Na última quinta-feira, 14, ocorreu o 1º Webinar da Rede Marista Internacional de Instituições de Educação Superior (IES), por meio da plataforma Zoom. O evento contou com a participação de cerca de 250 conexões de gestores e professores de diferentes Unidades Administrativas e Universidades Maristas ao redor do mundo. O diálogo promovido apresentou os cenários e oportunidades da crise mundial, com foco no futuro das ações pedagógicas e acadêmicas no ensino superior e as possibilidades de ações colaborativas entre as instituições pertencentes à rede.
Com moderação do presidente do Comitê Executivo da Rede Marista de IES, Ir. Manuir Mentges, o evento iniciou com a abertura promovida pelo vigário-geral do Instituto Marista, Ir. Luis Carlos Gutierrez. Em sua fala de acolhida, ele destacou a nova época que está sendo vivenciada por todas sociedades em todo o mundo. “Estamos entrando em uma nova realidade, uma nova normalidade”, disse. “Tais mudanças nos levam a refletir sobre novos projetos educativos, de serviços e novos modelos para as práticas de recursos humanos”, reforçou. Além disso, ele fortaleceu a importância da colaboração entre as instituições de ensino superior e recordou o planejamento estratégico da administração geral para a rede, que propõe três iniciativas: ser construtores de pontes, ser agentes de mudanças e promover lideranças servidoras. Na sequência, a programação foi dividida em três painéis de apresentação de cases de três universidades pertencentes à rede: a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul(PUCRS), a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), do Brasil e a Universidad Marcelino Champagnat (UMCh), do Peru.
A primeira temática Organização acadêmica em tempos de pandemia: Construindo possibilidades, foi conduzida pela professora Adriana Justin Cerveira Kampff, diretora de graduação da PUCRS. Ela trouxe o contexto do período que precedeu a suspensão das atividades presenciais no campus da PUCRS, no início de março. Ela lembrou que no momento de crise, muitas inquietações surgiram e que diante delas, foi possível retomar a essência da Universidade. “Somos uma instituição marista, inovadora e com responsabilidade social”, afirmou. Na sequência, o evento contou com a apresentação As IES Maristas no contexto pós-pandemia: Cenários e perspectivas, do professor Ir. Marino Latorre Ariño, diretor da Escola de pós-graduação da Universidad Marcelino Champagnat. Ele retomou as principais características de um mundo pós-pandêmia resumidas nos três I’s: imprevisíveis, incontroláveis e gerenciáveis. Com essa percepção, o professor salientou as teorias relacionadas ao mundo atual que reforçam um cenário de volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade.
O último painel teve como tema Percursos para a Graduação online: Compartilhando experiências, conduzido pelo professor Vidal Martins, vice-reitor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Ele apresentou a trajetória de 15 anos de educação online da Universidade e fortaleceu que, para que as tecnologias educacionais sejam efetivas e prosperem, é necessário que a cultura para ambientes digitais de aprendizagem virtual seja formada.
Para o Ir. Manuir, movimentos como esse contribuem para o cenário desafiador pelo qual o mundo todo está passando. Ele lembrou que o convite para o evento trouxe uma inspiração do XXII Capítulo Geral do Instituto Marista que fortalecia a interdependência como um novo normal. “A primeira webinar da Rede Marista de Instituições de Educação Superior permitiu compartilhar boas práticas e nos fez compreender que, mesmo sendo de diferentes regiões, diferentes tamanhos, diferentes estruturas, somos complementares.
A Rede Marista Internacional de Instituições de Educação Superior (IES) integra o conjunto das obras da missão compartilhada por Irmãos, Leigas e Leigos das diferentes Unidades Administrativas do Instituto Marista. É acompanhada, da parte da Administração Geral, pelo Secretariado de Educação e Evangelização do Instituto. A Rede foi inaugurada em novembro de 2004, quando representantes de várias instituições se reuniram em Curitiba (PR) para refletir sobre o papel das Instituições Maristas de educação Superior dentro da Missão marista.
Nomeado em 2019, o Comitê Executivo é composto pelo Ir. Manuir Mentges, pró-reitor de graduação e educação continuada da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), presidente e membro do Comitê Internacional de Missão do Instituto, representando os falantes da língua portuguesa; Ir. David Hall, decano da Universidade Católica da Austrália, representando o idioma inglês; Ir. Roberto Mendez Lopés, reitor da Universidade Marista de Querétaro, representando a língua espanhola.
Com o Centro de Eventos lotado, o professor emérito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Silvio Meira abriu o Seminário de Desenvolvimento Acadêmico 2017 da PUCRS nesta quarta-feira, 1º de março, palestrando sobre Inovação na Educação Superior. Antes de iniciar a sua fala, recebeu as boas vindas do Reitor, Ir. Evilázio Teixeira, e da Pró-Reitora Acadêmica, Mágda Cunha. O Reitor também saudou todos os presentes e celebrou a chegada de 24 novos docentes à Universidade.
Ir. Evilázio lembrou que a educação não permite apatia, pois é um trabalho que lida com o ser humano, que é um ser capaz de crescer, se desafiar e de transformar a si mesmo e a natureza. Durante seu discurso, propôs que todos colocassem no horizonte três princípios para praticar durante o ano: coerência (ser aquilo que se fala), simplicidade (relações genuínas, e não de poder) e consistência (terminar aquilo que começou). “Tudo é negociável, menos os valores. Precisamos cada vez mais ser uma comunidade efetiva, que aprende. Que junto com nossos estudantes possamos abrir essa maravilha chamada conhecimento”, disse.
Durante a palestra, Meira recordou que em 2018 a PUCRS completará 70 anos. Para ele, a preocupação principal é o futuro, o que seria um problema para qualquer instituição, principalmente se projetado a longo prazo. “O que podemos fazer hoje para que em 2148 possamos comemorar os 200 anos da instituição? ”, questionou. Para responder, Meira resgatou o significado de devoção citado pelo Reitor no início do evento. “Quando o Irmão Evilázio cita a devoção, ele está falando de comunidades com membros compartilhando o mesmo propósito”, afirmou.
Para Meira, o mais difícil é fazer os alunos se engajarem no processo de aprender. Como exemplo de aprendizado bem-sucedido e completamente diferente do da sala de aula tradicional, ele citou um vídeo no Youtube que mostra um laboratório de física móvel (uma van, um pêndulo e um balão), onde um homem ensina como funciona o movimento do balão de acordo com o movimento do carro. O vídeo tem mais de 6 milhões de visualizações. “Esse é o fim da sala de aula, fazer coisas criativas e diferentes. Não tem um garoto que eu tenha mostrado esse vídeo que não compartilhou com outros 10 amigos que mostraram para os pais. Esse é o processo de aprendizagem”, analisa. O palestrante ainda complementou que é preciso se envolver em outro ritmo de descoberta e se relacionar com tutores e mentores e não professores. “Existem 41 milhões de artigos no Wikipedia e eu preciso de um professor lendo algo no quadro? Tem alguma coisa completamente errada com isso do ponto de vista da eficiência”, acredita.
Docentes e técnicos administrativos da Universidade participaram nesta quinta-feira, 2 de março, das diversas mesas redondas que integram as atividades do Seminário de Desenvolvimento Acadêmico 2017. Dentre as atividades, o tema O Futuro do Trabalho: Formando Jovens Protagonistas para Inovação foi foco de debate no auditório do prédio 5.
A mesa foi apresentada pela coordenadora acadêmica do Idear, Ana Cecília Nunes, e contou com a presença do professor adjunto da Fundação Getúlio Vargas Newton Monteiro de Campos Neto e do consultor de empresas Alejandro Olchik. “A criatividade e o potencial de criação dos alunos são essenciais para a formação de protagonistas dentro da universidade”, afirmou Olchik, que também defendeu a adoção de modelos colaborativos de ensino através da criação de turmas multidisciplinares e de avaliação entre os próprios estudantes, por exemplo. Na opinião do professor da Faculdade de Comunicação Social, Ilton Teitelbaum, o debate foi essencial para fomentar a discussão sobre a reformulação do ensino em sala de aula, especialmente às vésperas do início de um novo semestre.
No auditório do prédio 9, o tema foi a Educação Socialmente Responsável: Desafios de Um Mundo em Transformação. A professora da Escola de Humanidades Inês Amaro defendeu os valores essenciais para a formação acadêmica, como cidadania, ética e aspectos relacionais que envolvam a participação do aluno em projetos de extensão comunitária. Já a aluna de estágio pós-doutoral em Educação da PUCRS Pricila Kohls dos Santos abordou os motivos de permanência e evasão de acadêmicos das universidades, apontando estratégias para solução dos problemas identificados. Um dos espectadores da atividade, o coordenador de projetos especiais do Tecnopuc Carlson Aquistapasse, lembrou que é importante que se discuta com os colegas assuntos ligados à interação social e políticas integradas. “Na Universidade, devemos dar mais atenção aos objetivos sociais que podem trazer benefícios à comunidade”.
O Seminário de Desenvolvimento Acadêmico 2017 encerra nesta sexta-feira, 3 de março, com a realização de oficinas que envolvem áreas de formação diversas. A lista completa das oficinas pode ser conferida neste link. Informações complementares podem ser obtidas no site www.pucrs.br/eventos/inst/desenvolvimentoacademico2017. Dúvidas podem ser solucionadas pelo e-mail [email protected] e por meio dos telefones (51) 3320-3630 ou (51) 3353-4306.