A última edição do Índice de Desenvolvimento Estadual-RS (iRS), divulgada nesta semana, registrou que o Rio Grande do Sul se manteve na sexta posição do ranking que mede a qualidade de vida nos Estados brasileiros. Depois de dois anos consecutivos de queda, os gaúchos conseguiram manter média superior à nacional, mas ainda insuficiente para retomar entre as cinco primeiras unidades da federação. Houve melhoras em variáveis de segurança e longevidade, enquanto o desempenho em educação seguiu como motivo de preocupação.
As informações são fruto do levantamento referente ao período de 2018, e resultam da parceria entre PUCRS e jornal Zero Hora, que criou o indicador em 2014. O iRS tem o mesmo referencial teórico do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), e aponta o desempenho dos estados e do Distrito Federal em três dimensões: padrão de vida, educação e, reunidas, segurança e longevidade. Cada um dos grupos é composto por três variáveis, e os dados apresentados são os mais recentes à disposição em bases públicas, neste caso de dois anos atrás.
No campo da educação, o RS perdeu duas colocações, caiu da 14ª para a 16ª posição. Nos quesitos longevidade e segurança, recuperou a quinta posição, por conta, principalmente, da redução da taxa de homicídios em 2018, uma das variáveis analisadas. Na terceira dimensão, padrão de vida, houve estabilidade, permanecendo no quinto lugar desse grupo, mesmo com queda na renda, outra variável contemplada pelo estudo.
De acordo com o coordenador da pesquisa e professor da Escola de Negócios, Ely José de Mattos, o resultado já era o esperado. “Em 2018 não havia indícios de retomada econômica consistente em curso. O país estava tentando sair da crise anterior, com aperto na renda. No RS houve melhora nos números de segurança e longevidade. A educação continuou em situação desfavorável”, comenta o economista.
A variação do iRS ocorre entre zero e um, assim como a do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Quanto maior o índice, melhor o desempenho. Em 2018, o indicador geral gaúcho subiu de 0,638 para 0,652, alta de 2,2%. A média brasileira teve elevação idêntica de 2,2% na comparação com o ano anterior. Os dados completos podem ser conferidos em https://gauchazh.clicrbs.com.br/especiais/irs-2020/index.html e a nota técnica está disponível aqui
Na próxima segunda–feira, 26 de outubro, a PUCRS promove a live do Fórum Os desafios contemporâneos da educação, com um debate a partir dos resultados da 7ª edição do iRS. O evento online é gratuito e será transmitido pelo canal da PUCRS no YouTube, às 19h30.