Nesta terça-feira, dia 21, chegou ao fim a primeira edição do Programa Hangar, iniciativa liderada pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul (Sebrae RS). O programa visa apoiar doutores/as e doutorandas/as na transformação de pesquisas em produtos e/ou negócios. Na primeira edição do programa, 19 participantes de diferentes Programas de Pós-graduação da PUCRS integraram os encontros que aconteceram entre abril e junho.
No evento de encerramento no Living 360°, 10 projetos participaram do Pitch Day, apresentando suas ideias de negócio para uma banca avaliadora. O primeiro lugar foi conquistado pelo pesquisador Leandro Astarita, com o StreptoC, um consórcio de bactérias promotoras do crescimento vegetal, em específico, plantas de milho, que visa reduzir o uso de fertilizantes sem perder produtividade. O vencedor receberá passagem aérea e ingresso para o principal festival de inovação e empreendedorismo global, o Web Summit, em Portugal.
O segundo lugar ficou com o negócio BioSima – Medicina Regenerativa, apresentado pelo pesquisador Eduardo Rolim, abordando produtos diagnósticos e terapêuticos baseados em sinalização exossômica. Já no terceiro lugar esteve o BeeDetec, exibido pela doutoranda Jenifer Ramos, propondo um kit portátil para detecção de agrotóxicos em abelhas.
A banca foi formada por Simone Stülp (Secretária adjunta da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do RS), Gustavo Moreira (Especialista em Inovação – Gerente de Projetos no Sebrae/RS) Ernani Costa (Diretor Executivo da Marcha Empresa de participações e investimentos), Marcelo Bortolini (Diretor da Diretoria Desenvolvimento Científico e Tecnológico da FINEP) e Daniel Pimentel (Diretor de Universidades e Transferência de Tecnologia na Consultoria Emerge).
Para o diretor de pós-graduação Luiz Gustavo Leão Fernandes a conexão entre a pesquisa, inovação e mercado é fundamental. “Essa iniciativa está alinhada com tendências mundiais e possui um imenso potencial de impacto e transferência de conhecimento da academia para a sociedade”, adiciona.
O Programa Hangar foi dividido em quatro trilhas com o objetivo de auxiliar o/a pesquisador/a empreendedor/a na trajetória de desenvolvimento do negócio. Entre os conteúdos que fizeram parte do cronograma estiveram temas como cenário tecnológico, ideia de negócio, propriedade intelectual, investimentos regulatórios e negócios.
Para a gestora de operações e empreendedorismo do Tecnopuc Flávia Fiorin, o Programa Hangar está diretamente conectado a um movimento global de aproximação da pesquisa com o mercado que amplia as fontes de fomento voltados à geração de negócios inovadores baseados em ciência e tecnologia. “O Hangar é uma oportunidade para pesquisadores explorarem a conexão seus projetos de pesquisa ao mercado. No contexto de negócios, as chamadas ‘Deep Techs’ representam hoje um potencial de ampliação do impacto positivo gerado pelo conhecimento e tecnologias desenvolvidos na pesquisa”.