De 25 a 28 de outubro acontece em Genebra, na Suíça, o XIII seminário do Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras, com o tema Educação Superior para uma cidadania global. Participam, além dos reitores brasileiros, dirigentes universitários da Europa, Estados Unidos, Canada, China, Índia, Luanda, Suriname e México. Curiosamente, o subtema em destaque no evento é muito antigo, refletido largamente pelos gregos, tendo Platão como um de seus mais eminentes pensadores: a democracia. Em tempos de guerra, polaridade política e sensibilidades exaltadas, o tema parece ser atual e urgente.
Nesse contexto, a educação é compreendida como um elemento fundamental para a construção de uma cidadania efetiva. A chave desse empreendimento complexo é a responsabilidade social, ou seja, fomentar nos educadores e estudantes maior sensibilidade para uma consciência global. A Educação Superior, mais que outrora, deve ser a arena onde se exercita e se constrói uma sociedade inclusiva, plural e democrática. Portanto, um dos grandes desafios que se colocam, especialmente em países em desenvolvimento como o Brasil, é ir além da ampliação do acesso à educação, encontrar maior equidade entre o público e o privado, criar mecanismos de financiamento e inclusão que garantam o ensino superior de qualidade para todos.
Quando falamos em qualidade, nos referimos ao que hoje as instituições de excelência oferecem, ou seja, educação para o trabalho, para o empreendedorismo e inovação, desenvolvimento científico e formação cidadã consciente dos desafios locais e globais, especialmente no que tange à superação das desigualdades, da pobreza e cuidado com o meio ambiente nos âmbitos local e global. Nessa perspectiva, as universidades devem ser mais dinâmicas, fazer diferente para obter resultados diferentes. A relevância do Ensino Superior dependerá do seu papel na construção de um mundo melhor. É nesse impacto real e positivo que a PUCRS, que em 2023 completa 75 anos de atuação, acredita e assume permanente compromisso para com a sociedade brasileira.
*Texto originalmente publicado no jornal Correio do Povo