Frequentemente, o Ministério da Saúde divulga preocupantes números sobre doação de sangue. No país, apenas 1,7% da população é considerada doadora, sendo que a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 3%. Isso faz com que os hemocentros estejam sempre fazendo inúmeras campanhas e apelos para a comunidade, tentando conseguir repor seu estoque. No banco de sangue do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), em 2017 foram realizadas em média 629 doações por mês, não alcançando a meta, que era de 700 doações.
Uma pessoa pode ajudar até outras quatro, porém tudo depende do fluxo das doações. Um bolsa de sangue é dividida, no mínimo, em três componentes: plasma, glóbulos vermelhos e plaquetas, com durabilidade de armazenamento de 1 ano, 35 dias e 5 dias respectivamente. Para tanto, as doações regulares e espontâneas são fundamentais na manutenção do estoque.
“O cadastro de doadores é fundamental para que possamos suprir nossas demandas, pois muitas vezes temos muito fluxo de doações em uma semana e na outra uma baixa”, relata o coordenador do Setor de Hemoterapia do HSL, Marco Antonio Winckler.
Para doar sangue é preciso cumprir algumas exigências como ter de 16 a 69 anos. Menores de 18 só podem participar com autorização do responsável e maiores de 60 se já tiverem realizado doações antes. É essencial ter, no mínimo, 50 quilos e um bom estado de saúde. Não pode estar em jejum e nem ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 12 horas. No momento da doação é necessário a apresentação da carteira de identidade com foto.
Homens podem doar a cada dois meses e mulheres a cada três, respeitando o limite anual de quatro e três doações respectivamente. Doadores com novas tatuagens devem aguardar 12 meses para fazer a próximo doação.
A lista completa de orientações pode ser conferida no site.