Obra premiada se chama Inseticidas botânicos no Brasil: aplicações, potencialidades e perspectivas
segunda-feira, 02 de setembro | 2024Obra premiada se chama Inseticidas botânicos no Brasil: aplicações, potencialidades e perspectivas
O livro foi publicado com apoio da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq). / Foto: Divulgação
O uso de inseticidas botânicos nas lavouras é o tema do livro vencedor do Prêmio Jabuti Acadêmico de 2024, na categoria Ciência e Cultura – Ciências Agrárias e Ciências Ambientais. A obra, intitulada Inseticidas botânicos no Brasil: aplicações, potencialidades e perspectivas, conta com um capítulo escrito pelo professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Tecnologia de Materiais (PGEtema) da PUCRS Eduardo Cassel.
O capítulo desenvolvido pelo docente trata sobre o “Processo de obtenção de derivados botânicos com propriedades inseticidas”, que detalha as diversas técnicas de extração de compostos ativos de origem botânica, explorando tecnologias que vão desde métodos tradicionais até abordagens inovadoras. Em 35 páginas, o pesquisador oferece um panorama abrangente que contribui para o avanço do conhecimento no uso de inseticidas naturais.
“Como o primeiro compêndio brasileiro a abordar inseticidas botânicos de maneira tão abrangente, a obra se destaca por promover uma mudança de paradigma no controle de pragas. Enquanto os produtos sintéticos são conhecidos por seu alto impacto ambiental e toxicidade, os inseticidas naturais oferecem uma solução mais sustentável, potencialmente gerando produtos com menor impacto ambiental”, ressalta o docente.
Publicado com apoio da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq), o livro tem conteúdo para se tornar referência nacional e internacional na área, tanto para professores, pesquisadores e estudantes. Com 954 páginas, a obra conta com uma abordagem multidisciplinar e contempla todos os aspectos inerentes à pesquisa, experimentação e emprego prático dos inseticidas botânicos em programas de manejo de pragas, servindo como base para o ensino, experimentação e difusão desse campo da Ciência no Brasil.
Para o docente da PUCRS, o impacto do Prêmio Jabuti vai além do reconhecimento acadêmico, pois destaca a qualidade e a relevância da pesquisa em inseticidas botânicos e traz visibilidade também ao trabalho do Laboratório de Operações Unitárias da Escola Politécnica da PUCRS, que há mais de 20 anos realiza pesquisa no tema.
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“Acredito que o principal impacto é divulgação do tema junto a setores da agroindústria que são usuários e dependentes de produtos sintéticos altamente tóxicos. A premiação é fruto da qualidade do trabalho e o resultado da premiação trará um ‘selo’ de qualidade a um tema ainda insipiente no país, principalmente no que se refere ao mercado produtivo. Trazer resultados de inúmeros estudos sobre o uso sustentável da biodiversidade brasileira como fonte de matéria-prima para a resolução de problema enorme do setor agroindustrial é uma das metas desse livro que foi compreendida pelo júri do Prêmio Jabuti”.
Para o futuro, o docente vê o prêmio como um estímulo à continuidade das pesquisas, abrindo portas para colaborações interdisciplinares que possam fortalecer o uso de inseticidas botânicos na realidade agroindustrial brasileira. O reconhecimento, segundo ele, reenergiza a equipe e amplia as possibilidades de cooperação com outros grupos de pesquisa, essenciais para a concretização dessa alternativa sustentável no controle de pragas.
O livro “Inseticidas botânicos no Brasil: aplicações, potencialidades e perspectivas” não apenas celebra os avanços na ciência brasileira, mas também propõe soluções práticas para a sustentabilidade no setor agroindustrial, reforçando o compromisso da PUCRS com a inovação e a preservação ambiental.
