Grupos apresentaram análise sobre formas de melhorar o Mercado Público/Foto: Divulgação
As Certificações de Estudos permitem que os estudantes complementem os currículos incluindo um conjunto de disciplinas de acordo com seus interesses e projetando o futuro profissional. Dentro da ênfase em Empreendedorismo, alunos de Laboratório de Criatividade e Design da Escola de Negócios analisaram, durante o segundo semestre de 2018, as rotinas de funcionamento do Mercado Público de Porto Alegre. A eletiva desafiou os estudantes a identificarem fragilidades operacionais e proporem alternativas para tornar o espaço mais proveitoso para comerciantes, administradores e visitantes. O objetivo era demonstrar a importância da inovação criativa para o desenvolvimento da sociedade. No dia 28 de novembro, os grupos apresentaram suas sugestões para os ministrantes Luís Villwock e Kellen Fraga, a coordenadora do curso de Administração Ionara Rech e representantes da Prefeitura de Porto Alegre.
Os universitários, na companhia dos professores Villwock e Kellen, visitaram o estabelecimento diversas vezes entre agosto e novembro de 2018. Buscaram detectar, na prática, aquilo que carecia de atenção e comparar com os pontos indicados pelos frequentadores. Em entrevistas preliminares, foram ouvidas considerações dos clientes, dos permissionários e dos gestores da Prefeitura. A intensificação da vigilância e a melhora nas condições de limpeza figuraram entre as reivindicações mais expressivas.
As análises constataram que o público do Mercado pertence, majoritariamente, às classes B, C e D. Há, porém, potencial para atender a classe A, que manifesta interesse pelos produtos ofertados no local. O desejo, entretanto, é suprimido pela sensação de insegurança, pelo difícil acesso e pela manutenção precária do ambiente. Os alunos apontaram o Mercado Público de Buenos Aires, na Argentina, um centro gastronômico, como um bom modelo para Porto Alegre.
De acordo com os acadêmicos, iniciativas como a inauguração de uma churrascaria no prédio valorizariam a cultura gaúcha e explorariam novas fontes de receita. As dificuldades de infraestrutura, como sistema de esgoto ineficiente, ausência de estacionamento e implantação de acessos para portadores de necessidades especiais, exigem altos investimentos. Os grupos indicaram as parcerias público-privadas como uma possível rota para solucionar o problema, modernizando o Mercado sem comprometer o orçamento municipal.
Para a coordenadora Ionara Rech, a interdisciplinaridade das turmas foi o que permitiu o aprofundamento e a qualidade dos trabalhos. “Nas disciplinas oferecidas pelas Certificações de Estudos existem pessoas de todas as áreas. Isso gera um fluxo intenso de troca, alcançando conhecimentos que, de outra forma, não estariam disponíveis”, defende. Segundo Ionara, os professores têm percebido a diferença na experiência em sala de aula, que se torna mais dinâmica e possibilita abordar os temas estudados por novos ângulos. Ela ressalta ainda a disponibilidade dos coordenadores para receber os estudantes e esclarecer dúvidas sobre as Certificações. “Estamos sempre acessíveis, é nossa responsabilidade garantir que eles saibam o que vão estudar e se isso realmente combina com o perfil acadêmico e profissional que estão buscando”, completa.
No ano passado, a Escola de Negócios contou com sete Certificações, sendo elas Empreendedorismo, Comércio Exterior, Relações Internacionais, Marketing e Mercado, Gestão de Negócios, Gestão de Pessoas e Liderança e Gestão de Equipes.
Certificação une habilidades técnicas com reflexão/Foto: Divulgação
O perfil de alunos que escolhe a Certificação de Estudos em Produção em YouTube também é bem variado. Há predominância da Comunicação, mas também recebe quem cursa Escrita Criativa, História, Direito e Educação Física.
Oferecida pela Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, a opção está em alta no mercado, unindo conhecimentos em produção de conteúdo e especificidades de linguagem, mensuração e administração do vídeo em plataforma digital. “Os alunos, no geral, são consumidores de conteúdo para YouTube e buscam saber mais sobre o assunto, talvez até desenvolver uma habilidade nova que possam utilizar para se diferenciarem como profissionais dentro de suas próprias áreas”, afirma a professora Fernanda Cristine Vasconcellos da Silva.
Se muitos vão atrás de disciplinas técnicas, a proposta não é essa. “Edição se pode aprender em um tutorial, mas na Certificação fazemos uma reflexão sobre a prática, o que significa, de onde vêm as referências, como podemos construir conteúdos mais relevantes para nossos públicos. Aliamos as habilidades técnicas com reflexão e pesquisa”, destaca.
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Para se tornar um youtuber, é preciso conhecer a questão audiovisual e também o ambiente em que o conteúdo circula, as redes sociais. Com essa finalidade, quem faz a Certificação recebe uma base teórica na disciplina de Cultura Digital. Nas aulas de Influenciadores e Estratégias de Marketing, entende melhor como funciona esse ecossistema de influências. Outra disciplina é Fundamentos do Audiovisual, ajudando o aluno a consumir criticamente essa linguagem. Por fim, em Roteiro, Produção, Direção e Edição de Vídeos para YouTube, ele passa por todas as etapas de realização de um conteúdo. “Os alunos são desafiados a montar um canal e alimentá-lo e isso, no geral, convida-os a trazerem para a prática o que estudaram”, afirma a professora.
A Famecos oferece ainda as Certificações em Conteúdo e Divulgação de Moda, Comunicação Digital Corporativa, Roteiro de Cinema, Produção Cinematográfica e Vivências Fotográficas.
A Universidade oferece 27 opções para os estudantes complementarem a formação. Para este semestre, há cinco novas ênfases, ofertadas pela Escola Politécnica: três em Engenharia e duas em Computação.
No portal de matrículas, o aluno deve procurar o conjunto Certificações de Estudos e selecionar as disciplinas para compor a sua grade de horário. Não precisa fazer todas em um semestre, mas é preciso cursar o número mínimo de 12 créditos de um conjunto (opções abaixo) para obter o certificado. Essas disciplinas poderão ser cursadas como parte dos créditos eletivos presentes nos currículos. Ao completar os 12 créditos mínimos, o estudante poderá solicitar o certificado de conclusão da certificação.
Caso o aluno tenha cursado parte ou todos os créditos eletivos em outras disciplinas, poderá se matricular normalmente nas disciplinas que compõem a certificação. Ao ultrapassar o número de créditos eletivos previstos no currículo, as disciplinas possuem custo igual às demais do curso. Assim, poderá optar por quantas certificações o interessar, como também apenas alguma das disciplinas, mas, nesse caso, não receberá a Certificação de Estudos. No sistema de matrículas, os conjuntos de disciplinas que integram as Certificações aparecerão agrupados, facilitando a escolha para composição da grade de horário.
Quem já se graduou na PUCRS ou obteve seu diploma em outra instituição também pode garantir a Certificação de Estudos, cursando o mínimo de 12 créditos das disciplinas do conjunto escolhido. O custo equivale aos créditos cursados e a matrícula deverá ser realizada presencialmente, na Central de Atendimento ao Aluno, de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h15min, no térreo do prédio 15 (Av. Ipiranga, 6681 – Porto Alegre).
Ao optar por essa modalidade de qualificação, os inscritos farão parte de turmas de graduação, desenvolvendo conhecimentos específicos de uma área e se preparando para atuar em cenários complexos, descobrindo novos mercados e desafios profissionais.
