Conhecer a realidade brasileira e vivenciá-la diariamente. Esse é o objetivo do Projeto Rondon, um programa do Governo Federal que oferece aos estudantes um curso intensivo de Brasil. As inscrições para a edição de julho de 2016 já estão abertas, até 21 de março, e podem ser feitas no site www.pucrs.br/projetorondon/inscricoes. Podem participar alunos de todos os cursos de graduação da Universidade. No mesmo dia em que se encerram as inscrições (21 de março) ocorrerá uma reunião com os interessados às 19h, no auditório do prédio 32 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). No evento serão apresentados os objetivos, desenvolvimento, cronograma e o processo de seleção do Projeto. Também haverá um espaço para esclarecimento de dúvidas.
Os destinos deste ano são os estados do Espírito Santo e Rio Grande do Norte, e as operações nestes locais serão coordenadas pelo Ministério da Defesa. Na PUCRS, o projeto de extensão comunitária é desenvolvido pela Coordenadoria de Desenvolvimento Social (Codes). Em caso de dificuldade com as inscrições, é possível entrar em contato com a Codes pelo telefone (51) 3353-8383 ou e-mail [email protected].
O aluno de Relações Públicas da PUCRS Guilherme Severo compreende bem o que “curso intensivo de Brasil” quer dizer. Ele participou da edição de 2015 e garante que voltou outra pessoa. “É um projeto de transformação social e pessoal. Nossos valores, atitudes e a forma de ver o mundo são repensados”.
Segundo Severo, todos os momentos foram marcantes, mas uma cena ficou na sua memória. Enquanto conversava com um amigo do Projeto em frente à escola que estavam alojados, observou que um menino da cidade chamava a atenção dos dois com sua bicicleta. Foi então que ele se aproximou e falou com os dois rondonistas por um bom tempo. Ao se despedir, o menino perguntou quando eles iriam embora. Severo respondeu que partiriam no final da semana. “E então ele disse que gostaria que ficássemos lá para sempre. Aquilo nos comoveu de uma forma muito intensa. Com lágrimas nos olhos, ficamos quase sem reação”.
Ele destaca que o trabalho não é assistencialista. A base é a troca de saberes, de opiniões e de vivências. “O Projeto Rondon nos torna mais humanos”. O estudante conta que algumas atividades priorizaram o contato com os jovens moradores de São Bento do Tocantins, cidade que recebeu o Projeto em 2015. Foi promovida uma gincana cultural com as crianças, uma oficina com idosos e a miscelânea cultural, evento para promover a cultural local, por meio de um show de talentos. “Tivemos também a implementação de uma horta comunitária na cidade, que beneficiou mais de 10 famílias, promovendo a geração de renda e a participação coletiva no trabalho”.