Inovação

PUCRS no South Summit Brazil: confira os insights sobre a edição deste ano

Universidade marcou presença nos três dias de evento no Cais Embarcadero

segunda-feira, 14 de abril | 2025
O Ir. Manuir Mentges (reitor da Universidade) no painel sobre o papel da ciência e dos Parques Tecnologicos para o desenvolvimento da sociedade. / Foto: Giordano Toldo

Com o tema “Para além da Resiliência” (Beyond Resilience), o South Summit Brazil 2025 reuniu mais de 20 mil pessoas para uma imersão de três dias sobre negócios, empreendedorismo, inovação, resiliência, e muito mais. A PUCRS esteve mais uma vez presente no evento através da sua área de Soluções Corporativas, Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), Educação Corporativa, PUCRS Carreiras, PUCRS Consulting, Instituto do Petróleo e dos Recursos Naturais (IPR) e Diretoria de Relações Institucionais.

Patrocinadora do Business Lounge, durante o evento, a PUCRS solidificou ainda mais seu relacionamento com empresas e startups estratégicas, participou de diversos painéis com seus professores e pesquisadores e mostrou que a Universidade é um espaço para inovação. Confira, abaixo, os principais insights sobre um dos maiores eventos da área na América Latina:

O papel dos Parques Tecnológicos

Da esquerda para a direita: Ir. Manuir Mentges (reitor da PUCRS), Silvio Bitencourt da Silva (diretor do Tecnosinos), Flavia Fiorin (gestora de operações e empreendedorismo do Tecnopuc), e Marcelo Favario (diretor do Parque Tecnológico da UFRGS). / Foto: Giordano Toldo

O reitor da PUCRS, Ir. Manuir Mentges foi o mediador do painel “The Role of Science and Technology Parks in Territorial Development”, na quarta-feira, 9 de abril, no Corner Stage. Participaram do debate Flavia Fiorin, gestora de operações e empreendedorismo do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), Marcelo Favaro, diretor do Parque Tecnológico da UFRGS, e Silvio Bitencourt da Silva, diretor do Tecnosinos. No painel, Ir. Manuir contextualizou o nascimento das universidades e da inovação no contexto da quádrupla hélice: “universidade, empresas, governos e sociedade civil. É nesse enquadramento que os parques tecnológicos surgem”.

Na oportunidade, Flavia Fiorin explicou que os parques se posicionam com essa interface e no compromisso de fazer com que essas hélices se articulem, ao serem organismos de naturezas diversas, com desafios e densidade de demandas, mas que é no objetivo comum que cada um deles se complementa.

“Na inovação científica e tecnológica, um dos desafios e a missão, por exemplo, é desenvolver os talentos e transformar as realidades onde a gente atua, olhando para o futuro. Conectada a uma realidade com olhar único e peculiar. A gente olha de fora e enxerga prédios com grande volume de empresas, mas o que temos, de fato, são empresas que estão interagindo com esse desenvolvimento”, diz a gestora de operações e empreendedorismo do Tecnopuc.

Os parques tecnológicos são uma estratégia importante para transformar a pesquisa em produto conectado à sociedade. Ao abordar o conceito de colaboração, o reitor também citou a Aliança para a Inovação e o Pacto Alegre, movimentos dos quais a PUCRS faz parte no município de Porto Alegre.

“O ensino deve estar conectado às realidades sociais. E o papel da pesquisa científica de alto padrão, que pode subsidiar novos negócios, é vetor, a partir dos parques tecnológicos, para engajar pessoas em propósitos que são nossos desafios”, sintetizou.

Ao final, o reitor Ir. Manuir Mentges também salientou a importância do acesso e permanência dos estudantes e do desenvolvimento de talentos, afinal, cerca de 12 mil pessoas trabalham nos parques tecnológicos.

Conexões no South Summit

A Universidade realizou um café da manhã com seus parceiros de diversos setores da sociedade. / Foto: Giordano Toldo

Na quinta-feira, 10 de abril, a PUCRS realizou um café da manhã com os parceiros da universidade nas áreas da comunicação, empresarial e política no Business Lounge. Na ocasião, o Ir. Manuir Mentges ressaltou que a Universidade sempre buscou se envolver com o South Summit e que, para a PUCRS, inovação é estratégia para a geração de impacto e valor para a sociedade.

“Nossos esforços são para cumprirmos a nossa missão como universidade comunitária, primando pelos direitos humanos, sendo vetor de desenvolvimento da sociedade, para Porto Alegre, para o Rio Grande do Sul e para o Brasil. Queremos colocar nossas estruturas à disposição do Governo, da sociedade civil, das organizações e das empresas. Nossa visão é que buscamos ser uma nova universidade para uma nova sociedade e queremos ser protagonistas neste processo”, disse o reitor da PUCRS.

O superintendente de inovação e desenvolvimento da PUCRS e do Tecnopuc, Jorge Audy, agradeceu aos parceiros, em especial ao Wagner Lopes, CEO do South Summit Brazil, e ao Cláudio Gastal, presidente do Badesul, que ajudou a trazer o evento para Porto Alegre. A fundadora e presidente do South Summit, María Benjumea, também esteve presente e destacou a importância da Universidade para o evento.

“A universidade para o South Summit tem um papel fundamental. Nascemos de uma universidade com a convicção de que a transformação pela inovação não deve estar somente em documentos, mas na aplicação prática. Vocês são incríveis! Os ensinamentos que levamos daqui do Rio Grande do Sul, nós multiplicamos. Um exemplo é a crise do ano passado, nas enchentes. O que vimos foi união e ajuda de todas as frentes. E esse é o único modo de sairmos dos problemas: criando inovação permanentemente, com as pessoas sempre no centro”.

O CEO do South Summit Brazil, Wagner Lopes, ressaltou a potência da Universidade nesse ecossistema. “Este é um espaço muito especial e é muito bom estar aqui com a PUCRS, que é a nossa casa durante o ano, lá no Tecnopuc. Tem sido um prazer compartilhar essa jornada”.

Já o CEO do South Summit Global, Nacho Mateo, complementou dizendo sobre a sinergia que o evento traz para a Capital. “O South Summit Brazil é um case de êxito que queremos levar ao resto do mundo, pois o evento é uma plataforma de conexão global e a inovação é a chave para o desenvolvimento”.

A educação é o caminho

Adriana Kampff (Pró-reitora de Graduação e Educação Continuada) no painel sobre o papel da educação. / Foto: Giordano Toldo

A Pró-reitora de Graduação e Educação Continuada da PUCRS, professora Adriana Kampff, participou na quinta-feira, 10 de abril, no Corner Stage, do painel “Education and Talent Development for the Technology Market”. Sob a mediação da reitora da UFRGS, Marcia Barbosa, também participaram do debate sobre o desenvolvimento do ensino no mundo da tecnologia o Pró-reitor Acadêmico e de Relações Internacionais da Unisinos, Guilherme Trez, e a Pró-reitora de Graduação da UFRGS, Nadya Pesce da Silveira.

Em sua fala, a Adriana Kampff trouxe a relevância da área da TI e como é possível perceber isso, na prática na PUCRS. Só nesse setor, a Universidade contempla mais 2.800 estudantes de graduação e 5 cursos presenciais, como o bacharelado em Ciências de Dados e Inteligência Artificial. Além da graduação e da pós-graduação, a PUCRS também conta com linhas de pesquisa integradas e programas que buscam oportunizar espaço e conhecimento aos alunos do ensino médio, como o Dev The Devs, que já formou 3.300 estudantes de escolas públicas. Afinal, para a pró-reitora, o desenvolvimento de talentos se dá na formação da nova geração:

“Temos desafios desde a educação básica. A nova base curricular inclui a computação e o desenvolvimento do pensamento computacional, não numa perspectiva de mercado, mas de desenvolvimento de ciência com base e fundamentação”.

Adriana Kampff acredita que, além dos pensamentos técnicos que devem ser desenvolvidos nos estudantes, o essencial são as competências humanas, seja para o trabalho em grupo, remoto e digital com equipes interculturais. Sempre buscando uma confluência com outras áreas do conhecimento e gerar oportunidades de cocriação para desenharmos soluções. A professora ainda enfatiza que o mercado de tecnologia segue aquecido e com um cenário muito competitivo.

“Se olhamos para a produção de talentos, temos que discutir como formamos profissionais éticos e comprometidos com soluções e os impactos ambientais. Incutir essas questões nas discussões de forma crítica e conectada é essencial. Nossos alunos escolhem onde querem trabalhar e uma andorinha só não faz verão. Então, se formos formando massa crítica, nossos alunos têm o potencial de iniciar esse movimento no mercado, para discutirem o uso ético de dados, por exemplo, e de que maneira fazer melhor.”