Disciplina conectou estudantes de vários cursos com uma empresa de tecnologia sediada no Tecnopuc
terça-feira, 03 de dezembro | 2024Alunos da turma da professora Loraine Müller com representantes da empresa Volters. Foto: Eduardo Berriel
A Escola de Negócios oferta diversas disciplinas para os alunos de toda a Universidade. Uma delas é Negociações e Conflitos, ministrada em parceria com o Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (Idear). Neste semestre, uma das turmas se conectou de maneira especial com a empresa parceira, a Volters, sediada no Tecnopuc.
O desafio apresentado pelo CEO foi a dificuldade de manter o alto desempenho e o cumprimento de prazos em uma equipe já engajada, em meio ao crescimento acelerado de nossa startup. Com este pontapé inicial, coube aos alunos, em seus grupos interdisciplinares, pensar e sugerir alternativas visando aprimoramento dos dois lados, gestão e colaboradores.
“Já participamos de diversas disciplinas acadêmicas como caso de estudo para os alunos, e cada experiência sempre nos agrega algo valioso. No entanto, este último semestre foi simplesmente transformador. A resposta dos alunos foi além de qualquer expectativa. Eles se dedicaram ao desafio, mergulharam profundamente nos processos internos da Volters, e apresentaram seis soluções práticas, aplicáveis e complementares entre si. No dia da apresentação final, o brilho nos olhos dos alunos foi inspirador, e momentos como esses reafirmam todo o sentido de estar em um ecossistema de inovação como o Tecnopuc”, compartilha o CEO da Volters, Eduardo Berriel.
O empreendedor ainda afirma que ficou surpreso com as propostas dos alunos, que refletiram um entendimento surpreendente das necessidades da empresa e estão sendo ajustadas para implementação. Além disso, a Volters quer contar com o talento desses alunos nesta fase prática, oferecendo a oportunidade de criar um portfólio de experiências reais para os seus currículos.
Para os alunos, as disciplinas com participação de clientes reais são uma grande chance de construir conexões e poder ver suas ideias serem colocadas em prática.
“A professora Loraine conseguiu integrar a turma de uma maneira que eu nunca tinha visto antes e eu gostei muito da dinâmica da aula. Todas eram muito divertidas e a gente aprendia bastante, com reuniões com os membros da e as trocas entre o grupo. Foi muito legal todo o processo de criação, desenvolvimento, de falar com o CEO para ter feedback do projeto e alinhar o escopo. No final do semestre a gente conseguiu entregar um protótipo que foi bastante elogiado. Então eu achei uma experiência muito boa e recomendo essa cadeira para qualquer pessoa que queira aprender sobre negociações em conflitos na prática”, comenta o estudante João Rafael, aluno de Administração: inovação e empreendedorismo.
A aluna Laura da Rocha, do mesmo curso, também reforça como gostou da disciplina:“Foi uma oportunidade de unir o conhecimento teórico e a aplicação prática. As atividades que instigaram os alunos a desenvolver o próprio raciocínio, relacionando a matéria com situações do cotidiano, com os alunos participando de dinâmicas em aula com o objetivo de identificar pontos de melhoria no estabelecimento de vínculos interpessoais. A experiência utilizou o design thinking como base. Através do exercício da empatia, o nosso parceiro foi o centro de todo o processo de ideação e prototipação das soluções, entendendo não só as dinâmicas da organização, mas também as pessoas que fazem parte dela”.
O Service Learning é uma metodologia ativa de ensino e aprendizagem, que promove o desenvolvimento dos alunos por meio da aplicação prática do conhecimento adquirido em sala de aula. Os estudantes devem solucionar problemas reais de organizações parceiras (públicas, privadas e sem fins lucrativos), estimulando suas competências sociais, comportamentais e técnicas e preparando-os para um mercado de trabalho em que o empreendedorismo, a inovação e a responsabilidade social são fundamentais.
“A disciplina de negociação e conflitos é interessante por vários motivos: primeiro, pelo assunto, pois negociar adequadamente permite que conflitos sejam uma etapa da construção de ideias novas e não o início de um confronto. Também porque recebemos alunos de diversas áreas do conhecimento que a escolhem como eletiva, assim tornando o aprendizado mais plural. E ainda, porque aplicamos em situações reais os conteúdos vistos em aula e isso ajuda em todo o processo de aprendizagem. A ideia de trabalhar com o Service Learning ajuda no desenvolvimento de diversas competências como autonomia, organização, pesquisa, argumentação baseada em dados e fatos, trabalho em equipe e outras soft skills que são fundamentais à formação profissional contemporânea”, analisa a professora ministrante da disciplina, Loraine Müller.
É um espaço que promove a educação empreendedora como ferramenta de transformação social. Visando engajar estudantes, professores e a comunidade em práticas que conectem diferentes áreas do conhecimento, impulsionando a criação de soluções inovadoras para desafios reais. O laboratório acredita que o empreendedorismo é mais do que criar negócios; trata-se de fomentar uma atitude propositiva e interdisciplinar que permita transformar ideias em iniciativas concretas, gerando impacto positivo na sociedade. E adota metodologias que estimulam a criatividade e o aprendizado prático, integrando experiências empíricas e ferramentas inovadoras, como impressoras 3D, jogos e materiais de prototipagem. O trabalho está pautado no diálogo entre ensino, inovação e multidisciplinaridade, preparando cidadãos para liderar transformações sociais e econômicas.