Inovação

Projetos de estudantes oferecem soluções reais para questões da sociedade

segunda-feira, 26 de outubro | 2020

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Multidisciplinaridade e propostas pertinentes foram alguns dos destaques / Foto: Karolina Grabowska/Pexels

Integrar diferentes tecnologias extraindo o máximo do seu potencial mas, ao mesmo tempo, respeitando os limites de privacidade. Essa era a proposta do desafio Sociedade Conectada da Maratona de Inovação da PUCRS deste anoPromovida pelo Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS – Idear e pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), a iniciativa teve como tema Vamos construir as cidades que queremos viver?  

Computação em nuvem, Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT), Realidade Virtual e Aumentada, aplicação de big data e Blockchain são aspectos que vêm mudando gradativamente o panorama das cidades para torná-las mais conectadas e ágeis, o que vai ao encontro da proposta da MIP: encontrar soluções para transformar o lugar onde vivemos em cidades inteligentes, humanas e sustentáveis 

A partir do avanço das tecnologias digitais, inúmeras são as oportunidades para transformar a sociedade de maneiras positiva. No entanto, garantir a segurança e privacidade no contexto da interação digital passa a ser fundamental. A dimensão “sociedade conectada” buscou explorar interação entre oportunidade e este desafio. 

A coordenadora do Idear e professora da Escola de NegóciosNaira Maria Libermann, que fez parte da banca avaliadora, aponta que cada vez mais a interconexão física e digital é um desafio constante e importante em uma sociedade complexa.  

“A Maratona de Inovação propiciou a interdisciplinaridade entre os estudantes. Como resultado tivemos projetos inovadores e portadores de soluções reais necessárias para a comunidade, como, por exemplo, propostas que lidam com sistemas de inteligência tanto de gerenciamento de lixo nas escolas como de lazer em área públicas”, aponta. 

Leia também: Maratona de Inovação: cidades mais humanas, inteligentes e sustentáveis 

Multidisciplinaridade e soluções pertinentes foram destacadas pelos agentes 

Para que desenvolvessem projetos dentro da proposta do desafio, os estudantes contaram com o apoio de dois agentes de inovação: os professores Eduardo Pellanda, da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos; e Ricardo Lupion, da Escola de Direito. Na avaliação dos professores, a Maratona da Inovação é um exemplo de como trabalhar a multidisciplinaridade na prática, ampliando a visão dos estudantes sobre as oportunidades que a Universidade oferece. “A MIP 2020, com a participação de todas as Escolas, foi uma concretização da proposta da nossa universidade de propiciar aos nossos alunos conhecer diferentes pontos de vistas em torno do mesmo desafio”, comenta Lupion. 

Para Pellanda, “eventos como esse deixam claro que a inovação precisa ser encarada de diversos ângulos. Estamos formando melhores profissionais com essa vivência”O professor aponta que os projetos apresentados pelos alunos e alunas, com apoio dos mentores e avaliadores, mostraram soluções pertinentes.  

“Precisamos achar formas mais sustentáveis e humanas para conviver nas cidades. A universidade não foge deste desafio de devolver para a sociedade o conhecimento gerado nas nossas pesquisas e atividades”, conclui. 

Lupion encarou o desafio de ser agente de inovação na PUCRS como uma oportunidade de colaborar na integração das atividades acadêmicas com o mundo empreendedor e inovador que a PUCRS oferece. Para o professor, empreendedorismo e desenvolvimento estão intimamente ligados às questões ambientais, sociais e de governança.  

“Projetos inovadores que privilegiam esses indicadores podem criar valor para a empresa, diferenciando-a dos seus competidores. É cada vez maior a preocupação com esses temas, que podem afetar positivamente a performance da organização”, afirma. 

Conheça os destaques do desafio 

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Foto: Pexels

  • Colmeia: projeto que visa a criação de um aplicativo chamado TOO (“também” em inglês), voltado para caronas pagas e pensado especialmente para cadeirantes. A ideia surgiu a partir de histórias e vivências de alguns integrantes do grupo, que têm amigos próximos que são cadeirantes e que conhecem realidade desse problema. “No campo da mobilidade urbana, uma Cidade Inteligente também deve ser inclusiva”, diz Uillian da Rosa Vargas, estudante do 7º semestre do curso de Publicidade e Propaganda e um dos integrantes da equipe, que ainda contou com estudantes de Administração, Filosofia, Psicologia e Design de Produtos. Para ele, participar da MIP foi uma experiência incrível que provou que, quando um grupo se entrega para um propósito, sempre tem êxito em criar uma ideia interessante. “Além disso, a iniciativa mostra o compromisso social da universidade”, conclui Vargas. 
  • M3CL: proposta de aplicativo para pequenos empreendedores, que não têm muita visibilidade, no qual poderiam vender seus trabalhos e não apenas seus produtos. “Alguém que tem disponibilidade para cortar grama, por exemplo, poderia utilizar o app para demonstrar suas habilidades”, diz o integrante da equipe Cassiano Luis Flores Michel, aluno de Ciência da Computação“A Maratona foi uma experiência muito interessante para começar a graduação, já que estou no primeiro semestre”. 
  • Uploading: projeto para ajudar estudantes a lidar com os dilemas na hora de ingressar nos ambientes acadêmico e profissional. Segundo a aluna de Direito Louise Ballico, a ideia é trabalhar a autonomia e o autoconhecimento do jovem, além de permiti-lo vivenciar o dia a dia de profissionais de diferentes áreas por meio de estágios voluntários. “O foco principal são jovens indecisos com a escolha de carreira, mas pessoas de todas as idades que estão insatisfeitas com a graduação que escolheram também são nosso alvo”, conta. Agora, Louise segue representando o projeto no Toreio Empreendedor. Para a estudante de Administração Josiele Rodrigues, que também integrou a equipe, a MIP foi uma ótima experiência: “Tivemos muita assistência dos envolvidos no evento e os encontros do grupo realizados pelo zoom foram muito produtivos”.