Universidade é uma das instituições brasileiras escolhidas para receber professores norte-americanos e terá investimento de US$ 400 mil
terça-feira, 10 de junho | 2025
A PUCRS e a Comissão Fulbright, uma organização internacional vinculada aos governos do Brasil e dos EUA, visando a cooperação acadêmica internacional, assinaram nesta terça-feira (10) um memorando de entendimento para uma parceria de cinco anos. A Universidade foi uma das duas instituições brasileiras escolhidas para sediar uma Cátedra Fulbright de Estudos Brasil-EUA. A solenidade aconteceu na Arena CMPC, no Tecnopuc, e contou com a presença de representantes das instituições e da Fulbright. Como sede de uma cátedra Fulbright, a PUCRS vai liderar atividades interdisciplinares com a participação de professores de diferentes universidades dos EUA tratando do tema “Estratégias sustentáveis para preparação, resposta e recuperação de desastres ambientais no Rio Grande do Sul através da cooperação acadêmica internacional”. O investimento da agência nas atividades será de US$ 400 mil.
A escolha das sedes se deu após uma seleção de propostas enviadas por instituições de todo o Brasil. A proposta da PUCRS surgiu da análise dos impactos das inundações que atingiram o Rio Grande do Sul em maio de 2024. Na solenidade de assinatura da parceria, o coordenador do projeto e professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, Eduardo Eizirik, destacou que as enchentes evidenciaram a necessidade de se investir em preparação e respostas.
“O objetivo é gerar um processo contínuo e aprofundado de diálogo entre pesquisadores, catedráticos e a sociedade para se avançar em ciência e políticas públicas não só aqui, mas em todo o Brasil, EUA e no mundo”, destacou.
O diretor-executivo da Comissão Fulbright Brasil, Luiz Valcov Loureiro, pontuou a qualidade da proposta feita pela PUCRS. “Nós, Fulbright, somos um instrumento. Quem conduzirá o projeto é a PUCRS e por isso sou muito grato. A escolha da universidade como sede é mera consequência do trabalho de excelência realizado ao longo dos anos”, disse.
Na solenidade de assinatura do memorando de entendimento entre a PUCRS e a Fulbright, o reitor da universidade, Ir. Manuir Mentges, se disse entusiasmado pela parceria, que considerou um marco na história da instituição.
“Receber esta cátedra significa que nossa universidade está inserida em uma rede global de pesquisadores e instituições que partilham a visão de construir pontes entre nações, culturas e saberes”, definiu.
A conselheira do departamento de Cultura, Educação e Imprensa da Embaixada dos EUA no Brasil, Elizabeth Detmeister, explicou que a iniciativa, que além da PUCRS contemplou a Universidade Federal do Pará (UFPA), integra as celebrações do bicentenário das relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. “Queremos criar parcerias e mudanças duradouras. Esta é uma oportunidade de compartilhar o que nós (norte-americanos) aprendemos com desastres que já aconteceram em nosso país”, colocou.
A construção de soluções para questões ambientais e sociais, baseadas em evidências científicas, é, para o reitor da PUCRS, o objetivo principal dos trabalhos que serão desenvolvidos. “Essa cooperação entre nossos países permitirá troca de experiências, desenvolvimento de pesquisas conjuntas e geração de conhecimento aplicado para transcender os muros acadêmicos e atuar diretamente na melhoria da qualidade de vida da população”, concluiu.
A parceria contará com a participação de diversas unidades da PUCRS, como as Escolas que conduzem as atividades acadêmicas da Universidade em todos os níveis de ensino, além do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG), Tecnopuc e o Centro de Inteligência Artificial e Ciências de Dados. A expectativa é que as atividades gerem publicações conjuntas, eventos científicos, intercâmbios acadêmicos e planos de ação que influenciem políticas públicas e práticas sustentáveis, embasadas cientificamente e de forma interdisciplinar, para enfrentar desastres ambientais e atenuar seus impactos, não apenas no Rio Grande do Sul, mas também em outras regiões que podem incorporar recomendações e estratégias geradas pelo projeto.
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