Em meio à Copa do Mundo de 2022 e à euforia pela busca do hexacampeonato pela Seleção Brasileira, o futebol, um esporte já tão amado no País e consagrado como um símbolo nacional atrai ainda mais olhares. O esporte é presente na PUCRS de diferentes maneiras, entre elas por meio das práticas realizadas nas seis escolas do Parque Esportivo. A Orlando City Soccer School é uma delas e tem como foco desenvolver a habilidade de crianças de jovens no futebol, independentemente de sua qualificação no esporte, além de proporcionar um ambiente favorável para o desenvolvimento dos componentes relevantes ao futebol.
Para promover a prática da modalidade o Parque Esportivo conta com a infraestrutura de seis quadras de futebol society em grama sintética, um campo com grama sintética, um campo com dimensões oficiais em grama natural e seis quadras poliesportivas cobertas para as aulas de futebol. Além de toda a estrutura de ponta e equipe qualificada, a Orlando City oferece uma metodologia diferenciada, desenvolvida cientificamente nos Estados Unidos e aplicada pelas categorias de base e pelo elenco profissional norte-americano. Os benefícios do método para os alunos incluem aulas com comandos em inglês, aprendizado técnico, melhora na qualidade física e a interação com novos amigos.
Na Orlando City, a iniciação no futebol começa desde cedo: a categoria mais jovem é o Babyfut, para crianças de três a cinco anos. Em seguida, vêm as categorias Sub 7, Sub 9, Sub 11, Sub 13 e Sub 15, além das modalidades Goleiro (8 a 18 anos), Goleiro Adulto e Feminino (até 21 anos). De acordo com Andersen Schimunek, coordenador geral da escola, o ensino bilíngue começa mesmo para os alunos mais novos.
“O nosso diferencial é trabalhar o inglês como parte educacional e formal, a iniciação esportiva desde as primeiras idades, desde os três a cinco anos, quando ingressam na escola na modalidade Babyfut. Ali a gente já começa a trabalhar as partes psicológicas, as partes do esporte, as partes de socialização e também o inglês”, destaca.
Além disso, a escola tem planos de fomentar uma conexão com o Orlando dos Estados Unidos: levar os alunos brasileiros para jogar no clube americano. “Antes da pandemia, já estava acertado que eles passariam alguns dias lá, jogando no próprio clube por duas ou três semanas. O projeto de ingressar nas faculdades está começando a ser escrito agora, é um projeto que nós ainda estamos querendo concretizar”, conta.
O coordenador ainda ressalta que o lado competitivo das crianças é incentivado a partir dos sete anos de idade, mas projetando a educação para aqueles que buscam apenas a recreação também. Conforme os alunos vão crescendo, são direcionados para a profissionalização no esporte. “Para as categorias mais velhas, há um direcional para a parte profissionalizante. A gente vai encaminhando o aluno desde pequeno, até chegar ali aos 15, 16, 17 anos”, diz Andersen.
Outro aspecto presente na Orlando City que ele considera fundamental é o incentivo à participação das meninas e mulheres no futebol. Ele afirma que há um esforço contínuo para que haja cada vez mais turmas exclusivamente formadas por meninas na escola e para dar a elas a mesma experiência que os meninos têm.
“Em qualquer esporte, mas principalmente no futebol, por muito tempo foi algo denominado para homens. Nós temos a Marta, que foi um grande exemplo, também pertencente ao Orlando City, então as meninas se espelham muito”, afirma.
Andersen destaca a excelência da infraestrutura do Parque Esportivo, que ele vê como uma das melhores do Brasil. Graças à variedade de estruturas da PUCRS, a escola disponibiliza aos alunos quadras cobertas em dias de frio/chuva, futsal, quadras de grama sintética e de grama natural. Dessa forma, a Orlando, em parceria com a Universidade, oferece todos os cenários do futebol às famílias que buscam essa experiência.
O coordenador ainda comenta a importância da presença de um parque esportivo na própria Universidade, que vai além da formação e desenvolvimento apenas de alunos:
“Os professores da Educação Física da PUCRS, da Comunicação da PUCRS, fazem parte dos parceiros do Parque Esportivo. É um trabalho em conjunto com a faculdade em prol do desenvolvimento, seja ele qual for. Seja do profissional, do aluno ou também da família cujo filho nunca teve contato com o esporte e hoje está podendo jogar. Então é uma transformação social muito grande quando se faz parte de um projeto esportivo como o Orlando City”, ressalta.
Hugo Espíndola é pai de Eduardo, de dez anos, que treina na Orlando há um ano e meio. Para ele, a prática do esporte tem sido essencial no desenvolvimento do filho.
“O esporte, para a educação, é fundamental. A forma de eles interagirem socialmente, se expandirem, se desafiarem. E isso aumenta também a capacidade cognitiva deles. O Eduardo é muito tímido, e ele vem se soltando, se expandindo. O esporte propicia isso, que as crianças interajam mais, participem. Ele tem tido um crescimento bem importante desde que entrou. O Parque Esportivo foi um grande acréscimo para a PUCRS, isso ajuda um monte a instituição, os alunos que participam porque é um ambiente de convívio, de esporte, de lazer, de interação. Acho que isso é extremamente importante”, diz Hugo.
Para Marivana Ferigolo, mãe de Bernardo, de onze anos, a metodologia e o incentivo ao trabalho em equipe estão entre os principais diferenciais.
“No início, logo que ele começou, me interessou muito a questão da metodologia. Por que como ele começou já há dois anos, essa questão lúdica do futebol, de não ter uma cobrança, de ter uma ênfase na parte de formação da criança e isso nos interessou bastante. Tinha a questão do inglês junto, e a questão de respeito com o colega. De saber que você vai errar, o colega vai errar, que tem que respeitar, que tem que dar força pro colega. A PUCRS tem esse espírito de equipe, que eu acho que é um diferencial da escola. Os professores passam isso, do trabalho em equipe, de como comemorar, de dar força para o colega quando ele erra, isso é bem característico da PUCRS”, destaca Marivana.