Pesquisadores da Escola Politécnica oferecem instruções e alertas sobre o consumo de água
As enchentes que causaram estragos em grande parte do Rio Grande do Sul deixaram milhares de desabrigados, incluindo famílias inteiras, animais de estimação e muitas crianças. Neste momento de calamidade, a PUCRS é um dos abrigos emergenciais em Porto Alegre, com estrutura montada em seu Parque Esportivo, e recebe e encaminha doações. Como consequência dos alagamentos de equipamentos técnicos de abastecimento de água, grande parte da população está sem água encanada em casa. O Centro de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Ideia) e o Laboratórios de Processos Ambientais, da Escola Politécnica da Universidade, investigaram como as pessoas podem ter acesso à água, principalmente potável, visto que o produto está em falta em muitos mercados. Os pesquisadores também alertam sobre quais tipos de água não são adequados para consumo humano.
Para quem está com a chegada de água por encanamento, após passar por uma Estação de Tratamento de Água (ETA), pode beber e usar para alimentação, pois esta água é potável. Terá uma certa turbidez em função da água coletada, mas dentro do permitido pela legislação. Outra situação é no caso de casas ou prédios que ficaram sem água e tem caixa d’água inda abastecida. A caixa d’água precisa ser limpa com uma frequência e caso isso não ocorra, quando o nível reduz, a sujeira do fundo também surge.
Existem ainda fontes públicas espalhadas por Porto Alegre, mas destes locais não é aconselhado o consumo, pois apresentam valores de coliformes e E. Coli acima dos considerados seguros para a saúde pública. E os procedimentos de potabilidade da água citados abaixo, não se aplicam nestes casos. A água de fontes públicas é segura apenas para uso de limpeza ou descargas. Ainda é possível, nestes dias chuvosos, coletar com o auxílio de baldes ou de outras maneiras, a água da chuva, para posterior filtragem, pois também não é indicada para consumo imediato. Já a água de alagamentos não deve ser utilizada para nenhum uso, deve-se evitar contato.
Opção 1:
Opção 2:
Além do filtro de barro também é possível utilizar outros tipos, como coador de papel, tela de nylon, pano limpo ou ainda um filtro doméstico. Outro ponto importante é o consumo consciente de água, visto que muitas pessoas estão sem acesso. É preciso usar apenas o necessário para garantir que não falte para ninguém. Os abrigos provisórios continuam pedindo doações de água mineral, item essencial para a saúde das pessoas.
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