“É como viajar sem sair do Brasil”. Dessa forma que Raquel Bins, diplomada em Relações Públicas pela Faculdade de Comunicação Social (Famecos) da PUCRS, define o Programa Amigo Universitário. A ideia do projeto voluntário é que alunos de graduação, pós-graduação e diplomados da Universidade recepcionem e auxiliem intercambistas durante o período em Porto Alegre e estudando na PUCRS. As inscrições para a próxima edição estão abertas e podem ser realizadas até 31 de maio na sala 110 do prédio 1 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). Raquel começou no programa no segundo semestre de 2015, enquanto era aluna, e resolveu continuar mesmo depois de formada. Ela estagiava na Mobilidade Acadêmica da PUCRS e quando teve que sair do trabalho decidiu que não queria perder o contato com os intercambistas. Nesse momento, vestiu a camisa do Amigo Universitário e não se arrependeu: “são incontáveis aprendizados. Muitas vezes a gente pensa que vai ensinar os estrangeiros e acaba aprendendo com eles. Aperfeiçoando o idioma, sabendo mais da cultura e tradição dos países, costumes, hábitos, vocabulário, comida”. A relações-públicas explica que um amigo universitário pode auxiliar na busca, por exemplo, de moradia no Brasil, no conhecimento em relação a cultura, na mobilidade ou na regularização da situação no país. “Podemos dar dicas de português, de locais para passear em Porto Alegre ou em outras cidades”, exemplifica. Raquel define, em poucas palavras, o que o projeto representa na sua trajetória: “A melhor e mais importante experiência da minha vida, pois fiz amizades no mundo todo e criei laços muito fortes”. Atualmente ela é Amiga Universitária da mexicana Silvia Joana Martinez, que veio para a PUCRS em fevereiro estudar Nutrição. Silvia conta que poderia escolher outros países, como Chile e Espanha, mas optou pelo Brasil por ter a possibilidade de aprender outro idioma. Ela já visitou o Rio de Janeiro, Torres, Florianópolis e agora quer ir para Foz do Iguaçu. Na PUCRS, o que a intercambista mais gosta são as aulas do curso. “No México tem poucas pessoas nas turmas, e aqui são 60. Outra coisa que eu gosto muito é a natureza da Universidade”, destaca.