Em nove anos, o Rio Grande do Sul terá mais idosos do que crianças, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Fazer com que esta população tenha mais qualidade de vida pode ser um desafio. A boa notícia é que é possível sim chegar à terceira idade esbanjando saúde, e a prática de atividades físicas contribui muito para alcançar este objetivo.
Os benefícios dos exercícios físicos são inúmeros: prevenção da perda óssea, manutenção do tônus muscular, melhora do sistema cardio-respiratório, regulação da glicemia, colesterol e triglicerídeos, entre outros. “A população em geral começa a ter perda de massa muscular e óssea a partir dos quarenta anos, podendo ser agravada com a chegada da terceira idade. Problemas ligados à hipertensão, diabetes e obesidade também se agravam nesta faixa etária”, afirma Daniel Fagundes Godoy, professor do Parque Esportivo da PUCRS.
Segundo o professor, as doenças que mais acometem os idosos são as ligadas ao sobrepeso e sedentarismo- como as cardíacas e o diabetes – e algumas degenerativas. “A atividade física estimula a memória e coordenação motora dos idosos e, quando aliada ao convívio social com demais colegas pode levar a uma melhora ou estabilização de certas doenças neurológicas, como Alzheimer e Parkinson”, lembra.
Sempre é tempo de começar a usufruir dos benefícios dos exercícios físicos. Para quem ainda não é adepto da prática, Godoy lembra que, primeiramente, é preciso fazer uma avaliação médica. “Já com um atestado médico e sua ficha de anamnese preenchida, o aluno poderá fazer uma aula experimental para ver se aquela atividade atende a sua necessidade e está adequada à capacidade física”, frisa.
Outra dica é iniciar sempre com moderação em qualquer atividade física, respeitar seus limites e fazer a progressão dos exercícios com cautela, ter boa alimentação, ingerir bastante líquido e dormir bem. O professor lembra que normalmente o exercício mais indicado para esta faixa etária é a hidroginástica, por possuir uma demanda energética mais baixa, ser mais segura e trazer um convívio social maior aos idosos. “Em alguns casos, quando há interesse e capacidade do aluno, este pode praticar a musculação, natação, treinamento funcional, dança, ou qualquer exercício de seu interesse”, completa.
O curso qualifica educadores físicos para atuarem com a população idosa mediante o conhecimento da realidade e da compreensão das manifestações biológicas da velhice. O sedentarismo ocorre em todas as idades mas nessa fase ele é mais acentuado por diversas razões. A medida que a população tem mais idade, os profissionais da saúde enfrentam um grande desafio: promover a saúde geral destes indivíduos.