Um dia ensolarado, recheado com atrações musicais, visitas guiadas, workshops nas oito Escolas da PUCRS e palestras inspiradoras com profissionais de destaque no mercado. Assim foi o Open Campus 360° – Experiência que Transforma, realizado nesta quarta-feira, 19 de setembro. Com mais de 7.300 inscritos, na maioria estudantes do Ensino Médio de Porto Alegre, Região Metropolitana e interior do RS, a atração permitiu a muitos vivenciar pela primeira vez o ambiente acadêmico e fazer planos para ingressar em breve na Universidade.
O evento foi desenvolvido a partir de quatro eixos, como os quais jovens, educadores e familiares puderam interagir de forma complementar: Inspiração, Formação, Experiência e Cultura. Ângelo Dambros, 18 anos, estuda Estatística em uma universidade pública, mas se diz indeciso quanto a seguir na área. Por isso, convidado por amigos, fez sua inscrição no dia anterior ao Open Campus e marcou os pontos de interesse, como a apresentação Comunicação Beta: O Mundo em Construção, dentro do eixo Inspiração, e da qual participaram os comunicadores da Rádio Atlântida Arthur Gubert, Juju Massena e Duda Garbi. Este, por sinal, inspirou muito o estudante, que vestia a camisa do Grêmio. “Nunca parei para pensar que eu poderia ser um comentarista esportivo. Depois dos jogos eu gosto muito de comentar, então meus amigos deram a ideia. Gostei da experiência e estou interessado em Comunicação”, relata. Um dos pontos que chamou sua atenção no evento foi a organização. “A programação te propicia várias oportunidades e a estrutura é ótima. Desde o QR Code para fazer o check-in, que facilitou a entrada até agenda para as oficinas. Isso foi demais”, afirma.
Tanto Juju quanto Gubert, que tiveram sua primeira participação em um Open Campus, valorizaram muito a chance de estabelecer trocas com os jovens. “É muito importante para nós entender o que eles desejam e poder tirar dúvidas. Aqui na ATL House temos contato direto com alunos, que podem ver na prática como trabalhamos”, destaca a relações públicas. “Não é por acaso que estamos na PUCRS. É um ambiente perfeito para falarmos com essa novíssima geração que daqui a pouco vai entrar no mercado”, avalia Gubert, que integra o time do Pretinho Básico.
Alunos maristas traçam seu futuro
Três estudantes do Colégio Marista Rosário também vivenciaram seu primeiro Open. Nicolas Tondo, 17 anos, está no 2º ano do Ensino Médio e participou de workshops nas Escolas de Medicina e de Direito. “Meu pai é cardiologista e gosto muito da área. Pretendo ser médico. Hoje eu vim conhecer a estrutura da PUCRS”, conta. Ele e os amigos visitaram o Campus pela primeira vez no início do ano, na companhia de professores do Colégio. Marcelo Stravalacci, 17, também no 2º ano, está interessado em ser comunicador, mas não descarta conhecer a área da Psicologia. O também rosariense Cristian Petalas, 16 anos, está voltado para as Humanidades, especialmente cursos como História e Geografia. “Penso em ser historiador, pois gosto muito de arqueologia. Meu avô nasceu na Grécia, e sempre tive muita facilidade nessa disciplina”, afirma. Algo que o surpreendeu nessa segunda passagem pela Universidade foi o número de participantes do evento e a chance de poder ver amigos vindos do interior.
Outro trio, dessa vez de meninas, aproveitou para explorar as atrações do Museu de Ciências e Tecnologia enquanto aguardava para ver as oficinas no turno da tarde. Alunas do Terceirão do Colégio Marista Irmão Jaime Biazus, Marjorie Gonçalves, 18 anos, Sabrina Souza, 17, e Edylaine da Silva, 19, estão voltadas para a área da Saúde, pois almejam ajudar as pessoas. “Desejo ser médica, mas ainda não escolhi a especialidade. Já participei do Pré-Grad em 2017, o que me ajudou a escolher a área que eu quero”, diz Marjorie. Já Edylaine afirma estar em busca de algo que beneficie mais pessoas, especialmente os idosos. “Mas também acho legal a Pediatria”, comenta.
Na Rua da Cultura, desfrutando do sol e sentada no gramado junto com os seus colegas de aula, Maria Isabel Kern, 16 anos, da Escola Estadual Augusto Meyer, assistiu ao show da banda Mother Funky, que tocou músicas mesclando pop e funk norte-americano. Segundo Maria Isabel, que pretende fazer o curso Ciências Aeronáuticas, este espaço proporciona várias atividades de entretenimento. “É um ótimo lugar para relaxar após os estudos”, elogia. Esperando a vez para jogar uma partida de futebol no videogame, Lucas Duarte da Cruz, de 16 anos, da Escola Baltazar de Oliveira Garcia e futuro aluno da graduação de Educação Física, achou muito divertida a estrutura da ATL House. “Também gostei de ter conhecido o Museu da PUCRS”, completa.
O ambiente de Formação proporcionou atividades como uma visita guiada ao Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc), uma roda de diálogo aproximando professores e famílias a fim de identificar riscos de sofrimento psíquico, além do incentivo à pós-graduação como forma de prosseguir nos estudos ou de retornar à Universidade. Na oficina Formação de Professores: Processos Educativos e Metodologias de Trabalho Com as Juventudes, em um dos espaços do Salão de Atos da PUCRS, Claudete Russel, professora do Colégio Cenecista João Batista de Mello, de Lajeado, destacou os aprendizados de técnicas para aplicar em sala de aula. “A que mais me chamou a atenção foi a de assembleia escolares. É basicamente um conselho de classe de turma, sendo que os estudantes têm a liberdade de expor os seus problemas e os professores ficam com a missão de resolvê-los”, frisa.
De Camaquã, no interior do RS, vieram Gelsimari Lima Bartes e a sua filha, Jéssica, de 17 anos, que sonha em fazer Medicina. Gelsimari teve ótimas impressões da PUCRS desde o momento que ingressou no Campus. “As pessoas foram muito atenciosas e solícitas nas informações e os professores foram bem acolhedores”, enfatiza.
Hanna Fink, 15 anos, do Colégio Marista Pio XII, em Novo Hamburgo, está 1º ano do Ensino Médio. Ela Participou da oficina de Publicidade e Propaganda Como vender qualquer coisa para qualquer pessoa e de mais duas atividades na mesma área, na Escola de Comunicação Artes e Design – Famecos. Como ainda não conhecia a PUCRS, o Open Campus proporcionou essa oportunidade. “O evento está muito bem organizado, todos sabem ajudar, as informações são ótimas”, avalia.
Lorenzo Bertolli, 16 anos, estuda no 2º ano do Ensino Médio do Colégio Marista Rosário. Na oficina Chef por um dia: gastronomia italiana, ocorrida no prédio 41, conheceu um pouco da Escola de Ciências da Saúde. Ele pretende cursar Gastronomia e Publicidade e Propaganda ao mesmo tempo, e já sabe que quer estudar na PUCRS assim que se formar. “Estou adorando o evento, gostaria de ter participado de ainda mais palestras, mas o tempo limita. Acho uma ótima oportunidade para expandir horizontes e conhecer outras áreas e pessoas”, destaca o estudante.
Na oficina Emergência Pediátrica, ministrado no prédio 64, no Campus da Saúde, Kessy Isidorio, 19 anos, aluna do 3º ano do Ensino Médio no Colégio Marista Vettorello, revela que sempre quis cursar Medicina, pois esse é um sonho de família. Abriu mão de fazer oficinas de outros cursos, pois estava decidida quanto à sua escolha. “Estou impressionada com o tamanho do Campus. É enorme, existem muitas coisas diferentes acontecendo aqui. Todos foram muito simpáticos, atenderam os estudantes muito bem e nos trataram com respeito”, relata.
Integrando a programação do Open Campus, cerca de 1.500 estudantes e educadores participaram do Festival Marista de Robótica Educacional, um dos maiores do segmento no País. A atividade, iniciada no dia 18, terça-feira, contou com pesquisas e desafios sobre o tema Tabela periódica dos elementos químicos. Nesta edição, 136 equipes com integrantes do 1º ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio de 53 instituições de ensino público e privado se inscreveram para participar de algum dos quatro desafios da programação do encontro: Desafio de Robôs, Desafio de Drones, Cidade-Laboratório e Incubando Ideias.
As competições ocorreram em seis mesas, onde os projetos de robôs tinham de cumprir sete missões estratégicas no tempo de 2 minutos e 30 segundos. As equipes competiam entre si e conjuntamente. Frederico Pereira e Henrique Dutra, ambos do Colégio Sinodal, de São Leopoldo, têm 9 anos de idade. Eles participaram do desenvolvimento do robô da equipe, e estavam na torcida, assim como muitas crianças na arquibancada. Os dois disseram estar muito felizes em fazer parte do primeiro campeonato de robótica da vida, especialmente pelo fato de sua equipe ter apresentado um bom desempenho.
O pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários, Marcelo Bonhemberger, destaca que a PUCRS abriu as suas portas a fim de proporcionar experiências marcantes para todos os interessados em conhecer e estudar na Instituição. “O Open Campus é a experimentação de uma educação integral e de futuro, por meio de breves atividades que transformam a percepção dos estudantes que ainda não conhecem a Universidade, proporcionando a chance de interagir com ambientes únicos. Manifestamos nossa gratidão a todos os estudantes, educadores e familiares que nos visitaram”.
O gestor também valoriza a mobilização das equipes que organizaram o evento. “Agradeço a dedicação e o engajamento de cada colaborador da Universidade que não mediu esforços para que o evento acontecesse. O que presenciamos no Campus, hoje, é o resultado de todo esse empenho”, finaliza.