Alunas discutiram práticas de enfrentamento do machismo em um diálogo voltado para a comunicação
Por Laura Dacol
Foto: Julia Pletsch
Misoginia, desinformação e os discursos da chamada “machosfera” foram discutidos por meio de uma abordagem prática na oficina “Aprenda a combater o machismo nas redes”. A atividade aconteceu na Famecos, na tarde de quarta-feira (30), e foi conduzida pela professora Fernanda Nascimento.
Com foco no impacto da circulação de conteúdos que promovem o machismo, a oficina expôs estratégias discursivas de desinformação utilizadas para reforçar tais ideias. A professora também destacou figuras públicas femininas que estão sob constante ataque e explicou como essas ações visam a inferiorização e a deslegitimação de suas lutas. Como exemplo, foi analisado o documentário sobre a feminista Maria da Penha, produzido pela Brasil Paralelo, que é alvo de ação judicial por propagar desinformação.
A partir de conteúdos populares nas redes, a origem da “machosfera” foi apresentada. Em crescente popularidade entre os jovens, o movimento surgiu na década de 1970, nos Estados Unidos, mas hoje se manifesta em grupos online que buscam monetizar o desprezo pelas mulheres. A oficina alertou para a necessidade de identificar esses conteúdos, compreender suas estratégias de compartilhamento e combatê-los com conhecimento e senso crítico.
Matéria por: Laboratório de Jornalismo | Famecos/PUCRS