A segunda etapa da 30ª edição do Porto Alegre em Cena – Festival Internacional de Artes Cênicas começa dia 13 de março com o espetáculo O Circo Preto da República Bantu e encerra no dia 24 com o espetáculo <Tx[@]be/t_a | |=* Txabeta. A programação completa contempla sete espetáculos nacionais e internacionais. Além disso, conta com uma ampla programação paralela, com programa educativo, pontos de encontro para trocas de saberes, mostras de filmes e muito mais. O festival é financiado com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura/Ministério da Cultura e da Prefeitura de Porto Alegre. A PUCRS assina a correalização do evento, que tem o patrocínio da Petrobras, BB Asset, Itaú e Zaffari.
Nesta etapa, o festival oferece três espetáculos brasileiros, são eles: Área Suspensa (RS), da Cia Municipal de Dança de Porto Alegre, trazendo uma cartografia dançada dos corpos que habitam Porto Alegre, com uma proposta de manifesto contra intolerâncias; Brenda Lee e o Palácio das Princesas (SP), dirigido por Zé Henrique de Paula, homenageando a ativista Brenda Lee e sua luta pelos direitos LGBTQIAP+ e O Avesso da Pele (SP), do Coletivo Ocutá, uma adaptação do livro homônimo de Jeferson Tenório que trata sobre o racismo estrutural brasileiro a partir de um recorte de Porto Alegre nos anos 80.
Quatro espetáculos internacionais compõem a programação: O Circo Preto da República Bantu (África do Sul), com direção e produção de Princess Rose Zinzi Mhlongo, expõe o violento legado dos zoológicos humanos. Fronte[i]ra Fracas[s]o (Brasil e Bolívia), da parceria entre os grupos Companhia Clowns de Shakespeare e Teatro de Los Andes, evidencia e entende as relações em territórios fronteiriços a partir de uma pesquisa na região em que Brasil e Bolívia se separam apenas por um rio. Un Buen Morir (Bolívia), do Teatro de Los Andes, mostra a intimidade de um café da manhã de um casal, mas não um café da manhã qualquer, nem um casal qualquer. <Tx[@]be/t_a||=* / Txabeta (Cabo Verde), da House of Onix, traz uma viagem alucinante através da sabedoria ancestral do Batuku, gênero de música e dança tradicional cabo-verdiana.
“O conceito curatorial proposto em 2022 segue atual e potente: seremos um Porto Provocação, um Porto Palco que coloca em cena o que fomos e somos, e o que podemos ser. Abertos para balanço, atentos ao que vem.”, conta a equipe de direção artística, composta por Adriane Azevedo, Adriane Mottola, Airton Tomazzoni, Antônio Grassi, Juliano Barros, Renato Mendonça, Ricardo Barberena e Thiago Pirajira, se referindo a diversidade de espetáculos estrangeiros e nacionais que compõe a agenda de apresentações.
Os ingressos variam entre R$ 5,00 e R$ 60,00 e parte da bilheteria dos espetáculos contará com entradas gratuitas, destinados a grupos e coletivos de projetos sociais, culturais e educacionais.
“O Porto Alegre em Cena construiu passo a passo sua história com a cidade, trazendo os grupos mais relevantes da cena brasileira e mundial, mas também abrindo caminho para o novo, o diferente, o que desacomoda”, é grifado no site do festival. Para isso, será promovida uma sólida programação paralela aos espetáculos, como o Circuito Evoé, cortejo que homenageia Zé da Terreira e Zé Celso Martinez, dois expoentes do teatro; o programa educativo, com seminários, bate-papos, mostra de filmes e oficinas e, ainda, foi escolhido o Espaço Cultural 512 para ser o ponto de encontro oficial, onde ocorrerá uma programação “pensada para reunir o povo do festival e o público que o acompanha”, de acordo com Bebe Baumgarten, assessora de imprensa do POA em Cena.
Você pode acompanhar as informações sobre o evento no site ou pelas redes sociais do festival (Instagram e Facebook).