronomia é um mercado em constante evolução. Ano após ano, surgem novidades para otimizar o trabalho dos profissionais e melhorar a satisfação dos clientes. Rochele acredita que as tendências gastronômicas de 2024 estarão ligadas à saúde, à sustentabilidade, aos avanços tecnológicos e à busca contínua pela oferta de experiências únicas e inovadoras. 

Ela também ressalta que os estudantes da área precisam acompanhar essas tendências para que possam estabelecer uma conexão efetiva com os clientes, oferecendo pratos alinhados às preferências e expectativas deles. Isso é o que melhora cada vez mais a experiência desses usuários. Confira a seguir as tendências gastronômicas apontadas pela docente.

1) Ênfase na comida sustentável

É possível perceber a sustentabilidade na gastronomia por meio da priorização de ingredientes locais e sazonais. Segundo a professora, com essa prática, chefs e restaurantes procuram minimizar o impacto ambiental que o setor gastronômico pode provocar. 

“Penso que a redução do desperdício de alimentos e o uso criativo de ingredientes não convencionais devem se tornar mais comuns, impulsionando a sustentabilidade e a conscientização sobre o desperdício na indústria alimentícia”, relata. 

2) Crescimento de opções à base de vegetais

A professora também ressalta a crescente demanda por opções vegetarianas e veganas. Filosofias como essas impulsionam o setor de gastronomia para o desenvolvimento de alternativas que atendam a essas necessidades. Esse fenômeno reflete uma série de mudanças impulsionadas por considerações relacionadas à saúde, sustentabilidade e ética.

3) Integração da Tecnologia na Culinária

Apesar de ser uma das tendências relacionadas à gastronomia, a tecnologia nesse caso não se refere ao alimento, mas ao dia a dia dos estabelecimentos e profissionais para trazer mais produtividade, explica Rochele: 

“A tecnologia também desempenha um papel importante na cozinha contemporânea. A automação e a inteligência artificial estão sendo integradas para otimizar processos e melhorar a eficiência em restaurantes e cozinhas profissionais”. 

4) Fusão de culinárias globais 

É comum encontrarmos estabelecimentos e chefs especialistas na gastronomia de um determinado país. Porém, uma das tendências para 2024 é a fusão de diferentes culinárias. Segundo Rochele, essa prática resulta em pratos únicos e emocionantes. É uma forma de refletir a diversidade da culinária global, além de valorizar a interação entre a cultura dos povos. 

Mas não para por aí. De acordo com a especialista, para o futuro, é possível antecipar projeções ainda mais inovadoras. Por exemplo: 

Quais são as qualidades mais procuradas pelo profissional de gastronomia? 

A professora Rochele Rodrigues vê uma crescente na demanda por opções vegetarianas e veganas. / Foto: Camila Cunha

Ter atenção às movimentações e novidades do mercado é apenas um dos hábitos fundamentais para o estudante de gastronomia: ele também precisa se preocupar com a formação do seu próprio perfil profissional. Sendo assim, é indispensável conhecer, desenvolver e aprimorar as habilidades mais procuradas pelos profissionais do setor de gastronomia. Segundo Rochele, os profissionais da gastronomia precisam ser uma combinação de artistas, técnicos e gestores. Veja nos tópicos a seguir, quais habilidades são fundamentais para ter sucesso na carreira. 

1) Criatividade

De acordo com a especialista, a criatividade é o pilar central para os profissionais do setor de gastronomia. “A capacidade de inovar e criar novos pratos é fundamental nessa área, já que a gastronomia é, em muitos aspectos, uma forma de arte culinária”. 

2) Habilidade técnica

A gastronomia também é uma área muito especializada. Portanto, é essencial que o estudante conheça as técnicas culinárias para que elas possam ser praticadas e dominadas, de modo que ele consiga realizar um trabalho de alta qualidade. 

3) Inteligência emocional 

As habilidades comportamentais não ficam de fora da lista. Rochele aponta a proatividade, o trabalho em equipe e a inteligência emocional como características fundamentais para quem atua no ramo. Isso porque os profissionais de gastronomia também precisam resistir à pressão. 

“Cozinhar em ambientes de alta pressão, como restaurantes movimentados, exige calma e eficiência sob pressão. A capacidade de manter a compostura e entregar pratos de alta qualidade em momentos de grande agitação é uma qualidade essencial”, ressalta a especialista. 

4) Rigor com as normas de higiene

A docente alerta: “A observância rigorosa das normas de higiene e segurança dos alimentos é imperativa na gastronomia. Isso inclui o armazenamento adequado de alimentos, o manuseio seguro e a prevenção de contaminação, garantindo que a comida seja segura para consumo”. 

5) Boa comunicação 

Em uma cozinha profissional, impera o trabalho em equipe. Por isso, cada um dos membros precisa saber se comunicar muito bem com os demais. Assim, o time conseguirá entender e coordenar as atividades, garantindo a entrega de pratos de alta qualidade com eficiência. 

6) Adaptabilidade 

Rochele aponta a adaptabilidade como uma qualidade muito valiosa. Afinal, a gastronomia é um campo que está em aprimoramento contínuo, logo, os profissionais precisam ter disposição para aprender de maneira constante. Também devem se adaptar às novas tendências, a ingredientes diferentes e até mesmo a novos estilos culinários. 

7) Atenção a detalhes

São os detalhes que fazem a diferença na apresentação de um prato e também no sabor das receitas oferecidas para os clientes. Por isso, Rochele também aponta a atenção aos detalhes como fator crucial na gastronomia. Somente dessa forma é possível garantir que cada prato será preparado com perfeição. 

8) Liderança e gestão

Essas duas habilidades são fundamentais, principalmente, para os estudantes que visam cargos de administração ou de gerência na gastronomia. Nesse caso, é preciso ter conhecimento sobre a gestão de cozinha e de negócios, planejamento e gerenciamento de equipe. 

Quais são as oportunidades no mercado de trabalho?

Para Rochele, os profissionais da gastronomia precisam ser uma combinação de artistas, técnicos e gestores. / Foto: Giordano Toldo

Agora que você já conferiu as tendências gastronômicas de 2024, chegou a hora de entender o que esperar do mercado de trabalho. A boa notícia é que os formados nessa área encontram uma grande diversidade de ramos de atuação. Rochele conta que é possível aproveitar oportunidades como: 

“Essa diversidade de papéis permite que os profissionais explorem carreiras na cozinha, administração de restaurantes, consultoria, mídia, educação e muito mais”, explica a professora. 

Para conseguir aproveitar as oportunidades que o setor de gastronomia oferece, o estudante precisa investir em sua própria formação. Segundo a especialista, é fundamental considerar uma combinação entre a educação formal, a experiência prática e o autodidatismo. Rochele ressalta que o ideal é buscar um curso de gastronomia aprovado pelo MEC, que seja de uma instituição respeitada. Assim, o estudante conseguirá receber todas as bases técnicas necessárias para atuar com excelência no mercado. A docente ressalta alguns dos diferenciais da PUCRS para quem deseja cursar gastronomia: 

“A PUCRS é conhecida por oferecer educação de alta qualidade, o que é fundamental em uma área tão exigente como a gastronomia. Além disso, a Universidade oferece uma excelente infraestrutura e instalações adequadas para as atividades práticas, o que é essencial nessa área”. 

Na PUCRS, os estudantes de gastronomia são preparados com habilidades técnicas, conhecimentos de gestão de restaurante, também de nutrição e segurança dos alimentos. A professora conta que o aprendizado prático permite aos alunos aplicar os conhecimentos obtidos em sala de aula em cozinhas reais. Tudo isso em um ambiente atualizado com as tendências e os desenvolvimentos mais recentes da indústria gastronômica. 

Outro grande diferencial é o fato de a PUCRS ser uma Universidade com boa reputação e credibilidade no mercado. O curso recebeu a nota máxima do MEC, e você ainda terá a oportunidade de criar uma grande rede de contatos para ampliar as suas oportunidades de estágio e emprego. Ou seja, tem tudo o que precisa para atuar com excelência na gastronomia, trilhar a sua carreira e alcançar a realização profissional. 

Gostou de conhecer as tendências gastronômicas de 2024? Não se esqueça de que esse é um setor que passa por mudanças constantes, pois acompanha o comportamento e os hábitos das pessoas. Então, procure se informar sobre as novidades que surgem para manter os seus conhecimentos alinhados a tudo isso, preparando-se melhor para o mercado de trabalho. 

Estude Gastronomia na PUCRS em 2024

5 dicas: como aproveitar o verão com distanciamento social

Foto: EnvatoElements

Praia, carnaval, aglomeração com os amigos e amigas. Junto com o verão e o tradicional período de férias de fim de ano vêm os planos para descansar e se divertir com as pessoas que a gente gosta. Mas… e como fica com a pandemia? Separamos alguns conteúdos que vão te ajudar a aproveitar a estação respeitando às orientações de segurança e distanciamento social da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde. Ah, e nem precisa sair de casa, viu? 

1. Experimente receitas refrescantes

Apesar de ser importante ter uma alimentação saudável durante o ano todo, no verão é comum que as pessoas procurem alternativas mais leves e refrescantes para combater o calorão da estação. Lembre-se de tomar bastante água e confira como se alimentar de forma saudável e preparar diferentes receitas de sucos naturais para os dias quentes neste link. 

2. Que tal assistir um filme para se distrair?

Já para quem quer entrar no clima da premiação do Oscar, que em 2021 deve acontecer em abril, que tal dar uma espiada naquela lista de filmes que você não conseguiu ver ainda? Escolhemos cinco obras para você assistir e, entre elas, algumas indicadas ao prêmio em 2020 e outras vencedoras no Festival de Cannes. 

3. Não deixe de tomar sol

Mesmo que você não esteja saindo de casa, a exposição moderada à luz solar é importante para a produção de vitamina D no corpo humano e ajuda a evitar doenças. Uma alternativa leve é ficar com a palma da mão virada para o sol em torno de cinco a dez minutos no máximo, em uma janela. Sentiu que a palma da mão está quente? Já está sintetizando vitamina. 

Se você tem a sorte de ter piscina em casa e for se expor ao sol, não se esqueça de fazer isso até as 10h e após as 16h, sempre utilizando protetor solar. 

Saiba mais: Efeitos e benefícios da exposição à luz solar para a imunidade 

4. Pratique exercícios

O Parque Esportivo da PUCRS promove semanalmente aulas online gratuitas de diferentes modalidades, no Instagram @parqueesportivopucrs, com duração de 40 minutos a uma hora. Confira a programação: Hiit, segunda-feira, às 18h30min e quarta-feira, às 19h30min; Ritmos, terça-feira, às 12h e quinta-feira, às 17h; e Yoga, sexta-feira, às 12h30.

5. Se precisar sair, cuide-se

projeto documentando a experiencia da covid-19, história

Foto: iStock

Para manter alguns serviços essenciais funcionando, muitas pessoas seguem trabalhando presencialmente. Se precisar sair, lembre-se de usar máscara, álcool em gel e de manter a distância de segurança, além de proteger a sua pele contra longas exposições ao sol. Confira também neste link alguns produtos que podem te ajudar no dia a dia. 

Saiba mais: Como cuidar da pele no verão 

Dicas bônus 

Com vários equipamentos elétricos ligados e passando mais tempo em casa, essa mudança na rotina também pode refletir na conta de luz no fim do mês. Confira como economizar energia elétrica no verão com dicas simples de quem entende do assunto.