Integrar diferentes tecnologias extraindo o máximo do seu potencial mas, ao mesmo tempo, respeitando os limites de privacidade. Essa era a proposta do desafio Sociedade Conectada da Maratona de Inovação da PUCRS deste ano. Promovida pelo Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS – Idear e pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), a iniciativa teve como tema Vamos construir as cidades que queremos viver?
Computação em nuvem, Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT), Realidade Virtual e Aumentada, aplicação de big data e Blockchain são aspectos que vêm mudando gradativamente o panorama das cidades para torná-las mais conectadas e ágeis, o que vai ao encontro da proposta da MIP: encontrar soluções para transformar o lugar onde vivemos em cidades inteligentes, humanas e sustentáveis
A partir do avanço das tecnologias digitais, inúmeras são as oportunidades para transformar a sociedade de maneiras positiva. No entanto, garantir a segurança e privacidade no contexto da interação digital passa a ser fundamental. A dimensão “sociedade conectada” buscou explorar interação entre oportunidade e este desafio.
A coordenadora do Idear e professora da Escola de Negócios, Naira Maria Libermann, que fez parte da banca avaliadora, aponta que cada vez mais a interconexão física e digital é um desafio constante e importante em uma sociedade complexa.
“A Maratona de Inovação propiciou a interdisciplinaridade entre os estudantes. Como resultado tivemos projetos inovadores e portadores de soluções reais necessárias para a comunidade, como, por exemplo, propostas que lidam com sistemas de inteligência tanto de gerenciamento de lixo nas escolas como de lazer em área públicas”, aponta.
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Para que desenvolvessem projetos dentro da proposta do desafio, os estudantes contaram com o apoio de dois agentes de inovação: os professores Eduardo Pellanda, da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos; e Ricardo Lupion, da Escola de Direito. Na avaliação dos professores, a Maratona da Inovação é um exemplo de como trabalhar a multidisciplinaridade na prática, ampliando a visão dos estudantes sobre as oportunidades que a Universidade oferece. “A MIP 2020, com a participação de todas as Escolas, foi uma concretização da proposta da nossa universidade de propiciar aos nossos alunos conhecer diferentes pontos de vistas em torno do mesmo desafio”, comenta Lupion.
Para Pellanda, “eventos como esse deixam claro que a inovação precisa ser encarada de diversos ângulos. Estamos formando melhores profissionais com essa vivência”. O professor aponta que os projetos apresentados pelos alunos e alunas, com apoio dos mentores e avaliadores, mostraram soluções pertinentes.
“Precisamos achar formas mais sustentáveis e humanas para conviver nas cidades. A universidade não foge deste desafio de devolver para a sociedade o conhecimento gerado nas nossas pesquisas e atividades”, conclui.
Lupion encarou o desafio de ser agente de inovação na PUCRS como uma oportunidade de colaborar na integração das atividades acadêmicas com o mundo empreendedor e inovador que a PUCRS oferece. Para o professor, empreendedorismo e desenvolvimento estão intimamente ligados às questões ambientais, sociais e de governança.
“Projetos inovadores que privilegiam esses indicadores podem criar valor para a empresa, diferenciando-a dos seus competidores. É cada vez maior a preocupação com esses temas, que podem afetar positivamente a performance da organização”, afirma.