Pesquisa

Mulheres na Ciência: projeto destaca a trajetória de pesquisadoras inspiradoras

quarta-feira, 06 de julho | 2022

mulheres na ciênciaFruto da parceria entre a PUCRS, UFRGS e King’s College London (KCL), o site Mulheres na Ciência reúne a trajetória de pesquisadoras das áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM). Com o objetivo de inspirar e incentivar mais mulheres nessas áreas, mulheres cientistas das três instituições contam sobre sua formação, áreas de pesquisa e opiniões sobre a importância da presença feminina na ciência.

Para a coordenadora do projeto na PUCRS Fernanda Bueno, doutora e mestre em Ciências Biológicas, as jovens têm se interessado cada vez mais pelos desafios e necessidades da sociedade atual, porém a participação igualitária das mulheres na ciência ainda precisa vencer muitos desafios.

“No Brasil as mulheres ainda não crescem em posições de destaque na mesma proporção que os homens, assim, este é outro desafio que temos que enfrentar, sobretudo nas áreas STEM. Penso que devemos estimular os jovens talentos que se interessam por essas áreas, e proporcionar às jovens a possiblidade de desenvolverem as suas habilidades para seguir nessa fascinante carreira de cientista”, reforça.

Equilíbrio e inclusão

Aline Pan, conta que foi na graduação de Física que surgiu o convite para participar de um grupo de pesquisa em energia solar, área pesquisada pela professora desde então. “A diversidade permite que surjam um ‘dividendo de inovação’, o que converge em equipes mais inteligentes e criativas, abrindo a porta para novas descobertas e soluções, ao ampliar os pontos de vista. É urgente colocar a ciência, a tecnologia, a engenharia e a energia na voz das mulheres já que desejo uma mudança social, política, econômica e energética para um modelo justo e sustentável”.

Para a pesquisadora Abigail Tucker, da King’s College London, diversidade no STEM é importante, permitindo que diferentes vozes sejam ouvidas, com novos pensamentos e diferentes perspectivas. “Gostaria que as jovens pesquisadoras soubessem que é possível ter filhos, trabalhar meio período e ainda se dar bem no seu trabalho. É um equilíbrio difícil, mas vale a pena o esforço. Eu acho ótimo que esquemas no Reino Unido como Athena SWAN estejam agora por perto para ajudar a apoiar as mulheres na pesquisa e eu tenho sido agraciada com mentores muito encorajadores”, relata.

Para a britânica Andrea Streit, que também integra a coordenação do projeto, as mulheres podem trazer uma perspectiva única para a ciência, muitas vezes, promovendo abordagens colaborativas e solidárias. “Em vários cargos de liderança, promovi o equilíbrio de gênero e a inclusão para superar obstáculos para que a ciência acadêmica proporcione um ambiente aberto para as gerações futuras”, finaliza a professora.

Acompanhe

O site do projeto também apresenta dados sobre mulheres na ciência no Brasil e no Reino Unido, além de abordar o Programa de Mentoria conduzido pela PUCRS e UFRGS em parceria com a KCL. Conheça outras trajetórias e saiba mais sobre a presença feminina nas áreas STEM.