O profissional da área participa de todo o processo produtivo em indústrias de diversos setores, como alimentício, petroquímico, farmacêutico e têxtil
quarta-feira, 27 de novembro | 2024O engenheiro químico é o profissional que utiliza conhecimentos da matemática, física, biologia, ciência da computação e, claro, química para transformar diversos tipos de matéria-prima em produtos. / Foto: Envarto
Você já parou para pensar em como são feitas as embalagens plásticas dos produtos que usamos no dia a dia? Ou quais materiais e como produzir o sabonete que usamos no banho? E sobre como conservamos e quais são os ingredientes utilizados na produção de alimentos que consumimos com frequência, como bolachas recheadas e pizzas congeladas?
Pois é, muitas vezes não nos damos conta de que há toda uma cadeia produtiva por trás dos alimentos, bebidas, roupas, cosméticos, combustíveis, tintas e tantos outros itens que fazem parte da nossa rotina, mas essa indústria não só existe como precisa de profissionais de diferentes áreas para criar produtos seguros e eficientes. Uma das carreiras que se envolve nesse processo é a Engenharia Química, que tem a missão de transformar matérias-primas em objetos e viabilizar a fabricação em grande escala.
Quer entender melhor como é o trabalho do engenheiro químico, quais são as possibilidades de atuação e como está o mercado na área? É só seguir lendo o artigo para descobrir!
O trabalho dele pode até parecer mágica, mas é pura ciência. Esse profissional utiliza conhecimentos da matemática, física, biologia, ciência da computação e, claro, química para transformar diversos tipos de matéria-prima em produtos. Ele é responsável por projetar, desenvolver, operar e aprimorar processos, levando a química da escala laboratorial para industrial, o que possibilita a fabricação em grande volume.
Ou seja, quase tudo que utilizamos no dia a dia está direta ou indiretamente relacionado ao trabalho do engenheiro químico, como a qualidade da água que sai das torneiras, os produtos de higiene e cosmética que usamos, os alimentos e bebidas que ingerimos, o combustível que faz os meios de transporte circularem, o papel que usamos no cotidiano, as cerâmicas das louças de cozinha, os vidros das janelas, os plásticos das embalagens, os tecidos das roupas, os remédios das farmácias e muito mais.
O grande papel desse engenheiro é contribuir para o desenvolvimento tecnológico, a otimização de processos químicos e biológicos, a segurança dos produtos, a preservação do meio ambiente e, como resultado de tudo isso, a melhora da qualidade de vida das pessoas. Mas onde ele realiza essas atividades? Geralmente em indústrias, no entanto há vários outros lugares e áreas de atuação que o profissional pode seguir.
É verdade que as indústrias, tanto de pequeno quanto de médio e grande porte, são as empresas que mais contratam engenheiros químicos, mas esse não é o único caminho. Existem diversas outras possibilidades para esse profissional. Pode atuar em institutos de pesquisa, órgãos de assessoria e universidades.
Outra opção é prestar um concurso para se tornar servidor público em órgãos como prefeituras, secretarias, companhias de água e saneamento, entre outros. Já como autônomo, o engenheiro químico pode trabalhar na área de consultoria, auxiliando empresas a desenvolverem projetos e melhorarem seu processo de fabricação.
Mas vamos voltar à indústria e explicar melhor que atividades esse profissional realiza. O engenheiro químico pode participar da pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, materiais ou processos; desenvolver projetos e planejamentos de plantas industriais e métodos de fabricação; conceber novo uso a resíduos e efluentes industriais utilizando o conceito de Upcycling; implementar, dimensionar e operar equipamentos industriais; fazer o controle de qualidade dos processos e produtos; otimizar processos existentes; e elaborar documentos técnicos e legais.
Algumas das indústrias em que o engenheiro químico pode atuar são:
Só a industria farmáceutica, uma das quais um engenheiro químico pode atuar, movimentou mais de 124 bilhões em 2023. / Foto: Envato
A carreira de engenheiro químico é bastante dinâmica e promissora. Então esse profissional não costuma ter problemas para encontrar ótimas oportunidades no mercado. Podemos usar como exemplo a indústria farmacêutica, que movimentou mais de R$ 124 bilhões em 2023 e deve gerar novas vagas nos próximos anos. Isso porque o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou um investimento de R$ 139 bilhões para elaboração de pesquisas e desenvolvimento de medicamentos inovadores.
Um setor com potencial ainda maior é o de alimentos e bebidas. O faturamento dessa indústria, que gera mais de dois milhões de empregos diretos, representa 10,7% do Produto Interno Bruno (PIB) do País. Além disso, o Brasil é o maior exportador de alimentos industrializados do mundo em volume, enviando mercadorias para 190 nações. Aparece na segunda colocação entre os países que mais geram empregos no setor de energia renováveis no mundo, o que demonstra que essa é mais uma indústria em alta. Inclusive novas usinas eólicas, solares e hidrelétricas estão entrando em operação no Brasil. Assim, o mercado de trabalho na área só tende a crescer nos próximos anos.
Pode parecer óbvio, mas quem quer se tornar um profissional diferenciado, independentemente da área, deve ter uma formação de qualidade e um bom nível de autoconhecimento. Saber identificar suas habilidades, seus pontos fracos e o que ainda precisa aprimorar são atitudes muito importantes para evoluir na carreira, assim como desenvolver competências sociais que envolvem uma boa comunicação, capacidade de trabalhar em equipe, postura ética, pensamento analítico e criatividade.
Outro fator essencial para o sucesso profissional é demonstrar interesse em continuar aprendendo e buscando qualificação. A PUCRS, por exemplo, tem pós-graduações em áreas diversas para que cada profissional possa escolher em qual deseja aprofundar seus conhecimentos. Algumas opções são as especializações em Energias Renováveis e Crédito de Carbono: Projeto e Mercado, e o Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Tecnologia de Materiais. As duas primeiras são voltadas para quem busca um curso mais direcionado para o mercado de trabalho, já a terceira é mais indicada para os profissionais que querem realizar pesquisas acadêmicas.
Você se dá bem com biologia, física e química? Se considera uma pessoa criativa e que gosta de inovação? Tem facilidade para lidar com as tecnologias e tem interesse em saber como as coisas são fabricadas? Sempre lê os ingredientes/componentes de um produto antes de comprá-lo? Se as suas respostas para essas perguntas forem “sim”, a graduação em Engenharia Química definitivamente deve estar na sua lista de opções.
Mas, para entender melhor o que o estudante do curso aprende, confira as disciplinas do primeiro semestre do curso da PUCRS:
As primeiras atividades são mais introdutórias, mas a partir do segundo semestre as disciplinas passam a focar nos conteúdos específicos da profissão, como:
Além de ser multidisciplinar, possibilitando a interação com outros cursos, o currículo da Engenharia Química da PUCRS conta com diversas atividades práticas, projetos experimentais e, principalmente, uma forte relação com problemas reais de empresas e demandas sociais. O curso também favorece a conexão com o mercado de trabalho por meio da integração com o Tecnopuc e com o Instituto do Petróleo e de Recursos Naturais (IPR).
Na graduação da PUCRS, ainda é possível participar de projetos de iniciação científica com bolsa, utilizar a infraestrutura de laboratórios e equipamentos de última geração, fazer estágios no campus e ter experiências internacionais, seja cursando uma disciplina em inglês ou realizando um intercâmbio em alguma universidade do exterior. O time de professores, formado por profissionais com diferentes vivências de mercado e trajetórias acadêmicas, é mais um diferencial do curso.
A Engenharia Química é demais, concorda? Essa é uma das profissões mais importantes para o funcionamento da sociedade, afinal ela desenvolve novos produtos, possibilita a fabricação em larga escala e, ainda, se preocupa com a segurança de cada material para proporcionar qualidade de vida para a população. Está pensando em fazer o curso, mas quer saber mais?