Um estudo realizado pela União Marista do Brasil (Umbrasil) em parceria com o Observatório Juventudes PUCRS/Rede Marista e o Observatório das Juventudes PUCPR, revelou a opinião dos jovens brasileiros sobre a nova estruturação do Ensino Médio. Lançado oficialmente na noite da última quinta-feira, dia 29 de outubro, o relatório apresenta dados sobre os aspectos educativos e comportamentais dos estudantes.
A pesquisa Vamos falar sobre Ensino Médio?, coletou informações de mais de três mil jovens estudantes, de 14 a 17 anos, de diferentes regiões do Brasil que estavam cursando o último período da Educação Básica ente 2018 e 2019. A metodologia de trabalho mista – qualitativa e quantitativa – oportunizou um maior detalhamento sobre diferentes temáticas como: compreensão dos processos de construção da autonomia, protagonismo juvenil, hábitos culturais, aspectos relativos à diversidade, projeto de vida, uso das tecnologias e informação, entre outros.
O relatório demonstra o quanto os estudantes valorizam o espaço educativo como um local de partilhas e aprendizagens significativas. Entre as experiências positivas vividas na escola estão: as relações interpessoais, a possibilidade de desenvolver a expressão e o acolhimento dos professores .
“O que a pesquisa tem nos ajudado a enxergar é que estamos formando jovens para um mundo que está em constante transformação”, afirma a supervisora pedagógica da Gerência Educacional do Colégios Maristas, Camila Fabis.
Os entrevistados também destacaram o quanto a escola contribui para a construção do projeto de vida. Para 74,8% dos estudantes, o ambiente educativo tem papel fundamental nesse processo. Quando questionados sobre o futuro, os pontos que mais se destacam são o desejo de ingressar no Ensino Superior (32,78%) e trabalhar (19,42%).
A proposta principal da pesquisa é trazer elementos de escuta das juventudes para construir a nova proposta de Ensino Médio para o Brasil Marista, como explica Camila: “elaborar um novo Ensino Médio, implica investir em propostas curriculares inovadoras, com foco no pensamento crítico, na colaboração, na criatividade e na construção de conhecimentos relevantes”, avalia.
Com o refinamento dos dados, pode-se perceber pontos importantes já vinham sendo diagnosticados por acadêmicos da área pedagógica. “A proposta curricular deve privilegiar espaço para o protagonismo juvenil, para o desenvolvimento da criatividade, da capacidade para resolver problemas complexos e para aprender a pensar. Isso só é possível com um ensino consistente e aprofundado”, comenta Camila.
Dentre as áreas do conhecimento que mais se destacam na escolha dos jovens, estão Ciências da Natureza e Ciências Humanas, respectivamente. Já pensado em assuntos que eles gostariam de acrescentar no currículo estão: educação financeira, educação e sexualidade e projeto de vida e futuro.
O relatório completo da pesquisa Vamos falar sobre Ensino Médio? está disponível para donwoload gratuito no site da Umbrasil.