Professor da Universidade já está no local acompanhando as movimentações para o início do maior evento esportivo mundial
terça-feira, 16 de julho | 2024Professor da Universidade já está no local acompanhando as movimentações para o início do maior evento esportivo mundial
Arena do vôlei de praia está sendo construída embaixo da Torre Eiffel / Foto: REUTERS/Sarah Meyssonnier
Os Jogos Olímpicos acontecem a cada quatro anos, e em 2024, serão sediados em Paris, capital da França, pela terceira vez. O evento ocorre entre 26 de julho e 11 de agosto, com 32 esportes. Os Jogos Paralímpicos começam em 28 de agosto e terminam em 8 de setembro, com competições em 22 modalidades. Para que o país receba mais de 10 mil atletas, de 206 Comitês Olímpicos Nacionais (CONs), é preciso muito planejamento.
Paris não comporta o público esperado, por isso as cidades de Lille, Vaires-sur-Marne, Marselha, Lyon, Bordeaux, Saint-Étienne, Nice e Nantes também serão palcos de jogos. Apenas na abertura da competição já são esperadas 300 mil pessoas, entre habitantes, membros das comissões, autoridades, atletas e turistas. Para isso, é necessária uma forte mobilização, antecedida por planejamento, para que a experiência do evento seja agradável aos visitantes.
O professor Luis Henrique Rolim, do curso de Educação Física e membro do Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos (GPEO) da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e do Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin, está em Paris para acompanhar de perto os preparativos dos Jogos Olímpicos. O docente ainda compartilha o cotidiano da viagem nas redes sociais.
“Dá para perceber que tem uma ampla movimentação e preocupação grande em relação à segurança. Como eu estou aqui num período de pré-evento, ainda consigo circular por diversas áreas, mas em breve muitos locais serão bloqueados, com restrição de movimentação das pessoas. A gente ainda vê que tem bastante coisa sendo feita, últimos detalhes, mas a cidade já está respirando o clima do evento. Estamos com uma expectativa grande para fazer uma excelente participação tanto na apresentação das pesquisas quanto na representação da universidade no evento mais importante da área”, compartilha o professor Luis Rolim.
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Com a expectativa de 300 mil visitantes, a cidade se prepara para oferecer opções de hospedagem, transporte e alimentação, e para isso, é preciso muito planejamento. A professora do curso de Ciência da Computação, pesquisadora nas áreas de simulação de multidões e pedestres e coordenadora do VHLab, Soraia Musse, comenta sobre como ocorre a preparação de um local para receber milhares de pessoas, e garantir a segurança e o deslocamento.
“É preciso saber os dados de população e turistas recorrentes e somar à população esperada para o evento, além de saber a capacidade do transporte público, para poder ampliar as viagens e comportar os visitantes. Em Paris também se usa muito metrô, bicicletas, patinetes, além da própria locomoção a pé, que é incentivada. Basicamente se usam dados conhecidos da realidade e estimativas baseadas em todas as variáveis possíveis. Existem ferramentas computacionais que fazem essas estimativas e predições de pedestres e multidões”, explica a professora Soraia Musse.
As obras já estão nas últimas etapas, e a Vila Olímpica já foi divulgada, e foi construída nas áreas de Saint-Denis, Saint Ouen e L’Île-Saint-Denis. Durante os Jogos Olímpicos, mais de 14 mil atletas serão hospedados no local, e nos Jogos Paralímpicos serão 8.000. Ao todo, são 82 prédios, que depois da competição virarão moradia para os parisienses. O Comitê Organizador dos Jogos de Paris ainda teve o objetivo de promover os Jogos Olímpicos mais ecológicos da história, ao reduzir a emissão de carbono do evento, com até mesmo a pretensão de limpar o Rio Sena para a cerimônia de abertura.
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