Pesquisa

iRS divulga dados sobre o desenvolvimento humano e qualidade de vida no Estado

terça-feira, 30 de novembro | 2021

Nesta segunda-feira, 29 de novembro, foi divulgada a oitava edição do Índice de Desenvolvimento Estadual – Rio Grande do Sul (iRS). O estudo, realizado em parceria entre a PUCRS e o jornal Zero Hora, avalia a qualidade de vida nos Estados a partir das dimensões padrão de vida, educação e segurança e longevidade. O levantamento desta edição utiliza dados de 2019, os mais recentes disponíveis para todas as variáveis.

Coordenador da pesquisa, o professor da Escola de Negócios da PUCRS Ely José de Mattos destaca que o estudo possui como objetivo contribuir com o debate sobre o desenvolvimento humano no Estado. “Mais do que o resultado em si, o debate multidimensional sobre desenvolvimento é fundamental. E o iRS também cumpre o papel de aproximar a Universidade da comunidade, uma vez que produzimos conhecimento que é amplamente compartilhado”, afirma Mattos.

O iRS varia de zero a um, nos mesmos moldes do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Quanto mais próximo de um, melhor o desempenho de cada região. Após dois anos consecutivos na sexta colocação, o Rio Grande do Sul retomou a quinta posição no indicador geral, subindo de 0,652, em 2018, para 0,661 em 2019. Já a média nacional passou de 0,617 para 0,625.

Recuperação alavancada pela Educação

A dimensão de Educação foi a única em que o Estado subiu posições nos rankings específicos do iRS. Nesse indicador, o Rio Grande do Sul saltou de 0,585, em 2018, para 0,611 em 2019.  Com a melhora, o Estado passou da 16ª para a 12ª posição.

Nessa dimensão, as variáveis adotadas analisam o desempenho dos estudantes nas séries iniciais, o grau de distorção entre a idade ideal e a efetiva do Ensino Médio e a taxa de matrícula nessa etapa.

Saiba mais sobre a análise desta dimensão.

Retração no padrão de vida

Apesar de manter a quinta colocação no ranking da dimensão de padrão de vida do iRS, o Estado teve queda no indicador. O recuo foi de 0,629, em 2018, para 0,603 em 2019. A retração da renda média da população, que teve queda pelo segundo ano consecutivo, segue sendo a variável que mais impacta no padrão de vida. Já os índices de ocupação e de desigualdade se mantiveram praticamente estáveis, com uma pequena retração.

Saiba mais sobre a análise desta dimensão.

Reflexos da pandemia devem estar presentes na próxima edição do iRS

Prevista para 2022, a próxima edição do estudo será a primeira com dados coletados durante a pandemia. De acordo com as projeções, os indicadores de padrão de vida e Educação devem ser os mais afetados pelos efeitos da crise sanitária.

“Esta edição do iRS se refere ao ano de 2019 – que é o período mais recente para as variáveis que utilizamos no cálculo. Então, estamos falando do período pré-pandemia. No ano que vem, quando lançarmos a edição referente ao ano 2020, aí sim teremos uma fotografia da situação dos estados brasileiros face às consequências da pandemia”, comenta Mattos.

O professor também ressalta que ainda é difícil projetar como os indicadores do Estado se sairão no contexto da pandemia. “Como o fenômeno atingiu todos os Estados – ainda que com alguma heterogeneidade – precisaremos avaliar como os governos estaduais, através das suas medidas, foram efetivos em amenizar os efeitos da pandemia sobre a sua população. Sabemos que, de modo generalizado, as dimensões padrão de vida e educação foram fortemente atingidas. Precisaremos analisar, portanto, o desempenho relativo entre as unidades da federação”. 

Confira os dados completos da 8ª edição do iRS.